Deus é Fiel

Deus é Fiel

sexta-feira, 28 de junho de 2024

A CIDADE CELESTIAL

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – A CIDADE CELESTIAL

Conforme a Verdade Prática:

A cidade celestial é o alvo de toda a nossa jornada que iniciou com o Novo Nascimento e se consumará com a entrada pelos portões celestiais.

Da verdade prática compreende-se que:

O alvo de toda a jornada cristã está em chegar no céu;

A jornada iniciou-se com o novo nascimento;

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Conceituar o paraíso;

Explicar a eternidade como doutrina e como descrita no Livro de Apocalipse;

E, Conscientizar a respeito do estado final de todos os santos.

I – O PARAÍSO ETERNO

As descrições, novo céu, nova terra e nova Jerusalém, se associam a três dimensões: a dimensão celestial, novo céu; a dimensão terrestre, nova terra; e, a dimensão urbana, nova cidade.

Já no que corresponde à nova Jerusalém, três são os indicadores que define a nova Jerusalém ao patamar de uma cidade sublime:

Primeiro, a grande cidade (Ap 21.10), logo a grandeza da cidade corresponde ao suprimento da necessidade dos seus habitantes.

 Em segundo, a santa cidade (Ap 21.10),   isto é, a cidade é perfeita e livre de todo mal.

Por fim, em terceiro a cidade descerá do céu, por isso, haverá nela a glória de Deus (Ap 21.10).

[...] Tudo sugere uma cidade literal: ouro, ruas, dimensões, pedras. Ela desce do céu, pois é impossível construir uma cidade santa aqui (Silva, 1997, p. 268).

II – O ETERNO E PERFEITO ESTADO

Os detalhes inseridos no texto sagrado da nova Jerusalém indica que ela é uma cidade real. Cidade cujo construtor também é real (Hb 11.10). Se o mundo atual afetado pelo pecado possui as suas maravilhas o que será dito da nova cidade em que nela não haverá maldição (Ap 22.3), não haverá necessidade dos governos naturais que governam os dias e as noites - sol, lua e estrelas – (Ap 22.5), não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas (Ap 21.4).

[...] A luz de Cristo atravessa em todas as direções, por tratar-se de ouro transparente, e nada pode impedir a difusão dos raios luminosos de Cristo. Assim fica demonstrado que, a cidade terrestre (na era milenial) haverá necessidade de luz, como podemos ver em Is 30.26, pois haverá noite e haverá dia: fatores da vida física... Agora na presente era, os remidos andam por fé, vêem as coisas celestes “[...] refletindo como um espelho” (2Co 3.18); mas ali tudo será alterado (Silva, 1997, p.275).

III – O ESTADO FINAL DE TODOS OS SANTOS

A frase “na casa de meu Pai há muitas moradas” transmite dois ensinamentos básicos: primeiro ensino, a casa pertence ao Criador e segundo nesta casa há muitas moradas. Na tradução NVI a expressão muitas moradas corresponde a uma casa pequena com muitos cômodos envolta de um pátio que é o pondo de encontro para o lazer dos filhos que mora envolta do seu pai. Na Nova Jerusalém os filhos de Deus estarão envoltos do Pai celestial.

Para um mundo perfeito é necessário que exista uma composição com elementos essenciais como a de um governo capaz somada com habitantes conscientes, que desfrute de conhecimentos, comunhão e vivam em amor. Por muitos anos esta tem sido à busca de homens para uma sociedade melhor, porém, estas teorias ao serem executadas pelo o homem eliminou o essencial que é a presença de Deus. Ou seja, não haverá uma sociedade justa com a ausência de Deus. Na nova Jerusalém a perfeição será real porque o próprio Deus a governará com isto os habitantes serão os salvos de todas as épocas que possuirão conhecimento perfeito e desfrutarão da perfeita comunhão e do perfeito amor.

Na Nova Jerusalém o amor de fato será sincero, generoso e longânimo. A perfeição do amor de Deus na nova Jerusalém se manifestará no amor que galardoa os salvos (Tg 1.12).

O primeiro livro da Bíblia é o de Gênesis, o livro do princípio, enquanto o último livro é o de Apocalipse que corresponde a revelações. Todavia, o primeiro como o último livro da Bíblia possui relações diretas no que trata a ordem da história da humanidade, se em Gênesis encontra-se as origens das coisas, em Apocalipse o conhecimento do desfecho de todas as coisas torna-se notável. Mas, os últimos capítulos de Apocalipse são conhecidos como o gênesis do apocalipse, portanto as origens de uma nova época encontram se nos capítulos finais de Apocalipse.

Referências:

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse, versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – A BENDITA ESPERANÇA: A MARCA DO CRISTÃO

A BENDITA ESPERANÇA: A MARCA DO CRISTÃO

Conforme a Verdade Prática:

A esperança cristã é a âncora que mantém a alma do crente firme diante dos dissabores em nossa jornada de fé.

Da verdade prática compreende-se que:

O cristão possui esperança;

A esperança do cristão outorga firmeza;

 E, em meios aos dissabores da vida o cristão consegue está firme mediante a esperança no Senhor Jesus.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Mostrar o alvo da esperança;

Explicar a doutrina da esperança cristã;

E, Enfatizar a esperança cristã como a âncora da alma do crente.

I – PARA ONDE APONTA A ESPERNAÇA DO CRISTÃO?

A esperança trata-se de esperar, está diretamente associada com o amor e com a fé, ambas correspondem às três virtudes essências na vida do cristão. Portanto, a esperança é definitivamente uma virtude cristã, pois, somente o cristão pode ser otimista no que corresponde ao mundo. Também só o cristão pode ser otimista no enfrentar a vida com os obstáculos. Assim como, só o cristão pode vivenciar a morte com tranquilidade, pois a esperança é a real confiança no cumprimento de uma grande expectativa.

O termo grego denota a expectativa confiante ou a antecipação, e não o pensamento tendencioso como no entendimento a partir do senso comum. O uso da palavra esperança nesse contexto é incomum e irônico, pois ele sugere que os gentios, que nada sabiam sobre o Messias, ou aqueles que pouco sabiam a respeito dele, anteciparam-se e aguardavam a Sua vinda. Porém, para nós, é suficiente refletir sobre os atos de Cornélio (Atos 10) a fim de percebermos que alguns dentre os gentios tinham esperança na vinda do Messias judeu. Jesus foi enviado não só para a salvação dos judeus, mas também dos gentios. Considerando que Deus é o autor da nossa salvação, podemos chama-lo de o Deus da esperança, porque foi isso o que Ele nos deu Rm 15.13 (Radmacher; Allen; House, 2013, p. 402).

Logo, o Deus de esperança outorga gozo e paz. Pois, a esperança indica e se caracteriza pela expectativa confiante em um Deus de paciência e consolação. Portanto, a paciência e a consolação das Escrituras proporcionam a esperança.

II – A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DA ESPERANÇA CRISTÃ

Paulo assim escreveu:

Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada (Rm 8.18).

A respeito das aflições aprende-se que:

1- Nas aflições as pessoas se aproximam das outras.

2- As aflições servem de disciplina.

3- As aflições torna o cristão mais dependente de Deus.

4- A aflição é garantia da magnitude da glória que se manifestará.

Para corroborar com Rm 8.18, o apóstolo assim escreveu à Igreja em Coríntios: porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente (2 Co 4.17).

Logo, [...] as aflições do presente são leves quando comparados com a glória que há de vir. Paulo chama os sofrimentos que passamos nesta vida de leve e momentânea tribulação, quando comparados ao peso eterno de glória mui excelente (2 Co 4.17). O plano de compensação divino é tal que aquele que suporta os sofrimentos receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna, Mateus 19.29 (Radmacher; Allen; House, 2013, p. 402).

III – A ESPERANÇA CRISTÃ COMO ÂNCORA DA ALMA

A esperança do cristão no Senhor é comparada com a âncora, pois representa tudo que sustenta e proporciona estabilidade ao crente no Senhor. A esperança do cristão não está firmada nas promessas perceptíveis no ramo político, mas de fato a esperança do cristão está firmada no Senhor Jesus. O que a torna melhor e abrangente.

A promessa do Senhor Jesus para com os crentes é a melhor possível e abrange a vida eterna na presença do Senhor. No entanto, compreende-se que a esperança do cristão é segura, pois tem o Senhor Jesus como o fiel que a prometeu; a esperança é consoladora, pois outorga ao crente consolo no que há de acontecer; e, por fim, a esperança do cristão no Senhor é estruturada e estabelecida com propósito, Deus é Deus de propósito.

Referências:

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 9 de junho de 2024

REALIDADE BÍBLICA DO INFERNO

 

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – REALIDADE BÍBLICA DO INFERNO

Conforme a Verdade Prática:

O inferno é um lugar real de dor, agonia e desespero. Sua realidade é um alerta para nós ao longo de nossa jornada.

Da verdade prática compreende-se que:

O inferno é real;

O inferno é um lugar de dor, desespero e agonia;

E, a realidade do inferno alerta a todos a terem uma jornada desenvolvida por meio a uma vida de santidade.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Mostrar o pensamento humano a respeito do inferno;

Saber como a palavra inferno aparece na Bíblia;

E, Compreender a doutrina bíblica do inferno.

I – O PENSAMENTO HUMANO A RESPEITO DO INFERNO

Para inúmeros pensadores o inferno corresponde a um lugar abstrato, ou seja, não se trata de um local real. No senso comum das pessoas o sofrimento que as pessoas passam no seu cotidiano indica que essa pessoa está de fato vivenciando as dores do inferno.  O primeiro erro de quem pensa assim está em negar a existência do inferno e o segundo erro se concretiza na não compreensão dos efeitos do pecado na vida cotidiana dos indivíduos.

O teólogo liberal e o homem moderno não aceitam a ideia de Inferno como descrito nas Sagradas Escrituras, em especial no Novo Testamento, pois creem que um Deus tão justo e bom jamais ousará punir de modo implacável e eternamente uma pessoa. Os liberais advogam que o foco do leitor deve ser no amor e na graça de Deus, e que o Inferno se refere apenas a consequências naturais das escolhas humanas (Gomes, 2024, p. 124).

Há também a corrente universalista que acreditam que Deus por seu amor para com a humanidade não condenaria os seus filhos ao inferno, um local de tormento. De fato os apóstolos já alertavam a respeito daqueles que apostatariam da fé e ensinariam princípios contrários aos descritos na Bíblia Sagrada.

II – COMO A PALAVRA INFERNO APARECE NA BÍBLIA

O termo sheol tem como significado sepultura ou estado dos mortos. Andrade assim define: Palavra hebraica que designa o lugar dos mortos. O mesmo que hades e inferno. Segundo o Novo Testamento, é o lugar onde as almas dos iníquos aguardam o Juízo Final (1997, p. 227). Entende-se então que o termo sheol poder ser compreendido no Antigo Testamento como lugar de castigo para os ímpios e de bênçãos para os justos.

Já o termo Hades é o lugar destinado aos ímpios. Andrade assim define: É sinônimo de inferno... Na septuaginta, tal palavra é usada como sinônimo do vocábulo hebraico sheol (1997, p. 143).

Tártaro é outro termo presente para descrever a respeito do inferno trazendo a ideia de abismo que é o lugar em que os ímpios habitam. E por fim, há também o termo geena que significa castigo eterno.

É importante compreende que antes ao Calvário o hades estava dividido em duas partes, a que destinava os ímpios e a que destinava aos justos. Porém, depois do Calvário houve uma mudança:

Houve uma mudança dentro do mundo das almas e espíritos dos mortos [...]. Quando Cristo enfrentou a morte e a sepultura, e as venceu, efetuou uma mudança radical no sheol-hades (Ef 4.9,10; Ap 1.17,18). A parte do paraíso foi transladada para o terceiro céu, na presença de Deus (2 Co 12.2,4), separando-se completamente das partes inferiores, onde continuam os ímpios mortos. Somente os justos gozam dessa mudança em esperança pelo dia final, quando esse estado temporário se acabará, e viverão para sempre com o Senhor num corpo espiritual ressurreto (CABRAL apud LIMA, 2015, p. 147,148).

III – A DOUTRINA BÍBLICA DO INFERNO

A doutrina bíblica a respeito do inferno ensina que o inferno é real, trata-se de um local intermediário em que as almas dos que morrem sem Cristo esperaram para o dia do juízo final. É válido compreender que o inferno corresponde com local de castigo para Satanás e seus seguidores, o que indica em dizer que o inferno não é uma casa em que o diabo habita e que tem regalias nesse espaço.

[...] Pela escatologia bíblica, o inferno é apenas um lugar intermediário. Dali, os ímpios hão de ressurgir para serem lançados no lago de fogo. Eis algumas verdades bíblicas concernentes ao inferno:

1)   Foi criado por Deus.

2) O seu mandatário, portanto, é o próprio Deus.

3) Não é a habitação do demônio como se pensa, mas o lugar de reclusão das almas impiedosas.

4) Nada tem a ver com o purgatório.

5) O mesmo inferno haverá de ser lançado no logo de fogo (Andrade, 1997, p. 158).

Deus tem um céu de glória preparado para os santos, logo é necessário seguir a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

Referências:

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

GOMES, Osiel. A carreira que nos está proposta. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas, esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.