Deus é Fiel

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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Subsídio da E.B.D: A Pecaminosidade Humana e a sua Restauração a Deus

A Pecaminosidade Humana e a sua Restauração a Deus
O objetivo geral da presente lição é compreender a pecaminosidade de todos os seres humanos, que os destitui da glória de Deus; e como objetivos específicos: definir o termo pecado, mostrar a origem do pecado e compreender a solução para o pecado.
A palavra pecado (gr. Hamartía) tem como significado errar o alvo. Sendo que o pecado é toda transgressão à vontade de Deus. O resultado da hamartía é a morte, isto é, a transgressão traz a separação de Deus. A hamartiologia resume as ações do pecado em três instancias: penalidade, poder e presença. A penalidade do pecado é real na vida daqueles que não foram justificados em Cristo. O poder do pecado é notável na vida daqueles que não se santificam em Jesus Cristo. E a presença do pecado só perpetuará na vida daqueles que não serão glorificados com o Senhor Jesus Cristo.
I – DEFININDO OS TERMOS
A definição do termo pecado se resume nas seguintes palavras: errar o alvo. Porém, percebem-se nos escritos do evangelista João as seguintes definições categóricas concernentes ao erro do alvo.
Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade (1 Jo 3.4).
O termo iniquidade é definido pela palavra transgressão, logo o pecado é a transgressão da lei de Deus. É o desviar dos mandamentos do Senhor. É a violação das ordenanças divinas.
Soares assim explica 1 João 3.4:
O termo grego para transgressão em 1 João 3.4 é anomia, que literalmente quer dizer falta de lei, quebra da lei, o ánomos é alguém para o qual não existe uma lei. A versão Almeida Atualizada e a Tradução Brasileira traduzem essa palavra por iniquidade (2017, p. 87).
No hebraico será normal perceber o emprego do termo perversão, porém outros termos serão visíveis para a compreensão do que é o pecado, como por exemplo: impiedade (Rm 1.18); maldade (Rm 6.19); engano (At 13.10), injustiça (1 Jo 1.9), e incredulidade (Hb 3.19).
Uma classificação sistemática concernente à doutrina do pecado pode ser classificada em: pecado de omissão e pecado de comissão. O pecado de comissão se define em praticar o que foi proibido (Rm 5.14), já o pecado de omissão corresponde com o não fazer o que deveria ser feito (Tg 4.17).
... os pecados de omissão serão julgados por Deus tanto quanto os demais pecados cometidos.
... pecados de omissão podem facilmente se tornar pecados de comissão. Ou seja, além de ser um mal em si mesmo, o pecado de omitir-se deliberadamente ainda pode ser praticado de forma a colaborar conscientemente para outros males, de maneira que ele é, nesses casos, também um pecado de comissão (COELHO & DANIEL, p. 139).
II – ORIGEM DO PECADO
O pecado não se originou no Éden; surgiu primeiro na esfera angelical, quando o querubim ungido (Ez 28.12-15) se rebelou contra Deus e dessa forma foi expulso do céu juntamente com os anjos rebeldes (Is 14. 12-14; Ap 12. 7-9) (SOARES, 2017, p. 88).
A origem do pecado no céu estar associado com a palavra orgulho. Enquanto, que a consumação do pecado por Adão e Eva no Éden estar associada com a palavra desobediência.
Orgulho do grego  ύβριϛ, significa soberba, arrogância, insolência, tratamento desrespeitosos e ultraje. Satanás queria ser igual a Deus, fato que demonstra exagero e desrespeito para com Deus.
Já no jardim do éden percebe-se que o primeiro casal desobedeceu a uma ordenança divina.
Em Romanos 3 o apóstolo Paulo expressa que tanto judeus como os gregos, estão debaixo do pecado, isto é, estão sobre os efeitos do pecado (Rm 3.9). A penalidade do pecado permite a seguinte conclusão: não há um justo (Rm 3.10). Logo, se não há um justo debaixo da lei a depravação da humanidade se torna visível em:
1- Não há um justo, nem um sequer (Rm 3.10). Em outra versão não há uma só pessoa que faça o que é certo.
2- Não há ninguém que entenda (Rm 3.11). Ou seja, não há ninguém que tenha juízo. Os que estão debaixo da penalidade do pecado são indivíduos que não conhecem a Deus ou indivíduos que abandonaram a Deus. Fato associado ao homem natural, que não conhece, e ao carnal que abandonou a Deus. Portanto, o presente texto se associa com o homem natural que não conhece a Deus.
3- Não há ninguém que busque a Deus (Rm 3.11). Isto é, não há ninguém que adore a Deus. Quando associado ao homem carnal o não adorar a Deus presente no versículo se refere a ações religiosas, onde não há verdadeira adoração, mas pura apresentação.
4- Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis (Rm 3.12). Logo, todos se perderam e se tornaram inúteis. Desviaram e se fizeram inúteis, isto é, se tornaram em pessoas sem utilidade para Deus e para os propósitos de Deus.
5- Não há quem faça o bem, não há nem um só (Rm 3.12). Quem sabe fazer o bem e não faz comete pecado (Tg 4.17). O texto não se refere em não saber fazer o bem, mas ao fato de não querer fazer o bem.
6- Todos mentem e enganam (Rm 3.13). Os lábios dos que estão sobre o domínio do pecado são fontes de mentira e de morte.
7- Se apressam para matar (Rm 3.15). Pessoas distanciadas de Deus são propensas à violência. Eles cometem crimes e matam porque não têm nenhum respeito pela vida de seu semelhante (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.369).
8- Não há temor de Deus diante de seus olhos (Rm 3.18). Isto é, não há reverência divida a Deus. Para Salomão o temor do Senhor é o princípio de toda sabedoria (Pv 1.7).
III – SOLUÇÃO PARA O PECADO
O pecado condena, oprime e se faz presente na natureza humana, porém Jesus Cristo se entregou na cruz para que os homens viessem a se livrarem da condenação do pecado, da opressão do pecado e da presença do pecado.
Ao se converter a Jesus, o indivíduo estará se livrando da pena do pecado pela justificação. Ao buscar ao Senhor, o indivíduo estará se livrando do poder do pecado pela santificação. Sendo que a promessa de Jesus para os teus é de vida eterna, logo os que vencerem com Jesus, viverão sem a presença do pecado, fato corroborado pela glorificação dos que esperam no Senhor. Jesus é a solução!
REFERÊNCIA
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Fé e Obras, ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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