O Reinado de Davi
A verdade prática
transmite a seguinte realidade:
A
glória do reinado de Davi deve-se, antes de tudo, à boa mão de Deus que estava
sobre ele.
Quando o patriarca Jacó
abençoou os seus filhos, ele reservou a Judá a seguinte bênção:
“O
cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha
Siló; e a ele se congregarão os povos” (Gn 49.10).
Portanto, como rei
Davi se encontrava nos planos de Deus. Pois, segundo a narrativa bíblica Davi
foi tirado do curral das ovelhas para ser chefe de Israel (1 Cr 17.7). Sendo
assim, a presente lição tem como objetivo geral:
Demonstrar que o reinado de Davi foi
bem-sucedido por causa da boa mão de Deus que estava sobre ele.
I – DAVI
É CONSTITUÍDO REI
Apresentar
a constituição de Davi como rei é o objetivo específico do presente tópico. O tópico também
enfatiza os três motivos da escolha de Davi, que são:
Davi era o escolhido
e ungido do Senhor (1 Sm 16; 2 Sm 3.18).
Davi era parente dos
representantes de Israel (Gn 29.14; Jz 9.2).
E Davi era um grande
soldado e líder (1Sm 18.7).
Sobre o primeiro
motivo é válido expressar que quando Deus tem um
plano na vida de um homem, tudo é conduzido na mais perfeita harmonia, sem que
seja preciso truque, politicagem, negociatas, acordos ilegítimos
(GOMES, 2019, p.119).
Descrever Davi como
líder é compreender as ações deste monarca como servo que liderava o povo em
prol do fortalecimento da nação Israelita. A liderança de Davi se compara ao
pastorado daqueles que são vocacionados por Deus para cuidarem do rebanho, não
por constrangimento, mas por vocação e voluntariamente, zelando do bem estar da
Igreja do Senhor Jesus.
Davi firmou uma
aliança com o povo de Israel, lição que se aplica à Igreja nos dias atuais, o
trabalho na frente da obra do Senhor tem que ser desenvolvido em harmonia, pois
ninguém consegue fazer alguma coisa sozinho.
II –
A CONSTRUÇÃO DO REINO DE DAVI
A historiografia de
Jerusalém permite compreender que a cidade também é conhecida nos escritos
Bíblicos de:
Jebus (Jz 19.10),
Sião (Sl 87.2), Ariel (Is 29.1), Cidade de Justiça (Is 1.26), Santa Cidade (Is
48.2), a cidade do grande Rei (Mt 5.35), a cidade de Davi (2 Sm 5.7).
Porém, conforme as
narrativas dos livros históricos do Velho Testamento Davi expulsou os jebuseus
de Jerusalém (2 Sm 5.7), sendo que a conquista da cidade foi liderada por Joabe
e seus soldados que subiram pelo canal subterrâneo e tomaram a cidade (2 Sm
5.8). Os 33 últimos anos do governo de Davi sobre Israel teve como sede
administrativa a cidade de Jerusalém (2 Sm 5.5).
Por não ser uma
cidade localizada em área marítima indica que Jerusalém não possuía portos.
Todavia, para o seu período a cidade já era dotada de grandeza, sendo que a
grandeza da cidade estava relacionada à sua localização sobre os montes.
Portanto, a aliança
de Deus com Davi é incondicional e Deus assegura três coisas à nação israelita
por meio do concerto com o monarca: um trono, um reino e um rei (2 Sm 7. 8-17).
Por fim, Davi em sua
atividade monarca teve as seguintes conquistas:
O estabelecimento das
cidades dos levitas, a conquista de Jerusalém e a transformação da mesma como
centro religioso e administrativo da nação, o estabelecimento da música sacra,
e o intuito de construir o templo.
Evidenciar
a consolidação do reino de Davi é o objetivo do presente tópico.
III –
A GRANDEZA PLÍTICA DO REINADO DE DAVI
O objetivo do presente
tópico é atestar a grandeza política do reinado de
Davi. Sendo assim o sucesso militar de Davi é sintetizado em três
pontos:
Primeiro: Davi
derrotou os principais inimigos da nação, principalmente os filisteus,
amonitas, idumeus, moabitas (2Sm 5.17-25;21.15-22).
Segundo: Davi se
fortaleceu com a criação de um exército profissional que entendia e executava com
eficiência as estratégias militares.
Terceiro: Davi
contava com cooperadores que lideravam seus soldados que na atualidade seriam
estes chamados de comandantes.
Em suma, no que tange
a ação do monarca Davi na mediação do culto Divino pode concluir que:
Devido
ao caráter de seu chamamento, Davi pode ser considerado o primeiro
rei-sacerdote de Israel. Nalgumas ocasiões, ele fazia questão de vestir-se
sacerdotalmente, a fim de emprestar maior solenidade às celebrações de Jeová
(2Sm 6.14). Como se não bastasse tamanho zelo, o filho de Jessé estabeleceu
turnos de cantores e músicos na Casa de Deus (1Cr 15.16) – (ANDRADE, 2018, p.44).
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja
em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
GOMES, Osiel. O
Governo Divino em mãos humanas, liderança do povo de Deus em 1º e 2º Samuel.
Rio de Janeiro: CPAD, 2019.