Levítico,
adoração e serviço ao Senhor
Mais um trimestre
para honra e glória do Senhor Jesus, e nesta nova etapa de estudos, o livro de
Levítico será a fonte de análise doutrinária. A primeira lição tem como
objetivo geral mostrar que a verdadeira adoração a Deus
compreende o nosso serviço voluntário, santo e amoroso ao seu Reino.
E como objetivos
específicos:
Apontar
a canonicidade, o gênero literário, autoria e data do livro de Levítico.
Explicar
a razão do livro de Levítico.
Compreender
que o livro de Levítico era o manual do sacerdote.
As palavras adoração
e serviço estão diretamente associados ao terceiro livro da Bíblia Sagrada que
ressalta os seguintes temas: os sacerdotes santos, os sacrifícios santos, e a
vida santa. Logo, percebe-se que a santidade está sempre presente na escrita do
livro.
I –
SOBRE O LIVRO DE LEVÍTICO
1- Canonicidade.
2- Gênero literário.
3- Autoria.
Comentário:
O termo Levítico no
hebraico é vaicrá que significa “e chamou”, que pode também ser definido pelos
seguintes termos: separado e consagrado. Cujo tema central é: santidade ao
Senhor.
O esboço do livro
poderá ser encontrado de diferentes formas por concepções dos estudiosos, porém
o que se encontrará em comum serão os pontos que interligam as mensagens ao
tema: santidade.
O livro poderá ser
assim distribuído em tópicos:
Ofertas e sacrifícios
(1.1-7.38).
Consagração do
sacerdote (8.1-10.20).
Leis referentes à
pureza e impureza legais (11.1-15.33).
O dia da expiação
(16.1-34).
A Lei da santidade
(17.1-25.55).
Bênçãos e maldições
(26.1-46).
Sobre o que é
consagrado a Deus (27.1-34).
No que refere ao
autor é notável que o livro tenha como autoria a Moisés. Grande legislador do
povo de Israel que em sua trajetória escreveu os cinco livros do Pentateuco.
A percepção
tradicional é de que Moisés escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia (o
Pentateuco ou livro de cinco volumes), embora alguns achem que suas histórias
só foram escritas muito tempo depois. Mas uma vez que Moisés mantinha registros
escritos (Êx 17.14; 24.4; 34.27), não parece haver nenhum bom motivo para
duvidar de sua autoria, à medida que Jesus mesmo a confirmou (Mc 7.10; 12.26). (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p.130).
II –
A RAZÃO DO LIVRO
1- Purificar Israel das abominações do Egito.
2- Preservar Israel das iniquidades de Canaã.
3- Transformar Israel num povo santo, adorador e
obreiro.
Comentário:
Portanto, tendo como
propósito ensinar o povo de Israel a viver em segurança diante do Deus Santo,
percebe-se que a nação estava saindo do meio de um povo idólatra (Egito) e
passando para uma região em que predominava os cananeus que também se destacavam
pela prática da idolatria. Para refutar esta prática pecaminosa o livro de
Levítico outorga as seguintes razões para sua escrita: purificar, preservar e
transformar.
A purificação
corresponde com a retirada da existência de algum mal que prejudica a real convivência
do indivíduo para com Deus. Enquanto a preservação relaciona com a não
permissão do afetar com as coisas que prejudicam a real convivência para com
Deus.
Já a transformação
relata da preparação dos levitas ao serviço do Senhor como obreiros que exerçam
o ministério santo como verdadeiros adoradores. O ministério dos levitas seria centrípeto,
já a missão da Igreja é centrífuga. Ou seja, a missão da nação de Israel por
meio dos levitas era fazer com que as nações fossem até Israel para serem
abençoados por Deus. Já a missão da Igreja é diferente, pois a Igreja tem que
ir até os confins da terra.
III –
O MANUAL DO SACERDOTE
1- Atividades culturais.
2- Atividades santificadoras.
3- Atividades intercessoras.
Comentários:
No Antigo Testamento
o homem deveria aproximar se de Deus através de um sacrifício e manter-se junto
de Deus por meio da intercessão. O sacerdote era responsável pelo sacrifico e
também pela intercessão. Logo, o sacerdote era o elo entre o homem e Deus. Ao
contrário do profeta que era o elo entre Deus e o homem.
1- Sacrifício. A principal função que vem a nossa mente do sacerdote
é o sacrifício. Pois, o sacerdote tinha como principal função a de sacrificar,
ou seja, oferecer vítimas a Deus. Porém, o sacrifício era incompleto, pois o
sacerdote se apresentava constantemente perante Deus com sacrifícios.
No dia dez do sétimo
mês, no contexto histórico da nação israelita no Antigo Testamento o sumo
sacerdote tinha a oportunidade de entrar no Santo dos Santos para interceder
por meio do sacrifício o perdão para com o povo (Êx 30.10, Hb 9.7, Lv 16).
2- Intercessão. Se a
principal função de um sacerdote era o sacrifício. A ideia fundamental do
sacerdote era a de um mediador entre o homem e Deus. Isto é, o sacerdote levava
a Deus as necessidades dos homens e por meio de orações colocava o individuo
diante de Deus. O homem chegava-se a Deus por meio de um sacrifício e se
mantinham diante de Deus por meio da oração. Tanto o sacrifício e a intercessão
cabiam ao sacerdote e por meio de tais ações o indivíduo aproximava-se de Deus.
Por meio do sacrifício
Deus perdoava o indivíduo e pela intercessão Deus santificava o indivíduo.
Seria hoje a conversão que é à saída do homem do mundo e também seria a
santificação que é a saída do mundo de dentro do cristão. Logo, o perdão do
pecado do povo era realizado por meio do sacrifício e por meio da intercessão.
Referência:
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013.