Deus é Fiel

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sexta-feira, 17 de outubro de 2025

O CORPO E AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O CORPO E AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

Conforme a Verdade Prática da lição:

O pecado do primeiro Adão afetou o homem no corpo, na alma e no espírito. Mas a redenção em Cristo, o último Adão, tem o poder de restaurá-lo plenamente.

Da verdade prática compreende-se que:

O pecado cometido por Adão afetou toda a humanidade;

O homem foi afetado polo o pecado na dimensão material e imaterial;

E, em Cristo o homem pode ser restaurado.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Analisar como o ser humano foi criado em perfeição, e de que forma o pecado trouxe sofrimento;

Explicar que, apesar das consequências do pecado, o ser humano continua responsável por suas escolhas;

E, Refletir sobre as limitações físicas e as enfermidades como realidade pós-queda, mantendo a esperança na glorificação do corpo.

Pecado é a palavra-chave da presente lição. Para Silva:

Pecado (gr. Hamartía) tem como significado errar o alvo. Sendo que o pecado é toda transgressão à vontade de Deus. O resultado da hamartía é a morte, isto é, a transgressão traz a separação de Deus.

A hamartiologia resume as ações do pecado em três instancias: penalidade, poder e presença. A penalidade do pecado é real na vida daqueles que não foram justificados em Cristo. O poder do pecado é notável na vida daqueles que não se santificam em Jesus Cristo. E a presença do pecado só perpetuará na vida daqueles que não serão glorificados com o Senhor Jesus Cristo (Silva, Ano 15, Edição 49, p. 22).

I – DA PERFEIÇÃO À MORTE

O homem foi criado à imagem e a semelhança de Deus. O que caracteriza o homem ter sido criado em moral e caráter semelhante a Deus. Os termos citados em Gênesis, imagem e semelhança não diferem em significado, pois são palavras com definições similares, conforme o texto.

O homem antes do pecado possuía conformidade com Deus. Possuir conformidade com Deus indica que o homem era justo, reto e conhecia a Deus. A conformidade com Deus indicava que o homem era perfeito, pois o mesmo era justo, nada o condenava, era reto, não praticava o que desagradava a Deus, e por fim, o homem conhecia a Deus e era conhecido por Deus de forma íntima.

Segundo as Escrituras o homem não foi criado com e nem no pecado, mas o pecado entrou no mundo pela desobediência do homem ao quebrar a aliança que tinha feito com Deus. Nesta aliança entre Deus e Adão existia uma promessa, a vida; uma condição, a obediência; e uma pena, a morte. Com a desobediência o homem sofreu a morte. No caso de Adão sofreu a morte moral, espiritual e posteriormente com 930 anos a morte física.

As consequências do pecado não se limitaram ao primeiro casal. Pelo pecado de um só homem todos pecaram e assim as consequências passaram a todos os homens. Ao desobedecerem, tanto Adão como Eva, perceberam que estavam nus (Gn 3.7), tiveram medo de Deus e se esconderam (Gn 3.8-10), e por fim foram expulsos do jardim (Gn 3.23,24).

II – A RESPONSABILIDADE HUMANA

Há dois ensinamentos que têm gerado inúmeros debates teológicos no protestantismo, e são eles: predestinação e livre-arbítrio. A temática a respeito da predestinação pode-se acrescentar que “segundo Calvino, a predestinação resulta da soberania de Deus que, desde a mais remota eternidade, já havia predestinado os que usufruirão da vida eterna. Infere-se, desde princípio, que o mesmo Deus também predestinou os que serão lançados no lago de fogo” (Andrade, 1997, p. 207).

Já o termo livre-arbítrio corresponde com o “instituto que nos faculta escolher entre o bem e o mal. Do uso que fazemos deste instrumento, prestaremos contas ao Supremo Juiz no último dia. Sem o livre-arbítrio, o homem jamais poderia firmar-se como criatura racional e moralmente livre” (Andrade, 1997, p. 174).

O arminianismo é sintetizado no seguinte acrônimo FACTS, que foi criado pelos seguidores de Armínio.

Freed by Grace (to Believe) – Livre pela graça (para crer). A salvação é para aqueles que creem, ou seja, para aqueles que se entregarem a Jesus.

Atonement for All – Expiação para Todos. Jesus ao se entregar na cruz se entregou por todos.

Conditional Election – Eleição Condicional. Ou seja, é válida para aqueles que se entregarem a Cristo.

Total Depravity – Depravação Total. Ensina que o homem é incapaz e limitado de si mesmo alcançar a salvação, logo à iniciativa da salvação é divina.

Security in Christ – Segurança em Cristo. O Espírito Santo capacita e assegura por meio da santificação a salvação aos que se mantiverem firmes na fé.

III – DO ABATIMENTO À GLORIFICAÇÃO

As enfermidades é uma realidade ocasionada pelo o pecado, assim como o cansaço o enfado. Porém, quem aceitar a Jesus tem como promessa a vida eterna, isto é, a eternidade com Cristo com um corpo glorificado.

Se as enfermidades demonstram a existência do pecado original a glorificação é uma promessa divina para aqueles que esperam e os que permanecerem em Cristo.

Referência

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Romanos. Revista Manancial, Ano 15, Edição 49.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

O CORPO A MARAVILHOSA OBRA DA CRIAÇÃO DE DEUS

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O CORPO A MARAVILHOSA OBRA DA CRIAÇÃO DE DEUS

Conforme a Verdade Prática da lição:

A ciência busca desvendar os mistérios do corpo humano, mas o crente descansa em saber que é obra poderosa e perfeita mão de Deus.

Da verdade prática compreende-se que:

O corpo humano apresenta mistérios;

No entanto, o corpo é obra perfeita da mão de Deus.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Conduzir os alunos a reconhecerem que o corpo humano é uma criação maravilhosa de Deus, formada com propósito sabedoria e amor;

Conscientizar os alunos sobre a importância de glorificar a Deus com o corpo, evitando extremos como o desprezo do corpo e sua idolatria;

E, Incentivar os alunos a compreenderem o papel do corpo nas relações interpessoais, na vida congregacional e no culto a Deus.

Corpo é a palavra-chave da presente lição.

I – A MARAVILHOSA OBRA DE DEUS

Em seis dias Deus tudo criou e no sétimo dia o Senhor descansou. O processo da criação ensina três pontos essenciais: Deus criou todas as coisas seguindo uma ordem, Deus outorgou vida à criação e Deus descansou a criar todas as coisas.

Deus criou com ordem o que define seriedade, princípios e propósitos. Seriedade proporciona integridade com os princípios preestabelecidos, princípios respeita a ordem definida e os propósitos são finalidades descritivas.

Deus é o único que outorga vida, sem Deus não há vida. A criação recebeu do Senhor a vida.

O descanso do Senhor não indica cansaço, mas define plenitude, isto é, toda a obra tinha sido concluída.

O termo utilizado em hebraico para criar é bará, que significa uma ação divina que produz um resultado novo e imprevisível. Em seis dias tudo foi criado, fato ratificado no primeiro capítulo da Bíblia. Portanto, Deus é o criador de todas as coisas e o ato de criar é pertencente somente Ele.

O homem é considerado a obra prima: o homem foi criado de forma diferente. Os demais seres, tantos os inanimados como os vivos, foram criados pelo poder da Palavra de Deus: haja luz (v.3), haja uma expansão no meio das águas (v.6), produza a terra (v.11), haja luminares (v.14), produza as águas abundantemente... (v.20). Porém, no sexto dia a Palavra divina foi, façamos o homem (v.26) que no capítulo dois de Gênesis estará escrito à forma em que explica o modo da criação do homem, Deus tocou ao criar o homem. Deus mudou o modo no sexto dia da criação, porque ali estava a obra prima da criação.

II – O CORPO E A GLÓRIA DE DEUS

A formação do corpo humano corresponde com uma verdadeira arte pensada, planejada e executada. O ser humano é formado por células, o conjunto de células formam os tecidos, o conjunto de tecidos formam os órgãos, o conjunto de órgãos forma o sistema e o conjunto de sistema permite compreender o ser vivo.

Deus criou todas as coisas de forma pensada e planejada, logo, a criação do ser humano não seria totalmente diferente.

O corpo humano, expressa a glória de Deus e deverá ser usado para glorificar ao Senhor.

No que corresponde à apresentação do corpo como sacrifício vivo e agradável compreende que:

1- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo. Para Paulo deveria existir uma diferença entre a novidade de vida do cristão. Se na Antiga Aliança os animais eram sacrificados, logo, o sacrifício se desenvolvia por meio de um animal morto. Portanto, na Nova Aliança o sacrifício é concretizado em um corpo vivo.

2- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo. Para Paulo o termo santo indica lugar reservado, se na Antiga Aliança o templo era o lugar reservado e santificado, já na Nova Aliança o cristão é o lugar reservado e santificado para Deus e para o uso de Deus.

3- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Na Antiga Aliança o sacerdote entrava no lugar Santo do Santo com uma corda amarrada em seu corpo, caso se o mesmo estivesse em pecado morreria ali e o corpo deveria ser retirado por outros no ato do puxar a corda, pois ninguém poderia entrar no lugar do Santo do Santo sem consagração devida. Quando o sacerdote saia do templo a comunidade entendia que o sacrifício foi agradável a Deus.

Logo, o culto racional tem que ter como referência o que agrada a Deus.

III – O CORPO E A COLETIVIDADE

O indivíduo não surgiu para viver de forma isolada e afastada dos demais, mas criação permite compreender a coletividade no instante em que Deus estabelece o casamento e no momento em que Deus entrega o primeiro mandamento que é o cultural, multiplicai e enchei a Terra.

Ao ler Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia (Hb 10.25), compreenderá que:

O escrito deixa bem claro, três motivos que são identificadores dos que deixam a casa de Deus: primeiro, o coração não purificado (Hb 10.22); segundo, a não retenção da confissão (Hb 10.23), e; por terceiro, a desconsideração para com os outros (Hb 10.24).

Portanto, na congregação cada crente tem por obrigação edificar o seu irmão e nunca transformar a Palavra de Deus em um meio para justificar suas ações e provocar a ira nos demais (Silva, Ano 15, Edição 52, p. 20,21).

Referência

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta aos Hebreus. Revista Manancial, Ano 15, Edição 52.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

O HOMEM – CORPO, ALMA E ESPÍRITO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O HOMEM – CORPO, ALMA E ESPÍRITO

Conforme a Verdade Prática da lição:

Deus nos fez corpo, alma e espírito para glorifica-lo eternamente com todo o nosso ser.

Da verdade prática compreende-se que:

O homem foi criado a imagem de Deus;

O homem foi criado em corpo, alma e espírito;

O objetivo da criação do ser humano está diretamente associada com a glorificação ao Senhor.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Levar os alunos a entenderem que o ser humano é formado por corpo, alma e espírito;

Ensinar a diferença entre alma e espírito com base nos termos originais, mostrando que ambos compõem a parte imaterial do homem;

E, Conscientizar sobre a importância da harmonia entre corpo, alma e espírito, destacando como que os desequilíbrios em algumas dessas áreas podem afetar as demais.

Tricotomia é a palavra-chave da presente lição.

I – A TRICOTOMIA HUMANA

O homem foi criado à imagem e a semelhança de Deus, fato que ocorreu no sexto dia da criação. As ciências humanas proporcionam inúmeras definições a respeito do homem. Por exemplo, a filosofia e em especial o filósofo Aristóteles afirmava que o homem é um ser pensante, político e social. Porém, a Bíblia é a única fonte segura para a compreensão exata do ser humano.

A antropologia é a ciência que estuda o homem e suas relações sociais. Analisando questões políticas, sociais, religiosas dentre outras. Sendo assim, na ótica bíblica o estudo do homem é auxiliado por outras doutrinas, por exemplo: eclesiologia, que enquadra o relacionamento do ser humano com o meio religioso e com as convicções sagradas, da mesma forma a doutrina do pecado, hamartiologia, em que a analise descrita se resume na culpa, na pena e na condenação do ser humano e por outro lado a soteriologia, doutrina da salvação, em que a salvação para a humanidade é apresenta na pessoa de Jesus Cristo (At 4.12).

A tricotomia ensina que o ser humano possui duas divisões: a imaterial e a material. A imaterial subdivide em espírito e alma, enquanto que a parte material é composta pelo o corpo.

O corpo se limita com as faculdades sensoriais: audição, paladar, tato, olfato e visão.

Já a alma é compreendida pela vontade, pela emoção e pelo o intelecto.

Por fim, o espírito se manifesta por meio da consciência e pela manifestação de fé.

II – A DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO

A alma tem como significado, ser vivente ou diretamente significa vida. Os significados para alma definidos anteriormente estão interligados com o significado para os animais, isto é, alma vivente.

A diferença da alma quando empregada para o homem é que a mesma dará ênfase aos sentidos intelectuais, ou seja, a razão, assim como enfatizará as emoções e as vontades.

Já o espírito corresponde com a parte do ser humano que o liga com Deus. É a divisão que busca diretamente com a comunhão com o Senhor.

A alma é a parte imaterial, porém entende-se que por meio dos sentimentos alimentados pela a alma dará ao indivíduo tendências para com as ações carnais ou para atitudes espirituais.

III – A INTERAÇÃO DAS TRÊS DIMENSÕES

O indivíduo poderá ter uma vida espiritual agradável, isso se o mesmo usar o corpo para aquilo que agrada ao Senhor. Da mesma forma o indivíduo poderá ter uma vida saudável em seu físico, no que tange bem-estar, se o mesmo ter pleno cuidado da vida espiritual.

Para que o ser humano se agrupe a classe dos espirituais é necessário que o indivíduo passe pelo nascimento espiritual, ou seja, pelo processo da regeneração que é uma das doutrinas fundamentais da fé cristã. A regeneração trata-se do novo nascimento, que na narrativa do evangelista João no capítulo três, se refere ao nascer da água e do Espírito. Ao passar pelo novo nascimento a vida da pessoa é mudada e tudo se torna novo (2Co 5.17).

O homem espiritual desenvolve os frutos do Espírito que são: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança e contra essas coisas não há lei. E o apóstolo Paulo ainda aconselha se vivemos no Espírito, andemos no Espírito (Gl 5.22,23,25).

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM

Conforme a Verdade Prática da lição:

Em sua essência, a igreja é tanto um organismo quanto uma organização e, como tal, precisa seguir princípios e regras para funcionar plenamente.

Da verdade prática compreende-se que:

A igreja é um organismo;

A igreja é  uma organização;

A igreja segue princípios e regras.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Mostrar o contexto os motivos que levaram à controvérsia sobre a salvação dos gentios;

Relatar os argumentos apresentados pelos apóstolos, especialmente por Pedro e Tiago, sobre a inclusão dos gentios na igreja;

Reconhecer a importância da direção do Espírito Santo na resolução dos conflitos e na preservação da unidade da igreja.

Assembleia é a palavra-chave da presente lição.

I – A QUESTÃO DA DOUTRINÁRIA

O primeiro tópico levar a compreender que o evangelho não uma exclusividade para os judeus, mas é uma mensagem a ser pregada para os gentios. Quando Barnabé e Paulo apresentam o relatório do que o Senhor operou no meio dos gentios, apresentaram para a igreja em Jerusalém que Deus tem um plano exclusivo para concretizar sobre os gentios.

Portanto, o evangelho deverá ser anunciado a toda a carne, isto é, o evangelho é abrangente no que tange o alcance de todas as pessoas.

 O evangelho deverá ser pregado mediante a graça e a graça de Deus foi outorgada por Deus a todos os homens.

No entanto, grupo de judeus não foram favoráveis ao procedimento do evangelho ser anunciado aos gentios, na ótica desses a Palavra deveria ser apenas oferta aos filhos da promessa, isto é, a Israel.

Porém, a promessa é para todos os que receberem a Jesus como Salvador que também passam para a condição de herdeiros. Sendo a promessa para todos indica que há unidade.

Na oração sacerdotal Jesus pede ao Pai que os discípulos fossem um conforme a unidade existente entre o Pai e o Filho (Jo 17.22).  Por ser a promessa uniforme mais uma vez há a manifestação de que não existe distinção de pessoas, pois todos são dependentes de Deus.

Portanto, Deus mediante a sua graça outorgou para toda a humanidade a promessa de liberdade, lançando sobre terra as cadeias que exaltava a um e outorgava a condição de escravo para outro. Se a lei apresentava distinção de pessoas na operação da graça não há distinção, pois, a Deus pertence o reino, o poder e a glória para sempre.

Em suma, por intermédio do sacrifício de Jesus ocorre abrangência do evangelho e a mensagem se concretiza.

II – O DEBATE DOUTRINÁRIO

A doutrina originária da Palavra edifica e proporciona crescimento. Os costumes não prevalecem por muito tempo, pois são temporais e adaptados a determinado período. Já no que corresponde com a doutrina bíblica percebe-se que é inalterável.

Os judeus defendiam que os gentios deveriam adaptar aos princípios do judaísmo, exemplo, deveriam circuncidar e guardar a lei de Moisés.

No entanto prevalece o que está escrito na Palavra e o que Deus tem confirmado mediante as promessas encontradas em sua Palavra.

Portanto o ministério dos apóstolos Paulo e Pedro corrobora com a compreensão da abrangência da graça aos gentios, pois, o primeiro foi conduzido a pregar o Evangelho aos gentios, enquanto que o segundo foi o responsável para instruir os judeus na fé cristã. Porém, a mensagem foi a mesma, tendo como foco o ensino em que Jesus é o centro.

Para o crente judaizante a Lei tinha valor implícito para a caminhada cristã, daí o olhar obediente para com os ensinos de retidão para com algumas práticas do judaísmo.

III – A DECISÃO DA ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM

Deveria a igreja guardar das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, porém no que tange a pregação do evangelho aos gentios, a igreja não poderia limitar-se, isso porque Deus tinha confirmado também a esses a oportunidade da salvação.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O CARÁTER MISSIONÁRIO DA IGREJA DE JERUSALÉM

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O CARÁTER MISSIONÁRIO DA IGREJA DE JERUSALÉM

Conforme a Verdade Prática da lição:

Faz parte da missão da Igreja a evangelização de povos não alcançados.

Da verdade prática compreende-se que:

A igreja tem uma missão evangelizadora;

A missão evangelizadora da igreja abrange os povos não alcançados.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Destacar o papel da dispersão cristã na expansão missionária da igreja primitiva;

Enfatizar a importância da contextualização da mensagem do Evangelho para diferentes contextos culturais, sem, contudo, perder sua essência;

E, Valorizar a prática do discipulado como base para o crescimento saudável e a manutenção da identidade da igreja.

Missão é a palavra-chave da presente lição.

Silva analisa a igreja em Atos sendo dividida em três momentos importantes, sendo descrita por eventos, isto é, o pré-pentecostal, pentecostal e eventos missionários.

Sobre os eventos missionários entende-se [...] que o evangelho é proclamado. A salvação era anunciada pela igreja. Neste período nomes importantes aparecem no cenário histórico da igreja, por exemplo: Paulo e Barnabé (Silva, 2015, p. 119).

I – UMA IGREJA COM CONSCIÊNCIA MISSIONÁRIA

O evangelho foi além dos espaços de Jerusalém, isto é, foi propagado para outras regiões. O fator primordial para a propagação do evangelho para além das fronteiras de Jerusalém se explica pela perseguição que os cristãos sofreram. A perseguição aos primeiros crentes os forçou a irem para outras regiões, ou seja, para outras terras.

Algo a ser observado corresponde é que os primeiros cristãos ao serem perseguidos não recuaram ou abandonaram a fé. Pelo contrário eles continuaram testificando a respeito do Senhor Jesus como único Salvador. Compreende-se que a perseguição foi marcante para a propagação do evangelho em terras que ainda não conheciam a grandeza do Senhor.

Entende que o evangelho que chegou a terras distantes não foi pregado por obreiros consagrados, exemplo, apóstolos, pastores, evangelistas, presbíteros, ou até mesmo por diáconos. O evangelho foi anunciado por pessoas simples, cristãos que possuíam grau ministerial, no entanto, eram pessoas revestidas pelo o Espírito Santo, assim como eram pessoas cheias do testemunho transformador.

A perseguição não limita o crescimento da igreja, ao contrário a perseguição proporciona o crescimento do Reino de Deus.

II – UMA IGREJA COM VISÃO TRANSCULTURAL

A cultura que prevalecia no período do surgimento da igreja primitiva era a grega. Os povos adjacentes a Jerusalém estavam sobre a dominação cultural grega, logo era necessário conhecer os costumes e práticas dos povos receptores para de forma eficaz anunciar a salvação em Jesus.

Para Andrade a evangelização para povos de cultura diferente requer dos evangelistas o seguinte preparo cultural:

O preparo cultural do evangelista contempla dois campos interligados: a informação acerca de outros povos e a habilidade linguística para se falar a todos, em todo o tempo e lugar, por todos os meios possíveis (Andrade, 2016, p.48).

Os judeus e os samaritanos esperavam o Messias, logo a pregação para esses atendia a explicação em afirmar que Jesus era o Messias anunciado pelos os profetas da Antiga Aliança.

Já os povos de cultura grega não conheciam a Jesus, por isso não teriam não nenhum efeito anunciar que Jesus era o Messias para eles, pois eles desconheciam as promessas veterotestamentária.

A contextualização do evangelho então passou a ter como ênfase que Jesus era o Senhor, isto é, passaram a ensinar que Jesus era Deus.

III – UMA IGREJA QUE FORMA DISCÍPULOS

Discipular é ensinar, instruir, isto é, é proporcionar saberes de algo. No que tange a igreja o discipulado corresponde com a educação continuada dentro do espaço eclesiástico. Barnabé foi fundamental para a instrução outorgada aos primeiros crentes de Antioquia.

Em Antioquia os crentes foram chamados pela primeira vez de cristãos. Ser cristão é ser seguidor do Senhor Jesus. Fator que requer que os cristãos testifiquem do Senhor Jesus. Válido lembrar que o evangelho é pregado inicialmente pelo o testemunho do crente, isso ocorre mediante a vida definida pela fidelidade, a fé confirmada na confiabilidade no agir do Senhor Jesus e nas atitudes consagradas ao Senhor.

Referência

ANDRADE, Claudionor de. O desafio da evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Introdução ao Novo Testamento. In: SILVA, Roberto Santos da. Seteblir. Goiânia: Mundial Gráfica, 2015.

domingo, 7 de setembro de 2025

UMA IGREJA HEBREIA NA CASA DE UM ESTRANGEIRO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – UMA IGREJA HEBREIA NA CASA DE UM ESTRANGEIRO

Conforme a Verdade Prática da lição:

O episódio da igreja hebreia na casa do gentio Cornélio demonstra que Deus não faz acepção de pessoas.

Da verdade prática compreende-se que:

A igreja cresceu e chegou a casa de Cornélio;

O crescimento da igreja demonstra que Deus não faz acepção de pessoas.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Mostrar que Deus incluiu os gentios em seu plano de salvação;

Ressaltar que a salvação é oferecida a todos os que creem em Jesus, independentemente de sua origem étnica ou cultural;

E, Enfatizar a obra do Espírito Santo como confirmação do agir de Deus entre os gentios, demonstrando que o Pentecostes não foi exclusivo dos judeus.

Aceitação é a palavra-chave da presente lição.

I – A REVELAÇÃO DE DEUS AOS GENTIOS

Dois personagens se destacam na presente lição, o apóstolo Pedro e o gentio Cornélio. Sobre Pedro entende-se que até o momento é o principal personagem narrado na escrita de Lucas, sendo um dos líderes da igreja que estava em pleno crescimento. Enquanto que Cornélio é descrito como homem dedicado a Deus e piedoso.

Cornélio não tinha entregado a sua vida ao Senhor, necessitava ouvir a mensagem de salvação proveniente em Jesus Cristo. No entanto conhecendo a necessidade e compreendendo a piedade, Deus proporciona uma experiência a Cornélio, uma visão.

Na visão Cornélio viu e ouviu de um anjo de Deus as seguintes palavras “as tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus”, o anjo ainda direciona a enviar homens até Pedro e o direcionar a sua casa para que de Pedro, o gentílico Cornélio e família ouvissem o que deveriam fazer para alcançar a salvação.

[...] O anjo mesmo não lhe pregou o evangelho, mas orientou-o acerca de quem poderia fazer isso. A carta aos Hebreus informa-nos que os anjos são mensageiros de Deus enviados a favor daqueles que vão herdar a salvação (Hb 1.14). A pregação do evangelho, portanto, não é missão dos anjos; é missão, do crente em Jesus (Gonçalves, 2025, p. 128).

Portanto, a missão em pregar o evangelho não era cabível ao anjo, mas era de responsabilidade do crente, por isso, a mensagem era ir até o apóstolo Pedro. E em seguida Pedro tem uma visão que o direcionada a pregar o evangelho aos gentios, pois Deus pela Palavra purifica a todos aqueles que chegarem a Ele.

II – A SALVAÇÃO DOS GENTIOS

A mensagem pregada por Pedro na casa de Cornélio apresentou as seguintes descrições que demonstra ser uma mensagem cristocêntrica, são elas:

Deus ama a todos (At 10.34);

Deus quer salvar a todos (At 10.35);

E, Jesus é o Senhor de todos (At 10.36).

Foi então pregada à mensagem da cruz ao relatar a vida e obra do Senhor Jesus. Mensagem que convida ao arrependimento. Arrependimento é uma atitude desenvolvida pela própria pessoa, não é um ato forçado ou obrigatório. Arrependimento é o reconhecimento das próprias falhas e o desejo de retornar par a Deus.

III – O ESPÍRITO DERRAMADO SOBRE OS GENTIOS

Ao associar a experiência vivenciada por Cornélio e a palavra expressada pelo o profeta Joel compreende que o Espírito seria derramado sobre toda a carne, os gentios não ficariam de fora dessa dádiva divina.

E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.

A profecia de Joel é abrangente, não se limita a títulos nem tão pouco a classe social. O texto é claro a toda carne. A profecia é também de abrangência ministerial, velhos e jovens serão renovados e qualificados para o serviço ao Senhor.

A igreja que surge então na casa de Cornélio nasceu com a manifestação do Espírito Santo, sendo um pentecoste visto e ouvido.

Referência

GONÇALVES, José. A Igreja em Jerusalém. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

UMA IGREJA QUE SE ARRISCA

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – UMA IGREJA QUE SE ARRISCA

Conforme a Verdade Prática da lição:

A igreja foi capacitada por Deus para enfrentar um mundo que é hostil à sua fé e valores.

Da verdade prática compreende-se que:

A igreja foi capacitada por Deus;

O objetivo da capacitação corresponde em enfrentar um mundo hostil;

A hostilidade do mundo está nos valores e na fé propagados pela igreja.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Elencar os desafios enfrentados por Estêvão ao ter sua fé questionada e como isso reflete na experiência da Igreja hoje;

Mostrar a defesa da fé feita por Estêvão e sua aplicação para os cristãos na atualidade;

Refletir sobre o martírio de Estêvão e a importância da perseverança e fidelidade à missão da igreja.

Martírio é a palavra-chave da presente lição. Sobre o nome de Estêvão compreende se que do grego significa coroa, foi o primeiro mártir do cristianismo e o primeiro nome citado pelo evangelista Lucas na lista dos sete diáconos. É o único dos sete que ao ser citado aparece algumas qualificações (Silva, Ano 12, Edição 42, p. 41).

I – ESTEVÃO E A IGREJA QUE TEM FÉ CONTESTADA

A fé do cristão sempre será questionada, assim como o crente sofrerá oposição por possuir firmeza em suas convicções. Estêvão foi julgado por uma geração de opositores, que o condenou a morte, no entanto até o momento da morte Estêvão manteve-se firme diante de Deus.

Convicção no chamado conduz o crente a demonstrar coragem em meio aos levantes dos opositores. Mesmo sobre ameaças, a coragem de Estêvão se notificou com a demonstração pública em pregar o evangelho.

Duas ações são registradas por parte dos opositores de Estevão que são: levantaram, o que se se entende que traçavam falsos testemunhos e disputam, descrição que corresponde em agirem em debate ou discussões religiosas.

Dentre as virtudes pode disser que [...] Estevão era diferente era consagrado ao diaconato, porém, fazia atividade concernente aos evangelistas.

Os diáconos deveriam ter três qualificações básicas: boa reputação, ser cheios do Espírito Santo e cheios de sabedoria. Porém, Estevão é citado com duas outras qualificações: cheio de fé e de poder (At 6.5,8).

Estevão era cheio do Espírito Santo, isto indica que o diácono era obediente e temente a Deus, e desenvolvia diariamente os frutos do Espírito. Por outro lado Estevão era cheio de poder, virtude alcançada mediante uma vida de consagração a Deus e por meio de tal virtude prodígios e grandes sinais eram realizados no meio do povo (At 6.8).  A sabedoria de Estevão era demonstrada na prática da evangelização (At 6.10) (Silva, Ano 12, Edição 42, p. 41, 42).

II – ESTEVÃO E A IGREJA QUE DEFENDE SUA FÉ

Como diácono Estêvão se apresenta como excelente administrador, portanto, como evangelista, Estêvão se destaca como um exímio orador.

Na mensagem pregada por Estêvão há uma explicação que respeita os principais nomes da aliança divina com Israel, sendo eles: Abraão, José e Moisés. E perora a mensagem em aplicar o principal fundamento do evangelho, isto é, o Senhor Jesus.

Mesmo em demonstrar coragem, assim como em pregar uma excelente mensagem, e ter a semelhança de anjos, os opositores de Estêvão, o condenou a morte.

III – ESTÊVÃO E O MARTÍRIO DA IGREJA

Estêvão apresenta olhar fixos para a certeza da salvação em Cristo e prova a seguridade da libertação em praticar eficazmente o perdão para com os opositores à pregação do evangelho, com isso torna-se um mártir do cristianismo.

 Mártir do grego, máryr, indica o seguinte significado; testemunha. Com as perseguições o termo corresponde a aqueles que morreram, mas não negarão ao Senhor Jesus. O livro de Atos por ser uma obra de valor e qualificação histórica registra a morte de Estevão que de fato é a primeira morte de alguém no cristianismo por não negar ao Senhor Jesus.

Foi Estevão modelo para a sua geração na dedicação ao Senhor ao ponto de sofrer a morte e não negar ao Senhor, como também é ele para as gerações posteriores ao inicio do cristianismo um exemplo de servo que não se preocupou em ser servido e nem mesmo em ser respeitado por ser de boa conduta. A preocupação de Estevão era servir ao Senhor que esta seja também a preocupação da igreja do Senhor nestes dias tão difíceis (Silva, Ano 12, Edição 42, p. 42).

Referência

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Conhecendo o chamado. Revista Manancial, Ano 12, Edição 42.