Deus é Fiel

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

O ESPÍRITO HUMANO E AS DISCIPLINAS CRISTÃS

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O ESPÍRITO HUMANO E AS DISCIPLINAS CRISTÃS

Conforme a Verdade Prática da lição:

As disciplinas espirituais são necessárias para o fortalecimento do espírito, assim como os exercícios físicos para a estrutura óssea e muscular.

Da verdade prática compreende-se que:

As disciplinas espirituais são necessárias;

As disciplinas espirituais fortalecem o espírito.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Explicar o conceito bíblico de piedade, distinguindo entre sua dimensão interna e externa;

Despertar nos alunos a consciência da necessidade de uma prática regular e perseverante das disciplinas espirituais;

Conscientizar os alunos que as disciplinas espirituais são ferramentas essenciais na batalha contra as forças do mal.

Disciplina é a palavra-chave da presente lição.

I – A PIEDADE E AS DISCIPLINAS CRISTÃS

O significado prático para piedade é devoção. O que permite compreender que piedade também se trata de amor e respeito para com os deveres. Em 1 Timóteo 6.3 está escrito:

Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade.

 Isto é, a doutrina segundo a piedade corresponde com o ensino embasado na Escritura Sagrada que tem em Deus o sustentáculo.

Portanto, piedade pode abranger entre os significados práticos com reverência manifestada em ações. Válido definir que a piedade encontra a base no pleno conhecimento de Deus, assim como para com a realização da piedade a pessoa deverá ter sua vida transformada em Cristo Jesus, pois é a piedade diretamente associada com a justiça, a fé, o mor, a paciência e a mansidão (1 Tm 6.11).

II – DESAFIOS DAS DISCIPLINAS ESPIRITUAIS

No presente tópico torna-se necessário destrinchar a respeito da importância da oração para a vida do cristão, assim como também da importância da leitura da Bíblia Sagrada.

A oração é, primeiramente, uma forma de relacionamento. Quem ora quer se relacionar, conversar, ser respondido, abrir o coração e levar suas percepções e anseios a Deus. Oração é diálogo e troca; é uma ação que implica liberdade e aconchego com aquele a quem nos dirigimos (Tedesco, 2020, p. 9).

Dentre as finalidades da oração pode ser citado:

Proporciona melhor relacionamento com Deus.

Outorga segurança em meio aos desafios.

Possibilita melhor visão diante das questões espirituais e até matérias.

Vivifica a esperança em meio a qualquer situação da vida.

Tedesco acrescenta:

Por intermédio da oração, preparamo-nos, de forma progressiva e vigorosa, para as grandes experiências espirituais em nossa trajetória de vida (2020, p. 9).

No que tange ao motivo que leva o cristão à oração deve-se compreender que não poderá ser a necessidade de receber algo, mas o fato da oração outorgar intimidade com Deus. De fato são inúmeras as questões que conduz o crente a oração, porém o maior motivo que deverá levar este a prática diária da oração é o privilégio de manter o diálogo com o Senhor.

A leitura da Bíblia, o está presente nos trabalhos da igreja, desenvolver diariamente o ministério da oração e a prática constante do jejum, são demonstrações que descrevem o cuidado espiritual do cristão.

III – AS DISCIPLINAS E A LUTA ESPIRITUAL

Batalha espiritual corresponde com a atuação dos cristãos por meio da pregação do Evangelho (atividade desenvolvida com oração e jejum), objetivando a libertação dos que se encontram cativos, pois há seres malignos que conspiram contra tudo o que pertence a Deus.

A armadura espiritual é composta por:

Cinturão da verdade: que corresponde com a sinceridade e honestidade como prática da vida cristã.

Couraça da justiça: que corresponde com a prática da justiça desenvolvida em uma vida justa.

Pés equipados com o evangelho da paz: o evangelho proporciona paz, pés equipados com o evangelho da paz, indica a propagação da mensagem pacífica que proporciona salvação em Cristo Jesus.

Escudo da fé: corresponde à fidelidade a Deus e a esperança em Deus.

Capacete da salvação: isto é, a nova vida em Jesus possibilita uma nova identidade.

Espada do Espírito: parte da armadura que corresponde com a Palavra de Deus.

Por fim, para concluir o cristão deverá orar em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos (Ef 6.18).

Referências:

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

ESPÍRITO – O ÂMAGO DA VIDA HUMANA

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – ESPÍRITO – O ÂMAGO DA VIDA HUMANA

Conforme a Verdade Prática da lição:

Uma vez livre, nossa alma recebe vida espiritual e dirige nosso corpo para adorar e servir ao Criador.

Da verdade prática compreende-se que:

Liberto por Cristo o crente tem vida espiritual;

O desejo do cristão torna-se para adorar ao Senhor;

E, verdadeiramente livre o crente busca servir constantemente ao Senhor.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Expor que o espírito humano foi concedido diretamente por Deus como parte essencial da natureza humana, capacitando o ser humano a ter comunhão com o Criador;

Enfatizar que o pecado pode enraizar-se no espírito, gerando atitudes como soberba e inveja;

Mostrar que a regeneração espiritual é a base para uma vida de adoração genuína, vivida em espírito e em verdade.

Espírito é a palavra-chave da presente lição.

I – O SOPRO DIVINO: A CONCESSÃO DO ESPÍRITO

O espírito é a parte da composição imaterial do ser humano, do qual se compreende que a fé e a consciência descrevem as atitudes do indivíduo, sendo esse transformado, perceberá o ato do serviço, assim como a própria vida voltada para a adoração.

Para servir e adorar ao Senhor o cristão deverá possuir uma consciência não cauterizada, pois:

[...] É alimentada pelo direito natural que o Todo-Poderoso incutiu em cada ser humano. Se a consciência não for devidamente educada, fatalmente será induzida a esquecer-se dos reclamos divinos. Eis a melhor forma de se educá-la: instruída na Palavra de Deus (Andrade, 1997, p. 73)

O espírito do ser humano tem sua origem em Deus, assim como no fim da vida terrestre do indivíduo o espírito voltará para o Senhor.

É então definido de forma teológica que o [...] Espírito é a parte imaterial que o Supremo Ser insuflou no ser humano, transmitindo-lhe a vida, o movimento e a semelhança com a divindade (Andrade, 1997, p. 117).

A explicação mais didática para entender a distinção do espírito e da alma, compreende-se na aprendizagem das faculdades de ambas, pois a alma tem como descrição: a vontade, o intelecto e as emoções; enquanto que o espírito possui como faculdades, a fé e a consciência.

II – ESPÍRITO, PECADO E SANTIFICAÇÃO

Orgulho, arrogância, soberba, vanglória e a inveja, são exemplos de pecados do espírito. O corpo corresponde com o olhar do ser humano para com os outros seres humanos. A alma trata-se da ação do olhar do ser humano para si mesmo. Já o espírito é o olhar do ser humano para Deus. Daí o pecado cometido do espírito não permite o crente olhar para Deus de forma satisfatória.

Analisando apenas os efeitos da inveja compreende-se que o termo utilizado para definir inveja no NT grego é zelos. Palavra que ocorre em dois sentidos: positivo e negativo.

No sentido positivo corresponde com cuidado, tanto o cuidado de Deus para com os teus (Ez 16.37), assim como a paixão por Deus que consome e estimula o homem (Barclay, 2010, p.44). O salmista assim escreveu: o zelo da tua casa me consumiu (Sl 69.9), exemplo que corresponde com o amor do cristão para com Deus.

Já no sentido negativo zelos indica ressentimento amargo e ciumento que torna uma persuasão ao pecado, portanto, o caracteriza como obra da carne e não como fruto do Espírito.

A existência da inveja no íntimo do cristão indica que este está sendo conduzido pela velha natureza. A natureza pecaminosa, também definida como maldita herança herdade de Adão.

Os efeitos da inveja são assim exemplificados:

A inveja foi responsável pelo assassinato de Abel cometido por Caim.

A venda de José por seus irmãos.

O decreto criado para condenar Daniel.

Sendo que no NT podem ser citados os seguintes exemplos:

A inveja dos saduceus (At 5.17);

A inveja dos pagãos (Rm 1.29);

A inveja entre os cristãos (1 Co 3.3;2Co 12.20);

A inveja, obra da carne (Gl 5.21);

Inveja entre obreiros (Fp 1.15);

A origem da inveja (1 Tm 6.4);

A inveja, sentimento de amargura (Tg 3.14) – (Gomes, 2016, p. 53).

III – REGENERAÇÃO E ADORAÇÃO

O novo nascimento é definido pela palavra regeneração, que significa gerar novamente. Termo grego para regeneração é παλιγγενεσία e significa novo nascimento, regeneração, reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada. Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.

[...] Biblicamente, é uma mudança efetivada pela graça de uma natureza carnal para uma vida espiritual (Cabral, 2024, p. 30).

O novo nascimento não corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.

Algumas referências Bíblicas descrevem a necessidade do novo nascimento por parte dos homens:

Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12) – todos pecaram, logo é necessário que os que ainda estão no pecado voltem para o Senhor Jesus, pois em Cristo Jesus somos justificados.

Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens (Rm 5.18) – a transgressão resultou na condenação de todos os homens, isto é, o pecado presente na vida do indivíduo efetua na condenação, logo é necessário que os que ainda estão no pecado voltem para o Senhor Jesus, pois a justiça de Cristo resulta na justificação que outorga vida com abundância.

A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça (Rm 5.20) – o pecado tem aumentado e destruído o convívio entre as pessoas, logo é necessário que haja novo nascimento para que na vida destes transborde a graça de Deus.

Referências:

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

CABRAL, Elienal. E o Verbo se fez carne: Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

GOMES, Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito, como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

VONTADE – O QUE MOVE O SER HUMANO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – VONTADE – O QUE MOVE O SER HUMANO

Conforme a Verdade Prática da lição:

Guiado por Deus, a vontade é uma bênção extraordinária, vital para a existência humana.

Da verdade prática compreende-se que:

A vontade humana deverá ser guiada por Deus;

Quando a vontade é guiada por Deus, torna-se uma bênção para o dia-a-dia do ser humano.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Explicar o conceito bíblico de vontade como capacidade dada por Deus para escolher e agir;

Mostrar como os desejos podem escravizar o ser humano, mas também como a redenção em Cristo capacita o crente a vencer a carne e viver guiado pelo Espírito;

E, Ensinar a identificar o processo de tentação, compreendendo como o desejo se desenvolve até o pecado.

Vontade é a palavra-chave da presente lição.

I – VONTADE: MOTIVAÇÃO E AÇÃO

 O presente tópico permite compreender a respeito de dois importantes temas teológicos: compreensão sobre o livre-arbítrio e o entendimento a respeito do arrependimento.

É necessário entender que o livre-arbítrio corresponde com o “instituto que nos faculta escolher entre o bem e o mal. Do uso que fazemos deste instrumento, prestaremos contas ao Supremo Juiz no último dia. Sem o livre-arbítrio, o homem jamais poderia firmar-se como criatura racional e moralmente livre” (Andrade, 1997, p. 174).

Enquanto que o arrependimento trata-se do reconhecimento do erro e a volta para com Deus. Muitos reconhecem o erro cometido, no entanto, não retornam para Deus, fato que permite concluir que o arrependimento não foi eficaz, pois o arrependimento que permite mudança de vida das pessoas, trata-se do ato em que as pessoas reconhecem os agravos e ao terem total entendimento da falha, elas retornam para Deus, deixando assim de praticarem todo ato pecaminoso.

O homem tem o livre-arbítrio em escolher voltar para Deus ou não, daí entende-se que o indivíduo possui vontade. A vontade do homem revela os mais profundos desejos do mesmo, assim como também identifica as fraquezas do indivíduo.

II – DESEJOS: DA ESCRAVIDÃO À REDENÇÃO

Tendo como base a carta de Paulo aos Romanos 5.9-11 compreende-se que há três benefícios da justificação:

Temos justificação (v.9). Ser justificado é ser absorvido, isto é, é ser declarado justo. Justificação é um termo derivado do grego dikaió, indica que o indivíduo foi declarado justo. Portanto, ser justificado, indica que o cristão foi declarado justo pela obra de Jesus no calvário.

Temos salvação (v.10). Já foi descrito em texto anterior a respeito do poder do pecado na vida do indivíduo que é definido no aprisionar e no condenar. Logo, seremos salvos pela sua vida, não corresponde a algo futuro, mas corresponde ao fato que o cristão alcançou a emancipação do poder do pecado.

Temos a reconciliação (v. 11). A aproximação para com Deus por parte do indivíduo indica que houve mudança de atitude. Ter a reconciliação é saber: Deus, que outrora tinha o pecador como Seu inimigo, agora o considera íntegro.

III – O ENSINO SOBRE OS DESEJOS EM TIAGO

Para a maioria dos cristãos a tentação é apenas diabólica, porém, é notório que Tiago não enfatiza a origem da tentação à Satanás, mas expõe com clareza o indivíduo como fonte, isto é, pela própria concupiscência.

Os servos de Deus deverão fugir de três terríveis inimigos que tem levado muitos a serem vencidos pela tentação.

Eles são: o dinheiro, o orgulho e as questões sexuais.

O dinheiro é um bom servo, porém, é um péssimo patrão (1 Tm 6.10). Já o orgulho corresponde com o sentimento de superioridade e de independência. Enquanto, que o sexo tem se tornado um problema enorme no seio da sociedade. O sexo após o casamento e entre o casal não é uma maldição, mas uma benção do Senhor, porém quando ocorrido fora da instituição acima citada transforma se em um terrível mal.

Para vencer a tentação o cristão deverá ser dependente de Deus, desenvolver uma vida de oração, prática constante da fé e conhecer a Palavra do Senhor (Jo 17.17).

Referências:

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

EMOÇÕES E SENTIMENTOS – A BATALHA DO EQUILÍBRIO INTERIOR

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – EMOÇÕES E SENTIMENTOS – A BATALHA DO EQUILÍBRIO INTERIOR

Conforme a Verdade Prática da lição:

Acima de todo e qualquer método humano, devemos confiar em Deus, único que pode nos dar a verdadeira paz e guardar nossos sentimentos.

Da verdade prática compreende-se que:

A confiança do cristão está em Deus;

Deus é o único que outorga a verdadeira paz;

Deus guarda os sentimentos de cada indivíduo.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Explicar ao aluno a natureza afetiva do ser humano, reconhecendo a diferença entre emoções e sentimentos e sua relação com o pensamento e a vontade;

Ensinar que, embora muitas emoções sejam instintivas, é responsabilidade do cristão administrar suas reações com base na Palavra de Deus;

E, Demonstrar que o verdadeiro controle dos sentimentos não vem apenas de métodos humanos, mas da paz de Deus, que guarda os corações dos que creem.

Emoções e sentimentos são as palavras-chave da presente lição.

I – O HOMEM UM SER AFETIVO

 O presente tópico permite compreender conceitos básicos relacionados com a afetividade do ser humano, assim como exemplifica esses conceitos no descrever os seguintes personagens: Adão e Caim.

Emoções e sentimentos são conceitos básicos relacionados com a afetividade do ser humano. Emoções descrevem como reações rápidas de certos acontecimentos emitindo alegrias ou tristezas. Sentimentos são reações duradoras de certos acontecimentos, podem ser definidos como consequências das emoções.

É acrescentado que há agrave no que tange a saúde mental, e dentre muitos dos requisitos problemáticos está à ansiedade, pois a:

Ansiedade é um termo utilizado para descrever a experiência subjetiva de uma tensão desagradável e de inquietação que acompanham o conflito ou ameaça psíquica. Trata-se de um estado emocional normal, uma característica biológica da conduta humana, sentida como antecipação a momentos de perigos reais ou imaginários (Lopes, 2017, p. 171).

Já no que trata dos exemplos das emoções e sentimentos nítidos em Adão e Caim entende-se que Adão demonstrou alegria ao ver Eva, assim como Caim irou em relação ao seu irmão Abel.

II – EMOÇÕES: EXPRESSÕES E CONTROLE

Em Efésios 4.26 está escrito:

Irai-vos e não pequeis.

Irai-vos, corresponde a sequela da natureza pecaminosa, fato que indica ser o indivíduo limitado por causa do pecado. Não pequeis, descrição que ensina está o indivíduo no controle de suas emoções.

Uma virtude do fruto do Espírito é a temperança que corresponde com o domínio próprio.

Temperança no grego εγκράτεια, (transliteração egkrateia) que significa autocontrole (At 24.25; Gl 5.23; 2 Pe 1.6), também poderá encontrar o termo έγκρατεύομαι  (transliteração agkrateuomai) que significa controlar-se, exercer autocontrole (1 Co 7.9; 9.25). E εγκρατής, (transliteração agkratés) definido por ter pleno controle de si mesmo, disciplinado (Tt 1.8).

Portanto, a temperança faz parte do fruto do Espírito que está interligado com o relacionamento pessoal e é definido por autocontrole, ou exercício do autocontrole, e também por ser o pleno controle de sim mesmo, isto é, disciplinado.

Disciplinando as questões impulsivas da carne, como sexuais e a glutonaria.

A palavra grega egkrateia significa temperança ou domínio próprio até sobre as paixões sensuais. Inclui, portanto, a castidade (Horton, 1996, p. 492).

Gomes assim acrescenta a respeito da temperança:

Na temperança, o homem não se entrega a diversões ou prazeres dissolutos, corruptos, mas tem a posse de si mesmo, sabe controlar seus desejos, emoções (Gn 43.31). Muitos estudiosos falam que no aspecto ético o homem que tem controle de si é prova de que sua alma está agindo, de modo que ele repele aquilo que pode prejudicá-lo. Mas como isso é possível quando tudo no seu ser está contaminado pelo pecado? (2016, p. 133).

III – SENTIMENTOS GUARDADOS POR DEUS

Deus é quem pode suprir as necessidades humanas até mesmo as que correspondem com as questões sentimentais.

Para o suprimento dessas necessidades o ser humano necessita agir por meio da obediência, humilhar-se diante de Deus e voltar para o Senhor em oração.

Dentre as finalidades da oração pode ser citado:

Proporciona melhor relacionamento com Deus.

Outorga segurança em meio aos desafios.

Possibilita melhor visão diante das questões espirituais e até matérias.

Vivifica a esperança em meio a qualquer situação da vida.

Tedesco acrescenta:

Por intermédio da oração, preparamo-nos, de forma progressiva e vigorosa, para as grandes experiências espirituais em nossa trajetória de vida (2020, p. 9).

Referências:

GOMES, Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito, como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

HORTON, S.M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia pastoral: a ciência do conhecimento humano como aliada ministerial. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

sábado, 15 de novembro de 2025

OS PENSAMENTOS – A ARENA DE BATALHA NA VIDA CRISTÃ

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – OS PENSAMENTOS – A ARENA DE BATALHA NA VIDA CRISTÃ

Conforme a Verdade Prática da lição:

O cristão sábio e prudente preserva sua mente, tornando seus pensamentos obedientes a Cristo.

Da verdade prática compreende-se que:

O cristão sábio e prudente preserva sua mente;

O cristão sábio e prudente faz dos seus pensamentos um elo de obediência ao Senhor.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Levar o aluno a compreender que o pensamento é uma faculdade presente desde a criação, sendo essencial nas decisões humanas;

Encorajar os alunos a assumirem responsabilidade ativa sobre seus pensamentos, conforme a instrução bíblica de Filipenses 4.8;

E, Conscientizar os alunos sobre a realidade da batalha espiritual travada na mente e a necessidade de vigilância contra pensamentos malignos e destrutivos.

Pensamentos é a palavra-chave da presente lição.

I – UMA VISÃO INTRODUTÓRIA

O tópico em apreço tem como relação a palavra pensamento com a compreensão do termo mente, logo compreende-se que o vocábulo grego, νους, traduz para o português a palavra mente e pode definir:

A mente (entendimento, no presente tópico relacionada com os pensamentos) como centro das emoções, o centro dos pensamentos e dos sentimentos. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).

Descreve também a situação de alguém que possui habilidades desenvolvidas pelo entendimento, isto é, o intelecto e o saber. Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento (1 Co 14.14,15).

Relacionam-se a pensamentos, conselhos, propósitos e opiniões. Por que quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? (Rm 11.34).

No entanto, se o cristão alimentar os pensamentos para com as ações pecaminosas, as atitudes a serem desenvolvidas pelo o mesmo será em se afastar da presença do Senhor.

II – A GESTÃO DOS PENSAMENTOS

Filipenses 4.8 é chave para compreender o tópico em análise.

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

Após a leitura fica para reflexão ou meditação a seguinte pergunta, em que o cristão deverá pensar? O próprio versículo responder com as seguintes descrições termológicas:

Pensai no que é verdadeiro;

Pensai no que é honesto;

Pensai no que é justo;

Pensai no que é puro;

Pensai no que é amável;

Pensai no que é de boa fama;

Pensai no que é apresentável com virtude;

Pensai no que se transforma em louvor ao Senhor.

Com as seguintes palavras que corroboram para aprendizagem de como administrar os pensamentos entende-se ainda que o que a pessoa ler, assim como o local em que o indivíduo esteja presente, essa pessoa saberá direcionar os pensamentos.

Logo, é necessário e essencial que o crente leia a Bíblia e que esteja na casa do Senhor.

III – A BATALHA NA ARENA DOS PENSAMENTOS

A mente humana é bombardeada constantemente por imensos pensamentos, logo é válido lembrar o que é absorvido de informações, terá efeitos impactantes naquilo que será pensado pelo o indivíduo, daí a necessidade de que o cristão volte para Deus.

Voltar os pensamentos para Deus por meio da oração. Orar é falar com Deus, isto é, corresponde com o diálogo que o cristão tem com o Senhor.

Voltar os pensamentos para Deus trata-se de ler a Bíblia Sagrada. A leitura da Bíblia proporciona maior contato com Deus, assim como outorga saberes que dão ao indivíduo sabedoria, salvação e santidade.

Voltar os pensamentos para Deus associa-se em está presente na igreja. O crente deverá entender que além de ir para a igreja o mesmo é membro do corpo de Cristo.

Desenvolvendo cuidados práticos o crente manterá firme diante do Senhor com pensamentos que agradarão a Deus.

 

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

A CONSCIÊNCIA – O TRIBUNAL INTERIOR

 Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – A CONSCIÊNCIA – O TRIBUNAL INTERIOR

Conforme a Verdade Prática da lição:

Diante da crescente degradação do padrão moral do mundo, o cristão deve apegar-se cada vez mais à sã doutrina para ter sempre uma boa consciência.

Da verdade prática compreende-se que:

Há uma degradação do padrão moral no mundo;

O cristão deverá apegar-se à sã doutrina;

A sã doutrina proporciona uma boa consciência.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Mostrar aos alunos a origem da consciência humana como um senso moral dado por Deus, reconhecendo seu papel antes e depois da queda;

Ensinar que a consciência atua como um tribunal interior, capaz de acusar ou defender, incentivando o autoexame constante;

E, Alertar os alunos para as falhas e deformações que a consciência pode sofrer quando não é orientada pela verdade bíblica.

Consciência é a palavra-chave da presente lição.

I – ANTES E DEPOIS DA QUEDA

Consciência corresponde em ser o discernimento entre o certo e o errado. Inter-relacionada com o espírito. Ou para alguns está inter-relacionada com a alma. Válido ressaltar que a consciência permite a compreensão do que seja agradável ao Senhor ou que seja abominável ao olhar de Deus.

Com o pecado de Adão houve o funcionamento experimental da consciência no que tange culpa, vergonha e medo.

Antes o pecado a consciência humana era perfeita, não havia transgressão, já com a prática do pecado, o homem desviou da vontade divina, cometendo o que não era agradável ao Senhor. Logo, Adão escondeu da presença de Deus, assim como Caim torna-se um fugitivo da presença do Senhor.

Silva comenta sobre os três preceitos da lei para a ação diária dos judeus.

Não existe mais de uma lei. O que existe são os preceitos da lei. E os preceitos da lei estão divididos em morais, cerimoniais e civis. Porém, com linguagem didática estes preceitos são definidos como os tipos de lei.

1- Lei moral. Os preceitos morais visavam à normalização das relações sociais, e têm como essência os dez mandamentos. Resumem-se em amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Cristo viveu este preceito quando Ele se entregou por toda a humanidade (Jo 3.16).

2- Lei cerimonial. Os preceitos cerimoniais visavam à normalização do sacerdócio levítico. Jesus cumpriu o sistema cerimonia da lei na sua morte (Mt 27.50,51).

3- Lei civil. Os preceitos civis visavam à normalização das normas jurídicas e a prática da vida social dos israelitas. Jesus transferiu os preceitos civis, ou valores jurídicos para a igreja (Ano 15, Edição 49, p. 19).

II – O FUNCIONAMENTO DA CONSCIÊNCIA

A consciência permite que ocorra a acusação própria ou a autodefesa. No caso do primeiro casal, tanto Adão como Eva ocorreu a autoacusação. Quando Adão tentou justificar diante de Deus relatando a respeito do erro está associado com a mulher que recebeu de Deus, indica que a consciência busca inúmeras das vezes a justificativa em formulações humanas, porém o que deverá ser desenvolvido trata-se da ação do ser humano afastar-se do pecado.

A consciência entra em debate com o próprio pensamento. Pensamento que cobram. Pensamento que defendem. Logo, há uma interação da consciência com as demais faculdades. A consciência intercala com as faculdades da alma, assim como correlaciona com as faculdades do corpo.

III – A CONSCIÊNCIA É FALÍVEL

Afirmar que a consciência possui defeitos é relatar a respeito das falhas, fraquezas e da insensibilidade ao pecado. Há dois lados extremistas a serem combatidos no que tange a ineficácia da consciência, são elas: a insensibilidade e a hipersensibilidade.

Insensibilidade corresponde com a complacência com o pecado. Já a hipersensibilidade trata-se de enxergar tudo como sendo pecado. Por isso, é necessário entender que:

Pecado (gr. Hamartía) tem como significado errar o alvo. Sendo que o pecado é toda transgressão à vontade de Deus. O resultado da hamartía é a morte, isto é, a transgressão traz a separação de Deus (Silva, Ano 15, Edição 49, p. 22).

Referência

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Romanos. Revista Manancial, Ano 15, Edição 49.