Deus é Fiel

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terça-feira, 20 de maio de 2014

Bíblia: manual divino para uma vida abençoada ministerialmente



“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17).

Charles Spurgeon dizia que nem todos são chamados para trabalhar no ensino da palavra, nem para serem presbíteros e nem bispos. Sendo que na prática cabe a cada um reconhecer o propósito de Deus em sua vida e desenvolver o chamado da melhor maneira possível. Portanto, com base nos exemplos abaixo se torna notório que o chamado é pessoal.
Moisés teve como missão guiar, proteger e amar. Ou seja, Moisés liderou um povo numeroso no deserto. Sendo que Moisés foi chamado para ser profeta e líder de uma tão grande congregação.
Davi teve como missão firmar o reino israelita. Sendo que a vida de Davi é conhecida pelas suas poses: de homem, de servo, de poeta, de guerreiro e de rei.
Elias teve como missão dentre tantas, ungir a Eliseu como sucessor. Porém, o que marca na vida de Elias é o ministério profético.
Já os doze tiveram como missão pregar o evangelho, primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel, a curar os enfermos, a limpar os leprosos, a ressuscitar os mortos e a expulsar os demônios (Mt 10. 6-8).
Chamados para servir
1- Homens que tiveram um chamado nobre. Aos escolhidos Deus outorgou missões nobres para serem executadas.
Noé teve como missão executar a tarefa de construir uma arca e apregoar a mensagem de arrependimento (Gn 6. 13-22).
Jonas teve como missão executar a tarefa de pregar a mensagem de arrependimento em Nínive (Jn 1.2).
Moisés teve como missão guiar, proteger, amar, em suma, liderar um povo numeroso no deserto (Êx 3.8).
2- Os benefícios por servir a Cristo. Os benefícios por servir a Cristo são para a vida presente aqui na terra e para a vida futura nos céus de glória (Mt 19. 29). A demonstração de que aqui na terra o cristão será abençoado estar presente na citação do apóstolo Paulo ao escrever que em Jesus o crente pode todas as coisas (Fl 4.13).
3- Propósitos do chamado. Um dos propósitos do chamado é poder exercer uma missão nobre que glorifique o Senhor Jesus. E dentre outras o chamado de Deus na vida do crente tem como propósito:
a) O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.12).
b) E a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.12).
4- Poder espiritual concedido aos que possuem o chamado. Aos chamados Deus outorga poder espiritual. Este poder não é para que o cristão venha a ser superior aos outros e a se vangloriar, mas o poder é outorgado para que vidas venham a ser abençoadas e libertas em Cristo Jesus (Mc 16.16-18).
Paulo bom exemplo de ministério bem sucedido
Saulo, o mesmo que Saul, tem como significado o desejado, e em sua prática de fé judaica tornou-se conhecido como o assolador da igreja primitiva (At 8.3), invadia as casas, arrastava e lançava na prisão os cristãos, porém Deus o chamou para ser propagador do evangelho aos gentios, reis e aos filhos de Israel (At 9.15).
1- O chamado de Paulo. De Saulo a Paulo, enquanto o nome Saulo indica o sentimento de desejo, o nome Paulo passa a indicar o sentido de pequeno, pois em meio ao conhecimento de Paulo o evangelho seria propagado mediante a graça transformadora de Cristo (Fp 3.8; 2 Co 12.9). Como bom judeu o apóstolo no período anterior a sua conversão queria ser útil a Deus, por isso, Paulo tornou-se um perseguidor da fé cristã, pois via na mesma uma ameaça aos princípios do judaísmo. Antes a sua conversão, Paulo já se destacava por sua entrega e veemência a uma missão (At 9.2). Logo após a conversão o apóstolo Paulo não perdeu o desejo de ser útil a Deus, sendo assim dedicou com toda veemência à propagação do evangelho chegando a realizar três viagens missionárias (At 13.2,3).
2- Identificação do apóstolo nas epístolas. O apóstolo Paulo em suas 13 cartas se apresenta de três maneiras: servo, apóstolo e prisioneiro. As cartas antigas começam com o nome e credenciais do remetente e também uma saudação ao destinatário. Com estas três credenciais torna-se notório que o apóstolo Paulo exercia com primazia o ministério no qual tinha sido chamado. Como servo (Rm 1.1,Fp 1.1, Tt 1.1), o apóstolo Paulo foi submisso a Deus e não teve medo de assumir riscos em prol do Evangelho. Por tal atitude Paulo foi um servo sofredor (2 Co 11.23-28). Além de servo, Paulo em algumas das suas cartas se apresenta como apóstolo (Rm 1.1,  1Co 1.1, Cl 1.1), como apóstolo Paulo queria demonstrar para as igrejas a validade de seu chamado. E por fim, como prisioneiro Paulo se apresenta a Filemon tanto para demonstrar a sua situação no momento como prisioneiro e para introduzir o assunto que tinha a expor com Filemon (Fm 1.1).
3- Paulo e o fim da carreira. A prática de um chamado estruturado será confirmada no fim da carreira ministerial. Paulo encerra suas atividades ministeriais se apresentado como soldado (combati o bom combate), como atleta (acabei a carreira) e como mordomo (guardei a fé). Como soldado, o apóstolo Paulo foi valoroso e estratégico em sua missão; como atleta, o apóstolo foi incansável e submisso; e como mordomo Paulo concretiza o valor da paciência e da esperança para ser bem sucedido ministerialmente.
Muitos planos são criados e até mesmo são apresentados a outras pessoas, mas de fato poucos são os executados. Na atividade ministerial não é diferente. Muitos deixaram a caminhada ministerial por não esperarem em Deus, pois as lutas, as diversidades, as críticas, as murmurações e principalmente as rejeições foram constantes, porém o alvo que é Cristo não poderá ser abandonado (Hb 12.2). A falta de fé impossibilita o exercício eficaz na obra ministerial.
O primeiro meio que leva muitos a desistência do chamado, são os levantes provindos de pessoas e o segundo meio que distancia muitos da sua vocação é a ausência da fé. Noé é um exemplo de perseverança, mesmo em meio a rejeição da mensagem pregada, ele continuava em sua missão central que era a construção da arca (1Pe 3.20) e se notabilizou como pregoeiro da justiça (2 Pe 2.5).

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