Deus é Fiel

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terça-feira, 8 de junho de 2021

Quando a igreja é a principal preocupação: Divisão no seio eclesiástico e moralidade afetada

Quando a igreja é a principal preocupação: Divisão no seio eclesiástico e moralidade afetada

Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer  (1 Co 1.12)

Ao escrever sobre o tema: Quando a igreja é a principal preocupação, o apóstolo Paulo comenta a respeito de problemas existenciais no seio eclesiástico, sendo que a existências de tais problemas está diretamente associado com a imperfeição dos membros da igreja.

Lembrando que a presente temática se associa com as duas cartas de 1 e 2 Coríntios. A igreja não é perfeita, pois é composta por seres humanos. Entretanto, a igreja de Coríntios por mais que possuía os nove dons espirituais estavam sobre o regime das obras da carne.

Quando o problema está na convivência

Inicialmente o apóstolo relata a respeito de dois problemas que estão relacionados com o estilo de convivência de muito dos membros da comunidade cristã em Coríntios.

No primeiro instante, Paulo comenta a respeito da divisão entre os irmãos. Dissenção esta em que cada grupo se isolava em seu contexto e rejeitava a autoridade ministerial na vida dos demais ministros (1 Co 3.4,5). Assim sendo os membros que se adequavam a esta realidade estavam desprovidos de conhecimento no que se refere à origem do crescimento para com a obra, pois o próprio Deus é quem outorga o crescimento (1 Co 3.6).

Enquanto o primeiro problema estava associado com a convivência no seio eclesiástico, o segundo estava inserido no seio familiar, um membro da igreja estava tendo caso (fornicação) com a esposa do próprio pai (1 Co 5.1). Segundo o contexto do texto percebe-se que não se trata de relações sexuais com a própria mãe, mas sim com a madrasta, ação proibida por Deus (Lv 18.8).

A solução para o segundo problema foi definido por Paulo no ato de disciplinar que dever ser aplicada quando:

[...] outros meios de persuasão como aconselhamento e orientação pastoral não surtirem efeitos. A disciplina não é um ato de vingança, mas uma atitude terapêutica para cura de um grande mal que esteja afetando a igreja, que Paulo compara a um corpo; portanto, uma atitude de respeito e cuidado com o Corpo de Cristo. A disciplina era necessária para preservar o “Templo de Deus” (3.16,17; 6.19) (NEVES, 2021, p. 89).

Quando o problema é doutrinário e litúrgico

Na segunda parte o apóstolo Paulo descreve a respeito dos problemas no seio eclesiástico que estavam relacionados com questões doutrinárias, exemplo: a situação do casamento (7.1-40); questões referentes com a liberdade cristã (8.1-11.1); dúvidas no que se trata da ressurreição (15.1-58); e, dúvidas a respeito da mordomia (16.1-9).

No que tange ao problema litúrgico, percebe-se a profundidade do ensino paulino referente à organização no momento da Santa Ceia, assim como na utilização coerente dos dons espirituais (11.2-14.40).

Por fim, os capítulos 12, 13 e 14 são instrutivos para com a igreja de hoje para que esta vença todos os problemas tendo como base a operação poderosa de Deus, o vivenciar o amor cordial entre os irmãos e o desfrutar de maneira organizada dos trabalhos do Senhor.

REFERÊNCIAS

NEVES, Natalino das. O cuidado de Deus com o corpo de Cristo: Lições da carta do apóstolo Paulo aos coríntios para os nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.


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