Deus é Fiel

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sábado, 29 de maio de 2021

Subsídio da Lição: O Ministério de Mestre ou Doutor

 O Ministério de Mestre ou Doutor

A presente lição apresenta a seguinte Verdade Prática: Os vocacionados por Deus para o ministério do ensino são por Ele chamados para edificar a Igreja de Cristo. Quão fortes são estas palavras, pois valoriza o ministério do mestre.

No Antigo Testamento os sábios também foram importantes para o fortalecimento da nação israelitas. A estrutura do Antigo Testamento divide em três partes: Lei, Profetas e Escritos. A Lei é a base; os Profetas chamam o povo de vota à Lei; e os Escritos são as respostas do povo à Lei.

O ministério de ensino requer dedicação, disciplina e esforço. Dedicação ao estudo sistemático das Escrituras Sagradas; disciplina no desenrolar a atividade ministerial; e, esforço intelectual no que corresponde à aprendizagem a todos os fatores que o rodeia, como exemplo: conhecimento antropológico, conhecimento teológico, biológico e até filosófico.

Portanto, Retratar a missão do ministério de Mestre é o objetivo geral da presente lição, que também apresenta os seguintes objetivos específicos: Apresentar que Jesus, o mestre da Galileia, é mestre por excelência; Identificar a ordem de Jesus aos seus discípulos para ensinar a igreja do primeiro século; e, Apontar a importância do dom ministerial de ensinador na igreja local.

I – JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA

1- O mestre da Galileia.

2- O mestre divino.

3- O mestre da humildade.

Jesus usou como didática: o discurso, o método de perguntas e respostas, debates e parábolas. Mas, em todo tempo o ministério de ensino de Jesus foi firmado nas clarezas das palavras e no modelo exemplar de humildade.

Renovato assim escreve sobre ter Jesus como exemplo de Mestre:

O Mestre dos Mestres deixou-nos grandes exemplos de sua pedagogia.

1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);

2) Conhecia seus alunos (Mt 13.; Lc 15.8-10; Jo 21);

3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);

4) Ensinava as verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17-26; Jo 14.6);

5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes (Parábolas, perguntas, discursos, preleção, leitura, demonstração, etc.) (RENOVATO, 2021, p. 121).

Com o nascimento de Jesus, o Verbo revelava a si mesmo para a humanidade. Além de compreender Jesus como Deus, que se encontra no evangelho de João capítulo primeiro, a narrativa Bíblica outorga como saber que a vida de Jesus é entendida pelos seus ensinos, sendo que estes se dividem em quatro etapas, que são:

1ª Etapa: Ensinando sobre o Reino; os ensinamentos sobre o Reino de Deus através de Jesus podem ser encontrados nas parábolas e nos sermões. (Mt 5 -7; Lc 8. 4-15).

2ª Etapa: Ensinando ou discipulando; Cristo preparou para si discípulos, que deu continuidade a sua obra. Quando Ele escolheu os discípulos, Ele queria ensiná-los para que eles continuassem a obra do Pai em proclamar a mensagem da salvação.

3ª Etapa: Ensinando para enviar; Jesus ensinou a seus discípulos para enviá-los, ou seja, o que Jesus ensinou requeria que fosse ensinado (Mt 28. 19-20; Mc 16.15).

4ª Etapa: Ensinando sobre escatologia; Jesus também falou sobre a doutrina das ultima coisas, (Mt 25).

II – O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO

1- Uma ordem de Jesus.                                                

2- A doutrina dos apóstolos.

3- Ensinamento persistente.

O livro de Atos se resume em três partes básicas, sendo que cada uma delas possui uma abrangência histórica com fatos marcantes para com a organização da Igreja.

1- Eventos Pré–Pentecostais. No capítulo um de Atos, notaremos o último discurso de Jesus para com os seus discípulos, a ascensão de Jesus e a escolha de Matias para compor o colégio apostólico, estes fatos marcam a primeira parte do livro de Atos.

2- Eventos Pentecostais. No capítulo dois de Atos, nota se a inauguração da igreja com a descida do Espírito Santo.

3- Eventos Missionários. Período de proclamação do evangelho. A salvação era anunciada pela igreja. Neste período nomes importantes apareceram no cenário histórico da Igreja, por exemplo: Paulo e Barnabé.

[...] Os Atos dos Apóstolos registram a obediência dos primeiros apóstolos e discípulos, no cuidado em cumprir a determinação de Jesus. Após a descida do Espírito Santo (At 2.1-6), o discurso de Pedro foi um verdadeiro ensino de pneumatologia (At 2.14-40) (RENOVATO, 2021, p. 125).

Tendo como base Atos 2.42 compreende os pilares essenciais para compreender a Igreja Primitiva: E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

1- Doutrina dos apóstolos. Os apóstolos deram continuidade aos ensinamentos de Jesus, com isto a doutrina dos apóstolos trata se do que eles receberam do Senhor. Doutrina fala se de ensino transformativo.

2- Comunhão. O termo no seu original se define como participação e integração. A igreja primitiva vivenciava a necessidade de cada irmão, com isto participavam de suas dores e alegrias e se integravam no propósito de serem um como Jesus e o Pai.

3- No partir do pão. Indica que a igreja se alimentava em conjunto. Podendo descrever o suprir das necessidades de uns para com os outros.

4- Nas Orações. A comunidade cristã do primeiro século não se conformava em viver sem comunhão para com Deus. Sendo que a comunhão com o Senhor se manifestava por intermédio da prática diária da oração.

III – A IMPORTANCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE

1- Uma necessidade urgente da igreja.                     

2- A responsabilidade de um discipulado contínuo.

3- Requisitos necessários ao mestre.

O mestre no dia a dia do labor ministerial torna-se conhecedor de todas as áreas das ciências, sejam elas humanas ou exatas. Isto ocorre por necessidade em atender bem aos membros da igreja que, por conseguinte proporciona o suprimento de todas as necessidades da comunidade cristã.

a) Preparo intelectual. Para a preparação de um bom estudo bíblico no mínimo oito horas serão consumidas. Tais horas serão distribuídas em leituras, consultas e anotações. Para preparar um bom estudo o mestre deverá ter preparo intelectual (Jr 3.15).

b) Preparo espiritual. O mestre não poderá esquecer-se de sua aliança com Deus. Antes de exercer o ministério o mesmo deverá compreender que é servo de Deus e tem um céu de glória que o espera. O cuidado espiritual é visível na vida daqueles que tem comunhão com Deus. Pois, sem comunhão com Deus o ministério de ensino não será marcado pela operação divina. O preparo espiritual está associado à oração, a leitura da Bíblia, ao jejum, em suma, a uma vida de santidade diante de Deus (1 Ts 5.23).

A necessidade do ensino da Palavra de Deus requer pessoas preparadas para ministra-la com sabedoria, graça e unção da parte de Deus. Diante disso, vem o papel dos mestres e doutores. São pessoas que se dedicam ao ensino (cf. Rm 12.7). Eles não se consideram superiores aos demais obreiros, pelo fato de terem recebido o dom de ensinar. Mas, pela dedicação constante ao estudo e à pesquisa bíblica, reúnem informações e subsídios, extraídos das Escrituras, para compartilhar com toda a igreja (RENOVATO, 2021, p. 122).

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

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