Subsídio para aulas da EBD: QUANDO OS PAIS SEPULTAM SEUS FILHOS
A verdade prática apresenta o seguinte
enunciado:
Não devemos ser indiferentes à
morte inesperada, mas também não podemos nos desesperar como quem não tem
esperança.
Dentre as heranças que o pecado de Adão
deixou para com a humanidade está a morte. Sobre a morte é necessário entender
que corresponde o ato em que ocorre a separação entre o corpo e o espírito, ou
seja, entre a matéria e o espiritual. Não há limite máximo em idade que defina
que o indivíduo irá ou não morrer, logo uma das maiores dores em que
corresponde as consequências da morte se associa com a perca de um filho.
Lembrando que a presente lição tem como
objetivos:
Descrever a família de Jó;
Refletir a respeito de
como lidar com a morte na família;
E, Conscientizar de como
os cristãos devem enfrentar a perda na família.
A FAMÍLIA DE
JÓ
O primeiro versículo do livro de Jó apresenta
quatro características que define o caráter do patriarca Jó: homem íntegro,
homem reto, homem temente a Deus, e por fim, homem que se desviava do mal.
O termo caráter no grego χαρακτήρ, significa
reprodução ou representação. Corresponde a uma ferramenta para gravação, isto
é, uma coisa estampada, cunhada, ou seja, uma marca, ou sinal de distinção.
Portanto, o testemunho que Jó alcançou de Deus veio da demonstração de seu
caráter diante da presença do Senhor. Caráter é a qualidade inerente a um
indivíduo e corresponde com o temperamento próprio e a índole de cada pessoa.
Pois, caráter significa:
Ter um comprometimento com
um conjunto de valores sem comprometer-se... Ser dedicado a um conjunto de
padrões sem hesitar... Esforçar-se continuamente para integrar seus
pensamentos, palavras e ações... Fazer sacrifícios para manter os seus
princípios... Ter autodisciplina para manter seus valores e padrões morais (MUNROE, 2015, p. 204-211).
A marca distintiva do caráter é a lealdade.
Lealdade é o produto da estabilidade criada pelas provações que surgem ao longo
do tempo (MUNROE, 2015, p. 219).
Conforme o pastor Antônio Gilberto o caráter:
É um componente da
personalidade. É adquirido, não herdado. A criança herda tendências, não
caráter. Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio
ambiente: o lar, a escola, a igreja, a comunidade, e o estado socioeconômico
(1998, p. 223).
Porém, no que corresponde ao caráter de Jó é
necessário compreender é que o patriarca se destacou por alcançar o testemunho
do próprio Deus, testemunho de homem íntegro, reto, temente e que se desviava
do mal.
1- Jó, homem íntegro. Integridade
corresponde a não ter inadequações espirituais, ou seja, que não foi atingido,
o que caracteriza uma pessoa inculpável que moralmente se encontra no estado de
pessoa sã. Logo, nos dias atuais para que alguém seja íntegro é necessário que
a cada dia santifique a sua vida diante do Senhor.
2- Jó, homem reto. A
pessoa reta não se desvia do padrão aprendido, por ser um homem reto o
patriarca Jó não se desviava dos padrões outorgados por Deus, pois o seu
coração estava cheio das regras divinas que proporcionou ao mesmo um padrão
exemplar.
3- Jó, homem temente a Deus. A reverência ao
Senhor é o reconhecimento da bondade e da santidade do Senhor, e por ser
temente a Deus o patriarca temia desobedecer às regras morais e espirituais. A
não desobediência permite compreender o temor que o patriarca tinha para com o
Senhor.
4- Jó se desviava do mal. A localização onde o
pecado reinava o patriarca Jó se desviava e se distanciava do mal. Tal
característica do caráter de Jó permite compreender que o cristão tem a
escolha: se comete ou não o pecado. É necessário compreender que resultados são
provenientes de escolhas. Jó preveria se desviar do pecado.
FILHOS E
PARENTES NA CASA DE DAVI
No tocante as percas familiares fica em
evidência que o patriarca perdeu os filhos e o incentivo da esposa para
consigo.
Em referência com a perca dos filhos,
percebe-se que essa foi a mais dolorosa, pois antes que o terceiro mensageiro
terminasse a mensagem, o quarto já aproximava e transmitia a mais dolorosa de
todas as más notícias daquele dia: “a morte dos filhos”.
Sendo que no contexto familiar o patriarca
ainda sofreu com a decisão da esposa em não lhe dá palavras que despertasse
esperança, mas em contrapartida as palavras eram: amaldiçoa a Deus e morre (Jó
2.9).
As palavras da esposa de
Jó – amaldiçoa a Deus e morre – foram provavelmente a provação mais amarga para
ele. Ironicamente, a pergunta que ela faz – ainda reténs a tua sinceridade? –
apresenta quase as mesmas palavras utilizadas antes pelo Senhor (Jó 2.3). A
repetição dessa sentença ressalta a perseverança de Jó, que sua esposa
interpretou de forma equivocada como loucura ou que o marido se recusava
cegamente a encarar a realidade de sua situação desesperadora
(RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 788).
OS CRISTÃOS E
O LUTO
Sobre a morte o cristão deverá compreender
que se trata da consequência do pecado de Adão. Além da morte, a culpa e a corrupção
tornaram os resultados que expressam a presença do pecado. Portanto, a morte
não tem a pessoa de Deus como culpado por sua existência, mas trata-se de uma
herança deixada pelo pecado original.
Por fim, o cristão não poderá perder a
esperança. Pois, se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os
mais miseráveis de todos os homens (1 Co 15.19). A esperança do
crente está em Jesus Cristo. Assim como a esperança se fortalece mediante as
seguintes palavras: Porque o mesmo Senhor descerá do céu com
alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em
Cristo ressuscitarão primeiro (1
Ts 4.16).
Referências
MUNROE,
Myles. O poder do caráter na liderança. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
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