Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – QUEM É O ESPÍRITO SANTO
Conforme a Verdade Prática:
É necessário primeiro conhecer
a verdadeira identidade do Espírito Santo, à luz da Bíblia, para então poder
defendê-la.
Da verdade prática compreende-se que:
É necessário conhecer o
Espírito Santo;
O Espírito Santo possui
uma identidade;
E, o Espírito Santo é
Deus.
É válido lembrar que os objetivos da presente
lição são:
Mostrar o Espírito Santo
como o Consolador;
Correlacionar a deidade,
os atributos e a obra do Espírito Santo;
E, Identificar as heresias
antigas e as formas como elas se apresentam atualmente.
Espírito
Santo é a palavra-chave da presente lição. Para Soares [...] O estudo da Pessoa do Espírito é importante para todos os
cristãos, pois é Ele quem guia os crentes e os leva mais próximos de Deus. Ser
pentecostal significa ter intimidade com a pessoa do Espírito, pois a teologia
pentecostal não é teórica (2020, p. 13).
I – O CONSOLADOR
O evangelista João ao escrever os capítulos
14 e 16 do Evangelho, permite aos leitores o pleno conhecimento do Espírito
Santo em dois pontos específicos: o nome, Consolador (Paracleto) e a missão do
Espírito Santo em convencer o homem do pecado, guiar os crentes e glorificar a
Jesus.
Sobre o termo Consolador compreende-se que:
O mesmo vocábulo grego aqui
traduzido por “Consolador” é traduzido por “Advogado”, ao referir-se a Cristo,
em 1 Jo 2.2. Significa “chamado para o lado de” ou, ainda, “quem aparece em
defesa de”, como faz um advogado em tribunal humano. Mas também está envolvido
o pensamento de “Fortalecedor”, isto é, alguém que dá vigor e torna forte.
Portanto, é exibida uma relação extremamente pessoal nesse nome. Em linguagem
comum, poder-se-ia interpretar assim: “um que fica ao nosso lado a fim de
ajudar” (Bancroft, 2006, p. 191).
Sobre o Espírito Santo no ato do convencer
percebe-se que Ele convence o homem do pecado, do juízo e da justiça (Jo
16.8-11). No que tange guiar o crente entende-se que o Espírito Santo chama para
o serviço especial (At 13.2,4) e orienta em serviço (At 8.27-29). E no
glorificar a Jesus a pessoa do Espírito Santo conduz o cristão a ser um
adorador (Jo 16.14).
II – SUA DEIDADE, ATRIBUTOS E OBRAS
Compreende-se que o Espírito Santo é Deus, pois
Ele é chamado de Espírito de Deus (1 Co 3.16), nome que indica ser Ele Deus.
Sendo Ele Deus percebe-se que Ele é o poder e a energia pessoais da Divindade
(Bancroft, 2006).
A Terceira Pessoa da Trindade também é
conhecido pelo nome Espírito de Deus, nome que está associado a poder, profecia
e direção. O Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gn 1.2), aqui associado
ao poder de criar. O Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou (1 Sm
10.10), aqui associado à comunicação. Por fim, todos os que são guiados pelo
Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8.14), aqui associado à direção.
No que corresponde aos atributos entende-se
que o Espírito Santo é eterno (Hb 9.14), logo, Ele não é limitado pelo tempo,
pois Ele existe deste toda a eternidade. Bancroft afirma:
Assim como a eternidade é
atributo ou característica da natureza de Deus, semelhantemente a eternidade
pode ser e é atribuída ao Espírito Santo como uma das distinções pessoais no
Ser de Deus (2006, p.188).
O Espírito Santo também é onisciente, pois o
Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus (1 Co 2.10).
O Espírito Santo também é onipresente (Sl
139.7-10) e onipotente (Gn 1.2). A onipotência do Espírito Santo é demonstrada
em três atos poderosos: criação, trazer o universo do nada; animação, dar vida
ao que estava sem vida; e ressurreição, trazer vida da morte.
E no que se referente com as obras do
Espírito Santo, três são nítidas na pessoa do Espírito Santo: criação, predição
e regeneração (Gn 1.2, Jo 3.1-7).
III – HERESIAS ANTIGAS
E NOVAS
Para os arianistas, seguidores dos princípios de Ário, o Espírito Santo
era apresentado como criatura e não como Criador. Já para os tropicianos que
defendia ser o Espírito Santo um anjo, logo, o Espírito Santo era para eles uma
criatura. E os pneumatomacianos ensinavam que o Espírito Santo não era uma
divindade.
No entanto, há três razões determinantes em afirmar que o Espírito Santo
é uma pessoa.
A primeira afirmação indica que Ele age como uma pessoa, pois o Espírito
Santo ensina (Jo 14.26), testifica de Cristo (Jo 15.26), fala com os salvos (At
8.29) e chama os obreiros (At 15.26). Somente uma pessoa pode ensinar a outros,
testificar de outro, falar com outros e chamar a outros.
Já a segunda afirmação em ser o Espírito Santo uma pessoa está
diretamente associada às características de uma pessoa. Pois, o Espírito Santo
possui conhecimento (1 Co 2.1), possui vontade (1 Co 12.11) e ama (Rm 15.30).
Apenas uma pessoa se caracteriza pelo conhecimento, pela vontade e pelo amor, e
estas características definem que o Espírito Santo é Deus.
E a terceira característica em ser o Espírito Santo uma pessoa é porque
na Bíblia Ele é tratado como uma pessoa. Dois exemplos corroboram esta
afirmativa, o primeiro em Efésios 4.30, quando Paulo aconselha a não
entristecer o Espírito Santo e o segundo quando Jesus ensinou a respeitou da
blasfêmia contra a Terceira Pessoa da Trindade (Mt 12.31).
Assim como há três razões que caracteriza ser o Espírito Santo uma
pessoa, percebe-se que também há três razões que define ser o Espírito Santo
Deus, isto é, o Espírito Santo tem os nomes de Deus, os atributos divinos e
desenvolve as obras de Deus.
Referências:
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora
Batista Regular, 2006.
SOARES, Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da Doutrina Bíblica
sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.