Deus é Fiel

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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Subsídio da EBD: Ética Cristã e Política


Ética Cristã e Política
A presente lição tem como objetivo geral mostrar que a política faz parte da vida em sociedade e que o crente deve ter consciência política. Sendo que a verdade prática ratifica que a política faz parte da vida em sociedade, logo o cristão não vive isolado, porém o mesmo deverá ter consciência da ciência política e lembrar sempre que é o sal e luz neste mundo.
O valor do sal só é notável na ação. Pois, o sal é importante no agir. No contexto histórico o sal teve grande participação para uma das maiores inovações no mundo do trabalho, isto é, o salário. Porém, o sal tem seu valor no agir, e se para isto, o mesmo não serve, deverá ser lançado fora. Já o valor da luz é notável no existir, pois, os benefícios da luz são inúmeros, como por exemplo: a visibilidade, o fornecimento de energia e a produção de alimentos.
I – UMA PERSPECTIVA BÍBLICA DA POLÍTICA
1- Deus governa todos os aspectos da vida humana, inclusive o político.
2- Deus levanta homens que o glorifiquem na política.
3- O Estado e a política.
4- O Estado e a Bíblia.
Comentário:
O presente tópico tem como objetivo apresentar uma perspectiva bíblica da política. E conforme o apóstolo Paulo o cristão deverá ser sujeito às autoridades, desde o momento em que esta é instrumento de Deus para a perpetuação da justiça.
O apóstolo não define que o cristão deverá ser submisso a autoridade tal, como por exemplo, submisso ao governo do Brasil. O que Paulo notifica é a existência de uma humanidade em que há autoridades e submissos a esta autoridade. Deus age por meio de seus decretos e o segundo decreto de Deus se chama providência, sendo que Deus prover por meio da organização, isto é, por meio da ordem, e as autoridades existentes são constituídas por Deus para manter a ordem.
Porém, quando a autoridade palmilha na contra mão do querer de Deus as mesmas não deverão ter o respeito e nem a submissão dos cristãos, mas importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29).
Em suma, a obediência à autoridade deverá ocorrer:
Porque o governo civil está sujeito ao decreto de Deus.
E também, porque o estado foi instituído para ser agente da justiça (Rm 13.4).
Porém, quando o governo deixa de exercer sua função, este deixa de ser ordenança divina, pois abandonou o propósito da sua criação. O cristão não poderá obedecer ao estado quando este requer a desobediência a Palavra de Deus. Logo, surge também a definição do dever do cristão perante a ordem pública.
As autoridades foram instituídas por Deus, logo o primeiro dever das autoridades é uma ação competente para com a organização da sociedade. A organização social do governo deverá atender as necessidades básicas do povo, como por exemplo, administrar os recursos existentes e criar estratégias para o aumento destes recursos.
Vale citar que é dever do estado promover a paz, pois não traz debalde a espada (Rm 13.4). A presença da espada indica o poder da autoridade para punir os que fazem o mal, garantindo assim a paz pública.
Por fim, as autoridades foram instituídas por Deus, logo cabe às autoridades obedecerem a Deus e a Palavra de Deus.
O dever do cristão conforme o apóstolo Paulo pode ser definido em ser sujeito pela consciência e na lealdade ao pagamento dos impostos. A sujeição pela consciência corresponde a obedecer ao governo não apenas por ser um dever civil, mas por ser um dever espiritual. Os impostos existem para serem pagos. É de responsabilidade dos cristãos o pagamento dos impostos.
Portanto, a sujeição às autoridades deverá ser interpretada no seu aspecto histórico, pois no período em que Paulo escreve a Igreja em Roma, Nero era o imperador e perseguia os cristãos.  Mesmo assim, era dever dos cristãos obedecer ao sistema governamental até o ponto em que este não desobedecesse a Lei de Deus. Pois, o sistema governamental e não o governo é proveniente de Deus.
II – A SEPARAÇÃO DO ESTADO DA IGREJA: UMA HERANÇA PROTESTANTE
1- A união entre a Igreja e o Estado.
2- A separação entre a Igreja e o Estado.
3- O Modelo de Estado Laico Brasileiro.
Comentário:
Compreender que a separação do Estado da Igreja é uma herança protestante é o objetivo específico do presente tópico.
O Edito de Constantino ou Edito de Milão reconhecia e facultava o direito de cada indivíduo seguir a religião que escolhestes. O Edito de Milão pós-fim ao segundo período da Igreja, conhecido como período da Igreja perseguida, o cristianismo neste momento histórico pode ser assim resumido:
Um dos efeitos produzidos pelas provações por que passaram os cristãos desse período, foi uma igreja purificada. As perseguições conservavam afastados todos aqueles que não eram sinceros em sua confissão de fé. Ninguém se unia à igreja para obter lucros ou popularidade. Os fracos e os de coração dobre abandonavam a igreja. Somente aqueles que estavam dispostos a ser fiéis até à morte, se tornavam publicamente seguidores de Cristo. A perseguição cirandou a igreja, separando o joio do trigo (HURLBUT, p. 63).
Logo, o Edito de Milão outorgou liberdade e tolerância religiosa. Já o Edito de Teodósio estabeleceu o cristianismo como religião oficial do Império Romano.
Sobre os resultados desta oficialização descreve Hurlbut.
Apesar de os triunfos do Cristianismo haverem proporcionado boas coisas ao povo, contudo a sua aliança com o Estado, inevitavelmente devia trazer, como de fato trouxe, maus resultados para a igreja. Se o término da perseguição foi uma bênção, a oficialização do Cristianismo como religião do Estado foi, não há dúvida, maldição.
Todos queriam ser membros da igreja e quase todos eram aceitos. Tanto os bons como os maus, os que buscavam a Deus e os hipócritas buscando vantagens, todos se apressavam em ingressar na comunhão. Homens mundanos, ambiciosos e sem escrúpulos, todos desejavam postos na igreja, para, assim, obterem influência social e política. O nível moral do Cristianismo no poder era muito mais baixo do que aquele que distinguiam os cristãos nos tempos de perseguição.
Os cultos de adoração aumentaram em esplendor, é certo, porém eram menos espirituais e menos sinceros do que no passado. Os costumes e as cerimônias do paganismo foram pouco a pouco infiltrando-se nos cultos de adoração. Algumas das antigas festas pagãs foram aceitas na igreja com nomes diferentes. Cerca do ano 405 as imagens dos santos e mártires começaram a aparecer nos templos, como objetos de reverência, adoração e culto. A adoração à virgem Maria substituiu a adoração a Vênus e a Diana. A Ceia do Senhor tornou-se um sacrifício em lugar de uma recordação da morte do Senhor. O "ancião" evoluiu de pregador a sacerdote.
Como resultado da ascenção da igreja ao poder, não se vê os ideais do Cristianismo transformando o mundo; o que se vê é o mundo dominando a igreja. A humildade e a santidade da igreja primitiva foram substituídas pela ambição, pelo orgulho e pela arrogância de seus membros. Havia, é certo, ainda alguns cristãos de espírito puro, como Mônica, a mãe de Agostinho, e bem assim havia ministros fiéis como Jerônimo e João Crisóstomo. Entretanto, a onda de mudanismo avançou, e venceu a muitos que se diziam discípulos do humilde Senhor (HURLBUT, p. 73,74).
III – COMO O CRISTÃO DEVE LIDAR COM A POLÍTICA
1- O perigo da politicagem.
2- Como delimitar a atuação da igreja.
3- Ajustando o foco da igreja.
Comentário:
Há uma necessidade exclusiva que mostra como o cristão deve lidar com a política. Não sendo desenvolvida com base na politicagem que é a utilização da política para benefícios pessoais. Logo, assim, como no Antigo Testamento Deus usou profetas, sacerdotes, sábios, juízes e reis; Deus quer usar nos dias atuais pessoas compromissada com Ele em todos os âmbitos da sociedade garantindo que as instituições: igreja, estado, família, empresa e até a escola sejam abençoados pela dimensão da graça divina.
Como carreira o cenário político é igual a qualquer outra atividade secular. Que requer desenvoltura e compromisso. Assim sendo o cristão interessado com a vida pública deverá vigiar e orar para não cair em tentação. Já se houver obreiro interessado é fundamental deixar o exercício ministerial, pois “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida” (2 Tm 2.4).
Referência:
HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001.

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