Subsídio da Lição: O Presbítero, Bispo ou Ancião
A presente lição apresenta a seguinte Verdade
Prática: O presbítero deve ser constituído por pessoas
idôneas para auxiliar na administração da igreja local. Lembrando
que com o crescimento da igreja primitiva surgiu à necessidade de um número maior
de pessoas para auxiliar aos líderes na administração da igreja. Daí surgiu o
presbítero como personagem importante na historiografia da igreja. Do grego o
termo presbítero significa pessoa mais velha, ou seja, pessoa idônea, confiável
e que alcançou a maturidade.
Os apóstolos, como
verdadeiros evangelistas e missionários, não podiam ficar radicados num só
lugar. Uns tinham que se dedicar à oração e à palavra (At 6.4). Outros
precisavam sair evangelizando, mas o crescimento da obra exigia mais pessoas
para ajuda-los. Assim, com o passar dos anos, foram surgindo crentes de mais
idade, que demonstravam condição para cuidar dos mais novos convertidos. A boa
semente do evangelho frutificava em vários lugares, e os líderes da Igreja
(pertencentes ao Colégio Apostólico) tomaram providências para que em cada
cidade, fossem estabelecidos líderes locais para cuidarem do rebanho (RENOVATO,
2021, p.129).
É importante compreender que o presbítero é
considerado o grande amigo do pastor e principalmente quando o assunto se
refere ao ensino e a administração eclesiástica.
Entretanto, Apresentar
a importância da função de presbítero é o objetivo geral da
presente lição, que também apresenta os seguintes objetivos específicos: definir o termo e a função do presbítero; destacar a
importância do presbítero; e, pontuar os deveres dos presbíteros.
I – A ESCOLHA DOS PRESÍTEROS
1-
Significado da função.
2- A
liderança local.
3-
As qualificações.
A palavra presbítero tem como significado
ancião. Aos presbíteros está a missão de cuidar da congregação, assim como é a
função do pastor. No Novo Testamento os termos: pastor, bispo e presbíteros
passam a ter a mesma função, a de dirigir a congregação local e de certa
maneira cuidar das necessidades espirituais. Portanto, as ações administrativa
e evangelística do presbítero deverão ser desenvolvidas mediante a palavra de
Deus.
Ao longo dos séculos, a atividade
do presbítero caracterizou-se pelo ministério de administrar as igrejas, bem
como do ensino da Palavra. Sua função não é inferior à do pastor ou do evangelista.
É atividade necessária para o bom ordenamento das atividades das igrejas
locais. O presbítero é obreiro que colabora com o pastor da igreja, ajudando-o
no cuidado do rebanho do Senhor Jesus Cristo (RENOVATO, 2021, p. 130).
O presbítero não poderá ser um recém-admitido
no corpo de Cristo, pois é necessário que haja tempo para a preparação e
crescimento espiritual. Para cuidar dos outros é necessário que o cristão tenha
preparo e conhecimento, logo para chegar ao presbitério é necessário que o
anelante ao ofício cresça na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18).
II – A IMPORTÂNCIA DO
PRESBÍTERO
1-
Significado do termo.
2- A
atuação do presbítero.
3- A
valorização do presbítero
A atuação do evangelista João como presbítero
indica que este ministério deve ser honrado e valorizado.
A missão do presbítero é
de tanta importância que o Novo Testamento dedica vários textos a respeito das
qualificações que se devem exigir dos obreiros que são escolhidos para essa
função ministerial. Não é um “dom de Deus”, como já vimos no estudo sobre Efésios
4.11. Mas é um ministério, no sentido a que Paulo se refere, ao dizer que “há
diversidade de ministérios” (1 Co 12.5) (RENOVATO,
2021, p. 131).
Portanto, tendo como base de análise a vida
do apóstolo João compreende-se que ele corrobora para com a humanidade deixando
o legado de um brilhante mestre do ensino da palavra. O apóstolo João é bem
claro em seus escritos. A clareza revelada na escrita de seu evangelho e assim
como nas suas três cartas e no apocalipse indicam que o apóstolo João era um
homem preocupado com a mensagem do evangelho.
A clareza está na objetividade dos escritos.
João escreveu o evangelho com o propósito que creiais que
Jesus é o Cristo o Filho de Deus e para que crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31). Jesus é apresentado com dois nomes:
Cristo e Filho de Deus. Cristo indica ungido, termo que João utiliza para
chamar a atenção dos judeus. Porém, o nome Filho de Deus é o termo que João
utiliza para chamar a atenção dos gentios. Em seguida vem o informativo que a
vida está no nome de Jesus.
Na sua primeira epistola o evangelista João
assim escreve o propósito da carta: estas coisas vos
escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creais no nome do
Filho de Deus (1 Jo 5.13). Após
crer e permanecer firme, a vida eterna é futuro certo e pertencente à igreja.
O evangelista também deixa o legado de
companheirismo. O evangelista João é citado na bíblia como o discípulo a quem
Jesus amava (Jo 13.23; 19.26) e é quem reclina sobre o peito de Jesus (Jo
13.25). Jesus teve doze apóstolos e apenas três eram próximos dEle e apenas um
era íntimo. João era este apóstolo íntimo do mestre Jesus.
III – OS DEVERES DO
PRESBÍTERO
1-
Apascentar a igreja.
2- Liderar
a igreja local.
3-
Ungir os enfermos.
Sendo de fato o presbítero responsável pelo
ensino da Palavra de Deus nota-se que é pertencente aos presbíteros o cuidado
com o crescimento da igreja mediante o ensino bíblico. O presbítero quando
ensina a bíblia torna-se um apologista da sã doutrina, isto porque o ancião como
líder do rebanho, deve preservar a igreja local das
investidas dos falsos mestres (RENOVATO, 2021, p. 137).
Todo indivíduo ao criar seus sonhos deseja de
fato ser bem-sucedido na vida. Não difere quando o assunto é a obra de Deus. O
presbítero é de fato servo de Deus na seara do Senhor e para que seu trabalho
seja útil é necessário que o mesmo faça algo além daquilo que corresponda a uma
obrigação específica ao ministério ao qual o mesmo tem o chamado (Lc 17.10).
O ministério do presbítero é uma excelente
obra, por ensinar a palavra de Deus (Mt 28.19), e também por ser o presbítero
uma das representações físicas a
respeito da administração da igreja, pois quem de fato governa a igreja
é o Espírito Santo. O governo do Espírito Santo é realizado pela bíblia e
também pela consciência do cristão.
Ao escrever a Timóteo, o apostolo Paulo
enfatiza que o presbítero deverá governar bem a sua própria casa (1 Tm 3.4,5).
Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar.
É função ao ministério do presbítero;
planejar, ou seja, estabelecer objetivos para as atividades concernentes ao
crescimento da Igreja. Assim como também é pertencente ao presbítero à função
de auxiliar o pastor na organização, direção e coordenação da igreja.
Entretanto, a administração do presbítero inicia se na sua própria casa, pois o
mesmo mostrará como bom governante para com a igreja local quando tiver seus
filhos submissos a ele (1 Tm 3.4). Ao ser provado na administração da sua
própria casa, assim o presbítero passa a ser aprovado como ministro da casa do
Senhor.
Portanto, o presbítero deverá entender que a
administração eclesiástica não é algo aleatório, pois administrar a casa de
Deus exige: objetivos, organização, planejamento, tempo e comando. Se o lar não
tem objetivo, não é organizado, não tem planejamento, não tem tempo para os
membros da família e não tem comando, como separar uma pessoa assim para o
ministério da palavra.
Referência
RENOVATO,
Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais,
servindo a Deus e aos com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
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