Subsídio
da Lição: O Ministério de Profeta
Um dos oficiais de Deus no Antigo Testamento
foram os profetas. O ministério profético no Antigo Testamento está divido
historicamente em dois grupos no que correspondem as obras literárias. O
primeiro grupo é composto pelos profetas anteriores, ou seja, os livros de
Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. Já no segundo grupo estão os profetas
posteriores que subdividem em profetas maiores e profetas menores.
Se a missão principal do sacerdote era
possibilitar a relação entre o homem e Deus a missão principal do profeta era
possibilitar a relação entre Deus e o homem. O sacerdote levava até a pessoa de
Deus as necessidades humanas por pedido e por necessidade, já o profeta
transmitia aos homens a vontade de Deus que se manifesta pelos decretos de
Deus.
A presente lição tem como objetivo geral: Expor o desenvolvimento do ministério de profeta. E como objetivos específicos: Descrever
a função do profeta no Antigo Testamento; Explicar o ofício do profeta no Novo
Testamento; e, Esclarecer o verdadeiro do falso profeta.
I – O PROFETA DO ANTIGO
TESTAMENTO
1-
Conceito.
2- O
ofício.
3- O
profetismo.
O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou
seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de
Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi
direcionada a líder político (1 Sm 15.10-23), a líder religioso (1 Sm 2.27-36)
e a profeta (1 Re 13.20-22) por meio do ministério profético.
Sendo o profeta o elo entre Deus e o homem. A
função do profeta era tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto o
profeta ouvia a voz de Deus e transmitia ao homem, portanto, a função do
profeta se resume em: primeiro, ouvir a voz de Deus e em segundo transmitir.
Lembrando que:
O profeta no Antigo
Testamento era um homem que, além de transmitir a mensagem de Deus, tinha
outras atribuições de ordem nacional. Na unção dos reis, eram os profetas que
tinham a incumbência de derramar o azeite santo da unção sobre a cabeça dos
governantes (1 Sm 16.1; 1 Rs 19.16) (RENOVATO,
2021, p. 83).
II – O PROFETA EM O NOVO
TESTAMENTO
1- A
importância do termo “profeta” em o Novo Testamento.
2- O
ofício do profeta neotestamentário.
3- O
objetivo do dom ministerial de profeta.
O presente tópico permite contextualizar o
ofício do profeta no Novo Testamento tendo como base dois pontos específicos:
Jesus profeta por excelência e a missão profética da Igreja.
Jesus profeta por excelência. No
inicio do seu ministério Jesus leu uma profecia sobre Ele que se encontra no
livro do profeta Isaías 6.1,2, e disse que a profecia se cumpria nEle. “O Espírito de Deus está sobre mim, porque o Senhor me
ungiu, para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os
quebrantados de coração, e proclamar libertação aos cativos, e a pôr em
liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor” esta foi a profecia lida pelo Senhor Jesus, texto
que enfatiza que Jesus é o Cristo, termo que significa ungido e nos ensina que
Jesus substituiu os profetas, os sacerdotes e os reis da Antiga Aliança. O
ministério profético de Jesus possui dois aspectos: proclamar a mensagem de
Deus e revelar a Deus.
Proclamar a mensagem de Deus. O
versículo lido por Jesus na sinagoga por três vezes cita a função do profeta no
que corresponde ao divulgar a Palavra de Deus. Os termos usados são: pregar,
proclamar e apregoar. Logo, Jesus como profeta, proclamou a Palavra de Deus
através de seus ensinos recheados de autoridade (Mt 7.29) que tinha como alvo o
pecador (Jo 4.13,14). Jesus proclamou o reino (Lc 8.4-15), preparou os
discípulos (Jo 13;14;15;16) e também descreveu como seria as últimas coisas (Mt
25), e este foi um anúncio profético feito pelo Senhor Jesus.
Revelar a Deus. O
segundo aspecto do ministério profético do Senhor Jesus foi revelar a Deus (Jo
1.14). No capítulo um do evangelho de João, Jesus é apresentado como o Verbo e
nos primeiros dezoitos versículos quatro obras do Verbo são citas. As obras do
Verbo são: criar (v.3), iluminar (v.9), regenerar (12) e revelar (v.18). Logo,
Jesus como profeta revelou o Pai à humanidade.
Portanto, Jesus no seu ministério profético
não apenas proclamou a mensagem de Deus, mas também revelou a Pessoa do Pai. E
nos dias hodiernos Jesus continua a exercer o seu ministério profético por
intermédio da Sua Palavra, da Igreja e do Espírito Santo.
A missão profética da igreja. O Senhor Jesus
continua a exercer o seu ministério profético por intermédio da igreja, isto
quando nos referimos à missão profética da Igreja.
A missão profética da Igreja está relacionada
com os aspectos do ministério profético de Jesus que se manifestaram no
ministério público de Jesus (ministério que corresponde a Jesus atendendo as
necessidades de todos os homens) e também no ministério particular de Jesus
(ministério em que Jesus atende as necessidades de seus discípulos). Porém,
para que a mensagem pregada pela Igreja seja eficaz é necessário que a mesma
proclame e revele o amor de Deus na vida dos cristãos.
A missão da igreja está inserida na grande
comissão (Mt 28.18-20) e três palavras definem o real sentido da existência da
Igreja: ir, ensinar e batizar. No idioma original do texto sagrado apenas as
duas últimas palavras se encontram no imperativo, já a primeira o ir,
encontra-se no gerúndio. O real sentido ir, por não se encontrar no imperativo
indica que o ir da Igreja não é uma ordem imposta, mas é um dever por natureza
por sermos a Igreja do Senhor Jesus.
A Igreja existe para viver e desenvolver a
sua missão e a missão da Igreja é pregar e revelar a Deus à humanidade. Porém,
se a Igreja não é missionária a mesma não é Igreja. Se a mesma deixar de ser
missionária automaticamente deixará de ser Igreja.
É necessário que haja um
cuidado especial, em relação ao dom de profecia. O profeta do Novo Testamento,
na igreja local, não deve arrogar-se o direito de querer dirigir o pastor, ou o
líder da igreja (RENOVATO, 2021, p. 89).
III – DISCERNINDO O
VERDADEIRO PROFETA DO FALSO
1-
Simplicidade x arrogância.
2-
Pelos frutos os conhecereis.
3-
Ainda sobre o falso profeta.
Virtude é a disposição de um indivíduo em
praticar o bem e trata-se de hábitos constantes que proporcionam ao indivíduo
uma vida bem-sucedida. Enfim, virtudes são nomeações de qualidades. Dentre as
virtudes dos profetas vale ressaltarmos as seguintes:
a) Subimissão. Um
grande exemplo de submissão como qualidade é o profeta Eliseu. Em 2 Reis 3.11,
encontramos a primeira obra realizada por Eliseu que foi lavar as mãos do
profeta Elias. Eliseu reconheceu que um ministério bem-sucedido é construído
sobre bases bem fortificadas, que são resumidas na palavra serviço. Servir é o
passo inicial para receber a porção dobrada da Unção de Deus. Submissão no
desenvolvimento do ministério profético é uma virtude pertencente a todos os
profetas que foram bem-sucedidos na prática ministerial.
b) Coragem. Não
temer. O profeta no seu ministério não poderá temer ameaças provindas de homens
e nem mesmo do diabo. A coragem é fundamental para a concretização ministerial.
Um grande exemplo de coragem é demonstrado no ministério profético de Natã (2
Sm 12.7-12) que não temeu ao rei Davi e entregou a mensagem Divina.
c) Dependência de Deus. Como
terceira virtude, será notória no ministério e na vida dos profetas a
dependência de Deus. De fato Deus chama, e aos chamados Deus capacita, aos
capacitados Deus envia, aos enviados Deus supre as necessidades. E assim foi
com os profetas. Homens dependentes de Deus em tudo: desde a vida civil (Os
1.2, Jr 16. 1,2) à alimentação (1 Re 17.9).
Quanto à origem da profecia compreende-se que
a profecia é a revelação da vontade de Deus. A profecia tem como objetivos
manifestar os fatos concernentes a Deus e as suas relações com o ser humano e
também revelar os decretos de Deus.
Os decretos de Deus são: criação, decreto de
Deus que deu origem a todas as coisas; providência, que é a ação de Deus em
governar o planeta terra suprindo a necessidade de todos, principalmente dos
que são fiéis a Ele; redenção, após o pecado a humanidade tornou se necessitada
do socorro Divino no que corresponde a redenção e a consumação, decreto que
trata da vitória final de Deus em todas as suas obras.
Porém, as profecias poderão ter três origens
bem distintas.
a) Divina. Quando é proveniente de Deus (Gn
3.15). O que caracteriza a profecia de origem Divina é que ela se cumpre.
b) Carnal. Quando é proveniente da carne (1
Re 13.18, Dt 18.22). É caracterizada pela mentira e por status almejado pelo o
indivíduo.
c) Satânica. Quando é proveniente de Satanás
e é caracterizada pela mentira.
Por fim:
É necessário que haja um
cuidado especial, em relação ao dom de profecia. O profeta do Novo Testamento,
na igreja local, não deve arrogar-se o direito de querer dirigir o pastor, ou o
líder da igreja (RENOVATO, 2021, p. 89).
Referência
RENOVATO,
Elinaldo. Dons Espirituais e
Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de
Janeiro: CPAD, 2021.
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