Deus é Fiel

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sábado, 22 de maio de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – A Impureza da Igreja de Corinto: Repreensões e exortações

A Impureza da Igreja de Corinto: Repreensões e exortações

Conforme a Síntese:

A disciplina no Corpo de Cristo é necessária para a restauração daqueles que cometem pecados. Lembrando que, A disciplina consciente e responsável é necessária por respeito ao Corpo de Cristo e para a salvação de quem comete o ato que escandaliza o sacrifício de Cristo (NEVES, 2021, p. 87).

A presente lição tem como objetivos:

Compreender o significado e a necessidade da disciplina na igreja em Corinto;

Mostrar a disciplina como preservação da santidade da Igreja;

Conscientizar do cuidado com a pessoa depois da disciplina.

I – O SIGNIFICADO E A NECESSIDADE DE DISCIPLINA

Alguns dos termos utilizado para explicar a palavra disciplina nos originais são: paidéi, no grego, e, musar, no hebraico, ambas tem como significado; instrução, disciplina e castigo. De fato em primeiro deve-se entender o que não é disciplina, pois disciplina não é castigo, sendo que o termo castigo, que é usado para explicar a palavra disciplina trata-se de correção, e não de espancamentos. Portanto, sendo assim, a disciplina é o outorgar de limites e é também o estabelecimento de regras. Um exemplo bem claro da disciplina de Deus para com os seres humanos é a graça, pois ela outorga os limites necessários para que o cristão possua uma vida santa.

Entretanto, a disciplina:

[...] deve ser aplicada quando outros meios de persuasão como aconselhamento e orientação pastoral não surtirem efeitos. A disciplina não é um ato de vingança, mas uma atitude terapêutica para cura de um grande mal que esteja afetando a igreja, que Paulo compara a um corpo; portanto, uma atitude de respeito e cuidado com o Corpo de Cristo. A disciplina era necessária para preservar o “Templo de Deus” (3.16,17; 6.19) (NEVES, 2021, p. 89).

No que tange ser a disciplina um tratamento para com a cura espiritual compreende que a mesma não se direciona ao ato de excluir alguém, mas trata-se do ato em proporcionar o indivíduo à compreensão da vontade divina para consigo, conduzindo este a viver exclusivamente para Deus. [...] Paulo aqui pode parecer incoerente com seu ensino de comunhão (1.9), mas sua intenção era de preservação tanto da comunidade quanto da pessoa envolvida no escândalo (NEVES, 2021, p. 87).

II – A DISCIPLINA COMO PRESERVAÇÃO DA SANTIDADE DA IGREJA (5.6-9)

O presente tópico proporciona o olhar do aluno para com dois elementos simbólicos que são importantes para com a compreensão da santidade: o fermento e os pães asmos.

O fermento trata-se de uma porção de massa velha que era introduzida na massa nova. Por apresentar porção de massa velha compreende-se que possuía alto grau de fermentação. Assim sendo, Paulo usa a metáfora para exemplificar que o pecado não tratado alastra-se rapidamente assim como o fermento na preparação do pão. Interessante ressaltar que Paulo não se refere somente ao caso de incesto, mas também ao comportamento dos coríntios orgulhosos e facciosos (NEVES, 2021, p. 92).

Portanto, no que corresponde aos pães asmos entende-se que estes eram produzidos sem a utilização do fermento. Na Antiga Aliança a utilização dos pães asmos na Páscoa corresponde com a necessidade de uma vida santa conduzida com elevada pureza. Logo, O pão sem fermento da Páscoa simboliza a premência na fuga de Israel do Egito. Para Jesus, a premência era a aproximação de sua morte – o pão era seu corpo que logo seria ferido a fim de trazer a grande libertação de Deus (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 97).

III – O CUIDADO COM A PESSOA DEPOIS DA DISCIPLINA

O palmilhar do cristão neste mundo deverá ser marcado em:

Amar o pecador e odiar o pecado.

Ser fator motivacional para com os mais fracos na fé.

Ser exemplo dos fiéis.

Entretanto, compreende-se que o cristão diante dos descrentes deve amar estes e odiar o pecado cometido pelo os mesmos. No contexto congregacional que tange aos mais fracos, o crente firme em Cristo deverá ser força para com os mais fracos. Por fim, no ambiente congregacional o crente ainda deverá se exemplo dos que são dedicados e compromissados com o Senhor.

Em suma, a disciplina é uma forma de confrontar o cristão que pecou com seu pecado e mostrar que, apesar de tudo, a igreja certamente o ama e deseja vê-lo restaurado; por isso, ela não abandonará e continuará discipulando-o (NEVES, 2021, p. 97).

REFERÊNCIAS

GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro, CPAD, 2013.

NEVES, Natalino das. O cuidado de Deus com o corpo de Cristo: Lições da carta do apóstolo Paulo aos coríntios para os nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

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