A Segunda
Vinda de Cristo
O objetivo geral da
presente lição é apresentar a doutrina bíblica a respeito da
segunda vinda de Cristo; e como objetivos específicos: analisar os eventos futuros; identificar os termos bíblicos
para a segunda vinda de Cristo. E, explicar os eventos da segunda vinda de
Cristo.
A doutrina que estuda
as últimas coisas é chamada de escatologia. A doutrina das últimas coisas
abrange em análise os seguintes temas: arrebatamento da igreja, a grande
tribulação, o milênio, o juízo final e o estudo sobre o novo céu e nova terra.
Sobre o arrebatamento
da igreja é necessário compreender três pontos fundamentais: os sinais que
antecedem o arrebatamento, as duas fases da segunda vinda de Cristo e a
descrição bíblica de como será o arrebatamento.
Sinais
que antecedem o Arrebatamento da Igreja
Os sinais que
antecedem o arrebatamento da igreja são divididos de forma didática em duas
partes. A primeira parte corresponde com sinais nos céus e a segunda com sinais
na terra.
1- Sinais nos céus. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas (Lc 21.25). A lua desviou
da órbita em cerca de vinte quilômetros, logo, a mudança na órbita define
sinais presentes nesta obra criada. Para Dr. Crommeli, “algumas
influências desconhecidas estão agindo sobre a lua, e não temos a menor ideia
do que sejam” (apud BANCROFT,
p.330).
Sobre as estrelas
assim descreve Bancroft: em 1918, uma nova
estrela de primeira grandeza foi descoberta por diversos olhos ao mesmo tempo,
e imediatamente foi verificada pelo observatório de Greenwich.
Outras
descobertas importantes no céu têm seguido em ordem e com suficiente frequência
para trazer o mundo ciente dos sinais nas estrelas, que aumentarão, apontando a
vinda de Cristo e o fim da dispensação (p.330).
2- Sinais na terra. Sinais que estão divididos em: naturais, políticos, tecnológicos e
espirituais. Os sinais naturais se cumprem na natureza física e na humana. Na
física haverá terremotos (Mt 24.7) e na humana haverá pestilência (Mt 24.7).
Os sinais na política
serão notáveis nos acordos entre as nações (Dn 2.7) e nas guerras existenciais
entre os povos (Mt 24.7).
Já os tecnológicos
(Dn 12.4; Na 2.4) se define com o aumento dos transportes, tanto nacionais como
internacionais, nada é senão verdadeiramente fenomenal, quer visto em relação
aos indivíduos que participam dos mesmos, quer aos meios e métodos empregados
(BANCROFT, p.331).
Por fim, os
espirituais se tornarão notórios com o aumento da iniquidade (Mt 24.12), logo
haverá uma apostasias (1 Tm 4.1).
As
duas fases da Segunda Vinda do Senhor Jesus
1- A primeira fase. Será nos ares com o objetivo arrebatar a igreja (1 Ts 4.16,17). Não
será visível a todos.
2- A segunda fase. Juntamente com os santos Jesus virá a terra para reinar por mil anos.
Esta vinda será visível a todos (Mt 24.26,27).
O
arrebatamento
O mesmo Senhor
descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com trombeta de Deus; e os
que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Ts 4.16).
Alarido significa
grande barulho. No texto corresponde ao fato da ressurreição dentre os mortos
que ocorrerá no momento do arrebatamento. Voz de arcanjo indica que israelitas
convertidos ao Senhor Jesus serão também arrebatados para estarem com Cristo
Jesus. Já a trombeta de Deus corresponde com a participação daqueles que
estiverem vivos no momento do arrebatamento da igreja.
O arrebatamento será
no abrir e fechar de olhos e tem como propósitos: a ressurreição dentre os
mortos (1 Co 15.22,23), a transformação dos vivos (1 Co 15.51,52), o
arrebatamento dos fiéis e a apresentação da igreja a Cristo na qualidade de
esposa (Ap 19.7-9).
Por fim, o
arrebatamento é o primeiro tema a ser analisado no que corresponde à doutrina
das últimas coisas.
Além do arrebatamento
da Igreja a presente lição também tratará de três outros temas escatológicos:
grande tribulação, tribuna de Cristo e bodas do Cordeiro. Comentaremos a
respeito da grande tribulação e da bodas do Cordeiro.
Os
dois momentos da Tribulação
A Grande Tribulação
será dividida em dois momentos: no primeiro momento haverá uma paz aparente com
duração de três anos e meio, já no segundo momento a paz será retirada, e logo
a nação escolhida perceberá que o governo é uma armação maligna contra os
israelitas.
Os primeiros três
anos e meio serão marcados por avanços e pela falsa descrição do anticristo,
pois o mesmo aparentará ser bom homem e bom líder, com as características
necessárias para a realidade inicial do período da tribulação. Porém, na metade
da semana, o anticristo fará cessar o sacrifício, ou seja, o mesmo será
conhecido, pois abolirá com a falsa paz (Dn 9.27).
A Grande Tribulação
de forma didática é compreendida em sete verdades:
A primeira verdade é
que a Grande Tribulação será abrangente, pois será de âmbito mundial.
Já a segunda verdade
indica que a Grande Tribulação será o pior tempo de aflição e angústia sobre a
Terra.
A terceira verdade é
que a Grande Tribulação tem uma relação direta com Israel.
A quarta verdade é
que o trio da maldade governará sobe a Terra por sete anos.
Já quinta verdade
corresponde com a salvação no período da Grande Tribulação (Ap 7.9-17).
A sexta verdade
corresponde com o sofrimento e perseguição para com os que não aceitarem a
marca da besta (Ap 12.17;13.15).
E a sétima verdade é
que no final dos sete anos Jesus vencerá o anticristo.
As
bodas do Cordeiro
Há três destaques
especiais em Ap 19.9, a bem-aventurança, os que são chamados e as bodas do
Cordeiro. O termo bodas tem como definição celebração de aniversário de casamento.
Porém, será naquele dia a ceia das bodas do Cordeiro. Em Apocalipse há sete
bem-aventuranças (1.3; 14.13; 16.15; 20.5; 22.7,14), sendo Apocalipse 19.9 a
quarta destas bem-aventuranças. O termo, chamados, tem como significado básico
aqueles que são vocacionados para fazerem parte da noiva do Cordeiro, ou seja,
chamados para a salvação em Jesus Cristo. E por fim, as bodas do Cordeiro, dia
especial para todos os que foram e serão fieis até o dia da Vinda de Jesus.
Essa
festa aqui é um tempo de alegre banquete para ser aproveitado pela Igreja e,
principalmente, pelos vencedores que reinarão com Cristo. A chave para poder
participar do banquete das bodas é a fidelidade a Deus (RADMACHER; ALLEN;HOUSE, p. 793).
As bodas do Cordeiro
será o encontro glorioso da Igreja com o Cordeiro nos céus, de fato, será a
união entre a Igreja e Cristo.
Todos os salvos de
todos os tempos estarão presentes na lista dos chamados. Desde aqueles que
morreram esperando e olhando para as profecias messiânicas, assim como aqueles
que viveram nos dias em que as profecias se cumpriram, ou seja, as bodas do
Cordeiro serão para todos os salvos.
Referência:
BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar, doutrina e
conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de
Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
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