Deus é Fiel

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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Subsídio da EBD: Parábola: Uma lição para a vida


Parábola: Uma lição para a vida
Mais um trimestre para honra e glória de Deus, e também para a edificação da Igreja do Senhor Jesus Cristo, sendo que as Lições Bíblicas deste trimestre terão como tema central: As Parábolas de Jesus, as verdades e princípios divinos para uma vida abundante.
A primeira lição tem como texto áureo: E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos (Mc 4.34).
Logo, parábolas era uma ferramenta básica usada por Jesus em Seus ensinamentos (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 103).
I – O QUE É PARÁBOLA
O primeiro tópico tem como objetivo específico: distinguir a parábola de outras figuras de linguagem. Portanto, parábola é um símile, uma história, ou objeto ou uma metáfora colocada ao lado de uma verdade espiritual para esclarecer seu significado ou importância.
Portanto, é importante explorar como os ouvintes originais teriam compreendido a metáfora se quisermos entender exatamente o significado da parábola (RICHARDS, p.50).
Pode-se concluir que as parábolas de Jesus:
Relaciona-se com o cotidiano das pessoas.
Tinha como objetivo transmitir uma mensagem que não deixasse dúvida por parte de quem a recebia.
Porém, tendo como base Mateus 13.10-15, percebe-se que: O objetivo dessa parábola era, ao mesmo tempo, revelar a verdade (M t 13.11) e ocultá-la (Mt 13.13). O fato de Jesus ocultar a verdade serviu como juízo para os incrédulos, como aconteceu durante o ministério de Isaías (Is 6.9,10). (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 43).
II – CONTEXTO SOCIAL E LITERÁRIO
O segundo tópico tem como objetivo específico: esclarecer o contexto histórico em que as parábolas foram proferidas.
Alguns pontos são essenciais para compreender a mensagem das parábolas do Novo Testamento: o domínio político da época, a sociedade judaica, o silêncio divino e o Reino de Deus.
O domínio político da época estava sobre a hegemonia romana.
A sociedade judaica da época esperava o Messias, por isso, os indivíduos se agrupavam em pelo menos uma das seguintes ramificações religiosa: a dos fariseus, dos saduceus, dos essênios ou a dos zelotes.
Sobre o silêncio de Deus, assim comenta Silva:
Houve um silêncio profético. Nenhum livro considerado inspirado por Deus foi escrito neste período. Ao escriba e sacerdote Esdras coube à responsabilidade de revisar e editar as Sagradas Escrituras, depois que voltou do cativeiro, segundo os mais sábios dos judeus “se a Lei não tivesse sido dada por Moisés, Esdras mereceria a honra de ser o legislador dos hebreus”. Portanto, Esdras era um escriba versado na lei (Ed 7.6).
No silêncio Deus fala sem palavras e a palavra fala em silêncio. O silêncio de Deus em não levantar profetas e nem inspirar os homens a escrever obras canônicas não quer dizer que Deus estava distante dos judeus, pois no silêncio de Deus manifesta em nós o maior milagre. O milagre que ocorre no período interbíblico para com os judeus é a dedicação sincera deste povo ao Senhor, exemplo claro desta conversão é a origem da festa da dedicação. A festa da Dedicação era anual e iniciava no dia 25 de dezembro e duravam oito dias, era comemorada a dedicação da purificação do templo, que tinha sido profanado por Antíoco Epifanes, que também forçou a helenização dos judeus com a proibição do culto judaico, a observação do sábado, questões alimentares e a circuncisão foi proibida. Antíoco pretendia instalar a estátua de Zeus no templo em Jerusalém. E o pior de tudo foi quando Antíoco predispôs a sacrificar um porco sobre o altar, três anos após tal profanação iniciou-se a festa da dedicação.
A festa da dedicação encontra-se nos relatos do Novo Testamento. Em João 10.22 a festa da dedicação é o acontecimento do capítulo. O assunto do capítulo é Jesus e a sua morte. Enquanto que o nome de Jesus é o Bom Pastor. “Logo, só com a morte de Jesus é possível ter a nossa vida dedicada ao Senhor” (SILVA, Ano 9, p. 45).
Por fim, sobre o Reino de Deus é necessário compreender que:
O Reino de Deus é um dom presente. O Reino possui o Rei presente. Em terceiro o Reino não é a Igreja, mas a Igreja é criada pelo Reino e dá testemunho do Reino, pois a Igreja é a agência do Reino e é a guardadora do Reino. O Reino de Deus é eterno e pertence somente a Ele.
III – COMO LER UMA PARÁBOLA
O terceiro tópico tem como objetivo específico: apresentar as regras básicas para se compreender uma parábola.
As parábolas de Jesus são difíceis de compreender, porque não são apenas histórias para nos entreter, contadas para ilustrar verdades espirituais; antes desafiam a forma como vemos o mundo e até mesmo Deus, e convidam-nos a abraçar uma nova forma de vida, que exige arrependimento e fé... As parábolas são uma convocação para responder a Jesus antes que seja tarde demais. Por essa razão, as parábolas estão no cerne do ministério de Jesus (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p.46,47).
Logo, para compreensão das parábolas é necessário:
Entender a parábola como narrativa das experiências cotidianas. Distinguir o que é explícito do implícito no que corresponde o agir de Deus no contexto literário. E por fim, compreender a exata identificação da aplicabilidade da parábola na vida cotidiana.
Referência:
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SILVA, Andreson Côrte Ferreira da. Cronologia Bíblica, Revista Manancial. Ano 9, edição 28.

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