O Ministério de Apóstolo
O ministério apostólico foi outorgado à
igreja para expansão do Evangelho de Jesus Cristo. Conforme escreveu o apóstolo
Paulo “e deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”
(Ef 4.11). Com base neste texto as lições a partir desta, até a décima, estará
estudando os dons ministeriais.
[...] Os dons espirituais
são voltados para a igreja em seu ambiente interno, congregacional, com
manifestações sobrenaturais, no falar línguas estranhas, profecia,
interpretação, os dons de curar e outros carismas, os dons ministeriais ampliam
a ação do Espírito Santo, com sua ação poderosa e sobrenatural, tanto no âmbito
interno como externo, da missão da Igreja, na Terra (RENOVATO, 2021, p. 70).
O dom ministerial de apóstolo corresponde com
aquele que é enviado pelo Senhor Jesus. É alguém que diretamente é pelo Senhor
Jesus chamado para expandir a mensagem da salvação.
Portanto, a presente lição tem como objetivo
geral: Mostrar a importância do ministério apostólico
no Novo Testamento. E como objetivos específicos: Investigar biblicamente o colégio apostólico; retratar o
ministério apostólico de Paulo; e, avaliar a apostolicidade atual.
I – O COLÉGIO APOSTÓLICO
1- O termo “apóstolo”.
2- O colégio apostólico.
3- A singularidade dos doze.
Apóstolo é aquele que é chamado diretamente
por Jesus e enviado pelo Senhor para propagar a mensagem, logo o apóstolo
também é chamado de mensageiro das boas novas. O Novo Testamento permite
definir que apóstolo é enviado, assim, como Jesus foi enviado pelo Pai, tendo
como missão do ofício: salvar o pecador com autoridade, pregar o evangelho com
poder, exercer o ofício com graça e amor. Por fim, assim como Jesus desenvolveu
seu ministério com autoridade, poder, graça e amor. Nos dias atuas assim deverá
ser o ministério do apóstolo.
No Antigo Testamento havia a escola dos
profetas. Jesus ao iniciar o seu ministério chamou para si doze homens e fez
deles pescadores de almas. Eles foram discipulados e preparados por um pouco
mais de três anos com o objetivo darem continuidade a obra do Reino de Deus.
Estes homens em comum possuíam: convocação
direta por parte de Jesus, palmilharam ao lado do mestre e foram dotados de
poder para pregarem o Evangelho.
A autoridade delegada aos
apóstolos foi tão grande, que eles tinham poder para perdoar pecados ou
retê-los. Jesus os enviou, do mesmo modo como Ele fora enviado pelo Pai (Jo
20.21-23) (RENOVATO,
2021, p. 74).
Ao outorgar poder aos discípulos Jesus queria
que eles proporcionassem alegria para milhares de pessoas. Portanto, o que não
pode se esquecer é que milagre proporciona: vitória para o necessitado,
evangelização ao sedentos e glorificação a Deus.
II – O APÓSTOLO PAULO
1- Saulo e sua conversão.
2- Um homem preparado para
servir.
3- “O menor dos apóstolos”.
Saulo, o mesmo que Saul, tem como significado
o desejado foi em sua prática de fé judaica assolador da igreja primitiva (At
8.3), invadia as casas, arrastava e lançava na prisão os cristãos, porém Deus o
chamou para ser propagador do evangelho aos gentios, reis e aos filhos de
Israel (At 9.15).
O chamado de Paulo. De
Saulo a Paulo, enquanto o nome Saulo indica o sentimento de desejo, o nome
Paulo passa a indicar o sentido de pequeno, pois em meio ao conhecimento de
Paulo o evangelho seria propagado mediante a graça transformadora de Cristo (Fp
3.8, 2 Co 12.9).
Como bom judeu o apóstolo no período anterior
a sua conversão queria ser útil a Deus, por isso, Paulo tornou-se um
perseguidor da fé cristã, pois via na mesma uma ameaça aos princípios do
judaísmo. Antes a sua conversão, Paulo já se destacava por sua entrega e
veemência a uma missão (At 9.2). Logo após a conversão o apóstolo Paulo não
perdeu o desejo de ser útil a Deus, sendo assim dedicou com toda veemência à
propagação do evangelho chegando a realizar três viagens missionárias (At
13.2,3).
Identificação do apóstolo nas epístolas. O apóstolo Paulo em suas 13 cartas se
apresenta de três maneiras: servo, apóstolo e prisioneiro. As cartas antigas
começam com o nome e credenciais do remetente e também uma saudação ao
destinatário. Com estas três credenciais torna-se notório que o apóstolo Paulo
exercia com primazia o ministério no qual tinha sido chamado.
Como servo (Rm 1.1,Fp 1.1, Tt 1.1), o
apóstolo Paulo foi submisso a Deus e não teve medo de assumir riscos em prol do
Evangelho. Por tal atitude Paulo foi um servo sofredor (2 Co 11.23-28).
Além de servo, Paulo em algumas das suas
cartas se apresenta como apóstolo (Rm 1.1, 1 Co 1.1, Cl 1.1), como apóstolo
Paulo queria demonstrar para as igrejas a validade de seu chamado.
Um verdadeiro apóstolo é
homem que deve ter comunhão e experiência com Deus. Paulo, não obstante não ter
convivido com Jesus como os demais apóstolos, teve experiências espirituais que
os outros não tiveram. E essas experiências fortaleceram sua vida espiritual e
solidificaram o seu relacionamento com Cristo. Ele diz que teve “visões e
revelações do Senhor” (1 Co 12.1); com bastante modéstia, falando na terceira
pessoa, diz que “foi arrebatado ao terceiro céu”... “e ouviu palavras
inefáveis, que ao homem não é lícito falar” (1 Co 12.2,4). Que palavras foram
essas, só Deus e Paulo sabem (RENOVATO,
2021, p. 75).
E por fim, como prisioneiro Paulo se
apresenta a Filemon tanto para demonstrar a sua situação no momento como
prisioneiro e para introduzir o assunto que tinha a expor com Filemon (Fm 1.1).
Paulo e o fim da carreira. A
prática de um chamado estruturado será confirmada no fim da carreira
ministerial. Paulo encerra suas atividades ministeriais se apresentado como
soldado (combati o bom combate), como atleta (acabei a carreira) e como mordomo
(guardei a fé).
Como soldado Paulo foi valoroso e
estratégico, isto em sua missão, como atleta o apóstolo foi incansável e submisso
e, como mordomo Paulo concretiza o valor da paciência e da esperança para ser
bem sucedido ministerialmente.
III – APOSTOLICIDADE ATUA
(Ef 4.11)
1- Ainda há apóstolos?
2- Apóstolos fora dos doze.
3- O ministério apostólico
atual.
Por fim, o ministério apostólico existe nos
dias atuais, porém, o que estar ocorrendo é que lideranças cristãs que querem
para si os olhares da multidão, altamente se separam com títulos específicos
para destaque.
Atualmente, o que podemos
ver como ministério de caráter apostólico, é o trabalho dos missionários,
quando são enviados para desbravar campos, em países de povos não alcançados
pelo evangelho de Cristo. Se um missionário vai assumir um trabalho que já está
estabelecido, cujas bases e desenvolvimento deveram-se ao esforço de outros
companheiros, não pode dizer que faz um trabalho de apóstolo, e sim, de pastor
ou evangelista (RENOVATO, 2021, p. 80).
Não basta ter o título de apóstolo o que os
servos de Cristo devem possuir nos dias atuais é o desejo de serem servos e
úteis à obra do Senhor.
Referência
RENOVATO,
Elinaldo. Dons Espirituais e
Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de
Janeiro: CPAD, 2021.
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