O Ministério de Mestre ou Doutor
A presente lição apresenta a seguinte Verdade
Prática: Os vocacionados por Deus para o ministério do
ensino são por Ele chamados para edificar a Igreja de Cristo.
Quão fortes são estas palavras, pois valoriza o ministério do mestre.
No Antigo Testamento os sábios também foram
importantes para o fortalecimento da nação israelitas. A estrutura do Antigo
Testamento divide em três partes: Lei, Profetas e Escritos. A Lei é a base; os
Profetas chamam o povo de vota à Lei; e os Escritos são as respostas do povo à
Lei.
O ministério de ensino requer dedicação,
disciplina e esforço. Dedicação ao estudo sistemático das Escrituras Sagradas;
disciplina no desenrolar a atividade ministerial; e, esforço intelectual no que
corresponde à aprendizagem a todos os fatores que o rodeia, como exemplo: conhecimento
antropológico, conhecimento teológico, biológico e até filosófico.
Portanto, Retratar
a missão do ministério de Mestre é o objetivo geral da presente
lição, que também apresenta os seguintes objetivos específicos: Apresentar que Jesus, o mestre da Galileia, é mestre por excelência;
Identificar a ordem de Jesus aos seus discípulos para ensinar a igreja do
primeiro século; e, Apontar a importância do dom ministerial de ensinador na
igreja local.
I – JESUS, O MESTRE POR
EXCELÊNCIA
1- O
mestre da Galileia.
2- O
mestre divino.
3- O
mestre da humildade.
Jesus usou como didática: o discurso, o
método de perguntas e respostas, debates e parábolas. Mas, em todo tempo o
ministério de ensino de Jesus foi firmado nas clarezas das palavras e no modelo
exemplar de humildade.
Renovato assim escreve sobre ter Jesus como
exemplo de Mestre:
O Mestre dos Mestres
deixou-nos grandes exemplos de sua pedagogia.
1) Conhecia a matéria que
ensinava (Lc 24.27);
2) Conhecia seus alunos
(Mt 13.; Lc 15.8-10; Jo 21);
3) Reconhecia o que havia
de bom em seus alunos (Jo 1.47);
4) Ensinava as verdades
bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17-26; Jo 14.6);
5) Variava o método de
ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes (Parábolas, perguntas,
discursos, preleção, leitura, demonstração, etc.) (RENOVATO, 2021, p. 121).
Com o nascimento de Jesus, o Verbo revelava a
si mesmo para a humanidade. Além de compreender Jesus como Deus, que se encontra
no evangelho de João capítulo primeiro, a narrativa Bíblica outorga como saber
que a vida de Jesus é entendida pelos seus ensinos, sendo que estes se dividem
em quatro etapas, que são:
1ª Etapa: Ensinando sobre o Reino; os
ensinamentos sobre o Reino de Deus através de Jesus podem ser encontrados nas
parábolas e nos sermões. (Mt 5 -7; Lc 8. 4-15).
2ª Etapa: Ensinando ou discipulando; Cristo
preparou para si discípulos, que deu continuidade a sua obra. Quando Ele
escolheu os discípulos, Ele queria ensiná-los para que eles continuassem a obra
do Pai em proclamar a mensagem da salvação.
3ª Etapa: Ensinando para enviar; Jesus
ensinou a seus discípulos para enviá-los, ou seja, o que Jesus ensinou requeria
que fosse ensinado (Mt 28. 19-20; Mc 16.15).
4ª Etapa: Ensinando sobre escatologia; Jesus
também falou sobre a doutrina das ultima coisas, (Mt 25).
II – O ENSINO DAS ESCRITURAS
NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO
1-
Uma ordem de Jesus.
2- A
doutrina dos apóstolos.
3-
Ensinamento persistente.
O livro de Atos se resume em três partes
básicas, sendo que cada uma delas possui uma abrangência histórica com fatos
marcantes para com a organização da Igreja.
1-
Eventos Pré–Pentecostais. No capítulo um de Atos, notaremos o
último discurso de Jesus para com os seus discípulos, a ascensão de Jesus e a
escolha de Matias para compor o colégio apostólico, estes fatos marcam a
primeira parte do livro de Atos.
2-
Eventos Pentecostais. No capítulo dois de Atos, nota se a
inauguração da igreja com a descida do Espírito Santo.
3-
Eventos Missionários. Período de proclamação do evangelho. A
salvação era anunciada pela igreja. Neste período nomes importantes apareceram
no cenário histórico da Igreja, por exemplo: Paulo e Barnabé.
[...] Os Atos dos
Apóstolos registram a obediência dos primeiros apóstolos e discípulos, no
cuidado em cumprir a determinação de Jesus. Após a descida do Espírito Santo
(At 2.1-6), o discurso de Pedro foi um verdadeiro ensino de pneumatologia (At
2.14-40) (RENOVATO,
2021, p. 125).
Tendo como base Atos 2.42 compreende os
pilares essenciais para compreender a Igreja Primitiva: E
perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações.
1-
Doutrina dos apóstolos. Os apóstolos deram continuidade aos
ensinamentos de Jesus, com isto a doutrina dos apóstolos trata se do que eles
receberam do Senhor. Doutrina fala se de ensino transformativo.
2-
Comunhão. O termo no seu original se define como participação e
integração. A igreja primitiva vivenciava a necessidade de cada irmão, com isto
participavam de suas dores e alegrias e se integravam no propósito de serem um
como Jesus e o Pai.
3-
No partir do pão. Indica que a igreja se alimentava em conjunto.
Podendo descrever o suprir das necessidades de uns para com os outros.
4-
Nas Orações. A comunidade cristã do primeiro século não
se conformava em viver sem comunhão para com Deus. Sendo que a comunhão com o
Senhor se manifestava por intermédio da prática diária da oração.
III – A IMPORTANCIA DO DOM
MINISTERIAL DE MESTRE
1-
Uma necessidade urgente da igreja.
2- A
responsabilidade de um discipulado contínuo.
3-
Requisitos necessários ao mestre.
O mestre no dia a dia do labor ministerial
torna-se conhecedor de todas as áreas das ciências, sejam elas humanas ou
exatas. Isto ocorre por necessidade em atender bem aos membros da igreja que,
por conseguinte proporciona o suprimento de todas as necessidades da comunidade
cristã.
a) Preparo intelectual. Para a preparação de
um bom estudo bíblico no mínimo oito horas serão consumidas. Tais horas serão
distribuídas em leituras, consultas e anotações. Para preparar um bom estudo o mestre
deverá ter preparo intelectual (Jr 3.15).
b) Preparo espiritual. O mestre não poderá
esquecer-se de sua aliança com Deus. Antes de exercer o ministério o mesmo
deverá compreender que é servo de Deus e tem um céu de glória que o espera. O
cuidado espiritual é visível na vida daqueles que tem comunhão com Deus. Pois,
sem comunhão com Deus o ministério de ensino não será marcado pela operação
divina. O preparo espiritual está associado à oração, a leitura da Bíblia, ao
jejum, em suma, a uma vida de santidade diante de Deus (1 Ts 5.23).
A necessidade do ensino da
Palavra de Deus requer pessoas preparadas para ministra-la com sabedoria, graça
e unção da parte de Deus. Diante disso, vem o papel dos mestres e doutores. São
pessoas que se dedicam ao ensino (cf. Rm 12.7). Eles não se consideram
superiores aos demais obreiros, pelo fato de terem recebido o dom de ensinar.
Mas, pela dedicação constante ao estudo e à pesquisa bíblica, reúnem
informações e subsídios, extraídos das Escrituras, para compartilhar com toda a
igreja (RENOVATO, 2021, p. 122).
Referência
RENOVATO,
Elinaldo. Dons Espirituais e
Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de
Janeiro: CPAD, 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário