A Pecaminosidade
Humana e a sua Restauração a Deus
O objetivo geral da
presente lição é compreender a pecaminosidade de todos os seres
humanos, que os destitui da glória de Deus; e como objetivos
específicos: definir o termo pecado, mostrar a origem do
pecado e compreender a solução para o pecado.
A palavra pecado (gr.
Hamartía) tem como significado errar o alvo. Sendo que o pecado é toda
transgressão à vontade de Deus. O resultado da hamartía é a morte, isto é, a
transgressão traz a separação de Deus. A hamartiologia resume as ações do
pecado em três instancias: penalidade, poder e presença. A penalidade do pecado
é real na vida daqueles que não foram justificados em Cristo. O poder do pecado
é notável na vida daqueles que não se santificam em Jesus Cristo. E a presença
do pecado só perpetuará na vida daqueles que não serão glorificados com o
Senhor Jesus Cristo.
I –
DEFININDO OS TERMOS
A definição do termo
pecado se resume nas seguintes palavras: errar o alvo. Porém, percebem-se nos
escritos do evangelista João as seguintes definições categóricas concernentes
ao erro do alvo.
Qualquer
que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade (1 Jo 3.4).
O termo iniquidade é
definido pela palavra transgressão, logo o pecado é a transgressão da lei de
Deus. É o desviar dos mandamentos do Senhor. É a violação das ordenanças
divinas.
Soares assim explica
1 João 3.4:
O termo
grego para transgressão em 1 João 3.4 é anomia, que literalmente quer dizer
falta de lei, quebra da lei, o ánomos é alguém para o qual não existe uma lei. A
versão Almeida Atualizada e a Tradução Brasileira traduzem essa palavra por
iniquidade (2017, p. 87).
No hebraico será
normal perceber o emprego do termo perversão, porém outros termos serão
visíveis para a compreensão do que é o pecado, como por exemplo: impiedade (Rm
1.18); maldade (Rm 6.19); engano (At 13.10), injustiça (1 Jo 1.9), e incredulidade
(Hb 3.19).
Uma classificação
sistemática concernente à doutrina do pecado pode ser classificada em: pecado
de omissão e pecado de comissão. O pecado de comissão se define em praticar o
que foi proibido (Rm 5.14), já o pecado de omissão corresponde com o não fazer
o que deveria ser feito (Tg 4.17).
...
os pecados de omissão serão julgados por Deus tanto quanto os demais pecados
cometidos.
...
pecados de omissão podem facilmente se tornar pecados de comissão. Ou seja,
além de ser um mal em si mesmo, o pecado de omitir-se deliberadamente ainda
pode ser praticado de forma a colaborar conscientemente para outros males, de
maneira que ele é, nesses casos, também um pecado de comissão (COELHO
& DANIEL, p. 139).
II –
ORIGEM DO PECADO
O pecado
não se originou no Éden; surgiu primeiro na esfera angelical, quando o querubim
ungido (Ez 28.12-15) se rebelou contra Deus e dessa forma foi expulso do céu juntamente
com os anjos rebeldes (Is
14. 12-14; Ap 12. 7-9) (SOARES, 2017,
p. 88).
A origem do pecado no
céu estar associado com a palavra orgulho. Enquanto, que a consumação do pecado
por Adão e Eva no Éden estar associada com a palavra desobediência.
Orgulho do grego ύβριϛ, significa soberba, arrogância, insolência,
tratamento desrespeitosos e ultraje. Satanás queria ser igual a Deus, fato que
demonstra exagero e desrespeito para com Deus.
Já no jardim do éden
percebe-se que o primeiro casal desobedeceu a uma ordenança divina.
Em Romanos 3 o
apóstolo Paulo expressa que tanto judeus como os gregos, estão debaixo do
pecado, isto é, estão sobre os efeitos do pecado (Rm 3.9). A penalidade do
pecado permite a seguinte conclusão: não há um justo (Rm 3.10). Logo, se não há
um justo debaixo da lei a depravação da humanidade se torna visível em:
1- Não há um justo, nem um sequer (Rm 3.10). Em outra versão não há uma só pessoa que faça o que é
certo.
2- Não há ninguém que entenda (Rm 3.11). Ou seja, não há ninguém que tenha juízo. Os que estão
debaixo da penalidade do pecado são indivíduos que não conhecem a Deus ou indivíduos
que abandonaram a Deus. Fato associado ao homem natural, que não conhece, e ao
carnal que abandonou a Deus. Portanto, o presente texto se associa com o homem
natural que não conhece a Deus.
3- Não há ninguém que busque a Deus (Rm 3.11). Isto é, não há ninguém que adore a Deus. Quando
associado ao homem carnal o não adorar a Deus presente no versículo se refere a
ações religiosas, onde não há verdadeira adoração, mas pura apresentação.
4- Todos se extraviaram e juntamente se fizeram
inúteis (Rm 3.12). Logo, todos se
perderam e se tornaram inúteis. Desviaram e se fizeram inúteis, isto é, se
tornaram em pessoas sem utilidade para Deus e para os propósitos de Deus.
5- Não há quem faça o bem, não há nem um só (Rm 3.12). Quem sabe fazer o bem e não faz comete pecado (Tg
4.17). O texto não se refere em não saber fazer o bem, mas ao fato de não
querer fazer o bem.
6- Todos mentem e enganam (Rm 3.13). Os lábios dos que estão sobre o domínio do pecado são
fontes de mentira e de morte.
7- Se apressam para matar (Rm 3.15). Pessoas distanciadas de Deus são propensas à
violência. Eles cometem crimes e matam porque não têm nenhum respeito pela vida
de seu semelhante (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.369).
8- Não há temor de Deus diante de seus olhos (Rm
3.18). Isto é, não há reverência divida
a Deus. Para Salomão o temor do Senhor é o princípio de toda sabedoria (Pv
1.7).
III –
SOLUÇÃO PARA O PECADO
O pecado condena,
oprime e se faz presente na natureza humana, porém Jesus Cristo se entregou na
cruz para que os homens viessem a se livrarem da condenação do pecado, da
opressão do pecado e da presença do pecado.
Ao se converter a
Jesus, o indivíduo estará se livrando da pena do pecado pela justificação. Ao buscar
ao Senhor, o indivíduo estará se livrando do poder do pecado pela santificação.
Sendo que a promessa de Jesus para os teus é de vida eterna, logo os que
vencerem com Jesus, viverão sem a presença do pecado, fato corroborado pela
glorificação dos que esperam no Senhor. Jesus é a solução!
REFERÊNCIA
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Fé e Obras, ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio
de Janeiro: CPAD, 2014.
SOARES, Esequias. A
Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017.
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