Deus é Fiel

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terça-feira, 15 de junho de 2021

Quando a igreja é a principal preocupação: Dualismo entre a lealdade de uma maioria e o descontentamento por parte da minoria

 Dualismo entre a lealdade de uma maioria e o descontentamento por parte da minoria

Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; (2 Co 4.7-10)

A segunda carta do apóstolo Paulo a igreja em Corinto é considerada a mais autobiográfica das epístolas, pois o escritor relata momentos referentes à sua própria vida. E dentre suas narrativas doutrinária Paulo apresenta termos chaves que proporcionam o pleno conhecimento do viver cristão, como por exemplo: aflição, fraqueza, lágrimas, perigos, tribulações, sofrimentos, ministério e consolação.

Para Miranda:

Essa carta tem duas ênfases básicas. Uma delas é a defesa que Paulo faz do seu ministério. A outra está relacionada com a natureza da obra de Deus. Numa das passagens mais belas da carta, Paulo afirma que teme o Senhor e persuade os homens, porque é cabalmente conhecido por Deus. Não havia um só espaço do seu corpo, da sua cabeça ou do seu coração que não fosse conhecido por Deus  2 Co 5.11-21 (p. 93, 94).

Em defesa da maioria leal (1.12-7.16)

O desenvolvimento do ministério frutífero do apóstolo Paulo está relacionado ao chamado de Deus e com o compromisso para com os servos do Senhor que são leais em tudo. E para com os motivadores de uma jornada frutífera o apóstolo escreve a respeito: dos frutos do ministério, também a respeito de ser o Senhor Jesus Cristo o assunto primordial a ser pregado e assim como a respeito da plenitude do ministério da reconciliação.

A respeito do ministério da reconciliação é necessário compreender que reconciliar é tornar um, ou seja, é permitir que aqueles que se separaram por algum motivo retornem e sejam reconduzidos ao ambiente de outrora.

Motivo às vezes considerado sem valor, porém com poder totalmente destruidor. Logo, sendo o cristão embaixador de Cristo mediará a reconciliação, proporcionando a unidade onde reinava a separação. Desenvolver o ministério da reconciliação é ser um embaixador de Cristo na terra.

E como embaixador de Cristo é de responsabilidade do cristão propagar a mensagem da salvação a todos os homens, inclusive para com aqueles que se desviaram da jornada cristã.

Argumentando aos descontentes (10.1-13.10)

É notória a existência de crentes descontentes com toda a ação desenvolvida pela igreja. Assim era também nos dias de Paulo em que uma minoria descontente menospreza a mensagem, a oratória, a origem e a vocação do ministério do apóstolo. Portanto, o apóstolo Paulo para com os descontentes argumentou de forma nítida a respeito da marca frutífera do apostolado, o desenrolar do ministério de um apóstolo e a autoridade exercida por um apóstolo.

1- As marcas do apóstolo. Este título torna-se claro quando percebe a dedicação de Paulo para com o crescimento da igreja. Os frutos são as marcas necessárias de toda boa obra exercida para a glória do Senhor.

2- O ministério do apóstolo. O dom ministerial de apóstolo corresponde com aquele que é enviado pelo Senhor Jesus. Pois, o termo apóstolo corresponde com aquele que é pelo Senhor Jesus chamado para expandir a mensagem da salvação, ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura (Mt 16.15).

Sendo que no Novo Testamento o apóstolo é uma pessoa chamada e enviada, assim como Jesus foi enviado pelo Pai, tendo como missão do ofício:

Salvar o pecador com autoridade, pregar o evangelho com poder, exercer o ofício com graça e amor. Por fim, assim como Jesus desenvolveu seu ministério com autoridade, poder, graça e amor. Assim foi o ministério do apóstolo Paulo.

3- A autoridade do apóstolo. A autoridade apostólica desenvolvida por Paulo nunca foi um ato coercivo, ou seja, na prática a autoridade apostólica de Paulo foi um ato mediante a graça divina, pois o reconhecimento e o respeito ao ministério sobrevém naturalmente, isto é, no contexto espiritual ocorre de maneira sobrenatural.

Referência

MIRANDA, Valtair. Fundamentos da Teologia Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.

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