Deus é Fiel

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

A ENCARNAÇÃO DO VERBO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – A ENCARNAÇÃO DO VERBO

Conforme a Verdade Prática:

A vinda do Filho de Deus em forma humana é um fato presenciado por muitas testemunhas, por isso a negação da sua historicidade não se sustenta.

Da verdade prática compreende-se que:

A vinda e a vida de Jesus como fato histórico foi presenciado por muitas testemunhas;

Negar a historicidade do Filho de Deus não se sustenta mediante a existência de inúmeras testemunhas.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Elencar as heresias que negam a corporeidade de Cristo;

Descrever a afirmação apostólica da corporeidade de Jesus;

E, relacionar como as heresias que negam a humanidade e deidade de Cristo se revelam atualmente.

Docetismo é a palavra-chave da presente lição. Docetismo é uma “[...] heresia, que se avultava nos primórdios como ensino legítimo, advogava que a humanidade de Cristo era apenas aparente. Jesus parecia humano, mas não era humano” (Andrade, 1997, p. 104).

I – HERESIAS QUE NEGAM A CORPOREIDADE DE CRISTO

Para os adeptos do docetismo Jesus:

Não nasceu de forma virginal;

Ou que Jesus não nasceu, ou não teve forma e nem corpo;

E até mesmo negavam que Jesus era verdadeiro humano.

Os textos bíblicos salientam que:

Jesus foi visto pelos pastores no episódio do nascimento (Lc 2.8).

Conviveu com seus pais (Lc 2.4,5).

Teve infância (Lc 2.40,52).

Desenvolveu de forma física, intelectual e espiritual (Lc 2.40,52).

Soares assim afirma sobre a infância de Jesus:

São poucos os relatos inspirados da infância de Jesus, por isso devemos extrai deles tudo o que pudermos para uma melhor compreensão da mais bela história da humanidade. Nada se sabe da vida de Jesus depois do relato de seu nascimento até a sua manifestação pública a Israel, exceto o que Lucas escreveu (2008, p. 73).

II – A AFRMAÇÃO APOSTÓLICA DA CORPORIDADEDE JESUS

No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus (Jo1.1). O presente versículo ensina três grandes verdades a respeito do Verbo, isto é, a respeito da pessoa do Senhor Jesus.

A eternidade do Verbo - No princípio era o verbo.

A distinção entre o Pai e o Filho - e o verbo estava com Deus.

A afirmação de que o Verbo, isto é, Jesus é Deus - e o verbo era Deus.

Portanto, a divindade de Jesus pode ser confirmada por ter Ele os nomes de Deus, os atributos de Deus e faz as obras de Deus.

Jesus é identificado pelos nomes de Deus:

Deus. Mas, acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e: cetro de equidade é o cetro do teu reino (Hb 1.8).

Filho de Deus (Mt 16.16,17), Santo (At 3.14), Senhor (At 9.17).

Jesus possui os atributos divinos:

Eterno. No princípio era o Verbo (Jo 1.1).

Onipotência (Mt 28.18), onipresença (Mt 18.20), onisciência (Jo 1.47,48).

Jesus é identificado como agente das obras desenvolvidas por Deus:

Criador. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3).

Preservador de tudo (Hb 1.3), perdoador de pecados (Mc 2.5,10,11), doador da vida (Fp 3.21). Ofícios e funções que pertencem distintamente a Deus, são atribuídos a Jesus Cristo (Bancrof, 2006, p. 123).

III – COMO ESSAS HERESIAS SE REVELAM HOJE

A negação da divindade de Jesus é manifestada do mesmo formato dos primeiros séculos, pois negam a concepção e nascimento virginal de Jesus; assim como negam a morte e a ressurreição do Senhor Jesus.

Sobre a ressurreição de Jesus há cinco evidências para compreender a veracidade do fato histórico.

1- O sepulcro vazio. A primeira prova da ressurreição do Messias é o sepulcro vazio “mas ao entrar, não acharam o corpo do Senhor Jesus” (Jo 20.1-8). A pedra que estava no sepulcro pesava em média duas toneladas e possuía o selo romano, fato que impedia a qualquer um de tocar na pedra. A pedra foi removida e o sepulcro ficou vazio.

2- As aparições do Messias. Jesus apareceu a Maria – como consolador, às mulheres – como restaurado da alegria, a Pedro – como restaurador, aos dez discípulos – como doador da paz, aos dois discípulos no caminho para Emaús – como instrutor, aos onze e a Tomé – como confirmador da fé, a Pedro e a João – como interessado nas atividades da vida e, aos quinhentos – como chefia e com autoridade.

3- Os discípulos foram transformados. Pedro agia por impulso, porém após a ressurreição de Jesus o apóstolo passou a pensar conforme o querer do Espírito Santo. Logo esta é mais uma prova da ressurreição de Jesus.

4- A mudança do dia de descanso. Na Antiga Aliança o sábado era o dia em que as atividades religiosas eram realizadas, porém com a ressurreição de Jesus os discípulos não mais observaram o sábado como dia santo, mas utilizaram do domingo para as principais celebrações da igreja (At 20.7).

5- A existência da igreja. A igreja existe não por ser uma organização perfeita, mas porque Jesus ressuscitou dos mortos. O trabalho do Senhor Jesus continua a ser realizado na terra, sendo que esta atividade nos dias atuais é desenvolvida pela igreja, portanto porque Jesus vive a igreja continua.

Referência:

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

SOARES, Esequias. Cristologia, a doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: hagnos, 2008.

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