Deus é Fiel

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domingo, 13 de junho de 2021

Subsídio da Lição: O Diaconato

 Subsídio da Lição: O Diaconato

A presente lição se fundamentaliza na seguinte Verdade Prática:

Embora o diaconato seja um ministério específico, a diaconia é uma missão de todo o crente.

Portanto, é necessário compreender que o diácono é um ministro auxiliar do pastor. Sendo que na prática o diácono desenvolve uma atividade altamente espiritual. A palavra diácono no grego tem como significado servo. A missão do diácono conforme o texto de Atos 6.1-6 é servir as mesas e também cuidar das viúvas. Há exemplo de excelentes diáconos na Bíblia e dentre eles há um destaque específico ao ministério diaconal de Estevão e Filipe.

Os primeiros diáconos foram os sete discípulos eleitos para auxiliarem os apóstolos e foram encarregados de todos os negócios seculares da comunidade: cuidavam das viúvas e dos pobres da Igreja primitiva (Atos 6.1-6) (SEIFA, 2007, p.10).

O termo diácono aparece 30 vezes no Novo Testamento, sendo que em 20 casos a palavra é traduzida por ministro, que de fato tem como significado e representação o servo (1 Tm 3.10,13).

Entretanto, Mostrar a importância da função de diácono é o objetivo geral da presente lição, que também apresenta os seguintes objetivos específicos: analisar o estilo de vida diaconal de Jesus; explicar a instituição do ministério do diácono; e, discorrer sobre o perfil e a função do diácono.

I – A DIACONIA DE JESUS CRISTO

1- Significado do termo.

2- Serviço de escravo.

3- O discípulo é um serviçal.

Em seu ministério Jesus demonstrou na prática a diaconia, pois nas ações exercidas pelo Mestre o serviço em proporcionar melhorias para as pessoas a sua volta eram nítidas. Após a ceia o Mestre lavou os pés dos discípulos indicando submissão e conhecimento do que o mesmo deveria exercer perante a humanidade.

O maior serviço exercido por Jesus foi o de entregar a sua própria vida para resgatar a muitos (Mc 10.43-45). O evangelista Marcos apresenta em seu evangelho a seguinte chave para compreensão da mensagem do livro (Mc 10.45) “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”.

O evangelho foi escrito para a igreja que se encontrava em Roma, que segundo dados históricos, sofria naqueles dias terrível perseguição originada do incêndio provocado por Nero. Porém, Nero culpou os cristãos pelo o incêndio e produziu em seguida a perseguição aos cristãos. A obra foi escrita provavelmente em 65 a 67 d.C, tendo como objetivo apresentar Jesus como servo.

Por fim, a diaconia do Mestre Jesus ensina que a mensagem cristocêntrica deve ser executada com humildade, tendo como foco o bem-estar do próximo.

II – A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS

1- O conceito da função.

2- Origem do diaconato.

3- A escolha dos diáconos.

O diácono no exercício eficiente e eficaz do ministério poderá muito bem desenvolver a atividade do pastor aprovado, assim também como de um excelente presbítero, ou seja, não há limitação para a atividade daqueles que por Deus foram chamados.

A origem do ministério está relacionada com a expansão da igreja. Com o crescimento da igreja primitiva as necessidades da comunidade cristã tornaram-se notórias e motivaram o surgimento de murmurações. Porém, com o surgimento dos questionamentos Deus outorgou sabedoria aos apóstolos para escolher auxiliares para o ministério.

O ministério ou serviço dos diáconos surgiu a partir de uma bênção, de um problema e de uma murmuração. A bênção foi o crescimento extraordinário dos que criam em Jesus e o aceitavam como Salvador, deixando o judaísmo e outras religiões e tornavam-se cristãos. O problema foi causado pela situação social de muitos que aceitavam a fé, especialmente envolvendo viúvas dos gregos ou gentios, que aceitavam o evangelho. A murmuração foi a reclamação desses, que se julgavam discriminados pelos líderes da Igreja, em relação ao atendimento de suas necessidades básicas (RENOVATO, 2021, p. 137).

A escolha dos diáconos está relacionada com três características básicas na vida de um obreiro eficaz. São elas: boa reputação, cheio do Espírito Santo e cheio de sabedoria.

Boa reputação relaciona se ao posicionamento ético e moral do obreiro. Ou seja, que este tenha boa fama na sociedade. Cheios do Espírito Santo se relaciona com o recebimento do batismo e também indica um ministério profético sob a inspiração do Espírito Santo. Em suma o obreiro deve ser sábio. A sabedoria indica a capacidade de julgar corretamente e agir prudentemente.

III – O PERFIL E FUNÇÃO DO DIÁCONO

1- Qualificações do diácono.

2- A função dos diáconos em Atos 6.

3- A função dos diáconos.

Em Atos 6.5, estão registrados os nomes dos primeiros diáconos que foram escolhidos por terem requisitos fundamentais para o exercício do ministério. A escolha dos sete diáconos foi baseada na necessidade de auxílio aos apóstolos. Sendo assim, coube aos diáconos à função de cuidar das viúvas e dos pobres da igreja (At 6.1).

A expressão servir às mesas corresponde à administração de fundos para o serviço social. Entretanto, a função dos diáconos não está limitada a atividades materiais, pois, assim também cabe ao diácono atividades espirituais, como: servir a ceia.

[...] Diga-se, pois, que o serviço do Diácono é tanto material quanto espiritual. É um serviço de auxiliar do pastor e dos presbíteros. Haja vista que as qualificações exigidas são as mesmas. Os Diáconos devem ser altamente espirituais, cheios de fé e do Espírito Santo (SEIFA, 2007, p.11).

Paulo em sua Carta pastoral a Timóteo cita algumas qualificações morais correspondentes ao ministério do diácono (1 Tm 3.8-13).

a) Honestos (v.8): palavra que indica respeito adquirido por conduta.

b) Não de língua dobre (v.8): isto é, de uma só palavra. Pessoa sincera e honesta para com os outros.

c) Não dado a muito vinho (v.8): o diácono não poderá ser inclinado ao vinho.

d) Não cobiçoso de torpe ganância (v.8): o diácono não poderá ser escravo do dinheiro e nem das riquezas. Assim como todo cristão o diácono deverá buscar primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça (Mt 6.33).

e) Marido de uma só mulher (v. 12): tal qualificação não corresponde apenas com a afirmação da monogamia, mas também se trata da importância do diácono ser fiel em seu relacionamento conjugal. Marido de uma só mulher indica que o diácono deverá ser sempre fiel a sua esposa.

Para que o diácono seja bem sucedido na prática ministerial o mesmo deverá ser primeiramente testado (1 Tm 3.10). O teste relacionado ao diácono passa a ser uma analise direcionada ao estilo de vida e conduta que o mesmo desenvolve em seus relacionamentos. No relacionamento com a família o diácono deverá ser marido de uma mulher e que governe bem seus filhos, isto relaciona à conduta pedagógica, e que governe bem a sua própria casa, isto corresponde ao suprimento do que é necessário para a sobrevivência da família (1 Tm 3.12).

Portanto, o diácono deverá ser altamente espiritual, cheio do Espírito Santo e de boa conduta.

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais, servindo a Deus e aos com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

SEIFA. O Ministério do Diácono. Editora Visão: 2007.

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