O Senhor e
Salvador Jesus Cristo
O objetivo geral da
presente lição é explicar porque a Igreja crer que Jesus é o
Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus e plenamente homem; e
terá como texto básico o Evangelho de João 1.1-14, passagem Bíblica que poderá
ser dividida em duas partes explicativas a respeito de Jesus: primeira, a
identidade de Jesus e a segunda as obras desenvolvidas por Jesus. Conforme João
1.1, Jesus é Eterno, no princípio era o
Verbo; Jesus é distinto de Deus (Pai), e o Verbo
estava com Deus; e Jesus é Deus, e o Verbo
era Deus. Enquanto, os versículos 3, 9, 12, 18, apresentam as
obras do Verbo (Jesus) criar, iluminar, regenerar e revelar.
I –
O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS
Conforme o propósito
da escrita do Evangelho de João percebe-se que o evangelista tinha como
objetivos que os leitores cressem que Jesus é o Cristo (frase voltada para os
judeus) o Filho de Deus (frase direcionada para os gentios).
O termo Filho de Deus
descreve a divindade de Jesus, isto é, Jesus tem a mesma natureza e substância
do Pai.
Da seguinte maneira Soares
chama atenção para com o termo Filho de Deus:
O conceito
de Pai-Filho, na divindade, não deve ser confundido com o processo de
reprodução humana nem com o relacionamento pai-filho numa família natural... Jesus
é chamado de Filho de Deus no Novo Testamento porque Ele é Deus e veio de Deus (2017,
p.56,57).
Já o termo Unigênito
outorga o significado de único, o único do tipo ou da espécie.
A ideia
não é de único gerado, embora o termo gerado não seja, em si mesmo, sinônimo de
criatura, contudo, a pré-existência de Cristo é eterna por isso ele é chamado
de Pai da Eternidade (Is 9.6). (SOARES, 2008, p.37).
II –
A DEIDADE DO FILHO DE DEUS
Conforme João 1.1, três
são as frases que descrevem a identidade de Jesus: Ele é eterno (definição que permite
afirmar que Jesus possui atributos que são pertencentes apenas a Deus, logo,
Jesus é Deus); Ele é distinto do Pai (caracteriza que Jesus possui forma e
função diferente do Pai); Ele é Deus.
Jesus é Deus porque
Ele tem os nomes de Deus, os atributos de Deus e faz as obras de Deus.
Jesus é identificado pelos nomes de Deus:
Deus. Mas, acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é
para todo o sempre, e: cetro de equidade é o cetro do teu reino (Hb 1.8).
Filho de Deus (Mt
16.16,17), Santo (At 3.14), Senhor (At 9.17).
Jesus possui os atributos divinos:
Eterno. No princípio era o Verbo (Jo 1.1).
Onipotência (Mt
28.18), onipresença (Mt 18.20), onisciência (Jo 1.47,48).
Jesus é identificado como agente das obras
desenvolvidas por Deus:
Criador. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que
foi feito se fez (Jo 1.3).
Preservador de tudo
(Hb 1.3), perdoador de pecados (Mc 2.5,10,11), doador da vida (Fp 3.21). Ofícios e funções que pertencem distintamente a Deus, são
atribuídos a Jesus Cristo (BANCROF,
2006, p. 123).
III –
A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS
Conforme João 1.14, o
Verbo se fez carne, verdade que se trata da encarnação do Verbo, ou seja, Jesus
se fez carne.
A necessidade da
encarnação do Verbo tendo como foco a morte de Jesus na cruz pode ser definida
em:
1- A Santidade de
Deus tornou-a necessária (Hc 1.13).
2- O amor de Deus
tornou-a necessária (1 Jo 4.10).
3- O pecado do homem
tornou-a necessária ( 1 Pe 2.25).
4- O cumprimento das
Escrituras tornou-a necessária (Lc 24.25-27).
5- O propósito de
Deus tornou-a necessária (At 2.23). (BANCROF, 2006, p. 143-145).
Ao relatar a respeito
de Jesus como homem é necessário entender que Jesus em sua natureza humana teve
mãe e não teve pai. Jesus em sua natureza divina tem Pai e não tem mãe.
A expressão: a virgem conceberá e dará à luz um filho,
outorga a ratificação das duas naturezas do Messias. A virgem, sem atuação do
homem, indica que esta concebeu por intermédio do Espírito Santo (Mt 1.20),
logo, a presente afirmativa ratifica a natureza divina de Jesus. A virgem,
referência à mulher, indica a natureza humana de Jesus.
Assim como todo ser
humano, Jesus também passou pelo desenvolvimento físico, teve a sua infância,
cresceu no meio de pessoas que faziam parte do seu dia a dia, foi ensinado
conforme os princípios dos judeus. Portanto, como homem Jesus teve um físico
limitado, tanto pelo tempo como pelo espaço. Pelo tempo, pois conforme a
condição do físico humano, Jesus como qualquer homem teria um período de vida
limitado. Pelo espaço, pois conforme a condição do físico humano, Jesus como
qualquer homem teria um limite no desenvolvimento corporal.
Jesus cuidou do seu
corpo, pois quando estava cansado, Ele descansou, e por descansar se pode
afirmar que Jesus apresentou em sua encarnação a humanidade do Filho Unigênito
de Deus.
Referência:
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar,
doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
SOARES, Esequias. A
Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017.
SOARES, Esequias. Cristologia,
a doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008.
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