O Mundo
Vindouro
O objetivo geral da
presente lição é expor a doutrina bíblica do milênio do juízo final
e da nova criação de todas as coisas; e como objetivos
específicos: descrevera doutrina bíblica do milênio,
explicar o juízo final e esclarecer a doutrina bíblica sobre a nova criação.
Compreendendo
o Milênio
O milênio será um
período escatológico que ocorrerá após a Grande Tribulação. Os mil anos não
corresponde a um termo figurado, mas corresponde literalmente há mil anos,
sendo que cada ano possuirá 365 dias e entre eles haverá os anos bissextos.
Neste período Satanás estará preso e o acontecimento que marcará o início do
milênio será a ressurreição dos mártires da Grande Tribulação.
1. A
prisão de Satanás
Em três versículos há
a demonstração de como Satanás será preso (Ap 20.1-3). E três pontos são
fundamentais para compreender a prisão de Satanás.
1- Preso por um anjo. O que se conclui é que o anjo terá em suas mãos a
chave do abismo e a autoridade para prender a Satanás. Abismo é equivalente à
palavra hades e sheol. Que quer dizer, lugar escondido, e em determinados
textos da Escritura Sagrada o termo é traduzido pela palavra tártaro, que do
grego significa escuridão.
2- Preso por mil anos. A duração da prisão de Satanás durará mil anos
(v.2,3). Haverá um selo na prisão, isto é, Satanás será impedido de agir de
forma maléfica. Selo no texto indica sela fechada.
3- Preso para não enganar durante mil anos. A única filiação de Satanás narrada na Bíblia é a
mentira (Jo 8.44). Portanto, durante o longo histórico da humanidade Satanás se
ocupou em enganar as nações, porém, esta ação não será desenvolvida no período
do Milênio.
2. Verdades
sobre o Milênio
1- Será um período em que Cristo governará sobre a
Terra. Portanto, este governo de Cristo
será realizado com aqueles que fizeram parte da primeira ressurreição. E estes
terão autoridade sobre os povos da Terra (Ap 20.6; Mt 19.21).
2- Será o período em que a Terra gozará da autêntica
liderança. Pois, neste período haverá paz,
segurança, prosperidade e justiça (Is 2.2-4; Is 65.21-23; Zc 9.10).
3- No período do milênio a natureza será restaurada. A natureza voltará a sua forma original com duas
características consideradas ímpares: perfeita e bela (Is 65.25).
4- Os dias dos viventes serão multiplicados (Is
65.20). A morte estará presente e
atuante no período do milênio, porém, o que morrer com a idade de cem anos será
considerado ainda um jovem.
O reino milenar tem
como objetivo, aproximar a nação de Israel à pessoa de Deus. Por fim, assim
como a igreja primitiva acreditava no arrebatamento, também acreditavam no
Reino Milenar de Jesus Cristo. Portanto, a igreja hodierna também acredita que
em um período escatológico os seus membros de todos os tempos serão sacerdotes
e reis para governarem com Cristo durante mil anos (Ap 1.6).
Compreendendo
o Juízo Final
É necessário
simplificar a temática em três interrogações:
Que
hora será o Juízo Final?
Qual
local será o julgamento?
Quais
serão as bases para o julgamento?
Sobre a hora ou o
tempo do Juízo Final cabe entender a sequência dos fatos registrados no
Apocalipse, que indica, o Juízo será após o reino milenar de Cristo e após a
última apostasia.
O julgamento será entre as duas esferas o céu
e a terra, pois pela presença de quem julgará fugirá o céu e a terra (Ap
20.11).
A base do Juízo Final
é a justiça perfeita de Deus. Deus é justo, perfeito e santo.
1- O julgamento da Besta, do Falso Profeta e do Dragão
Os três personagens
citados serão julgados, anterior à instauração do Juízo Final. A Besta como
representante da política suja deste mundo sofrerá a condenação sem direito ao
último julgamento. Já no caso do falso profeta que é a representação de toda
religiosidade suja surgida desde as narrativas de Gênesis aos dias da
ocorrência do Juízo Final, entre a maldade, violência, corrupção e em destaque
a idolatria, também será condenado sem direito ao último julgamento. É
importante notar que estes inaugurarão o lago de fogo e enxofre.
Já o diabo será
lançado no abismo por mil anos (Ap 20.3) e acabando-se os mil anos, satanás
será solto (Ap 20.7) e porá a prova a geração da era milenar assim como foi
provado Adão. Sendo assim ocorrerá o Gogue e Magogue, ou seja, peleja final e o
fim será o diabo lançado no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10)
2- A instalação do trono branco
Duas são as
características do trono: grande, pois relata da sua grandeza na ótica da
importância do fechamento histórico como da sua abrangência aos fatos históricos
assim como a abrangência do Supremo Juiz.
Haverá também a
presença dos tronos dos justos, ou seja, todos os remidos estarão presente (Ap
20.4) para julgar até mesmo os anjos caídos (1 Co 6.3).
Cristo é o Juiz dos
vivos e dos mortos, como Ele Juiz não há.
Serão abertos os
seguintes livros:
1. Livro da consciência (Rm 2.15).
2. Livro da natureza (Sl 19.1-4).
3. Livro da lei (Rm 2.12).
4. Livro da memória (Lc 16. 25).
5. Livro das obras (Ap 20.12).
Porém, há ênfase ao
livro da vida. Pois neste encontra os nomes daqueles que confiaram e entregaram
as suas próprias vidas a Cristo.
3- O julgamento dos mortos, da morte e do inferno
A segunda
ressurreição é também conhecida como ressurreição dos mortos, pois trata – se
de todos os mortos que morreram em seus delitos e pecados.
Segunda morte trata –
se da separação eterna de Deus.
A morte e o inferno
não são pessoas, entretanto simbolizam os dois grandes castigos que recaíram
sobre a humanidade: experiência física terminal e penalidade eterna. Portanto,
eles também serão lançados no lago de fogo.
Quem é injusto faça
injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça
ainda; e quem é santo seja santificado ainda (Ap 22.11).
Compreendendo
a Nova Criação
Conforme Ap 21.2, do
céu descerá a nova Jerusalém. A primeira palavra, nova, corresponde a uma das
características desta cidade que será uma cidade “Santa” (Ap 21.10). Nova,
cidade desconhecida, guardada para os salvos de todas as épocas (Jo 14.
1-3). Já a segunda palavra Jerusalém,
tem por significado, habitação de paz.
A cidade de Jerusalém
também é conhecida como: Jebus (Jz 19.10), Sião (Sl 87.2), Ariel (Is 29.1),
Cidade de Justiça (Is 1.26), Santa Cidade (Is 48.2), a cidade do grande Rei (Mt
5.35), a cidade de Davi (2 Sm 5.7).
1- Definindo a nova Jerusalém
As descrições, novo
céu, nova terra e nova Jerusalém, se associam a três dimensões: a dimensão
celestial, novo céu; a dimensão terrestre, nova terra; e, a dimensão urbana,
nova cidade.
Já no que corresponde
à nova Jerusalém, três são os indicadores que define a nova Jerusalém ao
patamar de uma cidade sublime:
Primeiro, a grande
cidade (Ap 21.10), logo a grandeza da cidade corresponde ao suprimento da
necessidade dos seus habitantes.
Em segundo, a santa cidade (Ap 21.10), isto é, a cidade é perfeita e livre de todo
mal.
Por fim, em terceiro
a cidade descerá do céu, por isso, haverá nela a glória de Deus (Ap 21.10).
2- As características da nova Jerusalém
Os detalhes inseridos
no texto sagrado da nova Jerusalém indica que ela é uma cidade real. Cidade
cujo construtor também é real (Hb 11.10). Se o mundo atual afetado pelo pecado
possui as suas maravilhas o que será dito da nova cidade em que nela não haverá
maldição (Ap 22.3), não haverá necessidade dos governos naturais que governam
os dias e as noites - sol, lua e estrelas – (Ap 22.5), não haverá mais morte,
nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas (Ap
21.4).
3- Perfeição e eternidade da nova Jerusalém
Para um mundo perfeito
é necessário que exista uma composição com elementos essenciais como a de um
governo capaz somada com habitante consciente, que desfrute de conhecimentos,
comunhão e vivam em amor. Por muitos anos esta tem sido à busca de homens para
uma sociedade melhor, porém, estas teorias ao serem executadas pelo o homem
eliminou o essencial que é a presença de Deus. Ou seja, não haverá uma
sociedade justa com a ausência de Deus. Na nova Jerusalém a perfeição será real
porque o próprio Deus a governará com isto os habitantes serão os salvos de
todas as épocas que possuirão conhecimento perfeito e desfrutarão da perfeita
comunhão e do perfeito amor.
Na Nova Jerusalém o
amor de fato será sincero, generoso e longânimo. A perfeição do amor de Deus na
nova Jerusalém se manifestará no amor que galardoa os salvos (Tg 1.12).
O primeiro livro da
Bíblia é o de Gênesis, o livro do princípio, enquanto o último livro é o de
Apocalipse que corresponde a revelações. Todavia, o primeiro como o último
livro da Bíblia possui relações diretas no que trata a ordem da história da
humanidade, se em Gênesis encontra-se as origens das coisas, em Apocalipse o
conhecimento do desfecho de todas as coisas torna-se notável. Mas, os últimos
capítulos de Apocalipse são conhecidos como o gênesis do apocalipse, portanto
as origens de uma nova época encontram se nos capítulos finais de Apocalipse.
No demais, irmãos,
fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6.10) porque a nova cidade
está nos céus, donde também se espera o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp
3.20).
Bom estudo e boa
aula!
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