Parábola: Uma
lição para a vida
Mais um trimestre
para honra e glória de Deus, e também para a edificação da Igreja do Senhor
Jesus Cristo, sendo que as Lições Bíblicas deste trimestre terão como tema
central: As Parábolas de Jesus, as verdades e
princípios divinos para uma vida abundante.
A primeira lição tem
como texto áureo: E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo
declarava em particular aos seus discípulos (Mc 4.34).
Logo,
parábolas era uma ferramenta básica usada por Jesus em Seus ensinamentos (ALLEN;
RADMACHER; HOUSE, p. 103).
I –
O QUE É PARÁBOLA
O primeiro tópico tem
como objetivo específico: distinguir a parábola de outras figuras de linguagem.
Portanto, parábola é um símile, uma história, ou
objeto ou uma metáfora colocada ao lado de uma verdade espiritual para
esclarecer seu significado ou importância.
Portanto,
é importante explorar como os ouvintes originais teriam compreendido a metáfora
se quisermos entender exatamente o significado da parábola (RICHARDS, p.50).
Pode-se concluir que
as parábolas de Jesus:
Relaciona-se com o
cotidiano das pessoas.
Tinha como objetivo
transmitir uma mensagem que não deixasse dúvida por parte de quem a recebia.
Porém, tendo como
base Mateus 13.10-15, percebe-se que: O objetivo dessa
parábola era, ao mesmo tempo, revelar a verdade (M t 13.11) e ocultá-la (Mt
13.13). O fato de Jesus ocultar a verdade serviu como juízo para os incrédulos,
como aconteceu durante o ministério de Isaías (Is 6.9,10).
(ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 43).
II –
CONTEXTO SOCIAL E LITERÁRIO
O segundo tópico tem
como objetivo específico: esclarecer o
contexto histórico em que as parábolas foram proferidas.
Alguns pontos são
essenciais para compreender a mensagem das parábolas do Novo Testamento: o
domínio político da época, a sociedade judaica, o silêncio divino e o Reino de
Deus.
O domínio político da
época estava sobre a hegemonia romana.
A sociedade judaica
da época esperava o Messias, por isso, os indivíduos se agrupavam em pelo menos
uma das seguintes ramificações religiosa: a dos fariseus, dos saduceus, dos
essênios ou a dos zelotes.
Sobre o silêncio de
Deus, assim comenta Silva:
Houve
um silêncio profético. Nenhum livro considerado inspirado por Deus foi escrito
neste período. Ao escriba e sacerdote Esdras coube à responsabilidade de
revisar e editar as Sagradas Escrituras, depois que voltou do cativeiro,
segundo os mais sábios dos judeus “se a Lei não tivesse sido dada por Moisés,
Esdras mereceria a honra de ser o legislador dos hebreus”. Portanto, Esdras era
um escriba versado na lei (Ed 7.6).
No
silêncio Deus fala sem palavras e a palavra fala em silêncio. O silêncio de
Deus em não levantar profetas e nem inspirar os homens a escrever obras
canônicas não quer dizer que Deus estava distante dos judeus, pois no silêncio
de Deus manifesta em nós o maior milagre. O milagre que ocorre no período
interbíblico para com os judeus é a dedicação sincera deste povo ao Senhor,
exemplo claro desta conversão é a origem da festa da dedicação. A festa da
Dedicação era anual e iniciava no dia 25 de dezembro e duravam oito dias, era
comemorada a dedicação da purificação do templo, que tinha sido profanado por
Antíoco Epifanes, que também forçou a helenização dos judeus com a proibição do
culto judaico, a observação do sábado, questões alimentares e a circuncisão foi
proibida. Antíoco pretendia instalar a estátua de Zeus no templo em Jerusalém.
E o pior de tudo foi quando Antíoco predispôs a sacrificar um porco sobre o
altar, três anos após tal profanação iniciou-se a festa da dedicação.
A
festa da dedicação encontra-se nos relatos do Novo Testamento. Em João 10.22 a
festa da dedicação é o acontecimento do capítulo. O assunto do capítulo é Jesus
e a sua morte. Enquanto que o nome de Jesus é o Bom Pastor. “Logo, só com a
morte de Jesus é possível ter a nossa vida dedicada ao Senhor” (SILVA,
Ano 9, p. 45).
Por fim, sobre o
Reino de Deus é necessário compreender que:
O Reino de Deus é um
dom presente. O Reino possui o Rei presente. Em terceiro o Reino não é a
Igreja, mas a Igreja é criada pelo Reino e dá testemunho do Reino, pois a
Igreja é a agência do Reino e é a guardadora do Reino. O Reino de Deus é eterno
e pertence somente a Ele.
III –
COMO LER UMA PARÁBOLA
O terceiro tópico tem
como objetivo específico: apresentar as
regras básicas para se compreender uma parábola.
As
parábolas de Jesus são difíceis de compreender, porque não são apenas histórias
para nos entreter, contadas para ilustrar verdades espirituais; antes desafiam
a forma como vemos o mundo e até mesmo Deus, e convidam-nos a abraçar uma nova
forma de vida, que exige arrependimento e fé... As parábolas são uma convocação
para responder a Jesus antes que seja tarde demais. Por essa razão, as
parábolas estão no cerne do ministério de Jesus (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p.46,47).
Logo, para
compreensão das parábolas é necessário:
Entender a parábola
como narrativa das experiências cotidianas. Distinguir o que é explícito do
implícito no que corresponde o agir de Deus no contexto literário. E por fim,
compreender a exata identificação da aplicabilidade da parábola na vida
cotidiana.
Referência:
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Velho Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro:
CPAD, 2008.
SILVA, Andreson Côrte Ferreira da. Cronologia Bíblica, Revista Manancial.
Ano 9, edição 28.
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