Quando
a igreja é a principal preocupação: Divisão no seio eclesiástico e moralidade
afetada
Rogo-vos, porém, irmãos, pelo
nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não
haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um
mesmo parecer (1
Co 1.12)
Ao escrever sobre o tema: Quando a igreja é a
principal preocupação, o apóstolo Paulo comenta a respeito de problemas
existenciais no seio eclesiástico, sendo que a existências de tais problemas está
diretamente associado com a imperfeição dos membros da igreja.
Lembrando que a presente temática se associa
com as duas cartas de 1 e 2 Coríntios. A igreja não é perfeita, pois é composta
por seres humanos. Entretanto, a igreja de Coríntios por mais que possuía os nove
dons espirituais estavam sobre o regime das obras da carne.
Quando o problema está na convivência
Inicialmente o apóstolo relata a respeito de
dois problemas que estão relacionados com o estilo de convivência de muito dos
membros da comunidade cristã em Coríntios.
No primeiro instante, Paulo comenta a
respeito da divisão entre os irmãos. Dissenção esta em que cada grupo se
isolava em seu contexto e rejeitava a autoridade ministerial na vida dos demais
ministros (1 Co 3.4,5). Assim sendo os membros que se adequavam a esta
realidade estavam desprovidos de conhecimento no que se refere à origem do
crescimento para com a obra, pois o próprio Deus é quem outorga o crescimento
(1 Co 3.6).
Enquanto o primeiro problema estava associado
com a convivência no seio eclesiástico, o segundo estava inserido no seio
familiar, um membro da igreja estava tendo caso (fornicação) com a esposa do
próprio pai (1 Co 5.1). Segundo o contexto do texto percebe-se que não se trata
de relações sexuais com a própria mãe, mas sim com a madrasta, ação proibida por
Deus (Lv 18.8).
A solução para o segundo problema foi
definido por Paulo no ato de disciplinar que dever ser aplicada quando:
[...] outros meios de
persuasão como aconselhamento e orientação pastoral não surtirem efeitos. A
disciplina não é um ato de vingança, mas uma atitude terapêutica para cura de
um grande mal que esteja afetando a igreja, que Paulo compara a um corpo;
portanto, uma atitude de respeito e cuidado com o Corpo de Cristo. A disciplina
era necessária para preservar o “Templo de Deus” (3.16,17; 6.19) (NEVES, 2021, p. 89).
Quando o problema é
doutrinário e litúrgico
Na
segunda parte o apóstolo Paulo descreve a respeito dos problemas no seio
eclesiástico que estavam relacionados com questões doutrinárias, exemplo: a
situação do casamento (7.1-40); questões referentes com a liberdade cristã
(8.1-11.1); dúvidas no que se trata da ressurreição (15.1-58); e, dúvidas a
respeito da mordomia (16.1-9).
No
que tange ao problema litúrgico, percebe-se a profundidade do ensino paulino
referente à organização no momento da Santa Ceia, assim como na utilização coerente
dos dons espirituais (11.2-14.40).
Por fim, os capítulos 12, 13 e 14 são instrutivos para com a igreja de hoje para que esta vença todos os problemas tendo como base a operação poderosa de Deus, o vivenciar o amor cordial entre os irmãos e o desfrutar de maneira organizada dos trabalhos do Senhor.
REFERÊNCIAS
NEVES, Natalino das. O cuidado de Deus com o corpo de Cristo:
Lições da carta do apóstolo Paulo aos coríntios para os nossos dias. Rio de
Janeiro: CPAD, 2021.
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