Deus é Fiel

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segunda-feira, 22 de abril de 2013

PASTOR, LÍDER DO REBANHO.

TEXTO ÁUREO: Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. (Hb 13.7).
Introdução
Pastor tem como missão apascentar o rebanho de Deus. Por personagens importantes no cenário bíblico notamos que Deus é comparado a um pastor (Sl 23.1) que outorga segurança e sustento ao rebanho. Dentre os oficias de Deus no contexto sagrado notaremos no Novo Testamento a presença importante do pastor como elemento essencial para a edificação, união e aperfeiçoamento dos santos, porém nestes últimos dias devemos ter cuidado com os falsos pastores que são de fato aproveitadores do rebanho e não ministros do evangelho.
I – FUNÇÃO DO PASTOR.
Deus chama homens para exercerem as mais distintas tarefas em sua obra, sendo que um dos mais nobres dos ofícios ministeriais é o ministério pastoral. No ofício pastoral o ministro de Deus exerce inúmeras funções, como: ensino da Palavra, evangelização, socorro aos necessitados, liderança e como conselheiro. Porém, logo abaixo analisaremos as tarefas primordiais ao labor do ministério pastoral.
1- Aperfeiçoamento dos crentes. Não existe ninguém perfeito. Porém, a missão do pastor é ensinar a Palavra de Deus com finalidade o desenvolvimento do cristão. O ciclo da vida humana passa pelos seguintes estágios: nascimento, crescimento, reprodução, envelhecimento e morte. Entretanto, a vida cristã possui como ciclo: o novo nascimento, o crescimento espiritual e a vida eternal com Cristo. Para vencermos a segunda morte é necessário que sejamos obedientes a Palavra de Deus. O apóstolo Pedro escreveu em sua segunda epístola “cresçamos na graça e no conhecimento” (2 Pe 3.18), logo quando somos instruídos por homens de Deus, somos edificados na Palavra do Senhor para sermos aperfeiçoados em Cristo Jesus.

2- Capacitar os crentes. Na missão pastoral de capacitar os cristãos o ministro do evangelho se apresenta como: instrutor e motivador.
a) Como Instrutor. O pastor ensina a Palavra de Deus para que o cristão seja bem-sucedido em todas as áreas da vida. Na área espiritual, o objetivo é que o cristão cresça na presença de Deus. Já na área física, que haja saúde (3 Jo 2). E na área financeira para que haja prosperidade em tudo quanto fizer (Sl 1.3).
b) Como Motivador. De fato o pastor estimula os crentes a alcançar alvos e manter os valores cristãos em harmonia com as atividades sociais. O pastor como motivador reconhece em suas ovelhas o chamado de Deus para cada uma. Sendo conhecedor do chamado de Deus para com as ovelhas o pastor como líder espiritual motivará as suas ovelhas a servirem a Deus da melhor maneira possível. Em suma, o pastor como motivador desperta o chamado de Deus na vida dos membros da igreja.
3- Preservar a unidade do corpo de Cristo. A unidade da igreja deverá ser preservada. A igreja é a união de pessoas diferentes que possuem hábitos diversos e são imperfeitas em si mesmas. Por tal realidade entendemos que haverá discórdias, invejas, ciúmes e outras tantas obras da carne. Quando isto ocorre notamos que a unidade está sofrendo um colapso. Sem unidade do reino não haverá crescimento do reino (Mt 12.25). E para que a unidade do corpo de Cristo seja preservada cabe ao ministro do evangelho exercer com eficácia o ensino autêntico e poderoso da Palavra de Deus.
4- A administração eclesiástica. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar. O pastor como administrador estabelece objetivos para a igreja (planeja), direciona os recursos (organiza), motiva ao delegar funções (dirigir) e controla os resultados.
Porém, como administrador o pastor não poderá ser um líder exclusivista e nem mesmo centralizador. Um bom exemplo de líder que reconheceu a importância do auxilio de outros na liderança foi Moisés, isto só ocorreu após o conselho de Jetro que percebeu desordem e ineficiência de Moisés no atendimento aos israelitas (Êx 18.13,14).
II – O OFÍCIO PASTORAL.
O ministério pastoral requer do oficial em pleno exercício tempo e conhecimento. Para que o ministro do evangelho seja bem-sucedido em suas atividades é necessário que o mesmo saiba administrar o tempo.
1- O preparo do pastor. O pastor no dia a dia do labor ministerial torna-se conhecedor de todas as áreas das ciências, sejam elas humanas ou exatas. Isto ocorre por necessidade em atender bem aos membros da igreja que, por conseguinte proporciona o suprimento de todas as necessidades da comunidade cristã. Logo, por esta razão notamos que o líder cristão deverá ser apto para o ensino, para o conselho e para a admoestação tendo como objetivo o êxito da igreja, o sucesso da família e a ordem social.
a) Preparo intelectual. Uma das razões que não permite a durabilidade maior de tempo de um líder em determinado lugar está associado ao despreparo intelectual do mesmo, pois haverá momento em que a fonte secará e o ministro do evangelho não terá algo novo para ensinar. Na preparação de um bom sermão oito horas serão consumidas. Tais horas serão distribuídas em leituras, consultas e anotações. Para preparar um bom sermão o pastor deverá ter preparo intelectual (Jr 3.15).
b) Preparo espiritual. O pastor não poderá esquecer-se de sua aliança com Deus. Antes de exercer o ministério pastoral o mesmo deverá compreender que é servo de Deus e tem um céu de glória que o espera. O cuidado espiritual é visível na vida daqueles que tem comunhão com Deus. Pois, sem comunhão com Deus o ministério pastoral não será marcado pela operação divina. O preparo espiritual está associado à oração, a leitura da Bíblia, ao jejum, em suma, a uma vida de santidade diante de Deus (1 Ts 5.23).
2- O direito ao sustento. O ministro do evangelho deverá ser sustentado pela obra na qual o seu ministério está sendo desenvolvido, pois o trabalhador é digno do seu trabalho (1 Tm 5.18) e aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho (1 Co 9.14).
A igreja que contribui com o ministério do pastor, suprindo as necessidades do mesmo, terá como benefícios o crescimento quantitativo e qualitativo do rebanho. Pois, o pastor terá mais tempo para meditar na Palavra (Rm 10.17), terá mais tempo para a oração (1 Ts 5.17) e ensinará melhor a Palavra de Deus (2 Pe 3.18).
3- O pastor e a família. O líder cristão é qualificado à administração da igreja quando for aprovado na liderança da sua própria casa (1 Tm 3.4). Assim como é de responsabilidade dos pais não provocar a ira e nem irritar aos filhos (Ef 6.4; Cl 3.21), cabe ao pastor como líder ser exemplo dos demais no governo e no relacionamento do próprio lar. E como esposo é deve do pastor amar a esposa e não amargurá-la. São muitos os meios em que a esposa é amargurada em sua própria casa, exemplo; quando o cônjuge não a compreende, quando o esposo não a incentiva, quando ela é menosprezada por coisas e dentre outros quando ela não é lembrada. Amar a esposa é doar se por ela, tanto tempo e carinho. É suprir as necessidades físicas, espirituais e financeiras.
III – O PASTOR APROVADO.
1- Competências do pastor aprovado. O líder do rebanho quando aprovado é definido como pastor competente. Logo, se percebe que o mesmo é bem-sucedido por desenvolver três competências duráveis: o conhecimento, a perspectiva e a atitude.
Conhecimento corresponde a todo acervo de informação que o pastor possui a respeito de sua especialidade, ou seja, o saber.  Já a perspectiva corresponde ao saber fazer, isto é, significa a capacidade de colocar o conhecimento em ação. E a atitude é o saber fazer acontecer.
2- Características dos maus pastores. Os maus pastores são apegados ao dinheiro e tem como principio no desenrolar das atividades pastorais o lucro e não o bem estar espiritual dos membros da igreja (1 Tm 6.10-11). Há outros que são violentos, porém tal manifestação só se percebe no convívio familiar, sendo que na igreja são homens tranquilos e longânimes, porém nos seus lares são briguentos. E uma terceira característica de tais líderes é o descompromisso com o rebanho de Deus, pois os mesmos são destruidores da unidade das ovelhas e por suas atitudes não cuidam dos membros do corpo de Cristo (Jr 23.2).
CONCLUSÃO
Portanto, muitos são chamados e poucos são escolhidos (Mt 22.14). Dentre tantos que tiveram o chamado de Deus para o ministério pastoral poucos se dedicaram à unidade da igreja e a edificação dos crentes. Por isso, cabe a nós como membros do corpo de Cristo interceder por aqueles que nos falaram da Palavra de Deus e deixaram como legado a fé. A estes homens devemos imitar (Hb 13.7).

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