Dualismo entre a lealdade de uma maioria e o descontentamento por parte da minoria
Temos, porém, este tesouro em
vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em
tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos,
mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a
parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; (2 Co 4.7-10)
A
segunda carta do apóstolo Paulo a igreja em Corinto é considerada a mais autobiográfica
das epístolas, pois o escritor relata momentos referentes à sua própria vida. E
dentre suas narrativas doutrinária Paulo apresenta termos chaves que
proporcionam o pleno conhecimento do viver cristão, como por exemplo: aflição,
fraqueza, lágrimas, perigos, tribulações, sofrimentos, ministério e consolação.
Para
Miranda:
Essa carta tem duas ênfases básicas. Uma delas é a defesa que Paulo
faz do seu ministério. A outra está relacionada com a natureza da obra de Deus.
Numa das passagens mais belas da carta, Paulo afirma que teme o Senhor e
persuade os homens, porque é cabalmente conhecido por Deus. Não havia um só
espaço do seu corpo, da sua cabeça ou do seu coração que não fosse conhecido
por Deus 2 Co 5.11-21 (p.
93, 94).
Em defesa da maioria leal
(1.12-7.16)
O
desenvolvimento do ministério frutífero do apóstolo Paulo está relacionado ao
chamado de Deus e com o compromisso para com os servos do Senhor que são leais
em tudo. E para com os motivadores de uma jornada frutífera o apóstolo escreve
a respeito: dos frutos do ministério, também a respeito de ser o Senhor Jesus
Cristo o assunto primordial a ser pregado e assim como a respeito da plenitude
do ministério da reconciliação.
A
respeito do ministério da reconciliação é necessário compreender que
reconciliar é tornar um, ou seja, é permitir que aqueles que se separaram por
algum motivo retornem e sejam reconduzidos ao ambiente de outrora.
Motivo
às vezes considerado sem valor, porém com poder totalmente destruidor. Logo,
sendo o cristão embaixador de Cristo mediará a reconciliação, proporcionando a
unidade onde reinava a separação. Desenvolver o ministério da reconciliação é ser
um embaixador de Cristo na terra.
E
como embaixador de Cristo é de responsabilidade do cristão propagar a mensagem
da salvação a todos os homens, inclusive para com aqueles que se desviaram da
jornada cristã.
Argumentando aos descontentes (10.1-13.10)
É
notória a existência de crentes descontentes com toda a ação desenvolvida pela igreja.
Assim era também nos dias de Paulo em que uma minoria descontente menospreza a
mensagem, a oratória, a origem e a vocação do ministério do apóstolo. Portanto,
o apóstolo Paulo para com os descontentes argumentou de forma nítida a respeito
da marca frutífera do apostolado, o desenrolar do ministério de um apóstolo e a
autoridade exercida por um apóstolo.
1- As marcas do apóstolo.
Este título torna-se claro quando percebe a dedicação de Paulo para com o
crescimento da igreja. Os frutos são as marcas necessárias de toda boa obra
exercida para a glória do Senhor.
2- O ministério do apóstolo. O
dom ministerial de apóstolo corresponde com aquele que é enviado pelo Senhor
Jesus. Pois, o termo apóstolo corresponde com aquele que é pelo Senhor Jesus
chamado para expandir a mensagem da salvação, ide por todo o mundo e pregai o
Evangelho a toda a criatura (Mt 16.15).
Sendo
que no Novo Testamento o apóstolo é uma pessoa chamada e enviada, assim como
Jesus foi enviado pelo Pai, tendo como missão do ofício:
Salvar
o pecador com autoridade, pregar o evangelho com poder, exercer o ofício com
graça e amor. Por fim, assim como Jesus desenvolveu seu ministério com
autoridade, poder, graça e amor. Assim foi o ministério do apóstolo Paulo.
3- A autoridade do apóstolo. A autoridade
apostólica desenvolvida por Paulo nunca foi um ato coercivo, ou seja, na
prática a autoridade apostólica de Paulo foi um ato mediante a graça divina, pois
o reconhecimento e o respeito ao ministério sobrevém naturalmente, isto é, no
contexto espiritual ocorre de maneira sobrenatural.
Referência
MIRANDA, Valtair. Fundamentos
da Teologia Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário