Da circuncisão e dos alimentos sacrificados aos ídolos
Conforme a Síntese:
O que salva o ser humano não
são os rituais religiosos, mas a fé no sacrifício vicário de Cristo Jesus. Lembrando que um, [...] assunto
que estava dividindo as opiniões e causando dissensões entre os coríntios era a
compra da carne nos açougues, que, naquela cultura, vendiam as carnes que
sobravam dos sacrifícios que eram realizados em oferta aos deuses romanos,
gregos e locais (NEVES, 2021, p. 135).
A presente lição tem como objetivos:
Mostrar a circuncisão no
Antigo Testamento;
Conhecer a circuncisão e o
cristianismo;
Saber a respeito dos alimentos
sacrificados aos ídolos em Corinto.
I – A CIRCUNCISÃO
NO ANTIGO TESTAMENTO
Ao analisar o tema circuncisão no Antigo
Testamento percebe-se que o ato em si tem sua origem na chamada de Abraão, e
torna-se um ritual obrigatório conforme a Lei de Moisés, porém a circuncisão se
apresenta ineficaz para livrar o ser humano do domínio do pecado.
A circuncisão corresponde em cortar o
prepúcio e se associa com a purificação. Fato importante referente à retirada
do prepúcio dos homens é uma garantia saudável outorgada para com as mulheres, pois
estas terão menos possibilidades de se acometerem de impurezas físicas após as
relações sexuais.
Igualmente, importante salutar corresponde
com a ineficácia da circuncisão no que se trata da justificação, pois a justificação
é o elo da salvação que retira a penalidade do pecado. A justificação pode ser
entendida em ser:
Salvação dos pecados praticados no passado.
Libertação da penalidade ou da culpa do pecado. Um ato da graça. Momentânea. E
ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo. Entretanto, sem a ressurreição de
Jesus não haveria a justificação.
II – A CIRCUNCISÃO
E O CRISTIANISMO
Relato importante referente à circuncisão no
Novo Testamente corresponde com O Concílio de Jerusalém onde que por decisão,
os judeus por tradição continuariam com a prática da circuncisão, porém este
ato não seria necessário aos gentios que provavelmente A notícia
sobre a decisão tomada no Concílio deve ter sido recebida com grande alegria
pela comunidade dos gentios, que não se sentia incluída nessa tradição judaica
específica e nacional (NEVES,
2021, p. 139).
Conforme os ensinos do apóstolo dos gentios
compreende que Paulo mostrou que a verdadeira circuncisão
não é a externa. Mas a que se pratica no coração (Cl 2.11). Advém esta do
verdadeiro arrependimento e da verdadeira fé nos desígnios de Deus (ANDRADE, 1997, p. 63).
Ao escreve aos romanos o apóstolo Paulo
corrobora com a verdade de que o interior transformado é que fomenta a mudança
para o exterior, e não é o exterior que possibilitará a transformação do
interior, ou seja, a verdadeira circuncisão é a do coração. A circuncisão do
coração corresponde com o cortar de tudo aquilo que desagrada a Deus que está
alojado no mais profundo do íntimo do humano (Rm 2. 29).
III – ALIMENTOS SACRIFICADOS
AOS ÍDOLOS
A cidade de Coríntio era um centro econômico
e pagão do período da igreja primitiva. No que corresponde à economia
desenvolvida por meio do comércio percebe-se a associação entre a venda de
carnes e sendo que estas carnes eram oferecidas aos ídolos. A ação estava
associada aos sacrifícios de animais e as carnes que sobravam dos rituais
religiosos eram vendidas no dia seguinte nos açougues.
Com o crescimento da igreja e com a presença
da comunidade judia no seio eclesiástico, percebeu-se que os conflitos tornaram
evidentes e constantes no que se relacionava ao ato de consumir ou não as
carnes vendidas nos açougues da cidade. Logo, na comunidade cristã de coríntio existiam
dois grupos no que tange ao consumo da carne vendida nos açougues:
O primeiro grupo correspondia com os que
compravam e consumiam a carne vendia nos açougues.
Já o segundo grupo era composto por aqueles que
não corroboravam com a ideia de comprarem e consumirem carne oferecida aos
ídolos.
Paulo recomenda aos
primeiros: “vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para
os fracos” (v.9), que ficavam com suas consciências contaminadas (v.7). Em
outras palavras, Paulo está dizendo que não há problemas, mas, devido aos
fracos, os fortes devem evitar comprar a carne do açougue, como uma forma de
apaziguar os ânimos na comunidade (8.8-13) (NEVES, 2021, p. 143).
REFERÊNCIAS
ANDRADE,
Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico,
com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
NEVES,
Natalino das. O cuidado de Deus com o
corpo de Cristo: Lições da carta do apóstolo Paulo aos coríntios para os
nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
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