A Rebeldia de Saul e a Rejeição de Deus
A verdade prática
transmite a seguinte realidade: ao cristão
nascido de novo não cabe praticar o pecado da rebeldia, pois fazê-lo é viver a
velha natureza.
Já o título da lição
tem como palavra chave: rebeldia. Somando os ideais da verdade prática com o
ponto central lição compreende-se que:
Um
seguidor de Cristo, que se veja forçado a optar pela rebelião ou por alguma
forma secundária de oposição àquilo que ele considera opressivo, tanto na
esfera governamental quanto em alguma esfera menor (mesmo nas relações eclesiásticas),
só deve tomar tal decisão após haver sopesado cuidadosamente as questões morais
envolvidas. Talvez seja correto dizer que, para o crente, a rebeldia deve ser
um último recurso, depois que se exauriram todos os outros meios em busca de
uma solução pacífica para a injustiça e a opressão (CHAMPLIN,
2014, p.572).
Portanto, a presente
lição tem como objetivo geral:
Ressaltar que ao crente nascido de novo
não cabe praticar o pecado da rebeldia.
E como objetivos
específicos:
Definir rebeldia.
Explicar a rebeldia de Saul.
Caracterizar a liderança sem critérios
de Saul.
I – DEFINIÇÃO
DE REBELDIA
A rebeldia é definida
como revolta contra a autoridade que é constituída por legitimidade. A rebelião
poderá se manifestar contrariamente aos designíos de Deus, a autoridade dos
pais, assim como as autoridades eclesiásticas.
É notória também a ocorrência
de uma rebeldia psicológica que não é aquela que
se propõe criar brigas, intrigas, desrespeito, quebra da hierarquia. Na verdade,
ela é um sentimento interior que não se conforma com certas normas
estabelecidas, mas procura sair da zona de conforto buscando um ajuste por meio
de um caminho certo (GOMES, 2019, p.98).
Porém, no que confere
o cristão e as autoridades públicas compreende com o
apóstolo Paulo a existência de uma humanidade em que há autoridades e pessoas submissas
a estas autoridades. Deus age por meio de seus decretos e o segundo decreto de
Deus se chama providência, sendo que Deus prover por meio da organização, isto
é, por meio da ordem, e as autoridades existentes são constituídas por Deus
para manterem a ordem.
Porém, quando a
autoridade palmilha na contra mão do querer de Deus as mesmas não deverão ter o
respeito e nem a submissão dos cristãos, mas importa obedecer a Deus do que aos
homens (At 5.29).
Toda
autoridade vem de Deus. Quando qualquer autoridade ordena que seja feito o que
Deus proibiu, ou proíbe aquilo que Deus ordenou, o cristão deve obedecer ao
Senhor de todas as autoridades, o próprio Deus. Nós nos submetemos à autoridade
governamental porque quem instituiu a autoridade foi o próprio Deus. Quando nos
submetemos ao governo estamos submetendo-nos a Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.303).
II –
A REBELDIA DE SAUL
Nos 40 anos de
governo de Saul duas ações marcam a sua administração. A primeira ação marcante
de Saul foi quando o mesmo por falta de equilibro e por uma atitude repleta de
desespero realizou o holocausto (1 Sm 13.10), missão não cabível ao monarca. A
segunda ação realizada por Saul que também desagradou a Deus foi quando o monarca
israelita não obedeceu à ordem de eliminar os amalequitas (1 Sm 15.22). Ambas
as atitudes do monarca descreve sua rebeldia e falta de obediência.
Rebelião é como o
pecado de feitiçaria, assim como se assemelha a apostasia, que é o abandono
premeditado da fé. E conforme os ensinos bíblicos apostasia é adultério
espiritual. E percebe-se que no contexto ministerial há líderes que se
apostataram da fé, abraçando posições que outrora eram rejeitadas pelo mesmo.
Porém, o maior problema causado por tal atitude se refere ao desvio de uma
comunidade. Líderes que mudam suas concepções erroneamente levam consigo
inúmeras pessoas.
Ou seja, a rebelião é
basicamente deixar de pregar a verdadeira doutrina para pregar e viver uma
doutrina totalmente diferente.
III –
SAUL: UM LÍDER SEM CRITÉRIOS
A liderança deverá ser
pontuada em alguns critérios básicos, que podem ser a habilidades e o conhecimento,
pois liderar uma equipe de pessoas requer habilidades e conhecimento. Sendo que
as habilidades são fundamentais para o bom entrosamento entre os líderes e os liderados.
Já o conhecimento é fundamental para saber conduzir a equipe. Porém, ninguém
lidera com apenas o conhecimento, pois a este seguem a perspectiva e a atitude.
Outros critérios necessários
são a paciência, o compromisso e a humildade. Portanto, na trajetória do rei
Saul percebe-se que estes critérios estavam ausentes, por isso, Saul foi rejeitado
por Deus.
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 5. São Paulo: Hagnos, 2014.
GOMES, Osiel. O
Governo Divino em mãos humanas, liderança do povo de Deus em 1º e 2º Samuel.
Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
RADMACHER,
Earl D. ALLEN, Ronald B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
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