Para
a realização da sua obra Deus sempre vocacionou pessoas. Na Antiga Aliança Deus
chamou, capacitou e enviou: profetas,
sacerdotes, reis, levitas, escribas e sábios. Os sábios estão
presentes na narrativa do Antigo Testamento como homens tementes a Deus e
obedientes à Palavra. Os três principais sábios citados na Bíblia são: José,
Salomão e Daniel. Salomão pediu a Deus sabedoria, porém no fim da sua carreira
falhou por lhe faltar humildade e temor ao Senhor. Já no Novo Testamento Deus “deu
uns para apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e doutores” (Ef 4.11), logo os
doutores são sábios e receberam de Deus a sabedoria para a edificação e
crescimento da igreja.
Além
do livro de Provérbios o livro de Gênesis ressalta o valor da sabedoria. Fator
também determinante para os estudiosos da Bíblia é a concepção da afirmação em
ser o livro de Gênesis a obra Sagrada que valoriza a sabedoria.
A
sabedoria humilde outorga amor, proporciona unidade e define o sucesso nos
relacionamentos.
I – A NECESSIDADE DE PEDIRMOS SABEDORIA
A DEUS (Tg 1.5).
1- A sabedoria que vem de
Deus.
2- Deus é doador da
sabedoria.
3- Peça a Deus sabedoria.
Comentário:
Há
três tipos de sabedoria: a humana, a diabólica e a divina.
A
sabedoria humana é tendenciosa e orgulhosa, pois busca a satisfação dos desejos
carnais.
Já
a sabedoria de origem em Satanás é pretenciosa ao pecado.
Por
fim, a sabedoria que tem a sua origem em Deus é libertadora, pois outorga ao
ser humano o conhecimento do bem e conduz o mesmo a tomar decisões que agrade a
Deus.
Todos
que desejam a sabedoria deverão pedir a Deus e a busca-la. Salomão assim
escreveu: “eu amo aos que me amam, e os
que cedo me buscarem, me acharão” (Pv 8.17). Os que buscarem a sabedoria a
encontrarão. Buscar significa desejar e correr atrás para obtê-la.
Salomão
no início do seu reinado pediu a Deus sabedoria para governar um povo grande e
numeroso.
Por
fim, a sabedoria é fundamental para uma liderança eficiente e eficaz (Gn 41.39),
e também muito importante para a tomada de decisões (At 15.13-34).
II – A DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA DA SABEDORIA
HUMILDE (Tg 3.13).
1- A sabedoria colocada em
prática.
2- A humildade como prática
cristã.
3- Obras em mansidão de
sabedoria.
Comentário:
A
sabedoria torna-se notória por meio das palavras ou por meio das obras. Sendo
assim, Tiago conclama os membros da igreja cristã a demonstrar a sabedoria. Quando
o indivíduo demonstra sabedoria com o intuito de menosprezar outros, tal
sabedoria não tem origem em Deus, pois a que procede de Deus outorga benefícios
aos envolvidos na comunidade cristã.
A
sabedoria humilde não apresenta o eu, mas outorga honra e glória a Jesus. A
humildade foi a virtude que Jesus enfatizou na noite da santa ceia aos seus
discípulos. Jesus lavou os pés dos seus discípulos para ensinar que Ele não
veio para ser servido, mas para servir (Jo 13).
A
sabedoria proporciona ao cristão a mentalidade de que o mesmo foi chamado para
servir e não para ser servido. É triste, porém, é uma realidade, nos dias
atuais há líderes que querem sugar a lã das ovelhas e para isto apresentam-se
superiores aos demais e por status brigam entre si.
III – O VALOR DA VERDADEIRA SABEDORIA E
A ARROGANCIA DO SABER CONTENCIOSO (Tg 3.14-18).
1- Administrando a
sabedoria.
2- Sabedoria verdadeira e a
arrogância do saber.
3- Atitudes a serem
evitadas.
Comentário:
A administração da
sabedoria deverá ser executada na subtração da arrogância e da inveja, na
adição da dependência divina e na multiplicação da humildade.
Arrogância
corresponde com a ausência da humildade.
Inveja
corresponde com o sentimento de tristeza por não possuir o que outros possuem.
Dependência
divina corresponde com ligação direta com Deus e com as coisas que pertencem a
Deus.
Humildade
“no campo teológico, a humildade é mais que essencial para se apropriar do
conhecimento divino” (ANDRADE, p.150).
A
sabedoria divina outorga ao indivíduo saúde física, financeira, emocional e
espiritual “que possamos conjugar mentes sábias e corações humildes para a
glória de Deus” (COELHO; DANIEL, p.45).
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa.
Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de
Janeiro: CPAD, 1997.
COELHO, Alexandre. DANIEL,
Silas. Fé e Obras, ensinos de Tiago para
uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
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