Deus é Fiel

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terça-feira, 21 de junho de 2016

Carta aos Hebreus – Jesus é superior aos anjos


Jesus é superior aos anjos
5- Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?
6- E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
7- E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labareda de fogo.
8- Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino.
9- Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.
10- E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos.
11- Eles perecerão, mas tu permanecerás; E todos eles, como roupa, envelhecerão,
12- E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão.
13- E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés?
14- Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? (Hb 1.5-14).
Jesus é superior aos anjos, pois os anjos são filhos, enquanto Cristo é o Criador. A superioridade é também notável no instante em que os anjos adoram o Senhor Jesus. Na narrativa Bíblica os anjos estão divididos em categorias e nestas os mesmos desenvolvem missões específicas em prol da glorificação a Deus.
O termo anjo em seu sentido literal corresponde com a ideia de ofício, isto é, anjo é um mensageiro. Portanto, os anjos são seres criados por Deus.
Compreendendo a doutrina dos anjos
1- Características dos anjos. Dentre as características pode afirmar que os anjos são: seres criados (Sl 148.2,5), seres espirituais (Hb 1.13,14), seres pessoais (2 Sm 14.20), seres que não se casam e nem se reproduzem (Mt 22.30; Mc 12.25), seres imortais (Lc 20.35,36), seres poderosos (Sl 103.20), seres dotados de inteligência (2 Sm 14.17,20), seres gloriosos (Lc 9.26) e seres números (Dt 33.2).
2- Classificação dos anjos. Didaticamente os anjos são estudados com base nas referências da Escritura Sagrada pela seguinte classificação: arcanjo, querubins e serafins.
Biblicamente existe apenas um arcanjo, termo que significa: quem é semelhante a Deus? Seu nome ocorre três vezes. Em Dn 12.1, onde é mencionado seu trabalho especial a favor do remanescente de Israel, é chamado Grande Príncipe. Em Judas, versículo 9, lemos da sua contenda  com o diabo em torno do corpo de Moisés. Em Ap 12 aparece como vitorioso líder das hostes celestiais em guerra contra Satanás e seus anjos (BANCROFT, p. 296).
Já o termo querubim significa aquele que guarda, pois a palavra tem como origem o termo hebraico kerub, isto é, guardar ou cobrir. Este grupo tem como função zelar pela santidade de Deus e Satanás pertencia a essa classe de anjos (Ez 28.14-16).
Os serafins têm como função louvar e glorificar a Deus.
3- Anjos maus. Todos os anjos foram criados santos, porém muitos desobedeceram a Deus. Os que desobedeceram se opõem aos propósitos de Deus, afligem os servos de Deus e agem conforme a liderança de Satanás.
Satanás foi criado perfeito, porém por causa do orgulho foi rebaixado e deposto de sua posição (Ez 28.17; Is 14.12).
Parece ser ensinado nas Escrituras que o diabo foi criado perfeito em seus caminhos, como pessoa de grande beleza e brilho, exaltado em posição e honra que, em resultado de orgulho pela sua própria superioridade, ele procurou desviar para si a adoração devida exclusivamente a Deus; e que, em consequência desse seu pecado, ele foi rebaixado em sua pessoa, posição e poder, tornando-se o grande adversário de Deus e o inimigo do homem (BANCROFT, p. 302).
A superioridade de Jesus
1- Jesus é exaltado pelo Pai (v.5). A citação, hoje te gerei, corresponde com o dia da exaltação de Jesus ao assentar a direita do Pai, isto após concretizar o seu trabalho na terra como Cristo. Porém, antes aparece a seguinte descrição: tu és meu Filho. O termo filho indica semelhança e também corresponde com herança. Portanto, quando Jesus é chamado de Filho indica que Ele é o próprio Deus o criador de todas as coisas (v.10).
2- Os anjos adoram a Jesus (v.6). Adoração unicamente a Deus.  A Bíblia em sua escrita enfatiza que apenas Deus deve ser adorado. Logo, se os anjos adoram a Jesus indica que Jesus é superior aos anjos, portanto Jesus é Deus.
Sobre o versículo 6 segue a seguinte pontuação:
a) Quando outra vez introduz no mundo. Percebe-se uma referência à volta de Cristo.
b) O primogênito. Corresponde à posição de Cristo, ou seja, afirmação que Ele está acima de todos. Também por isso lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei mais elevado do que os reis da terra (Sl 89.27).
c) Os anjos de Deus o adorem. Como herdeiro de tudo (1.2), Jesus, o Filho de Deus, é adorado da mesma maneira como Deus Pai, por todos os anjos de Deus (RICHARDS, p.492).
3- Os anjos são ministros (vv.7,14). Os anjos são servos de Deus, enquanto o Filho é adorado. Os anjos são enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação. Salvação aqui não se refere à justificação, porque o verbo está no futuro, não no passado. Refere-se à condição dos crentes quando vierem e herdar o Reino e a reinar com Cristo, como recompensa por seu serviço ao Filho (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 640).
4- Jesus possui trono eterno (v.8). Se o trono de Jesus é eterno, isto indica que Jesus é eterno. Enquanto, os anjos não são eternos porque eles foram criados por Deus.
Em sua natureza, isto é, como pessoa Jesus é superior aos anjos, porque Ele é o criador dos anjos e de todas as coisas. Em sua posição Jesus é superior, porque Ele é Deus e os anjos são obras de sua criação. Por fim, Jesus é superior em poder aos anjos por possuir todo poder em suas mãos (Mt 28.18).
Referência
BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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