Deus é Fiel

Deus é Fiel

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM

Conforme a Verdade Prática da lição:

Em sua essência, a igreja é tanto um organismo quanto uma organização e, como tal, precisa seguir princípios e regras para funcionar plenamente.

Da verdade prática compreende-se que:

A igreja é um organismo;

A igreja é  uma organização;

A igreja segue princípios e regras.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Mostrar o contexto os motivos que levaram à controvérsia sobre a salvação dos gentios;

Relatar os argumentos apresentados pelos apóstolos, especialmente por Pedro e Tiago, sobre a inclusão dos gentios na igreja;

Reconhecer a importância da direção do Espírito Santo na resolução dos conflitos e na preservação da unidade da igreja.

Assembleia é a palavra-chave da presente lição.

I – A QUESTÃO DA DOUTRINÁRIA

O primeiro tópico levar a compreender que o evangelho não uma exclusividade para os judeus, mas é uma mensagem a ser pregada para os gentios. Quando Barnabé e Paulo apresentam o relatório do que o Senhor operou no meio dos gentios, apresentaram para a igreja em Jerusalém que Deus tem um plano exclusivo para concretizar sobre os gentios.

Portanto, o evangelho deverá ser anunciado a toda a carne, isto é, o evangelho é abrangente no que tange o alcance de todas as pessoas.

 O evangelho deverá ser pregado mediante a graça e a graça de Deus foi outorgada por Deus a todos os homens.

No entanto, grupo de judeus não foram favoráveis ao procedimento do evangelho ser anunciado aos gentios, na ótica desses a Palavra deveria ser apenas oferta aos filhos da promessa, isto é, a Israel.

Porém, a promessa é para todos os que receberem a Jesus como Salvador que também passam para a condição de herdeiros. Sendo a promessa para todos indica que há unidade.

Na oração sacerdotal Jesus pede ao Pai que os discípulos fossem um conforme a unidade existente entre o Pai e o Filho (Jo 17.22).  Por ser a promessa uniforme mais uma vez há a manifestação de que não existe distinção de pessoas, pois todos são dependentes de Deus.

Portanto, Deus mediante a sua graça outorgou para toda a humanidade a promessa de liberdade, lançando sobre terra as cadeias que exaltava a um e outorgava a condição de escravo para outro. Se a lei apresentava distinção de pessoas na operação da graça não há distinção, pois, a Deus pertence o reino, o poder e a glória para sempre.

Em suma, por intermédio do sacrifício de Jesus ocorre abrangência do evangelho e a mensagem se concretiza.

II – O DEBATE DOUTRINÁRIO

A doutrina originária da Palavra edifica e proporciona crescimento. Os costumes não prevalecem por muito tempo, pois são temporais e adaptados a determinado período. Já no que corresponde com a doutrina bíblica percebe-se que é inalterável.

Os judeus defendiam que os gentios deveriam adaptar aos princípios do judaísmo, exemplo, deveriam circuncidar e guardar a lei de Moisés.

No entanto prevalece o que está escrito na Palavra e o que Deus tem confirmado mediante as promessas encontradas em sua Palavra.

Portanto o ministério dos apóstolos Paulo e Pedro corrobora com a compreensão da abrangência da graça aos gentios, pois, o primeiro foi conduzido a pregar o Evangelho aos gentios, enquanto que o segundo foi o responsável para instruir os judeus na fé cristã. Porém, a mensagem foi a mesma, tendo como foco o ensino em que Jesus é o centro.

Para o crente judaizante a Lei tinha valor implícito para a caminhada cristã, daí o olhar obediente para com os ensinos de retidão para com algumas práticas do judaísmo.

III – A DECISÃO DA ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM

Deveria a igreja guardar das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, porém no que tange a pregação do evangelho aos gentios, a igreja não poderia limitar-se, isso porque Deus tinha confirmado também a esses a oportunidade da salvação.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O CARÁTER MISSIONÁRIO DA IGREJA DE JERUSALÉM

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O CARÁTER MISSIONÁRIO DA IGREJA DE JERUSALÉM

Conforme a Verdade Prática da lição:

Faz parte da missão da Igreja a evangelização de povos não alcançados.

Da verdade prática compreende-se que:

A igreja tem uma missão evangelizadora;

A missão evangelizadora da igreja abrange os povos não alcançados.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Destacar o papel da dispersão cristã na expansão missionária da igreja primitiva;

Enfatizar a importância da contextualização da mensagem do Evangelho para diferentes contextos culturais, sem, contudo, perder sua essência;

E, Valorizar a prática do discipulado como base para o crescimento saudável e a manutenção da identidade da igreja.

Missão é a palavra-chave da presente lição.

Silva analisa a igreja em Atos sendo dividida em três momentos importantes, sendo descrita por eventos, isto é, o pré-pentecostal, pentecostal e eventos missionários.

Sobre os eventos missionários entende-se [...] que o evangelho é proclamado. A salvação era anunciada pela igreja. Neste período nomes importantes aparecem no cenário histórico da igreja, por exemplo: Paulo e Barnabé (Silva, 2015, p. 119).

I – UMA IGREJA COM CONSCIÊNCIA MISSIONÁRIA

O evangelho foi além dos espaços de Jerusalém, isto é, foi propagado para outras regiões. O fator primordial para a propagação do evangelho para além das fronteiras de Jerusalém se explica pela perseguição que os cristãos sofreram. A perseguição aos primeiros crentes os forçou a irem para outras regiões, ou seja, para outras terras.

Algo a ser observado corresponde é que os primeiros cristãos ao serem perseguidos não recuaram ou abandonaram a fé. Pelo contrário eles continuaram testificando a respeito do Senhor Jesus como único Salvador. Compreende-se que a perseguição foi marcante para a propagação do evangelho em terras que ainda não conheciam a grandeza do Senhor.

Entende que o evangelho que chegou a terras distantes não foi pregado por obreiros consagrados, exemplo, apóstolos, pastores, evangelistas, presbíteros, ou até mesmo por diáconos. O evangelho foi anunciado por pessoas simples, cristãos que possuíam grau ministerial, no entanto, eram pessoas revestidas pelo o Espírito Santo, assim como eram pessoas cheias do testemunho transformador.

A perseguição não limita o crescimento da igreja, ao contrário a perseguição proporciona o crescimento do Reino de Deus.

II – UMA IGREJA COM VISÃO TRANSCULTURAL

A cultura que prevalecia no período do surgimento da igreja primitiva era a grega. Os povos adjacentes a Jerusalém estavam sobre a dominação cultural grega, logo era necessário conhecer os costumes e práticas dos povos receptores para de forma eficaz anunciar a salvação em Jesus.

Para Andrade a evangelização para povos de cultura diferente requer dos evangelistas o seguinte preparo cultural:

O preparo cultural do evangelista contempla dois campos interligados: a informação acerca de outros povos e a habilidade linguística para se falar a todos, em todo o tempo e lugar, por todos os meios possíveis (Andrade, 2016, p.48).

Os judeus e os samaritanos esperavam o Messias, logo a pregação para esses atendia a explicação em afirmar que Jesus era o Messias anunciado pelos os profetas da Antiga Aliança.

Já os povos de cultura grega não conheciam a Jesus, por isso não teriam não nenhum efeito anunciar que Jesus era o Messias para eles, pois eles desconheciam as promessas veterotestamentária.

A contextualização do evangelho então passou a ter como ênfase que Jesus era o Senhor, isto é, passaram a ensinar que Jesus era Deus.

III – UMA IGREJA QUE FORMA DISCÍPULOS

Discipular é ensinar, instruir, isto é, é proporcionar saberes de algo. No que tange a igreja o discipulado corresponde com a educação continuada dentro do espaço eclesiástico. Barnabé foi fundamental para a instrução outorgada aos primeiros crentes de Antioquia.

Em Antioquia os crentes foram chamados pela primeira vez de cristãos. Ser cristão é ser seguidor do Senhor Jesus. Fator que requer que os cristãos testifiquem do Senhor Jesus. Válido lembrar que o evangelho é pregado inicialmente pelo o testemunho do crente, isso ocorre mediante a vida definida pela fidelidade, a fé confirmada na confiabilidade no agir do Senhor Jesus e nas atitudes consagradas ao Senhor.

Referência

ANDRADE, Claudionor de. O desafio da evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Introdução ao Novo Testamento. In: SILVA, Roberto Santos da. Seteblir. Goiânia: Mundial Gráfica, 2015.

domingo, 7 de setembro de 2025

UMA IGREJA HEBREIA NA CASA DE UM ESTRANGEIRO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – UMA IGREJA HEBREIA NA CASA DE UM ESTRANGEIRO

Conforme a Verdade Prática da lição:

O episódio da igreja hebreia na casa do gentio Cornélio demonstra que Deus não faz acepção de pessoas.

Da verdade prática compreende-se que:

A igreja cresceu e chegou a casa de Cornélio;

O crescimento da igreja demonstra que Deus não faz acepção de pessoas.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Mostrar que Deus incluiu os gentios em seu plano de salvação;

Ressaltar que a salvação é oferecida a todos os que creem em Jesus, independentemente de sua origem étnica ou cultural;

E, Enfatizar a obra do Espírito Santo como confirmação do agir de Deus entre os gentios, demonstrando que o Pentecostes não foi exclusivo dos judeus.

Aceitação é a palavra-chave da presente lição.

I – A REVELAÇÃO DE DEUS AOS GENTIOS

Dois personagens se destacam na presente lição, o apóstolo Pedro e o gentio Cornélio. Sobre Pedro entende-se que até o momento é o principal personagem narrado na escrita de Lucas, sendo um dos líderes da igreja que estava em pleno crescimento. Enquanto que Cornélio é descrito como homem dedicado a Deus e piedoso.

Cornélio não tinha entregado a sua vida ao Senhor, necessitava ouvir a mensagem de salvação proveniente em Jesus Cristo. No entanto conhecendo a necessidade e compreendendo a piedade, Deus proporciona uma experiência a Cornélio, uma visão.

Na visão Cornélio viu e ouviu de um anjo de Deus as seguintes palavras “as tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus”, o anjo ainda direciona a enviar homens até Pedro e o direcionar a sua casa para que de Pedro, o gentílico Cornélio e família ouvissem o que deveriam fazer para alcançar a salvação.

[...] O anjo mesmo não lhe pregou o evangelho, mas orientou-o acerca de quem poderia fazer isso. A carta aos Hebreus informa-nos que os anjos são mensageiros de Deus enviados a favor daqueles que vão herdar a salvação (Hb 1.14). A pregação do evangelho, portanto, não é missão dos anjos; é missão, do crente em Jesus (Gonçalves, 2025, p. 128).

Portanto, a missão em pregar o evangelho não era cabível ao anjo, mas era de responsabilidade do crente, por isso, a mensagem era ir até o apóstolo Pedro. E em seguida Pedro tem uma visão que o direcionada a pregar o evangelho aos gentios, pois Deus pela Palavra purifica a todos aqueles que chegarem a Ele.

II – A SALVAÇÃO DOS GENTIOS

A mensagem pregada por Pedro na casa de Cornélio apresentou as seguintes descrições que demonstra ser uma mensagem cristocêntrica, são elas:

Deus ama a todos (At 10.34);

Deus quer salvar a todos (At 10.35);

E, Jesus é o Senhor de todos (At 10.36).

Foi então pregada à mensagem da cruz ao relatar a vida e obra do Senhor Jesus. Mensagem que convida ao arrependimento. Arrependimento é uma atitude desenvolvida pela própria pessoa, não é um ato forçado ou obrigatório. Arrependimento é o reconhecimento das próprias falhas e o desejo de retornar par a Deus.

III – O ESPÍRITO DERRAMADO SOBRE OS GENTIOS

Ao associar a experiência vivenciada por Cornélio e a palavra expressada pelo o profeta Joel compreende que o Espírito seria derramado sobre toda a carne, os gentios não ficariam de fora dessa dádiva divina.

E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.

A profecia de Joel é abrangente, não se limita a títulos nem tão pouco a classe social. O texto é claro a toda carne. A profecia é também de abrangência ministerial, velhos e jovens serão renovados e qualificados para o serviço ao Senhor.

A igreja que surge então na casa de Cornélio nasceu com a manifestação do Espírito Santo, sendo um pentecoste visto e ouvido.

Referência

GONÇALVES, José. A Igreja em Jerusalém. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.