TEXTO
ÁUREO: Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos
falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de
viver. (Hb 13.7).
Introdução
Pastor tem como missão apascentar o rebanho
de Deus. Por personagens importantes no cenário bíblico notamos que Deus é
comparado a um pastor (Sl 23.1) que outorga segurança e sustento ao rebanho. Dentre
os oficias de Deus no contexto sagrado notaremos no Novo Testamento a presença
importante do pastor como elemento essencial para a edificação, união e
aperfeiçoamento dos santos, porém nestes últimos dias devemos ter cuidado com
os falsos pastores que são de fato aproveitadores do rebanho e não ministros do
evangelho.
I – FUNÇÃO DO PASTOR.
Deus chama
homens para exercerem as mais distintas tarefas em sua obra, sendo que um dos
mais nobres dos ofícios ministeriais é o ministério pastoral. No ofício
pastoral o ministro de Deus exerce inúmeras funções, como: ensino da Palavra,
evangelização, socorro aos necessitados, liderança e como conselheiro. Porém,
logo abaixo analisaremos as tarefas primordiais ao labor do ministério pastoral.
1- Aperfeiçoamento dos crentes. Não existe ninguém perfeito. Porém, a missão do pastor é
ensinar a Palavra de Deus com finalidade o desenvolvimento do cristão. O ciclo
da vida humana passa pelos seguintes estágios: nascimento, crescimento,
reprodução, envelhecimento e morte. Entretanto, a vida cristã possui como
ciclo: o novo nascimento, o crescimento espiritual e a vida eternal com Cristo.
Para vencermos a segunda morte é necessário que sejamos obedientes a Palavra de
Deus. O apóstolo Pedro escreveu em sua segunda epístola “cresçamos na graça e
no conhecimento” (2 Pe 3.18), logo quando somos instruídos por homens de Deus,
somos edificados na Palavra do Senhor para sermos aperfeiçoados em Cristo
Jesus.
2- Capacitar os crentes. Na missão pastoral de capacitar os cristãos o ministro
do evangelho se apresenta como: instrutor e motivador.
a) Como Instrutor. O pastor
ensina a Palavra de Deus para que o cristão seja bem-sucedido em todas as áreas
da vida. Na área espiritual, o objetivo é que o cristão cresça na presença de
Deus. Já na área física, que haja saúde (3 Jo 2). E na área financeira para que
haja prosperidade em tudo quanto fizer (Sl 1.3).
b) Como Motivador. De
fato o pastor estimula os crentes a alcançar alvos e manter os valores cristãos
em harmonia com as atividades sociais. O pastor como motivador reconhece em
suas ovelhas o chamado de Deus para cada uma. Sendo conhecedor do chamado de
Deus para com as ovelhas o pastor como líder espiritual motivará as suas
ovelhas a servirem a Deus da melhor maneira possível. Em suma, o pastor como
motivador desperta o chamado de Deus na vida dos membros da igreja.
3- Preservar a unidade do corpo de Cristo. A unidade da igreja deverá ser preservada. A igreja é a
união de pessoas diferentes que possuem hábitos diversos e são imperfeitas em
si mesmas. Por tal realidade entendemos que haverá discórdias, invejas, ciúmes
e outras tantas obras da carne. Quando isto ocorre notamos que a unidade está
sofrendo um colapso. Sem unidade do reino não haverá crescimento do reino (Mt
12.25). E para que a unidade do corpo de Cristo seja preservada cabe ao
ministro do evangelho exercer com eficácia o ensino autêntico e poderoso da
Palavra de Deus.
4- A administração eclesiástica. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar. O
pastor como administrador estabelece objetivos para a igreja (planeja),
direciona os recursos (organiza), motiva ao delegar funções (dirigir) e
controla os resultados.
Porém, como administrador o pastor não poderá
ser um líder exclusivista e nem mesmo centralizador. Um bom exemplo de líder
que reconheceu a importância do auxilio de outros na liderança foi Moisés, isto
só ocorreu após o conselho de Jetro que percebeu desordem e ineficiência de
Moisés no atendimento aos israelitas (Êx 18.13,14).
II – O OFÍCIO PASTORAL.
O ministério pastoral requer do oficial em
pleno exercício tempo e conhecimento. Para que o ministro do evangelho seja
bem-sucedido em suas atividades é necessário que o mesmo saiba administrar o
tempo.
1- O preparo do pastor. O
pastor no dia a dia do labor ministerial torna-se conhecedor de todas as áreas
das ciências, sejam elas humanas ou exatas. Isto ocorre por necessidade em
atender bem aos membros da igreja que, por conseguinte proporciona o suprimento
de todas as necessidades da comunidade cristã. Logo, por esta razão notamos que
o líder cristão deverá ser apto para o ensino, para o conselho e para a
admoestação tendo como objetivo o êxito da igreja, o sucesso da família e a
ordem social.
a) Preparo
intelectual. Uma
das razões que não permite a durabilidade maior de tempo de um líder em
determinado lugar está associado ao despreparo intelectual do mesmo, pois
haverá momento em que a fonte secará e o ministro do evangelho não terá algo
novo para ensinar. Na preparação de um bom sermão oito horas serão consumidas.
Tais horas serão distribuídas em leituras, consultas e anotações. Para preparar
um bom sermão o pastor deverá ter preparo intelectual (Jr 3.15).
b) Preparo
espiritual.
O pastor não poderá esquecer-se de sua aliança com Deus. Antes de exercer o
ministério pastoral o mesmo deverá compreender que é servo de Deus e tem um céu
de glória que o espera. O cuidado espiritual é visível na vida daqueles que tem
comunhão com Deus. Pois, sem comunhão com Deus o ministério pastoral não será
marcado pela operação divina. O preparo espiritual está associado à oração, a
leitura da Bíblia, ao jejum, em suma, a uma vida de santidade diante de Deus (1
Ts 5.23).
2- O direito ao sustento. O ministro do evangelho deverá ser sustentado pela obra
na qual o seu ministério está sendo desenvolvido, pois o trabalhador é digno do
seu trabalho (1 Tm 5.18) e aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho (1
Co 9.14).
A igreja que contribui com o ministério do
pastor, suprindo as necessidades do mesmo, terá como benefícios o crescimento
quantitativo e qualitativo do rebanho. Pois, o pastor terá mais tempo para
meditar na Palavra (Rm 10.17), terá mais tempo para a oração (1 Ts 5.17) e
ensinará melhor a Palavra de Deus (2 Pe 3.18).
3- O pastor e a família. O líder cristão é qualificado à administração da igreja
quando for aprovado na liderança da sua própria casa (1 Tm 3.4). Assim como é
de responsabilidade dos pais não provocar a ira e nem irritar aos filhos (Ef
6.4; Cl 3.21), cabe ao pastor como líder ser exemplo dos demais no governo e no
relacionamento do próprio lar. E como esposo é deve do pastor amar a esposa e não
amargurá-la. São muitos os meios em que a esposa é amargurada em sua própria
casa, exemplo; quando o cônjuge não a compreende, quando o esposo não a
incentiva, quando ela é menosprezada por coisas e dentre outros quando ela não
é lembrada. Amar a esposa é doar se por ela, tanto tempo e carinho. É suprir as
necessidades físicas, espirituais e financeiras.
III – O PASTOR APROVADO.
1- Competências do pastor aprovado. O líder do rebanho quando aprovado é definido como
pastor competente. Logo, se percebe que o mesmo é bem-sucedido por desenvolver três
competências duráveis: o conhecimento, a perspectiva e a atitude.
Conhecimento
corresponde a todo acervo de informação que o pastor possui a respeito de sua
especialidade, ou seja, o saber. Já a
perspectiva corresponde ao saber fazer, isto é, significa a capacidade de
colocar o conhecimento em ação. E a atitude é o saber fazer acontecer.
2- Características dos maus pastores. Os maus pastores são apegados ao dinheiro e tem como
principio no desenrolar das atividades pastorais o lucro e não o bem estar
espiritual dos membros da igreja (1 Tm 6.10-11). Há outros que são violentos,
porém tal manifestação só se percebe no convívio familiar, sendo que na igreja
são homens tranquilos e longânimes, porém nos seus lares são briguentos. E uma
terceira característica de tais líderes é o descompromisso com o rebanho de
Deus, pois os mesmos são destruidores da unidade das ovelhas e por suas
atitudes não cuidam dos membros do corpo de Cristo (Jr 23.2).
CONCLUSÃO
Portanto, muitos são chamados e poucos são
escolhidos (Mt 22.14). Dentre tantos que tiveram o chamado de Deus para o
ministério pastoral poucos se dedicaram à unidade da igreja e a edificação dos
crentes. Por isso, cabe a nós como membros do corpo de Cristo interceder por
aqueles que nos falaram da Palavra de Deus e deixaram como legado a fé. A estes
homens devemos imitar (Hb 13.7).
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