Texto: Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um
lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela
fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com
Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Hb 11. 8,9.
Abraão é um dos maiores vultos da história.
Dele descendem os judeus e os árabes. Estes últimos por parte de Ismael. De
Abrão, pai da altura passou a ser chamado de Abraão que tem por significado pai
de uma multidão de nações (Gn 17.5). Foi chamado aos 75 anos de idade (Gn
12.4), teve o nome mudado aos 99 anos de idade (Gn 17.1) e teve o seu filho aos
100 anos de idade (Gn 21.5).
Dentre as características de Abraão três nos
chama atenção: primeira, foi chamado de amigo
de Deus (Is 41.8); segunda característica, é chamado de o fiel Abraão (Gl 3.9) e por fim, como
terceira característica, é considerado como o pai de todos nós (Rm 4.16).
I – Característica do
chamado de Abraão
O chamado de Abraão teve características que
o diferencia de outros personagens bíblicos.
Em primeiro o chamado de Abraão foi pela
fé (Hb 11.8) isto indica que o patriarca não andava por vista (I
Cor 5.7), mas por ser justo viveu pela fé, pois o justo viverá pela fé (Rm
1.17) e o mesmo sabia que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
Segundo, o chamado de Abraão exigiu a mudança de
localidade. A mudança foi de Ur dos caldeus para ir a Canaã (Gn
11.31). A primeira mudança que Deus requer do ser humano ao chamá-lo é que o
mesmo mude de atitudes. Atitude é a tendência de uma
pessoa de julgar tais objetos como bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis.
Portanto, há titudes que menosprezam o próprio ser das pessoas, tais como
atitudes egoístas, que não visualizam a vontade de Deus para si.
E em terceiro o chamado
de Abraão teve um preço a ser pago. A renúncia da terra, da
parentela e da casa são demonstrações do preço elevado pago por Abraão (Gn 12.
1). Abraão renunciou a terra natal, o conforto do lar, os
amigos, o tradicional estilo de vida, o direito de habitar entre os teus, o
direito de ter uma velhice tranquila e o direito de dirigir a sua própria vida.
Será que você esta pronto para pagar tal preço?
Renunciar é abrir mão de
bens pessoais para servir a outros conforme a vontade de Deus.
II – O preço
do chamado.
A renúncia é de fato o maior preço a ser
pago. Há momentos que a renúncia trata-se de escolher o que nos proporcionará
maior intimidade com Deus. Note que João poderia fazer outras atividades no
dia a dia, mas o mesmo preferiu ter intimidade com seu mestre, o Senhor Jesus. Por escolha o apóstolo Judas era tesoureiro do
ministério de Jesus, mas não tinha intimidade com o mestre do ministério. Possuir
cargos ou ter credenciais não corresponde a ser íntimo de Deus. A intimidade
com Deus se faz com escolhas e renúncias.
Já João Batista era filho único e de pais
idosos, imagine como era a vida de João Batista, os gostos do profeta era pela
ótica humana correspondidos da maneira mais fácil possível. Porém, João
abandona o conforto da casa paterna para habitar no deserto (Mt 3.1).
Portanto, quando renunciamos desejos próprios
para a concretização da vontade de Deus receberemos o suporte Divino para a
nossa vida. Pois, todo aquele que tiver deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou
pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá
cem vezes tanto e herdará a vida eterna (Mt 19.29).
Quando Deus chama, Deus capacita, Deus envia
e Deus supre a palmilhação ministerial.
Ao chamar o indivíduo Deus nos leva a
entender que Ele nos escolheu e nos nomeou para irmos e darmos fruto (Jo
15.16). Já na capacitação Deus nos muda em natureza e em atitudes para sermos
fiéis na caminhada. Ao sermos enviados por Deus indica que seremos embaixadores
dEle na terra (II Cor 5.20). E por fim, Deus supre em abrir e em fechar portas.
O próprio Jesus renunciou trono, glória e poder
para exercer o seu chamado, entretanto foi obediente até à morte de cruz. Pelo que
Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome (Fp
2.6-11).
III- Os ganhos de
Abraão
Deus supre a caminhada. Tal afirmativa é
notória na vida de Abraão, pois o mesmo aos setenta e cinco anos era incompleto
em se tratando da ausência de um filho. Deus chama o patriarca. O
patriarca obedece, logo vem o primeiro resultado o nascimento do filho da
promessa.
Porém, antes que a promessa do filho se
concretizasse Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Quando o ser humano
obedece ao chamado primeiramente Deus muda o nome do mesmo, retirando todo o
significado de dor, sofrimento, angústia e de exaltação para o nome de bênção.
Abraão não ficou preso em um passado esquecido por seus
sucessores.
Todavia, a experiência de vida de Abraão em conhecer e obedecer ao chamado de
Deus para a sua vida fez do mesmo um dos personagens mais ilustre da história
da humanidade. A importância do patriarca não estar limita na escrita bíblica
ganhou campo e dimensão gigantesca. Tal dimensão foi conquistada pela obediência
ao chamado.
Fico a pensar em tantos homens que possuem um
ministério reconhecido e respeitado no cenário mundial e chego a imaginar o que
eles renunciaram para conquistarem tais dimensões. Portanto, exerça com
sabedoria e obediência o seu chamado de Deus na sua vida.
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