Deus é Fiel

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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Subsídio da EBD: Perseverando na Fé


Perseverando na Fé
A presente lição tratará da perseverança na fé, e tem como verdade prática a seguinte descrição:
Quanto mais perseverarmos na fé, melhor entenderemos a vontade de Deus.
E tem como objetivo geral:
Estimular a perseverança na fé.
Perseverança na fé é uma das exortações bíblicas mais urgentes nos dias de hoje. A perseverança na oração também é algo de suma importância para o discípulo de Cristo. A oração é a comunicação vital dos discípulos com o Pai soberano nos tempos perigosos até o estabelecimento final do Reino de Deus (GABY & GABY, 2018, p. 54).
Portanto, perseverança é definida como virtude que permite ao indivíduo a permanência naquilo que acredita ou naquilo que espera.
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO
O primeiro tópico tem como objetivo específico: interpretar a parábola do juiz iníquo. Logo, se percebe que a parábola possui dois personagens específicos: o juiz e a viúva.
Cada um destes personagens tem características específicas e simbólicas, pois o juiz na parábola faz um contraste à pessoa de Deus, enquanto a viúva corresponde diretamente com todos aqueles que necessitam da justiça divina.
O versículo que introduz a parábola assim está escrito:
E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer (Lc 18.1).
Para muitos esta parábola deveria ter o seguinte título: A viúva persistente.
Retornando aos personagens da parábola se aprende que o juiz mesmo sendo iníquo e também por não temer a Deus tinha como preocupação a sua reputação, fator que o motivou a agir em prol da petição da viúva. [...] Esse juiz não temia a Deus. Por essa razão, era provavelmente um juiz secular, e não religioso. O magistrado desonesto representava o poder corrompido (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, 2013, p. 195).
Já a viúva mesmo em suas limitações não deixou de clamar por justiça o que lhe garantiria o prevalecer sobre o adversário.  A mulher na parábola é uma viúva dependente do auxílio da sociedade [...].
Faze-me justiça. Talvez a mulher estivesse apelando para que se resolvesse algum problema financeiro (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, 2013, p. 195).
II – A BONDADE DE UM DEUS JUSTO
Destacar a bondade de um Deus justo é o objetivo específico do presente tópico.
Os atributos de Deus revelam a pessoa dEle para os seres humanos. Os atributos de Deus de forma didática são divididos em dois grupos: atributos naturais e atributos morais.
Atributos naturais. Cinco merecem total atenção, são eles: a eternidade de Deus, a imutabilidade de Deus, a onisciência de Deus, a onipotência de Deus e a onipresença de Deus.
O atributo que ensina que Deus não é limitado pelo tempo é o que afirma que Deus é eterno (Sl 90.2). Já a imutabilidade de Deus indica que Deus não muda (Ml 3.6). Onisciência indica que Deus não é limitado pelo aspecto intelectual, porque Ele sabe todas as coisas (Hb 4.13). Onipotência é o atributo que afirma que Deus não é limitado em poder, porque Ele é o Todo-Poderoso. A onipotência de Deus torna-se nítida e se manifesta em quatro domínios: o domínio da natureza (Gn 1.1-3), o domínio da experiência humana (Êx 7.1-5), o domínio celestial (Hb 1.13,14) e o domínio sobre os espíritos malignos (Jó 2.6; Tg 4.7). Já a onipresença é o atributo que indica não ser Deus limitado pelo espaço.
Atributos morais. Santidade e o Amor se definem como atributos morais de Deus, pois são atributos que expressam a majestade da natureza divina.
Deus é santo, e assim como Ele é, cabe a cada cristão o dever de se santificar (Jo 17.17; 1Pe 1.16).
Deus é amor (1 Jo 4.8). O amor como atributo expressa a natureza de Deus. Cinco são os aspectos do atributo do amor de Deus: complacência, compaixão, afeição, benevolência e misericórdia.
O aspecto do amor da complacência ensina que Deus concorda com a oração dos fiéis e usa de benevolência para com os teus (Mt 17.5). O amor da compaixão ensina que a ação de Deus está associada com a aflição dos que por Ele são amados (Êx 3.9). O amor da afeição ensina sobre o aspecto da relação íntima entre Deus e o seu povo (Jo 17.23). Já o aspecto da benevolência se define na ação divina em outorgar e usar de bondade (Lc 6.35). Por fim, o quinto aspecto do amor divino é a misericórdia. Do substantivo hesed (transliteração do hebraico), corresponde com a benignidade, o amor firme, a graça, e com a palavra misericórdia, fidelidade, bondade e devoção. Já o substantivo – eleos – presume necessidade por parte de quem a recebe, e recursos adequados para satisfazer a necessidade daquele que a mostra. Deus age com misericórdia. As misericórdias do Senhor proporcionam ao cristão a possibilidade de sonhar e de lutar para que o melhor de Deus se concretize.
III – A PERSEVERANÇA DA VIÚVA É UMA IMAGEM PARA NÓS
O último tópico tem como objetivo específico: ressaltar a postura da viúva a respeito da oração, da perseverança e da fé.
A palavra perseverança poder ser definida por resistência e constância. Logo, perseverança é a resistência paciente mantida até mesmo em momentos em que situações adversas são reais. Pode ser definida com o manter firme no foco a qual foi vocacionado. Vocação para salvação e não para a perdição.
Perseverança define o indivíduo persistente que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades. Firmeza é o termo apropriado para caracterizar o indivíduo que não duvida dos princípios aprendidos e os colocam em prática.
Deus não deixou de cumprir nenhuma das suas promessas. Na verdade, o ritmo pausado que Ele adotou é motivado pela paciência. Deus está esperando para estender a oportunidade aos seres humanos, para que se arrependam (RICHARDES, p.528).
Assim como a perseverança, a paciência deverá ser uma das virtudes que caracteriza o cristão em meio às tribulações da vida, pois em Cristo deverá ser lançada toda ansiedade, pois Ele tem cuidado da sua Igreja (1 Pe 5.7).
Portanto, a perseverança bíblica apresenta a necessidade da ação humana no que corresponde cultivar uma vida de oração, no manter o coração e a mente sob o escudo da fé, no desenvolver uma dependência de Deus em todas as situações e principalmente no cultivar a esperança que manterá os olhos em Cristo (POMMERENING, p. 129).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
RICHARDS, Lawence O. O Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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