Deus é Fiel

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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Subsídio da EBD: O Perigo da Indiferença Espiritual


O Perigo da Indiferença Espiritual
O evangelista João é bem declarativo no que corresponde o ministério particular de Jesus, fase ministerial em que o Messias atende as necessidades dos discípulos. No capítulo 15 Jesus se apresenta como a Videira Verdadeira, enquanto o Pai é o Lavrador, e os cristãos de maneira geral são as varas, porém no contexto percebem-se as seguintes palavras do Senhor: vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando (Jo 15.14).
Jesus é o nosso modelo de amor (v.13). E a comunhão com Ele é a razão para amar como Ele ama. Se os cristãos obedecem ao mandamento de Jesus de amar, eles terão comunhão e amizade com Ele. Veja que amizade, ao contrário de filiação, não é um dom dado de uma vez por todas, mais algo que cresce conforme há obediência ao mandamento de Jesus para amar (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.269).
O objetivo geral da presente lição é: destacar a importância da obediência e alertar para os perigos da indiferença espiritual.
Já os objetivos específicos são:
Interpretar a parábola dos dois filhos;
Alertar para os perigos de a prática não ser condizente com o discurso;
Incentivar a prática da obediência;
Há uma curiosidade, pois a parábola é trabalhada apenas nos escritos de Mateus, fato que permite entender o porquê do segundo filho representar a Israel, que em primeiro momento promete obedecer, porém em suas atitudes demonstra total desobediência ao querer do Pai.
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS FILHOS
A parábola em estudo apresenta os seguintes personagens: o pai e dois filhos.
O pai representa a pessoa de Deus, que tem autoridade e tem possibilitado o livre acesso do ser humano à sua presença. Logo, a parábola descreverá duas questões básicas: a autoridade e a possibilidade do relacionamento pessoal com Deus.
O primeiro filho desobedece em palavras, porém arrepende-se e obedece com atitude. Este filho não reconheceu a autoridade de seu pai, entretanto reconheceu a necessidade de se relacionar perfeitamente com o pai.
Já o segundo filho promete obediência por meio das palavras, porém desobedece com atitude. Portanto, o segundo filho reconhece a autoridade, mas não percebe a necessidade de ser relacionar pessoalmente com o pai.
Mas de que maneira maravilhosa o primeiro filho nos fala ao coração. No passado, nós podemos ter rejeitado a Deus. Mas a porta para a filiação permanece aberta. Nós podemos decidir, agora, submeter-nos a Ele. E ao submeter-se a Ele e reivindicar as promessas que Deus nos faz em Cristo, o pior dos pecadores pode torna-se um filho de Deus (RICHARDS, p.71).
II – QUANDO AS PALAVRAS NÃO SE COADUNAM COM A PRÁTICA
As palavras proferidas pelos cristãos devem dá frutos para o bem e não para o mal. Assim, como o arrependimento proporciona a prática de boas obras. Em fim, as palavras não devem se posicionar contrária à ação.
O presente tópico apresenta duas descrições básicas para a compreensão do mesmo: primeira, compreender o significado prático do arrependimento; e, segundo, entender o autêntico significado da tristeza segundo Deus.
Arrependimento é:
A mudança da mente e coração que leva à mudança de atitude; desviar-se sinceramente de pecado para voltar-se para Deus. O arrependimento confessado a Deus e a fé em Jesus Cristo formam a base em que as pessoas podem conhecer a Deus por si mesmas (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, pp. 792).
Já o arrependimento quando transmite tristeza segundo Deus pode ser assim compreendido:
A genuína tristeza gerada pelo arrependimento quanto ao pecado cometido leva pessoa uma mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo arrependimento significa voltar-se par Deus, que é o Salvador, o arrependimento resulta em libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2). Infelizmente, o tipo de tristeza que o mundo gera opera a morte (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.467).
III – UM CHAMADO A FAZER A VONTADE DE DEUS
A desobediência demonstra desrespeito à autoridade e a falta de intimidade para com Deus, portanto o desobediente não tem possibilidade de realizar a vontade do Senhor. Verdade que se torna visível na vida de Adão que por desobedecer a Deus perdeu a comunhão demonstrada na visita do Senhor que ocorria todos os dias, fato que era comum antes da consumação do pecado.
Portanto, Jesus em sua obra proporciona ao ser humano a aproximação para com o Pai, mas é necessário que os indivíduos reconheçam suas próprias necessidades e busquem a Deus de todo o coração.
Na Bíblia há três tipos específicos de chamados: o primeiro, Deus chama o homem ao arrependimento; o segundo, Deus chama o homem para servi-lo; e, o terceiro, Deus chama o homem para desfrutar da glorificação. A presente lição ratifica a importância do chamado para a salvação que tem o arrependimento como elo que outorga transformação espiritual.
REFERÊNCIA
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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