Deus é Fiel

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domingo, 9 de julho de 2017

Subsídio da E.B.D: A Santíssima Trindade: um só Deus em três pessoas

A Santíssima Trindade: um só Deus em três pessoas
Há um só Deus existente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. A doutrina que explica a existência de um Deus em três pessoas é chamada de doutrina da Trindade, que difere do unicismo e do triteísmo. Historicamente é necessário saber que o termo trindade foi usado pela primeira vez por Tertuliano.
Historicamente, a Igreja formulou a doutrina da Trindade em razão do grande debate a respeito do relacionamento entre Jesus de Nazaré e o Pai. Três pessoas distintas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – são manifestadas nas Escrituras como Deus, ao passo que a própria Bíblia sustenta com tenacidade o Shema judaico: Ouve, Israel o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor (Dt 6.4). (HORTON, p.158)
Portanto, a doutrina da Trindade é Bíblica e foi ratificada pelos primeiros pais da Igreja e explicada da seguinte maneira, único Deus existente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Sobre o triteísmo assim define Champlin:
Triteísmo é uma forma de teísmo, fazendo contraste com o deísmo. De acordo com o triteísmo, existem três deuses, todos eles interessados no homem, intervindo na história humana, recompensando e punindo (2014, p. 503).
Já sobre os unicistas percebe-se que esta doutrina explica a existência de único Deus e uma única pessoa que manifestou em épocas distintas.
I – CONSTRUÇÕES BÍBLICAS TRINITÁRIAS
Conforme 1 Co 12.4-6 percebe-se que há unidade na diversidade, isto é, três pessoas distintas, único Deus. Já em 2 Co 13.13 entende-se que a fonte da graça de Jesus Cristo é o amor do Pai mediante a ação do Espírito Santo em outorgar consolo aos fiéis. O apóstolo Paulo para a Igreja em Éfeso explica a diversidade de operações, porém ratifica as funções na unidade de Deus.
Conforme o escrito da revista, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são iguais em poder, glória e majestade, fato que proporciona a compreensão da defesa de Tertuliano ao afirmar que ambos são de mesma condição, status; de mesma substância; e, de mesma essência (SOARES, p.35).
A unidade na diversidade é definir que as pessoas da Trindade possuem vontade própria, forma própria e aspectos próprios à identidade.
II – O DEUS TRINO E UNO
Há inúmeros versículos que faz referência a divindade de Jesus Cristo:
Em Isaías 7.14 – Emanuel, Deus Conosco, isto é, Jesus é chamado de Emanuel.
Em Isaías 9.6 – Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, isto é, Jesus é chamado de Deus Forte, nome que revela um dos atributos pertencente unicamente a Deus.
Sobre João 5.23, assim escreveu Soares:
O Senhor Jesus ensinou que a honra devida ao Pai é a mesma devida ao Filho. Isso significa que o cristão deve adorar o Pai da mesma maneira que adora o Filho (2008, p.53).
Já no que corresponde ao Espírito Santo percebe-se que Ele é Deus e é uma pessoa.
Há três razões determinantes em afirmar que o Espírito Santo é uma pessoa.
A primeira afirmação indica que Ele age como uma pessoa, pois o Espírito Santo ensina (Jo 14.26), testifica de Cristo (Jo 15.26), fala com os salvos (At 8.29) e chama os obreiros (At 15.26). Somente uma pessoa pode ensinar a outros, testificar de outro, falar com outros e chamar a outros.
Já a segunda afirmação em ser o Espírito Santo uma pessoa está diretamente associada às características de uma pessoa. Pois, o Espírito Santo possui conhecimento (1 Co 2.1), possui vontade (1 Co 12.11) e ama (Rm 15.30). Apenas uma pessoa se caracteriza pelo conhecimento, pela vontade e pelo amor, e estas características definem que o Espírito Santo é Deus.
E a terceira característica em ser o Espírito Santo uma pessoa é porque na Bíblia Ele é tratado como uma pessoa. Dois exemplos corroboram esta afirmativa, o primeiro em Efésios 4.30, quando Paulo aconselha a não entristecer o Espírito Santo e o segundo quando Jesus ensinou a respeitou da blasfêmia contra a Terceira Pessoa da Trindade (Mt 12.31).
Assim como há três razões que caracteriza ser o Espírito Santo uma pessoa, percebe-se que também há três razões que define ser o Espírito Santo Deus.
1- O Espírito Santo tem os atributos de Deus. O Espírito Santo é eterno (Hb 9.14), logo, Ele não é limitado pelo tempo, pois Ele existe deste toda a eternidade. Bancroft afirma: assim como a eternidade é atributo ou característica da natureza de Deus, semelhantemente a eternidade pode ser e é atribuída ao Espírito Santo como uma das distinções pessoais no Ser de Deus (p.188).
Ele é eterno, sempre foi, é e será. Não tem princípio nem fim. O Espírito Santo não apareceu repentina e abruptamente quando foi enviado à terra para dar poder aos crentes, depois da ascensão de Cristo. Fiel, constante e amoroso – Ele é e sempre será o mesmo e, o eterno Espírito Santo, jamais deixará você cair. Ele é o mesmo, ontem, hoje e sempre (HINN, p 53).
O Espírito Santo também é onisciente, pois o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus (1 Co 2.10).
O Espírito Santo também é onipresente (Sl 139.7-10) e onipotente (Gn 1.2), para Hinn a onipotência do Espírito Santo é demonstrada em três atos poderosos: criação, trazer o universo do nada; animação, dar vida ao que estava sem vida; e ressurreição, trazer vida da morte (p.51).
2- O Espírito Santo tem os nomes de Deus. Ele é chamado de Espírito de Deus (1 Co 3.16), nome que indica ser Ele Deus. Sendo Ele Deus percebe-se que Ele é o poder e a energia pessoais da Divindade (BANCROFT, p.188).
A Terceira Pessoa da Trindade também é conhecido pelo nome Espírito de Deus, nome que está associado a poder, profecia e direção. O Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gn 1.2), aqui associado ao poder de criar. O Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou (1 Sm 10.10), aqui associado à comunicação. Por fim, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8.14), aqui associado à direção.
3- O Espírito Santo faz as obras que somente Deus pode fazer. Três são as obras divinas nítidas na pessoa do Espírito Santo: criação, predição e regeneração (Gn 1.2, Jo 3.1-7).
III – AS CRENÇAS INADEQUADAS
O movimento monarquianista negava a distinção das Pessoas da Trindade, e ensinava que Jesus era o próprio Pai, que nasceu, sofreu, morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Para Tertuliano os adeptos do movimento monarquianista, expulsaram a profecia e introduziram a heresia (apud SOARES, 2017, p. 35).
Contrário a esta doutrina surge o arianismo que não acreditava na divindade de Jesus, enfatizando que Jesus era um filho de Deus, criado e não ser um criador.
IV- RESPOSTA ÀS OBJEÇÕES ACERCA DA TRINDADE
Conforme a verdade prática:
Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo iguais em substância, glória, poder e majestade.
E para convalidar o ensinamento da Igreja ao longo da história do cristianismo o evangelista Mateus o escreveu as seguintes palavras do Senhor Jesus:
Portanto, ide, ensinais todas as nações batizando-as em nome do Pai e do Filho, e do Espírito Santo (Mt 28.19).
Referência:
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
HINN, Benny. Bem-vindo, Espírito Santo. São Paulo: Bom Pastor, 2015.
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. 8. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

SOARES, Esequias. Cristologia, a doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008.

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