Deus é Fiel

Deus é Fiel

sexta-feira, 4 de abril de 2025

O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE

Conforme a Verdade Prática da lição:

O Verbo de Deus inseriu-se na história, assumindo a forma de homem para redimir os pecadores.

Da verdade prática compreende-se que:

O Verbo inseriu-se na  história, tornando carne;

O Verbo tornou-se carne;

O Verbo se fez carne com o objetivo redimir os pecadores.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Apresentar as informações introdutórias sobre o Evangelho de João;

Revelar o Senhor Jesus como o Verbo de Deus;

E, Explicar tanto doutrinariamente como biblicamente, a manifestação do Verbo.

Encarnação é a palavra-chave da presente lição.

I – DIANTE DAS HERESIAS É PRECISO PERSEVERANÇA

Sobre a autoria do Evangelho há provas diretas e indiretas a respeito da escrita do Evangelho ter sido desenvolvida pelo o evangelista João. As provas diretas são as manifestações dos primeiros teólogos (Irineu, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Justino), o escrito do primeiro historiador eclesiástico (Eusébio de Cesaréia) e as palavras das provas vivas, isto é, Policarpo e Papias que conheceram e aprenderam do evangelista João.

Já as provas indiretas são as registradas no próprio livro, destaque para as seguintes referências:

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1.14).

O termo, vimos, indica que o escritor do Evangelho era um discípulo que esteve presente com Jesus.

 

E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair? Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Este é o discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro (Jo 21.20-24).

Os versículos deixa claro que o discípulo amado escreveu o livro. O discípulo amado no decorrer do próprio livro, assim como da história da igreja percebe-se que se trata do evangelista João.

No que tange o propósito percebe-se com clareza o que escreveu João:

Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31).

Primeiro para que creiais que Jesus é o Cristo, palavras escritas para os leitores judeus, enquanto a descrição, Filho de Deus, para os gentios. E em segundo, como resultado a vide no nome de Jesus.

II – JESUS, O VERBODE DEUS

Tendo como base o capítulo 1 e o versículo 1:

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Versículo que apresenta a riqueza do Evangelho. Primeiro, no princípio era o Verbo, frase que indica que o Verbo é eterno. Segundo, e o Verbo estava com Deus, frase que apresenta distinção entre o Verbo e o Pai, logo são duas pessoas distintas. E, em terceiro, e o Verbo era Deus, frase que corresponde em dizer que Jesus é Deus.

É importante ressaltar que existem inúmeros versículos que faz referência a divindade de Jesus Cristo:

Em Isaías 7.14 – Emanuel, Deus Conosco, isto é, Jesus é chamado de Emanuel.

Em Isaías 9.6 – Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, isto é, Jesus é chamado de Deus Forte, nome que revela um dos atributos pertencente unicamente a Deus.

Sobre João 5.23, assim escreveu Soares:

O Senhor Jesus ensinou que a honra devida ao Pai é a mesma devida ao Filho. Isso significa que o cristão deve adorar o Pai da mesma maneira que adora o Filho (2008, p. 53).

Silva agrega a seguinte informação:

Na introdução Jesus é apresentado como o Verbo de Deus. Dois pontos são fundamentais para conhecer o verbo. Primeiro, a identidade do verbo. É necessário conhecer de fato quem é o verbo. E como resposta a tais perguntas o evangelista João no primeiro versículo do livro escreve: “No princípio era o verbo (o verbo é eterno), e o verbo estava com Deus (o verbo é distinto de Deus não em essência, mas em pessoa) e o verbo era Deus” (o verbo é Deus) [...] (Silva, 2015, p. 116).

III – A ENCARNAÇÃO DO VERBO

Silva, assim comenta sobre as obras do Verbo, ações nítidas a serem estudadas no presente tópico:

[...] Segundo, na introdução o evangelista cita as obras do verbo, que são: criar (todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. v.3), iluminar (ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo. v. 9), regenerar (os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas da vontade de Deus. v.13) e revelar (Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer. v. 18 (Silva, 2015, p. 116).

Referências:

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Introdução ao Novo Testamento. In: SILVA, Roberto Santos da. Seteblir. Goiânia: Mundial Gráfica, 2015.

SOARES, Esequias. Cristologia: a doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008.