A Impureza da Igreja de Corinto: Repreensões e exortações
Conforme a Síntese:
A disciplina no Corpo de
Cristo é necessária para a restauração daqueles que cometem pecados. Lembrando que, A disciplina
consciente e responsável é necessária por respeito ao Corpo de Cristo e para a
salvação de quem comete o ato que escandaliza o sacrifício de Cristo
(NEVES, 2021, p. 87).
A presente lição tem como objetivos:
Compreender o significado
e a necessidade da disciplina na igreja em Corinto;
Mostrar a disciplina como
preservação da santidade da Igreja;
Conscientizar do cuidado
com a pessoa depois da disciplina.
I – O SIGNIFICADO
E A NECESSIDADE DE DISCIPLINA
Alguns dos termos utilizado para explicar a
palavra disciplina nos originais são: paidéi, no grego, e, musar, no hebraico,
ambas tem como significado; instrução, disciplina e castigo. De fato em
primeiro deve-se entender o que não é disciplina, pois disciplina não é
castigo, sendo que o termo castigo, que é usado para explicar a palavra
disciplina trata-se de correção, e não de espancamentos. Portanto, sendo assim,
a disciplina é o outorgar de limites e é também o estabelecimento de regras. Um
exemplo bem claro da disciplina de Deus para com os seres humanos é a graça,
pois ela outorga os limites necessários para que o cristão possua uma vida
santa.
Entretanto, a disciplina:
[...] deve ser
aplicada quando outros meios de persuasão como aconselhamento e orientação
pastoral não surtirem efeitos. A disciplina não é um ato de vingança, mas uma
atitude terapêutica para cura de um grande mal que esteja afetando a igreja,
que Paulo compara a um corpo; portanto, uma atitude de respeito e cuidado com o
Corpo de Cristo. A disciplina era necessária para preservar o “Templo de Deus”
(3.16,17; 6.19) (NEVES, 2021,
p. 89).
No que tange ser a disciplina um tratamento
para com a cura espiritual compreende que a mesma não se direciona ao ato de
excluir alguém, mas trata-se do ato em proporcionar o indivíduo à compreensão
da vontade divina para consigo, conduzindo este a viver exclusivamente para
Deus. [...] Paulo aqui pode parecer incoerente com seu
ensino de comunhão (1.9), mas sua intenção era de preservação tanto da
comunidade quanto da pessoa envolvida no escândalo (NEVES, 2021,
p. 87).
II – A DISCIPLINA
COMO PRESERVAÇÃO DA SANTIDADE DA IGREJA (5.6-9)
O presente tópico proporciona o olhar do
aluno para com dois elementos simbólicos que são importantes para com a
compreensão da santidade: o fermento e os pães asmos.
O fermento trata-se de uma porção de massa velha
que era introduzida na massa nova. Por apresentar porção de massa velha
compreende-se que possuía alto grau de fermentação. Assim sendo, Paulo usa a metáfora para exemplificar que o pecado não
tratado alastra-se rapidamente assim como o fermento na preparação do pão.
Interessante ressaltar que Paulo não se refere somente ao caso de incesto, mas
também ao comportamento dos coríntios orgulhosos e facciosos (NEVES, 2021, p. 92).
Portanto, no que corresponde aos pães asmos entende-se
que estes eram produzidos sem a utilização do fermento. Na Antiga Aliança a
utilização dos pães asmos na Páscoa corresponde com a necessidade de uma vida
santa conduzida com elevada pureza. Logo, O pão sem
fermento da Páscoa simboliza a premência na fuga de Israel do Egito. Para
Jesus, a premência era a aproximação de sua morte – o pão era seu corpo que
logo seria ferido a fim de trazer a grande libertação de Deus (GUIA
CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 97).
III – O CUIDADO
COM A PESSOA DEPOIS DA DISCIPLINA
O palmilhar do cristão neste mundo deverá ser
marcado em:
Amar o pecador e odiar o
pecado.
Ser fator motivacional
para com os mais fracos na fé.
Ser exemplo dos fiéis.
Entretanto, compreende-se que o cristão
diante dos descrentes deve amar estes e odiar o pecado cometido pelo os mesmos.
No contexto congregacional que tange aos mais fracos, o crente firme em Cristo
deverá ser força para com os mais fracos. Por fim, no ambiente congregacional o
crente ainda deverá se exemplo dos que são dedicados e compromissados com o
Senhor.
Em suma, a disciplina
é uma forma de confrontar o cristão que pecou com seu pecado e mostrar que,
apesar de tudo, a igreja certamente o ama e deseja vê-lo restaurado; por isso,
ela não abandonará e continuará discipulando-o (NEVES, 2021, p.
97).
REFERÊNCIAS
GUIA
CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro, CPAD, 2013.
NEVES,
Natalino das. O cuidado de Deus com o
corpo de Cristo: Lições da carta do apóstolo Paulo aos coríntios para os
nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
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