Deus é Fiel

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domingo, 12 de junho de 2016

Subsídio para as aulas da EBD – Cosmovisão Missionária


Subsídio para as aulas da EBD – Cosmovisão Missionária
Conforme a verdade prática os cristãos precisam ter uma visão missionária amorosa e abrangente. É necessário saber que a proclamação do Evangelho é uma ordem de Cristo para sua Igreja, sendo que nesta missão a Igreja deverá fazer discípulos (Mt 28.19,20). Na sua missão evangelizadora a igreja deverá alcançar os confins da terra, e para isto, a mesma deverá preparar obreiros e os envia-los para que a mensagem seja pregada nos quatro cantos da terra.
Paulo demonstra sua gratidão a Deus por ter recebido a honra de ser ministro dos gentios (Rm 15.16), informando aos irmãos em Roma a grandeza de seu ofício, pois o apóstolo propagou o Evangelho de Jerusalém aos arredores de Ilírico, buscando sempre pregar o Evangelho onde outro não tinha pregado (Rm 15.19-21).
O apóstolo dos gentios desejava chegar a Roma, vendo esta como o acesso à Espanha, também era esperado que esta missão fosse patrocinada pelos os cristãos de Roma. Por fim, percebe-se um pedido do apóstolo para que a comunidade cristã orasse por ele, tendo como objetivos: a liberdade da pressão dos rebeldes, a administração para com os santos em Jerusalém fosse um sucesso e que pela vontade de Deus o apóstolo chegasse a Roma.
I – A NECESSIDADE DE UMA COSMOVISÃO MISSIONÁRIA
As informações acerca do apóstolo Paulo são selecionadas em dois grupos: fontes primárias e fontes secundárias. As fontes primárias são as informações a respeito do apóstolo encontradas no livro de Atos, enquanto as secundárias são os indicadores que o apóstolo dá de si mesmo nas epístolas.
Discípulo acadêmico de Gamaliel que por suas convicções tornou-se perseguidor dos cristãos e em uma viagem para executar seu propósito de inibir os cristãos teve um encontro com Cristo, que mudou a sua ótica a respeito dos cristãos, isto é, o perseguidor transformado torna-se um dos anunciadores do Evangelho de Jesus Cristo (At 9.3-19; 22.6-1; 26.12-18).
Paulo realiza três grandes viagens missionárias que além dos dados geográficos notam-se descrições diferenciadas, tendo como destaque.
 Na primeira viagem missionária, o reconhecimento da dimensão humana da missão, constituição de líderes, o perigo da fragmentação e a busca da padronização (At 14.6; 14.21-23; 25.1; 15.28,29).
Já na segunda viagem, percebe-se o cuidado com o discipulado (At 15.36).
E a terceira viagem, permite compreender a necessidade do trabalho em equipe (At 18.24-28), a necessidade dos cristãos possuírem um coração missionário (At 20.17-35), e em suma, o desfrutar do fruto do discipulado (At 21.16).
Portanto, o apóstolo Paulo era grato a Deus por ter recebido um ministério para pregar o Evangelho aos gentios, verdade que fica nítida em que “eu seja ministro de Jesus Cristo entre os gentios, ministrando o evangelho de Deus” (Rm 15.16).
O trecho de Gál 1.14,15 indica que um dos ingredientes essenciais recebidas por Paulo é que o seu ministério seria entre os gentios. Posteriormente, no concílio efetuado em Jerusalém (sobre o qual lemos no segundo capítulo da epístola aos Gálatas), vemos que sua missão especial foi reconhecida e aprovada pelos demais apóstolos (CHAMPLIN, p. 128).
Em suma, ao aproximar o fim do seu ministério o apóstolo Paulo escreve ao jovem Timóteo em tom de despedida usando as seguintes palavras: Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé (2 Tm 4.7).
Quem combate é o soldado, quem põe fim a carreira é o atleta e quem guarda alguma coisa é o mordomo. Por isso, o ministério de Paulo é resumido com as marcas de um soldado, de um atleta e de um mordomo.
Conclui o primeiro tópico tendo como referência o desejo do apóstolo Paulo em que a Igreja em Roma compartilhasse do propósito da sua chamada, a pregação aos gentios.
II – A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO MISSIONÁRIO
 Os israelitas receberam as promessas terrenas e os cristãos as promessas celestiais, logo a missão da Igreja é pregar o evangelho a toda criatura. Paulo que congregou em Antioquia, igreja missionária, percebeu a importância estratégica de Roma para chegar-se à Espanha.
Ninguém sabe ao certo se Paulo chegou à Espanha, mas ele tinha o propósito de visita-la, tanto que a havia incluído em seu itinerário de viagem (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.402).
É possível que Paulo tenha sido libertado em cerca de 63 d.C., e que tenha visitado tanto a Espanha como a área do mar  Egeu, uma vez mais... As epístolas pastorais, ou pelo menos II Timóteo, parecem envolver um ministério posterior à história narrada no livro de Atos, desenvolvendo no Oriente, pelo que também parece que Paulo pode cumprir o seu desejo de visitar a Espanha, conforme expressou em Romanos 15.24 (CHAMPLIN, p. 125).
Ser uma igreja missionária proporciona a ampliação da pregação do evangelho e os benefícios são inúmeros. Sendo que a obra missionária também se dá por meio de contribuições (Rm 15.27).
III – A NECESSIDADE ESPIRITUAL NA OBRA MISSIONÁRIA
E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus.
O pedido de oração de Paulo tinha três propósitos:
1- liberdade dos rebeldes. Paulo estava vigilante a respeito dos perigos de uma obra missionária, principalmente em Jerusalém.
2- sucesso na administração dos recursos recebidos na coleta (Rm 15.26).
3- poder visitar aos irmãos em Roma. E que nesta visita o apóstolo viesse a recrear com a comunidade cristã em Roma, isto é, Paulo entendeu previamente que a Situação de Jerusalém era conflituosa. Ele esperava um tempo de refrigério para os cristãos em Roma (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.402).
Portanto, o desejo de Paulo para que o evangelho fosse pregado e a dedicação deste na propagação demonstra que a obra do Senhor é conduzida pelo Espírito Santo, onde indivíduos são chamados, capacitados e enviados para a realização de um ministério bem-sucedido para honra e glória do Senhor Jesus.
REFERÊNCIA
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 5. São Paulo: Hagnos, 2014.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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