“Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho
que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que
esta se esquecesse, eu todavia, me não esquecerei de ti” (Is 49.15).
O
conhecimento do cristão a respeito do amor de Deus para com a sua vida
proporciona alívio e segurança. A administração dos sentimentos pessoais é
especialmente importante, visto que os sentimentos afetam todas as relações
desenvolvidas pelo cristão.
Na atual
conjectura da sociedade percebe se que as informações são rápidas e provocam bombardeios
com informações benéficas e até mesmo com informações maléficas. Logo, surgem
as seguintes interrogações: como ser feliz em um mundo cheio de ódio? Como se
alegrar enquanto crianças morrem por desnutrição? Como se alegrar enquanto
pessoas que outrora eram referência e agora percebe se que são seres limitados
e cheios de falhas?
O cristão
não pode desanimar, pois o que diferencia e outorgar sabor a este mundo é a
vida daqueles que são guiados pelo Espírito Santo de Deus. Se há pessoas
sofrendo é porque Deus tem por seu decreto solução para os problemas
existenciais.
A
formação de expectativas e as percas são as principais causas de tristeza
nestes difíceis dias. Porém, para viver emocionalmente é necessário lançar
sobre Jesus toda ansiedade, viver com atitude positiva e manter a mente com
pensamentos saudáveis. Por fim, o relacionamento com Deus e com cônjuge
proporciona alegria e energia para a vida.
Exemplo de homens que foram abalados pela tristeza
1- Jó. A tristeza de Jó foi tão grande que ele amaldiçoou
o dia do seu nascimento (Jó 3.3), porém, ao contrário do que se esperava o
patriarca demonstrou esperança em Deus “porque
há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda se renovará, e não
cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e morrer o seu
tronco no pó, ao cheiro das águas, brotará e dará ramos como a planta. Morrendo
o homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria,
até que viesse a minha mudança” (Jó 14.7-9,14).
Jó foi
acometido pela tristeza por perder seus filhos, porém mesmo com grande vazio o
patriarca não perdeu a esperança no Senhor (Jó 19.25).
2- Jacó. Ao ser enganado por seus filhos o
patriarca Jacó, imaginado a morte de José, chorou por muitos dias chegando ao
ponto de não aceitar que o consolasse (Gn 37.33-35). Mais uma vez percebe-se
que a perca é fonte e causadora de tristeza.
3- Elias. Em oração o profeta Elias assim
expressou: “já basta, ó Senhor; toma
agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais” (1 Rs 19.4). O profeta Elias criou expectativa das
melhores para com o retorno da nação de Israel para o Senhor Deus, porém, o que
ocorreu foi totalmente ao contrário. Aparentemente não vendo os resultados o
profeta após uma grandiosa batalha, mesmo saindo dela vitorioso, demonstrou
frágil e desiquilibrado emocionalmente por não ver suas expectativas serem automaticamente
concretizadas.
Emocionalmente saudável
1- Lançando sobre Ele toda vossa ansiedade. Pedro escreveu a igreja que estava sendo
vitimada pela perseguição. Os dias daqueles crentes eram difíceis. Não havia
segurança. O temor nas viagens era grande. Porém, a presença de Deus era nítida,
por isso, o apóstolo escreveu: “lançando
sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pe
5.7).
Para viver
bem emocionalmente o cristão reconhece que não é um super-homem, mas, ao
contrário é um frágil ser humano dependente de Deus. Lançar sobre Jesus a
ansiedade é depender e saber que dEle provem a vitória.
Os problemas
não são os reais motivadores da ansiedade por parte dos cristãos. Mas, o que
torna os crentes ansiosos é a incapacidade do mesmo diante dos dilemas da vida.
Portanto, o cuidado de Deus para os seus, são notórios em cada porta que se
abre ou em cada porta que se fecha.
2- Atitude positiva em relação à vida. Os irmãos de José imaginaram
que após a morte de Jacó seriam condenados. Porém, José se mostrou fiel a Deus,
respondendo aos patriarcas da seguinte maneira: “vos bem intentastes mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para
fazer como se vê neste dia, para conservar em vida a um povo grande” (Gn
50.20).
Os problemas
do presente não podem ofuscar a manifestação da glória de Deus no futuro.
Dilemas do passado não podem limitar atitudes positivas em relação à vida,
mesmo que tudo demonstre o contrário. José assim agiu com seus irmãos, não
condenando, mas engradecendo a ação divina.
3- Mantendo saudável a maneira de viver. “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o
que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,
se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). A palavra
virtude (gr. Arete) tem por significado excelência moral, sendo que esta excelência
vem do Senhor. Para Paulo os filipenses deveriam pensar no que seria bom e
puro. Logo, para viver bem emocionalmente o cristão necessariamente precisa
pensar no que de fato proporcione alegria e virtude a sua pessoa e não se
alimentar no que poderá trazer danos para a sua vida (Jó 3.25).
Relacionamentos que proporcionam energia
O
cristão possui dois relacionamentos que são produtores de energia para uma vida
emocionalmente bem sucedida: o relacionamento com Deus (Is 40.31) e o
relacionamento com a família.
1- Relacionamento com Deus. O cristão precisa
desenvolver alguns hábitos como a leitura devocional da Bíblia e a oração
diária.
O relacionamento
com Deus outorga ao cristão a força necessária para vencer os
dilemas da vida. Este foi o segredo de Davi ao vencer Golias. Assim como torna
nos dias de hoje o segredo necessário para que os cristãos sejam bem sucedidos
em tudo.
2- Relacionamento com os membros da família. O relacionamento no
seio familiar é uma fonte energética para que o cristão tenha alegria e
motivação para viver conforme os padrões bíblicos.
2.1- Relacionamento conjugal. Se ficar perto de
Deus as energias são restabelecidas o ficar próximo do cônjuge as energias são
renovadas. O afastar do consorte proporciona frieza à relação, por isso, cabe a
cada um dos consortes a abertura para o fortalecimento do lar.
2.2- Relacionamento com os filhos. A relação dos filhos
para com os pais deverá ser com total submissão e dos pais para com os filhos
com total amor, sendo este incondicional.
Qualquer
outra atividade ou relacionamento desenvolvido pelo crente é um consumidor de
energia, por isso, ficar perto de Deus e dos membros da família é produzir energia.
Em três
níveis o cristão poderá se encontrar quando o assunto é alegria ou tristeza. O primeiro
nível é o “dos dias de cima do monte”,
ou seja, os dias de alegria e de júbilo. Já o segundo nível corresponde com “os dias comuns” isto é, não há explosão
de alegria e nem de tristeza. Por fim, o terceiro nível corresponde com “os dias sombrios” quando tudo parece
confuso e triste.
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