Perseverando
na Fé
A presente lição
tratará da perseverança na fé, e tem como verdade prática a seguinte descrição:
Quanto
mais perseverarmos na fé, melhor entenderemos a vontade de Deus.
E tem como objetivo
geral:
Estimular
a perseverança na fé.
Perseverança
na fé é uma das exortações bíblicas mais urgentes nos dias de hoje. A
perseverança na oração também é algo de suma importância para o discípulo de
Cristo. A oração é a comunicação vital dos discípulos com o Pai soberano nos
tempos perigosos até o estabelecimento final do Reino de Deus (GABY
& GABY, 2018, p. 54).
Portanto, perseverança
é definida como virtude que permite ao indivíduo a permanência naquilo que
acredita ou naquilo que espera.
I – INTERPRETANDO
A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO
O primeiro tópico tem
como objetivo específico: interpretar a
parábola do juiz iníquo. Logo, se percebe que a parábola possui
dois personagens específicos: o juiz e a viúva.
Cada um destes
personagens tem características específicas e simbólicas, pois o juiz na
parábola faz um contraste à pessoa de Deus, enquanto a viúva corresponde
diretamente com todos aqueles que necessitam da justiça divina.
O versículo que
introduz a parábola assim está escrito:
E
contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer (Lc
18.1).
Para muitos esta
parábola deveria ter o seguinte título: A viúva persistente.
Retornando aos
personagens da parábola se aprende que o juiz mesmo sendo iníquo e também por
não temer a Deus tinha como preocupação a sua reputação, fator que o motivou a
agir em prol da petição da viúva. [...] Esse
juiz não temia a Deus. Por essa razão, era provavelmente um juiz secular, e não
religioso. O magistrado desonesto representava o poder corrompido
(ALLEN; RADMACHER; HOUSE, 2013, p. 195).
Já a viúva mesmo em
suas limitações não deixou de clamar por justiça o que lhe garantiria o
prevalecer sobre o adversário. A mulher na parábola é uma viúva dependente
do auxílio da sociedade [...].
Faze-me
justiça. Talvez a mulher estivesse apelando para que se resolvesse algum
problema financeiro (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, 2013, p. 195).
II –
A BONDADE DE UM DEUS JUSTO
Destacar
a bondade de um Deus justo é o
objetivo específico do presente tópico.
Os atributos de Deus
revelam a pessoa dEle para os seres humanos. Os atributos de Deus de forma
didática são divididos em dois grupos: atributos naturais e atributos morais.
Atributos
naturais. Cinco merecem total atenção, são eles: a eternidade de
Deus, a imutabilidade de Deus, a onisciência de Deus, a onipotência de Deus e a
onipresença de Deus.
O atributo que ensina
que Deus não é limitado pelo tempo é o que afirma que Deus é eterno (Sl 90.2). Já
a imutabilidade de Deus indica que Deus não muda (Ml 3.6). Onisciência indica
que Deus não é limitado pelo aspecto intelectual, porque Ele sabe todas as
coisas (Hb 4.13). Onipotência é o atributo que afirma que Deus não é limitado
em poder, porque Ele é o Todo-Poderoso. A onipotência de Deus torna-se nítida e
se manifesta em quatro domínios: o domínio da natureza (Gn 1.1-3), o domínio da
experiência humana (Êx 7.1-5), o domínio celestial (Hb 1.13,14) e o domínio
sobre os espíritos malignos (Jó 2.6; Tg 4.7). Já a onipresença é o atributo que
indica não ser Deus limitado pelo espaço.
Atributos
morais. Santidade e o Amor se definem como atributos morais de
Deus, pois são atributos que expressam a majestade da natureza divina.
Deus é santo, e assim
como Ele é, cabe a cada cristão o dever de se santificar (Jo 17.17; 1Pe 1.16).
Deus é amor (1 Jo 4.8).
O amor como atributo expressa a natureza de Deus. Cinco são os aspectos do
atributo do amor de Deus: complacência, compaixão, afeição, benevolência e
misericórdia.
O aspecto do amor da
complacência ensina que Deus concorda com a oração dos fiéis e usa de benevolência
para com os teus (Mt 17.5). O amor da compaixão ensina que a ação de Deus está
associada com a aflição dos que por Ele são amados (Êx 3.9). O amor da afeição
ensina sobre o aspecto da relação íntima entre Deus e o seu povo (Jo 17.23). Já
o aspecto da benevolência se define na ação divina em outorgar e usar de
bondade (Lc 6.35). Por fim, o quinto aspecto do amor divino é a misericórdia.
Do substantivo hesed (transliteração do hebraico), corresponde com a
benignidade, o amor firme, a graça, e com a palavra misericórdia, fidelidade,
bondade e devoção. Já o substantivo – eleos – presume necessidade por parte de
quem a recebe, e recursos adequados para satisfazer a necessidade daquele que a
mostra. Deus age com misericórdia. As misericórdias do Senhor proporcionam ao
cristão a possibilidade de sonhar e de lutar para que o melhor de Deus se
concretize.
III
– A PERSEVERANÇA DA VIÚVA É UMA IMAGEM PARA NÓS
O último tópico tem
como objetivo específico: ressaltar a
postura da viúva a respeito da oração, da perseverança e da fé.
A palavra
perseverança poder ser definida por resistência e constância. Logo,
perseverança é a resistência paciente mantida até mesmo em momentos em que
situações adversas são reais. Pode ser definida com o manter firme no foco a
qual foi vocacionado. Vocação para salvação e não para a perdição.
Perseverança define o
indivíduo persistente que tem constância nas suas ações e não desiste diante
das dificuldades. Firmeza é o termo apropriado para caracterizar o indivíduo
que não duvida dos princípios aprendidos e os colocam em prática.
Deus
não deixou de cumprir nenhuma das suas promessas. Na verdade, o ritmo pausado
que Ele adotou é motivado pela paciência. Deus está esperando para estender a
oportunidade aos seres humanos, para que se arrependam (RICHARDES,
p.528).
Assim como a
perseverança, a paciência deverá ser uma das virtudes que caracteriza o cristão
em meio às tribulações da vida, pois em Cristo deverá ser lançada toda
ansiedade, pois Ele tem cuidado da sua Igreja (1 Pe 5.7).
Portanto, a
perseverança bíblica apresenta a necessidade da ação humana no que corresponde
cultivar uma vida de oração, no manter o coração e a mente sob o escudo da fé,
no desenvolver uma dependência de Deus em todas as situações e principalmente
no cultivar a esperança que manterá os olhos em Cristo (POMMERENING, p. 129).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio
de Janeiro: CPAD, 2017.
RICHARDS, Lawence O. O Comentário Histórico-Cultural
do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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