Encontrando o
Nosso Próximo
Conforme escreveu o
apóstolo Paulo três virtudes definem o autêntico cristão: a esperança, a fé e o
amor. Portanto, o amor é a maior dentre todas as virtudes (1Co 13.13). Paulo
salienta ainda que quem ama tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co
13.7).
Tendo como ponto
central o amor ao próximo, a verdade prática transmite a seguinte descrição: Amar ao próximo inclui amar até mesmo aqueles que nos
aborrecem, pois encontramos em Deus o maior exemplo de que tal amor é possível.
Traduzir
os ensinamentos apreendidos nesta aula em prática na realidade é o objetivo geral da presente lição. E os objetivos específicos são:
Interpretar
a parábola do bom samaritano;
Reafirmar
que a compaixão e a caridade são intrínsecas à fé salvadora;
Conscientizar
de que o nosso próximo é qualquer pessoa necessitada;
I – INTERPRETAÇÃO
DA PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO
A parábola em estudo
apresenta os seguintes personagens: um viajante, os salteadores, o sacerdote, o
levita, o samaritano e o hospedeiro.
O viajante de
Jerusalém para Jericó é o personagem que receberá a atenção do samaritano, isto
é, a demonstração de amor, porém é o mesmo personagem que recebeu a rejeição
por parte do sacerdote e do levita, apesar de ter sido violentado pelos os
salteadores.
Os salteadores
representam aqueles que possuem como filosofia de vida: o que
é seu é meu. Ou seja, os ladrões vivem por tirarem o que
pertence ao próximo.
O sacerdote e o
levita terão na parábola a mesma descrição filosófica: o que
é meu é meu, logo não pertence ao próximo.
Portanto, o samaritano
descreve na ação a filosofia de vida pertencente aos servos de Deus, o que é meu é seu, isto é, filosofia de
vida que expressa a realidade do amor ao próximo.
Já o hospedeiro
corresponde aquele que está de prontidão para receber e atender com dedicação os
necessitados.
Para Champlin o
próximo:
a)
[...] pode ser uma pessoa inteiramente desconhecida. (b) O próximo pode ser uma raça diferente, e até mesmo desprezada. (c) O “próximo” pode ser pessoa de outra
religião, até mesmo conhecida como herética. (d) Contudo, os cuidados de Deus
por toda a humanidade devem manifestar-se na vida de todos quantos são chamados
pelo nome (apud GABY &
GABY, 2018, p. 96).
II –
COMPAIXÃO E CARIDADE SÃO INTRÍSECAS À FÉ SALVADORA
A ação do samaritano
pode ser sintetizada com duas palavras: compaixão e caridade.
Compaixão é o ato de
não ser indiferente ao próximo, enquanto a piedade corresponde em sentir a dor
do próximo sem necessariamente se envolver com a solução do problema enfrentado
pelo necessitado, já a compaixão se relaciona em por em prática à piedade pelo
próximo, isto é, é a ação desenvolvida para solucionar o problema enfrentado
pela pessoa carente. Fato que é visível com o personagem do bom samaritano que
cuidou do viajante necessitado.
A caridade como termo
linguístico tem sofrido variações significativas, a palavra no período bíblico
tinha como significado o amor, porém na atualidade corresponde com ações voltadas
a auxílio aos mais carentes. O bom samaritano demonstrou o amor ao próximo,
logo foi caridoso para com o necessitado.
O
samaritano da parábola não somente aproxima-se do jovem moribundo, não somente
se compadece do mesmo, mas decide curá-lo, dar-lhe atendimento de emergência e
conduzi-lo a uma estalagem. O amor do samaritano ao próximo é expresso em
atitudes, em ações e não teme suportar os gastos quando promete ao
estalajadeiro pagar todas as despesas que porventura tiver com o jovem ferido (GABY
& GABY, 2018, p. 99).
III –
O NOSSO PRÓXIMO É QUALQUER PESSOA NECESSITADA
Portanto, toda pessoa
que necessita de auxílio é tido como o nosso próximo. Porém, ajudar o próximo
não garante a salvação, mas corresponde com as ações daqueles que são salvos em
Cristo Jesus.
O amor
pelos outros é a regra de ouro do Novo Testamento. Nossos atos têm de ser
determinados por isso; temos de fazer pelos outros – e tudo – o que esperamos
que fizessem por nós.
[...]
Mas
o amor não é tolo. Ele deseja sinceramente só o que ajuda, encoraja e beneficia
os outros. Isso, às vezes, pode significar ajuda-los gentilmente a lidar com
algum pecado ou falta em sua vida de fé. O amor tem origem na preocupação
profunda e genuína pelo bem-estar dos outros (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, pp. 756,757).
Em suma, amar o
próximo é auxiliá-lo a ter maior aproximação para com Deus. Pois, o bom
samaritano usou azeite e vinho para cuidar das feridas do viajante, assim como
pagou ao hospedeiro com dinheiro. O cristão necessita usar a unção outorgada
por Deus (azeite), a alegria da salvação (vinho) e os dons (dinheiro) para
conduzir os necessitados à presença do Senhor, ação a ser desenvolvida com
amor.
REFERÊNCIA
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e
princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013.
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