Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 27 de maio de 2014

Bíblia: manual divino para o crescimento da Igreja local


“E perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo, E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.46,47).
Os capítulos 12, 13 e 14 da primeira carta de Paulo à igreja de Coríntios apresentam três palavras chave para o crescimento da igreja.
Eclesiologia é a ciência bíblica que estuda a igreja quanto à origem e a missão. Tal estudo proporciona conhecer a igreja, enquanto, igreja local e igreja universal.
As palavras apresentadas pelo apóstolo Paulo são: poder, amor e ordem. Logo, a igreja que busca crescer em todos os aspectos possui como obrigação buscar o poder proveniente de Deus, amar a Deus acima de todas as coisas e o próximo como a si mesmo, e por fim, desenvolver toda atividade eclesiástica com ordem e decência.
Poder elemento indispensável para o crescimento da igreja
Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego (Rm 1.16).
1- Conceito de poder. A palavra poder do grego significa energia. E no Novo Testamento em nenhuma vez a palavra poder faz referência ao poder humano. Mas, ao contrário corresponde com o poder eficaz de ressuscitar os mortos, ao poder eficaz no desenvolver o ministério, ao poder eficaz dentro da igreja, e também ao poder eficaz ao derrotar a ação do pecado. A igreja que possui o poder de Deus é viva. E é palco dos milagres. Pois milagres é promessa de Deus.
2- Dons espirituais. Os dons espirituais estão divididos em três grupos.
2.1- Dons de Revelação. Os dons de revelação são divididos em três: palavra da sabedoria, palavra da ciência e discernimento de espíritos. Os dons de revelação manifestam o saber de Deus. Estes dons são outorgados para que haja aconselhamento e orientação à igreja do Senhor. Logo, os dons de revelação demonstram o agir provedor de Deus para com a igreja.
2.2- Dons de Poder. E os três tipos de dons que compõe esta classificação são: dom de fé, dons de curar e dom de operação de maravilhas. Estes dons estão à disposição da igreja e para recebê-los é necessário que haja a busca do cristão em oração.
2.3- Dons de Elocução. Os dons de elocução correspondem com os tipos de dons em que Deus exprime sua vontade. Elocução significa dicção, locução ou expressão. Nesta classificação encontram-se os dons de profecia, variedades de línguas e o dom de interpretação, ambos possuem como propósito edificar, exortar e consolar a Igreja de Jesus.
3- Palavra chave para poder. Para obter o poder divino é necessário que o servo o Senhor ore sem cessar, isto é, que o cristão tenha comunhão com Cristo. A oração é o meio e a possibilidade para a concretização do milagre.
Quando na igreja local ocorre a manifestação do poder de Deus a possibilidade de crescimento é real.
Amor virtude indispensável para o crescimento da igreja
Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente (1 Co 12.31).
1- Conceito de amor. Na língua grega, quatro são as palavras usadas para expressar e definir o termo amor: eros, amor carnal; philis, amor entre amigos; storge, amor entre o casal; e ágape, amor divino.
2- Amor: caminho mais excelente. Paulo apresenta três motivos para explicar o amor como o caminho mais excelente. O primeiro corresponde com a futilidade dos dons sem o amor. Já o segundo motivo indica a natureza do amor. E por terceiro áulo apresenta o amor com caráter eterno.
2.1- A futilidade dos dons sem o amor. O exercício dos dons espirituais sem o amor é comparável a uma religião pagã e a uma atividade sem proveito (1 Co 13.1-3).
2.2- A natureza do amor. Por ser sofredora, benigna, decente, justa e por não agir de maneira invejosa a caridade não falha, porque tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1 Co 13. 4-7).
2.3- O caráter eterno do amor. Três são as virtudes indispensáveis ao cristão: amor, fé e esperança. Porém, a maior delas é o amor (1 Co 13.8-13).
3- Palavra chave para amor é evangelização. O ganhador de almas tem como característica básica o amor para com as vidas necessitadas. Não tem como ser um evangelista aprovado sem possuir amor pelas almas. O perfil do ganhador de almas se resume nas seguintes condutas: conduta espiritual, conduta disciplinar e conduta pedagógica (2 Tm 2.15).
Ordem fator decisivo para o crescimento da igreja
Mas faça-se tudo decentemente e com ordem (1Co 14.40).
O culto deverá ser realizado com decência e com ordem. O respeito com a palavra e a pregação são indicadores diretos que o cristão foi instruído.
O culto não poderá ser realizado de qualquer maneira. Deus não é Deus de confusão. Por isso, é necessário que na liturgia do culto haja cânticos e pregação da palavra, e pela parte de Deus, as manifestações espirituais serão notórias.
Porém, o que não poderá ocorrer na congregação é a desordem, pois a ordem é fator decisivo para o crescimento da igreja.
Portanto, o poder, o amor e a ordem são elementos fundamentais para o crescimento da igreja. Sendo que o poder é a capacitação divina para que o crente seja revestido de poder. Já o amor corresponde com os princípios éticos desenvolvidos pelo cristão. E a ordem é a desenvoltura das atividades cristãs.

domingo, 25 de maio de 2014

EBD - Subsídio da Lição: O Ministério de Pastor


O pastor tem como ofício conduzir o rebanho a Deus. Sendo que na condução do rebanho o pastor sofrerá ataques do inimigo para que o mesmo venha a desistir da chamada.
O pastor tem como missão apascentar o rebanho de Deus. Por personagens importantes no cenário bíblico notamos que Deus é comparado a um pastor (Sl 23.1) que outorga segurança e sustento ao rebanho. Dentre os oficias de Deus no contexto sagrado notaremos no Novo Testamento a presença importante do pastor como elemento essencial para a edificação, união e aperfeiçoamento dos santos, porém nestes últimos dias devemos ter cuidado com os falsos pastores que são de fato aproveitadores do rebanho e não ministros do evangelho.
I – JESUS, O SUMO PASTOR.
1- Jesus é o pastor supremo.
2- O pastor conhece as suas ovelhas.
3- O pastor dá a vida pelas ovelhas.
Comentário:
Jesus é o sumo pastor por dois motivos básicos: Ele conhece suas ovelhas e por suas ovelhas Ele deu a própria vida. Logo, Jesus passa a ser o exemplo para todos aqueles que querem desenvolver um ministério aprovado. Com base na vida de Jesus torna-se notável que as lideranças da igreja atual não poderão de maneira alguma desistir de alguém, pois tais pessoas são amadas por Deus.
As atividades do ministério pastoral estão divididas em três missões: doutrinária, pastoral e administrativa.
Jesus exerceu com clareza o ministério pastoral no que corresponde a missão doutrinária, pois Ele ensinou, pregou de maneire expositiva e defendeu apologética a Bíblia Sagrada.
A função pastoral também foi desenvolvida com clareza pelo Senhor Jesus, pois Ele evangelizou e aconselhou.
Já a função administrativa na divisão dos recursos é visível no ministério do Senhor Jesus nas duas multiplicações dos pães.
Com base na vida do Senhor Jesus os atuais pastores deverão exercer com sabedoria o chamado no qual foram vocacionados sem omitir a missão: doutrinária, pastoral e administrativa.
II – AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR.
1- Um caráter íntegro.
2- Exemplo para os fiéis e os infiéis.
3- Exemplo para a família.
Comentário:
O pastor e a família. O líder cristão é qualificado à administração da igreja quando for aprovado na liderança da sua própria casa (1 Tm 3.4). Assim como é de responsabilidade dos pais não provocar a ira e nem irritar aos filhos (Ef 6.4; Cl 3.21), cabe ao pastor como líder ser exemplo dos demais no governo e no relacionamento do próprio lar. E como esposo é dever do pastor amar a esposa e não amargurá-la. São muitos os meios em que a esposa é amargurada em sua própria casa, exemplo; quando o cônjuge não a compreende, quando o esposo não a incentiva, quando ela é menosprezada por coisas e dentre outros quando ela não é lembrada. Amar a esposa é doar se por ela, tanto tempo e carinho. É suprir as necessidades físicas, espirituais e financeiras.
Competências do pastor aprovado. O líder do rebanho quando aprovado é definido como pastor competente. Logo, se percebe que o mesmo é bem-sucedido por desenvolver três competências duráveis: o conhecimento, a perspectiva e a atitude.
Conhecimento corresponde a todo acervo de informação que o pastor possui a respeito de sua especialidade, ou seja, o saber.  Já a perspectiva corresponde ao saber fazer, isto é, significa a capacidade de colocar o conhecimento em ação. E a atitude é o saber fazer acontecer.
III – O MINISTÉRIO PASTORAL.
1- A missão do pastor.
2- Uma missão polivalente
3- O cuidado contra os falsos pastores.
Comentário:
Deus chama homens para exercerem as mais distintas tarefas em sua obra, sendo que um dos mais nobres dos ofícios ministeriais é o ministério pastoral. No ofício pastoral o ministro de Deus exerce inúmeras funções, como: o ensino da Palavra, a evangelização, o socorro aos necessitados, a liderança e o aconselhamento. Porém, logo abaixo analisaremos as tarefas primordiais ao labor do ministério pastoral.
1- Aperfeiçoamento dos crentes. Não existe ninguém perfeito. Porém, a missão do pastor é ensinar a Palavra de Deus com finalidade o desenvolvimento do cristão. O ciclo da vida humana passa pelos seguintes estágios: nascimento, crescimento, reprodução, envelhecimento e morte. Entretanto, a vida cristã possui como ciclo: o novo nascimento, o crescimento espiritual e a vida eternal com Cristo. Para vencermos a segunda morte é necessário que sejamos obedientes a Palavra de Deus. O apóstolo Pedro escreveu em sua segunda epístola “cresçamos na graça e no conhecimento” (2 Pe 3.18), logo quando somos instruídos por homens de Deus, somos edificados na Palavra do Senhor para sermos aperfeiçoados em Cristo Jesus.
2- Capacitar os crentes. Na missão pastoral de capacitar os cristãos o ministro do evangelho se apresenta como: instrutor e motivador.
a) Como Instrutor. O pastor ensina a Palavra de Deus para que o cristão seja bem-sucedido em todas as áreas da vida. Na área espiritual, o objetivo é que o cristão cresça na presença de Deus. Já na área física, que haja saúde (3 Jo 2). E na área financeira para que haja prosperidade em tudo quanto fizer (Sl 1.3).
b) Como Motivador. De fato o pastor estimula os crentes a alcançar alvos e manter os valores cristãos em harmonia com as atividades sociais. O pastor como motivador reconhece em suas ovelhas o chamado de Deus para cada uma. Sendo conhecedor do chamado de Deus para com as ovelhas o pastor como líder espiritual motivará as suas ovelhas a servirem a Deus da melhor maneira possível. Em suma, o pastor como motivador desperta o chamado de Deus na vida dos membros da igreja.
3- Preservar a unidade do corpo de Cristo. A unidade da igreja deverá ser preservada. A igreja é a união de pessoas diferentes que possuem hábitos diversos e são imperfeitas em si mesmas. Por tal realidade entendemos que haverá discórdias, invejas, ciúmes e outras tantas obras da carne. Quando isto ocorre notamos que a unidade está sofrendo um colapso. Sem unidade do reino não haverá crescimento do reino (Mt 12.25). E para que a unidade do corpo de Cristo seja preservada cabe ao ministro do evangelho exercer com eficácia o ensino autêntico e poderoso da Palavra de Deus.
4- A administração eclesiástica. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar. O pastor como administrador estabelece objetivos para a igreja (planeja), direciona os recursos (organiza), motiva ao delegar funções (dirigir) e controla os resultados.
Porém, como administrador o pastor não poderá ser um líder exclusivista e nem mesmo centralizador. Um bom exemplo de líder que reconheceu a importância do auxilio de outros na liderança foi Moisés, isto só ocorreu após o conselho de Jetro que percebeu desordem e ineficiência de Moisés no atendimento aos israelitas (Êx 18.13,14).
Características dos maus pastores. Os maus pastores são apegados ao dinheiro e tem como principio no desenrolar das atividades pastorais o lucro e não o bem estar espiritual dos membros da igreja (1 Tm 6.10-11). Há outros que são violentos, porém tal manifestação só se percebe no convívio familiar, sendo que na igreja são homens tranquilos, porém nos seus lares são briguentos. E uma terceira característica de tais líderes é o descompromisso com o rebanho de Deus, pois os mesmos são destruidores da unidade das ovelhas e por suas atitudes não cuidam dos membros do corpo de Cristo (Jr 23.2).

terça-feira, 20 de maio de 2014

Bíblia: manual divino para uma vida abençoada ministerialmente



“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17).

Charles Spurgeon dizia que nem todos são chamados para trabalhar no ensino da palavra, nem para serem presbíteros e nem bispos. Sendo que na prática cabe a cada um reconhecer o propósito de Deus em sua vida e desenvolver o chamado da melhor maneira possível. Portanto, com base nos exemplos abaixo se torna notório que o chamado é pessoal.
Moisés teve como missão guiar, proteger e amar. Ou seja, Moisés liderou um povo numeroso no deserto. Sendo que Moisés foi chamado para ser profeta e líder de uma tão grande congregação.
Davi teve como missão firmar o reino israelita. Sendo que a vida de Davi é conhecida pelas suas poses: de homem, de servo, de poeta, de guerreiro e de rei.
Elias teve como missão dentre tantas, ungir a Eliseu como sucessor. Porém, o que marca na vida de Elias é o ministério profético.
Já os doze tiveram como missão pregar o evangelho, primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel, a curar os enfermos, a limpar os leprosos, a ressuscitar os mortos e a expulsar os demônios (Mt 10. 6-8).
Chamados para servir
1- Homens que tiveram um chamado nobre. Aos escolhidos Deus outorgou missões nobres para serem executadas.
Noé teve como missão executar a tarefa de construir uma arca e apregoar a mensagem de arrependimento (Gn 6. 13-22).
Jonas teve como missão executar a tarefa de pregar a mensagem de arrependimento em Nínive (Jn 1.2).
Moisés teve como missão guiar, proteger, amar, em suma, liderar um povo numeroso no deserto (Êx 3.8).
2- Os benefícios por servir a Cristo. Os benefícios por servir a Cristo são para a vida presente aqui na terra e para a vida futura nos céus de glória (Mt 19. 29). A demonstração de que aqui na terra o cristão será abençoado estar presente na citação do apóstolo Paulo ao escrever que em Jesus o crente pode todas as coisas (Fl 4.13).
3- Propósitos do chamado. Um dos propósitos do chamado é poder exercer uma missão nobre que glorifique o Senhor Jesus. E dentre outras o chamado de Deus na vida do crente tem como propósito:
a) O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.12).
b) E a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.12).
4- Poder espiritual concedido aos que possuem o chamado. Aos chamados Deus outorga poder espiritual. Este poder não é para que o cristão venha a ser superior aos outros e a se vangloriar, mas o poder é outorgado para que vidas venham a ser abençoadas e libertas em Cristo Jesus (Mc 16.16-18).
Paulo bom exemplo de ministério bem sucedido
Saulo, o mesmo que Saul, tem como significado o desejado, e em sua prática de fé judaica tornou-se conhecido como o assolador da igreja primitiva (At 8.3), invadia as casas, arrastava e lançava na prisão os cristãos, porém Deus o chamou para ser propagador do evangelho aos gentios, reis e aos filhos de Israel (At 9.15).
1- O chamado de Paulo. De Saulo a Paulo, enquanto o nome Saulo indica o sentimento de desejo, o nome Paulo passa a indicar o sentido de pequeno, pois em meio ao conhecimento de Paulo o evangelho seria propagado mediante a graça transformadora de Cristo (Fp 3.8; 2 Co 12.9). Como bom judeu o apóstolo no período anterior a sua conversão queria ser útil a Deus, por isso, Paulo tornou-se um perseguidor da fé cristã, pois via na mesma uma ameaça aos princípios do judaísmo. Antes a sua conversão, Paulo já se destacava por sua entrega e veemência a uma missão (At 9.2). Logo após a conversão o apóstolo Paulo não perdeu o desejo de ser útil a Deus, sendo assim dedicou com toda veemência à propagação do evangelho chegando a realizar três viagens missionárias (At 13.2,3).
2- Identificação do apóstolo nas epístolas. O apóstolo Paulo em suas 13 cartas se apresenta de três maneiras: servo, apóstolo e prisioneiro. As cartas antigas começam com o nome e credenciais do remetente e também uma saudação ao destinatário. Com estas três credenciais torna-se notório que o apóstolo Paulo exercia com primazia o ministério no qual tinha sido chamado. Como servo (Rm 1.1,Fp 1.1, Tt 1.1), o apóstolo Paulo foi submisso a Deus e não teve medo de assumir riscos em prol do Evangelho. Por tal atitude Paulo foi um servo sofredor (2 Co 11.23-28). Além de servo, Paulo em algumas das suas cartas se apresenta como apóstolo (Rm 1.1,  1Co 1.1, Cl 1.1), como apóstolo Paulo queria demonstrar para as igrejas a validade de seu chamado. E por fim, como prisioneiro Paulo se apresenta a Filemon tanto para demonstrar a sua situação no momento como prisioneiro e para introduzir o assunto que tinha a expor com Filemon (Fm 1.1).
3- Paulo e o fim da carreira. A prática de um chamado estruturado será confirmada no fim da carreira ministerial. Paulo encerra suas atividades ministeriais se apresentado como soldado (combati o bom combate), como atleta (acabei a carreira) e como mordomo (guardei a fé). Como soldado, o apóstolo Paulo foi valoroso e estratégico em sua missão; como atleta, o apóstolo foi incansável e submisso; e como mordomo Paulo concretiza o valor da paciência e da esperança para ser bem sucedido ministerialmente.
Muitos planos são criados e até mesmo são apresentados a outras pessoas, mas de fato poucos são os executados. Na atividade ministerial não é diferente. Muitos deixaram a caminhada ministerial por não esperarem em Deus, pois as lutas, as diversidades, as críticas, as murmurações e principalmente as rejeições foram constantes, porém o alvo que é Cristo não poderá ser abandonado (Hb 12.2). A falta de fé impossibilita o exercício eficaz na obra ministerial.
O primeiro meio que leva muitos a desistência do chamado, são os levantes provindos de pessoas e o segundo meio que distancia muitos da sua vocação é a ausência da fé. Noé é um exemplo de perseverança, mesmo em meio a rejeição da mensagem pregada, ele continuava em sua missão central que era a construção da arca (1Pe 3.20) e se notabilizou como pregoeiro da justiça (2 Pe 2.5).

EBD - Subsídio da Lição: O Ministério de Evangelista.


O terceiro dom ministerial citado em Efésio (4.11) é o de evangelista. O evangelista é o obreiro que especialmente tem como vocação a proclamação do Evangelho de Jesus.
O termo evangelista tem como significado o proclamador de boas novas. O vocábulo é encontrado três vezes no Novo Testamento (At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5). A vida do evangelista se baseia em três palavras: um homem (At 21.8), um dom (Ef 4.11) e um trabalho (2 Tm 4.5).
Um homem, por que não pode esquecer que o evangelista é um homem chamado, capacitado e enviado por Deus.
Um dom, o dom em ação é a definição de ministério, logo o evangelista é um ser capacitado por Deus para realizar a proclamação das boas novas.
O evangelista tem como missão um trabalho glorioso que é almejado pelos anjos: o de proclamar o evangelho (1 Pe 1.12).
I – JESUS ENVIA OS SETENTA (LC 10.1-20).
1-    São poucos os que anunciam.
2-    Enviados para o meio de lobos.
3-    Os sinais e as maravilhas confirmam a palavra.
Comentário:
O chamado dos dozes (Lc 6.12-19). Por mais de três anos Jesus ensinou doze homens para que os mesmos viessem a proclamar o evangelho. Porém, antes de ensiná-los, Jesus chamou cada um deles pelo próprio nome, e isto, para que os doze se transformassem em pescadores de homens (Mc 1.17). Note que onze dos doze que foram chamados mudaram o curso da história da humanidade. A prova concreta do valor do ministério dos onze apóstolos é a existência da Igreja, pois pelo intermédio destes Jesus outorgou nova direção ao mundo.
O número setenta (70) tem grande importância nos estudos da Escritura Sagrada. De setenta nações Deus escolheu e formou a Israel. Com doze apóstolos Jesus selecionou setenta para irem de dois em dois. Eles foram enviados para o meio de lobos, logo o texto tem como ratificação a perseguição que ocorre no cenário cristão. A perseguição às vezes é externa, porém na maioria dos casos é interna.
II – A GRANDE COMISSÃO (Mt 26.19,20;Mc 16.15-20).
1- O alcance da Grande Comissão.
2- O mundo está dividido em dois grupos.
3- A grande Comissão Hoje.
Comentário:
Há três palavras chaves na citação de Jesus registrada pelo evangelista Mateus, são elas: ir, ensinar e batizar.
Na tradução de língua portuguesa todas as palavras estão no sentido gramatical do imperativo, que tem como significado ordem, porém nos textos originais a primeira palavra (ir) não se encontra no imperativo e sim no gerúndio, em sentido de ação, ou seja, o pregar o evangelho não é uma ordem é um dever de todos que aceitam a Cristo como Salvador.
Portanto, na Grande Comissão algo a mais é apresentado, a importância do fazer discípulos.
O mundo se encontra dividido em dois grandes grupos: os creem em Jesus e os que não creem.
Como evangelizar?           
Onde evangelizar?
Quando evangelizar?
A evangelização deverá ser realizada por meio de folhetos, de pergunta com respostas, de literatura, de cartas, da mídia...
Já onde evangelizar? A resposta abrange: casas, escolas, praças, prisões, hospitais...
E a última tem com resposta, em todo o tempo. Em tempos difíceis o evangelho deverá ser anunciado e também em tempo oportuno.
III – O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA.
1- O termo de evangelista.
2- O papel do evangelista.
3- A finalidade do ministério do evangelista.
Comentário:
Diante do ministério eclesiástico o evangelista possui três obrigações básicas: honrar o bom nome da igreja de Jesus, crer e ser fiel a Cristo.
Qualificações morais do evangelista. Paulo em sua Carta pastoral a Timóteo cita algumas qualificações morais correspondentes ao ministério do evangelista (1 Tm 3.2-7).
a) Homem irrepreensível (v.2): que ninguém o reprenda por falhas ou erros cometidos.
b) Marido de uma só mulher (v. 2): tal qualificação não corresponde à afirmação da monogamia, mas se trata da importância do evangelista ser fiel em seu relacionamento conjugal. Marido de uma só mulher indica que o evangelista deverá ser sempre fiel a sua esposa.
c) Não dado a muito vinho (v.3): o evangelista não poderá ser inclinado ao vinho.
d) Ser bom chefe de família (v.4): dirigir bem a família.
Mais uma Palavra
O evangelismo pessoal possui quatro dimensões:
Altura: conformidade com Deus, ou seja, retidão, justiça e conhecimento de Deus.
Profundidade: santidade, ou seja, todos que se aproximam de Jesus devem ter uma vida separada do mundo, com o objetivo único ser usado por Deus.
Largura: testemunho, as obras possuem mais peso do que as palavras.
Comprimento: estratégia, na evangelização as estratégias é o meio para atingir alvos, ou seja, ter êxito na tarefa exercida.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Bíblia: manual divino para uma vida abençoada emocionalmente

 “Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu todavia, me não esquecerei de ti” (Is 49.15).
 
O conhecimento do cristão a respeito do amor de Deus para com a sua vida proporciona alívio e segurança. A administração dos sentimentos pessoais é especialmente importante, visto que os sentimentos afetam todas as relações desenvolvidas pelo cristão.
Na atual conjectura da sociedade percebe se que as informações são rápidas e provocam bombardeios com informações benéficas e até mesmo com informações maléficas. Logo, surgem as seguintes interrogações: como ser feliz em um mundo cheio de ódio? Como se alegrar enquanto crianças morrem por desnutrição? Como se alegrar enquanto pessoas que outrora eram referência e agora percebe se que são seres limitados e cheios de falhas?
O cristão não pode desanimar, pois o que diferencia e outorgar sabor a este mundo é a vida daqueles que são guiados pelo Espírito Santo de Deus. Se há pessoas sofrendo é porque Deus tem por seu decreto solução para os problemas existenciais.
A formação de expectativas e as percas são as principais causas de tristeza nestes difíceis dias. Porém, para viver emocionalmente é necessário lançar sobre Jesus toda ansiedade, viver com atitude positiva e manter a mente com pensamentos saudáveis. Por fim, o relacionamento com Deus e com cônjuge proporciona alegria e energia para a vida.
Exemplo de homens que foram abalados pela tristeza
1- Jó. A tristeza de Jó foi tão grande que ele amaldiçoou o dia do seu nascimento (Jó 3.3), porém, ao contrário do que se esperava o patriarca demonstrou esperança em Deus “porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e morrer o seu tronco no pó, ao cheiro das águas, brotará e dará ramos como a planta. Morrendo o homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança” (Jó 14.7-9,14).
Jó foi acometido pela tristeza por perder seus filhos, porém mesmo com grande vazio o patriarca não perdeu a esperança no Senhor (Jó 19.25).
2- Jacó. Ao ser enganado por seus filhos o patriarca Jacó, imaginado a morte de José, chorou por muitos dias chegando ao ponto de não aceitar que o consolasse (Gn 37.33-35). Mais uma vez percebe-se que a perca é fonte e causadora de tristeza.
3- Elias. Em oração o profeta Elias assim expressou: “já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais” (1 Rs 19.4). O profeta Elias criou expectativa das melhores para com o retorno da nação de Israel para o Senhor Deus, porém, o que ocorreu foi totalmente ao contrário. Aparentemente não vendo os resultados o profeta após uma grandiosa batalha, mesmo saindo dela vitorioso, demonstrou frágil e desiquilibrado emocionalmente por não ver suas expectativas serem automaticamente concretizadas.
Emocionalmente saudável
1- Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade.  Pedro escreveu a igreja que estava sendo vitimada pela perseguição. Os dias daqueles crentes eram difíceis. Não havia segurança. O temor nas viagens era grande. Porém, a presença de Deus era nítida, por isso, o apóstolo escreveu: “lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5.7).
Para viver bem emocionalmente o cristão reconhece que não é um super-homem, mas, ao contrário é um frágil ser humano dependente de Deus. Lançar sobre Jesus a ansiedade é depender e saber que dEle provem a vitória.
Os problemas não são os reais motivadores da ansiedade por parte dos cristãos. Mas, o que torna os crentes ansiosos é a incapacidade do mesmo diante dos dilemas da vida. Portanto, o cuidado de Deus para os seus, são notórios em cada porta que se abre ou em cada porta que se fecha.
2- Atitude positiva em relação à vida. Os irmãos de José imaginaram que após a morte de Jacó seriam condenados. Porém, José se mostrou fiel a Deus, respondendo aos patriarcas da seguinte maneira: “vos bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande” (Gn 50.20).
Os problemas do presente não podem ofuscar a manifestação da glória de Deus no futuro. Dilemas do passado não podem limitar atitudes positivas em relação à vida, mesmo que tudo demonstre o contrário. José assim agiu com seus irmãos, não condenando, mas engradecendo a ação divina.
3- Mantendo saudável a maneira de viver. “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). A palavra virtude (gr. Arete) tem por significado excelência moral, sendo que esta excelência vem do Senhor. Para Paulo os filipenses deveriam pensar no que seria bom e puro. Logo, para viver bem emocionalmente o cristão necessariamente precisa pensar no que de fato proporcione alegria e virtude a sua pessoa e não se alimentar no que poderá trazer danos para a sua vida (Jó 3.25).
Relacionamentos que proporcionam energia
O cristão possui dois relacionamentos que são produtores de energia para uma vida emocionalmente bem sucedida: o relacionamento com Deus (Is 40.31) e o relacionamento com a família.
1- Relacionamento com Deus. O cristão precisa desenvolver alguns hábitos como a leitura devocional da Bíblia e a oração diária.
O relacionamento com Deus outorga ao cristão a força necessária para vencer os dilemas da vida. Este foi o segredo de Davi ao vencer Golias. Assim como torna nos dias de hoje o segredo necessário para que os cristãos sejam bem sucedidos em tudo.
2- Relacionamento com os membros da família. O relacionamento no seio familiar é uma fonte energética para que o cristão tenha alegria e motivação para viver conforme os padrões bíblicos.
2.1- Relacionamento conjugal. Se ficar perto de Deus as energias são restabelecidas o ficar próximo do cônjuge as energias são renovadas. O afastar do consorte proporciona frieza à relação, por isso, cabe a cada um dos consortes a abertura para o fortalecimento do lar.
2.2- Relacionamento com os filhos. A relação dos filhos para com os pais deverá ser com total submissão e dos pais para com os filhos com total amor, sendo este incondicional.
Qualquer outra atividade ou relacionamento desenvolvido pelo crente é um consumidor de energia, por isso, ficar perto de Deus e dos membros da família é produzir energia.
Em três níveis o cristão poderá se encontrar quando o assunto é alegria ou tristeza. O primeiro nível é o “dos dias de cima do monte”, ou seja, os dias de alegria e de júbilo. Já o segundo nível corresponde com “os dias comuns” isto é, não há explosão de alegria e nem de tristeza. Por fim, o terceiro nível corresponde com “os dias sombrios” quando tudo parece confuso e triste.

domingo, 11 de maio de 2014

EBD - Subsídio da Lição: O Ministério de Profeta.


Um dos oficiais de Deus no Antigo Testamento foram os profetas. O ministério profético no Antigo Testamento está divido historicamente em dois grupos no que correspondem as obras literárias. O primeiro grupo é composto pelos profetas anteriores, ou seja, os livros de Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. Já no segundo grupo estão os profetas posteriores que subdividem em profetas maiores e profetas menores.
Se a missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus a missão principal do profeta era possibilitar a relação entre Deus e o homem. O sacerdote levava até a pessoa de Deus as necessidades humanas por pedido e por necessidade, já o profeta transmitia aos homens a vontade de Deus que se manifesta pelos decretos de Deus.
I – O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO.
1- Conceito.
2- O ofício.
3- O profetismo.
Comentário:
O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi direcionada a líder político (1 Sm 15.10-23), a líder religioso (1 Sm 2.27-36) e a profeta (1 Re 13.20-22) por meio do ministério profético.
Sendo o profeta o elo entre Deus e o homem. A função do profeta era tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto o profeta ouvia a voz de Deus e transmitia ao homem, portanto, a função do profeta se resume em: primeiro, ouvir a voz de Deus e em segundo transmitir.
II – O PROFETA EM O NOVO TESTAMENTO.
1- A importância do termo “profeta” em o Novo Testamento.
2- O ofício do profeta neotestamentário.
3- O objetivo do dom ministerial de profeta.
Comentário:
JESUS PROFETA POR EXCELÊNCIA
No inicio do seu ministério Jesus leu uma profecia sobre Ele que se encontra no livro do profeta Isaías 6.1,2, e disse que a profecia se cumpria nEle. “O Espírito de Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, e proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor” esta foi a profecia lida pelo Senhor Jesus, texto que enfatiza que Jesus é o Cristo, termo que significa ungido e nos ensina que Jesus substituiu os profetas, os sacerdotes e os reis da Antiga Aliança. O ministério profético de Jesus possui dois aspectos.
Proclamar a mensagem de Deus. O versículo lido por Jesus na sinagoga por três vezes cita a função do profeta no que corresponde ao divulgar a Palavra de Deus. Os termos usados são: pregar, proclamar e apregoar. Logo, Jesus como profeta, proclamou a Palavra de Deus através de seus ensinos recheados de autoridade (Mt 7.29) que tinha como alvo o pecador (Jo 4.13,14). Jesus proclamou o reino (Lc 8.4-15), preparou os discípulos (Jo 13;14;15;16) e também descreveu como seria as últimas coisas (Mt 25), e este foi um anúncio profético feito pelo Senhor Jesus.
Revelar a Deus. O segundo aspecto do ministério profético do Senhor Jesus foi revelar a Deus (Jo 1.14). No capítulo um do evangelho de João, Jesus é apresentado como o Verbo e nos primeiros dezoitos versículos quatro obras do Verbo são citas. As obras do Verbo são: criar (v.3), iluminar (v.9), regenerar (12) e revelar (v.18). Logo, Jesus como profeta revelou o Pai à humanidade.
Portanto, Jesus no seu ministério profético não apenas proclamou a mensagem de Deus, mas também revelou a Pessoa do Pai. E nos dias hodiernos Jesus continua a exercer o seu ministério profético por intermédio da Sua Palavra, da Igreja e do Espírito Santo.
A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA 
O Senhor Jesus continua a exercer o seu ministério profético por intermédio da igreja, isto quando nos referimos à missão profética da Igreja.
Mesmos aspectos do ministério profético de Jesus. A missão profética da Igreja está relacionada com os aspectos do ministério profético de Jesus que se manifestaram no ministério público de Jesus (ministério que corresponde a Jesus atendendo as necessidades de todos os homens) e também no ministério particular de Jesus (ministério em que Jesus atende as necessidades de seus discípulos). Porém, para que a mensagem pregada pela Igreja seja eficaz é necessário que a mesma proclame e revele o amor de Deus na vida dos cristãos.
A missão da Igreja. A missão da igreja está inserida na grande comissão (Mt 28.18-20) e três palavras definem o real sentido da existência da Igreja: ir, ensinar e batizar. No idioma original do texto sagrado apenas as duas últimas palavras se encontram no imperativo, já a primeira o ir, encontra-se no gerúndio. O real sentido ir, por não se encontrar no imperativo indica que o ir da Igreja não é uma ordem imposta, mas é um dever por natureza por sermos a Igreja do Senhor Jesus.
A Igreja existe para viver e desenvolver a sua missão e a missão da Igreja é pregar e revelar a Deus à humanidade. Porém, se a Igreja não é missionária a mesma não é Igreja. Se a mesma deixar de ser missionária automaticamente deixará de ser Igreja.
III – DISCERNINDO O VERDADEIRO PROFETA DO FALSO.
1- Simplicidade x arrogância.
2- Pelos frutos os conhecereis.
3- Ainda sobre o falso profeta.
Comentário:
Virtudes dos profetas. Virtude é a disposição de um indivíduo em praticar o bem e trata-se de hábitos constantes que proporcionam ao indivíduo uma vida bem sucedida. Enfim, virtudes são nomeações de qualidades.
a) Subimissão. A primeira qualidade analisada por nós no ministério profético é a submissão. Um grande exemplo de submissão como qualidade é o profeta Eliseu. Em 2 Reis 3.11, encontramos a primeira obra realizada por Eliseu que foi lavar as mãos do profeta Elias. Eliseu reconheceu que um ministério bem sucedido é construído sobre bases bem fortificadas, que são resumidas na palavra serviço. Servir é o passo inicial para receber a porção dobrada da Unção de Deus. Submissão no desenvolvimento do ministério profético é uma virtude pertencente a todos os profetas que foram bem sucedidos na prática ministerial.
b) Coragem. Não temer. O profeta no seu ministério não poderá temer ameaças provindas de homens e nem mesmo do diabo. A coragem é fundamental para a concretização ministerial. Um grande exemplo de coragem é demonstrado no ministério profético de Natã (2 Sm 12.7-12) que não temeu ao rei Davi e entregou a mensagem Divina.
c) Dependência de Deus. Como terceira virtude, será notória no ministério e na vida dos profetas a dependência de Deus. De fato Deus chama, e aos chamados Deus capacita, aos capacitados Deus envia, aos enviados Deus supre as necessidades. E assim foi com os profetas. Homens dependentes de Deus em tudo: desde a vida civil (Os 1.2, Jr 16. 1,2) à alimentação (1 Re 17.9).
Quanto à origem da profecia. Profecia é a revelação da vontade de Deus. A profecia tem como objetivos manifestar os fatos concernentes a Deus e as suas relações com o ser humano e também revelar os decretos de Deus. Os decretos de Deus são: criação, decreto de Deus que deu origem a todas as coisas; providência, que é a ação de Deus em governar o planeta terra suprindo a necessidade de todos, principalmente dos que são fiéis a Ele; redenção, após o pecado a humanidade tornou se necessitada do socorro Divino no que corresponde a redenção e a consumação, decreto que trata da vitória final de Deus em todas as suas obras. Porém, as profecias poderão ter três origens bem distintas.
a) Divina. Quando é proveniente de Deus (Gn 3.15). O que caracteriza a profecia de origem Divina é que ela se cumpre.
b) Carnal. Quando é proveniente da carne (1 Re 13.18, Dt 18.22). É caracterizada pela mentira e por status almejado pelo o indivíduo.
c) Satânica. Quando é proveniente de Satanás e é caracterizada pela mentira.