Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – A ENCARNAÇÃO DO VERBO
Conforme a Verdade Prática:
A vinda do Filho de Deus em
forma humana é um fato presenciado por muitas testemunhas, por isso a negação
da sua historicidade não se sustenta.
Da verdade prática compreende-se que:
A vinda e a vida de Jesus
como fato histórico foi presenciado por muitas testemunhas;
Negar a historicidade do
Filho de Deus não se sustenta mediante a existência de inúmeras testemunhas.
É válido lembrar que os objetivos da presente
lição são:
Elencar as heresias que
negam a corporeidade de Cristo;
Descrever a afirmação
apostólica da corporeidade de Jesus;
E, relacionar como as
heresias que negam a humanidade e deidade de Cristo se revelam atualmente.
Docetismo é
a palavra-chave da presente lição. Docetismo é uma “[...] heresia, que se
avultava nos primórdios como ensino legítimo, advogava que a humanidade de Cristo
era apenas aparente. Jesus parecia humano, mas não era humano” (Andrade, 1997,
p. 104).
I – HERESIAS QUE
NEGAM A CORPOREIDADE DE CRISTO
Para os adeptos do docetismo Jesus:
Não nasceu de forma virginal;
Ou que Jesus não nasceu, ou não teve forma e
nem corpo;
E até mesmo negavam que Jesus era verdadeiro
humano.
Os textos bíblicos salientam que:
Jesus foi visto pelos pastores no episódio do
nascimento (Lc 2.8).
Conviveu com seus pais (Lc 2.4,5).
Teve infância (Lc 2.40,52).
Desenvolveu de forma física, intelectual e
espiritual (Lc 2.40,52).
Soares assim afirma sobre a infância de
Jesus:
São poucos os relatos
inspirados da infância de Jesus, por isso devemos extrai deles tudo o que
pudermos para uma melhor compreensão da mais bela história da humanidade. Nada
se sabe da vida de Jesus depois do relato de seu nascimento até a sua
manifestação pública a Israel, exceto o que Lucas escreveu (2008,
p. 73).
II – A AFRMAÇÃO APOSTÓLICA DA CORPORIDADEDE JESUS
No princípio era o verbo, e o verbo estava
com Deus e o verbo era Deus (Jo1.1). O presente versículo ensina três grandes
verdades a respeito do Verbo, isto é, a respeito da pessoa do Senhor Jesus.
A eternidade do Verbo - No princípio era o
verbo.
A distinção entre o Pai e o Filho - e o verbo
estava com Deus.
A afirmação de que o Verbo, isto é, Jesus é
Deus - e o verbo era Deus.
Portanto, a divindade de Jesus pode ser
confirmada por ter Ele os nomes de Deus, os atributos de Deus e faz as obras de
Deus.
Jesus é identificado pelos nomes de Deus:
Deus. Mas, acerca do Filho:
O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e: cetro de equidade é o cetro do
teu reino (Hb 1.8).
Filho de Deus (Mt 16.16,17), Santo (At 3.14),
Senhor (At 9.17).
Jesus possui os atributos divinos:
Eterno. No princípio
era o Verbo (Jo 1.1).
Onipotência (Mt 28.18), onipresença (Mt 18.20),
onisciência (Jo 1.47,48).
Jesus é identificado como agente das obras desenvolvidas por
Deus:
Criador. Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3).
Preservador de tudo (Hb 1.3), perdoador de
pecados (Mc 2.5,10,11), doador da vida (Fp 3.21). Ofícios
e funções que pertencem distintamente a Deus, são atribuídos a Jesus Cristo (Bancrof, 2006, p. 123).
III – COMO ESSAS
HERESIAS SE REVELAM HOJE
A negação da divindade de Jesus é manifestada do mesmo formato dos
primeiros séculos, pois negam a concepção e nascimento virginal de Jesus; assim
como negam a morte e a ressurreição do Senhor Jesus.
Sobre a ressurreição de Jesus há cinco evidências para compreender a
veracidade do fato histórico.
1- O sepulcro vazio. A primeira prova da ressurreição do Messias é
o sepulcro vazio “mas ao entrar, não acharam o corpo do Senhor Jesus” (Jo 20.1-8).
A pedra que estava no sepulcro pesava em média duas toneladas e possuía o selo
romano, fato que impedia a qualquer um de tocar na pedra. A pedra foi removida
e o sepulcro ficou vazio.
2- As aparições do Messias. Jesus apareceu a Maria – como consolador, às mulheres –
como restaurado da alegria, a Pedro – como restaurador, aos dez discípulos –
como doador da paz, aos dois discípulos no caminho para Emaús – como instrutor,
aos onze e a Tomé – como confirmador da fé, a Pedro e a João – como interessado
nas atividades da vida e, aos quinhentos – como chefia e com autoridade.
3- Os discípulos foram transformados. Pedro agia por impulso, porém após a
ressurreição de Jesus o apóstolo passou a pensar conforme o querer do Espírito
Santo. Logo esta é mais uma prova da ressurreição de Jesus.
4- A mudança do dia de descanso. Na Antiga Aliança o sábado era o dia em que
as atividades religiosas eram realizadas, porém com a ressurreição de Jesus os
discípulos não mais observaram o sábado como dia santo, mas utilizaram do
domingo para as principais celebrações da igreja (At 20.7).
5- A existência da igreja. A igreja existe não por ser uma organização
perfeita, mas porque Jesus ressuscitou dos mortos. O trabalho do Senhor Jesus
continua a ser realizado na terra, sendo que esta atividade nos dias atuais é
desenvolvida pela igreja, portanto porque Jesus vive a igreja continua.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro:
CPAD, 1997.
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora
Batista Regular, 2006.
SOARES, Esequias. Cristologia, a doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: hagnos, 2008.
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