Deus é Fiel

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domingo, 4 de novembro de 2018

Subsídio da EBD: Sinceridade e Arrependimento Diante de Deus


Sinceridade e Arrependimento Diante de Deus
Oração e arrependimento são as duas ações descritivas da vida cristã tratadas na presente lição, sendo que a verdade prática proporciona o despertamento do cristão para com o:
Cuidado com o orgulho e a arrogância espiritual, pois ambos são pecados perante Deus e devem ser confessados e abandonados.
A lição tem como objetivo geral:
Ressaltar a sinceridade e o arrependimento como duas virtudes importantíssimas para o cristão.
Portanto, a parábola em estudo será a do fariseu e do publicano que realça a importância de orar com humildade e dependência para com Deus, pois “Quando oramos a Deus, devemos confiar em quem Ele é, e não em quem nós somos. Jesus ensina que são felizes os humildes de espíritos; aqueles que reconhecem a sua real condição diante de Deus” (GABY & GABY, 2018, p. 73).
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
O primeiro tópico tem como objetivo específico: interpretar a parábola do fariseu e do publicano.
 Os fariseus formavam um partido religioso puritano, que tinham como objetivo a observância da Lei de Moisés. Eram conhecidos por acreditarem na existência dos anjos, dos demônios e da vida após a morte. Em número de pessoas era considerado um grupo pequeno, porém possuía grande influência na vida social e tinham como componentes a maioria dos escribas. Os dois pesos a este grupo na narrativa do Novo Testamento passam a serem a falta de amor e o orgulho.
[...] Fariseu significa “separado”, porque não somente se separava dos outros povos, mas também dos outros israelitas. Os fariseus observavam as práticas de forma minuciosa; contudo, esqueciam do espírito da Lei [...] (GABY & GABY, 2018, p. 73).
Já os publicanos eram cobradores de impostos e sempre eram classificados como e com os pecadores, logo estes eram definidos por possuírem má reputação.
Segundo a parábola os dois homens subiram ao templo, a orar, porém um deles desceu justificado, enquanto a oração do segundo não foi ouvida.
Dois homens oram; um é ouvido enquanto a oração do outro não ultrapassa o teto [...].
[...] Mas as Boas-Novas dizem respeito a Deus fazer as coisas para os pecadores, a começar com o perdão dos pecados deles. Por isso, o publicano conheceu a paz com Deus, enquanto o fariseu foi para casa só com sua própria autoestima.
Deus nos ouve quando reconhecemos a ruína espiritual que a Bíblia diz que somos (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p.603).
II – A HIPOCRISIA DO FARISEU
A oração do fariseu torna-se hipócrita por ser uma autoapresentação de inverdades. Quem justifica o homem é Deus. Deus deu testemunho de Abraão, chamando-o de amigo (Is 41.8); deu testemunho de Jó, chamando de íntegro (Jó 1.8); deu testemunho de Gideão, chamando-o de varão valoroso (Jz 6.12); deu testemunho de Davi, chamando-o de homem conforme o meu coração (At 13.22); e, deu testemunho de Daniel, chamando-o de homem mui desejado (Dn 10.11). Porém, no caso da parábola Deus não deu testemunho do fariseu, mas o fariseu se autoapresentou a Deus como sendo superior ao publicano.
Arrogância pode ser definida como comportamento excessivamente orgulhoso, soberbo e presunçoso. A palavra grega para arrogância é ύβρίς, que corresponde com insolência, tratamento desrespeitoso, ultraje, orgulho, soberba e altivez.
A respeito da oração arrogante do fariseu, assim escreveu Gaby e Gaby:
A oração do fariseu inicialmente mostra quem ele é. Em seguida, ele passa a destacar as obras excelentes que ele realiza. Excedia o jejum prescrito na lei (Lv 16.29ss) com mais dois jejuns semanais. Excedia o dízimo (Lv 27.30,32; Nm 18.21,24). Ele realmente agradece por quem ele é, mas não contente com isso, agradece também pelo que ele faz para Deus. (GABY & GABY, 2018, p. 78).
III – A SINCERIDADE DO PUBLICANO
A oração do publicano foi aceita porque ter sido realizada com sinceridade e arrependimento, logo o objetivo específico do tópico é contrastar a postura do publicano em relação à do fariseu.
A sinceridade do publicano é bem definida nas palavras dos pastores Gaby e Gaby:
[...] O publicano sequer consegue formular muitas palavras. Nem mesmo fazendo promessas ele conseguiria obter quaisquer direitos. Ele tem consciência de sua condição. Ele se prostra em sinceridade e arrependimento. A sua condição o permite apenas render-se inteiramente às mãos de Deus (GABY & GABY, 2018, pp. 80,81).
Arrependimento significa retornar e se dedicar a Deus, isto é, corresponde com o abandono do pecado. O pecado é tudo aquilo que separa o ser humano de Deus. O autêntico arrependimento proporciona a ocorrência de dois elementos: ódio ao pecado (Sl 97.10) e a tristeza por causa do pecado (2 Co 7.10).
O arrependimento é o primeiro aspecto da experiência inicial da salvação experimentada pelo crente, experiência essa que é chamada conversão. A conversão autêntica é uma parte essencial e a prova da regeneração. A regeneração é a obra de Deus no íntimo e a conversão é a exteriorização da salvação, por parte do homem, através do arrependimento e da fé. O arrependimento tem muito de negativo e diz ao pecado em seus muitos aspectos e formas, especialmente ao pecado da incredulidade (BANCROFT, p. 235).
O arrependimento outorga liberdade das prisões manifestadas pela ação dominadora do pecado. Pois, o pecado escraviza o indivíduo e retira a alegria outorgada por Deus. O arrependimento corresponde com uma entrega à pessoa de Deus, para que por meio da santificação o Espírito Santo de Deus outorgue as transformações necessárias no interior do cristão.
Percebe-se também que o arrependimento positivo permite que o sentimento de culpa o acompanhe, assim também como a tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A genuína tristeza gerada pelo arrependimento quanto ao pecado cometido leva a pessoa a uma mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo arrependimento significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o arrependimento resulta em libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2). Infelizmente, o tipo de tristeza que o mundo gera opera a morte (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.467).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

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