Perdoamos
Porque Fomos Perdoados
Uma das
características do cristão é saber perdoar, ação que proporciona o verdadeiro
conhecimento para com aqueles que servem a Deus, e que por Deus são conhecidos.
A lição transmite a
seguinte descrição na verdade prática: Assim como Deus
nos perdoa graciosamente, precisamos perdoar aqueles que nos ofendem.
Sendo que a presente
lição tem como objetivo geral:
E como objetivos específicos:
Interpretar
a parábola do credor incompreensivo;
Ilustrar
o grande favor que recebemos de Deus;
Sensibilizar
demonstrando o nosso compromisso em perdoar porque fomos perdoados;
Portanto, o termo perdão
pode ser definido com as seguintes palavras:
A
libertação de uma pessoa da culpa e seus resultados; ato de amor que restaura
um relacionamento rompido (GUIA
CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, pp.812,813).
I – INTERPRETAÇÃO
DA PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPREENSIVO
A parábola em estudo
apresenta três personagens específicos:
Um credor.
Um devedor e credor.
Um segundo devedor.
O primeiro
apresentado como credor era um rei que tinha como devedor um indivíduo que lhe
devia dez mil talentos (o devedor e credor da parábola), um talento
correspondia com 6.000 denários, isto é, no período correspondia com 6.000 dias
de trabalho. O devedor do rei implorou o perdão, dádiva que lhe foi concebida.
É
difícil achar um equivalente no sistema monetário moderno [...] compara um
talento com cerca de dez milhões de dólares americanos. Trata-se de uma dívida
impagável (GABY & GABY, 2018, p. 86).
Ao receber o perdão,
o devedor e credor da história, encontra com o conservo que lhe devia cem
dinheiros, o que pode ser atualizado com vinte
dólares americanos, uma soma insignificante comparada àquela que o oficial da
corte devia ao rei (GABY & GABY, 2018, pp. 80,81). Porém, o
servo incompreensivo lança este na prisão, sendo que a aprendizagem que se pode
aprender deste servo é que ele recebeu o perdão, mas não soube perdoar.
Por fim, aparece um
terceiro personagem que pediu perdão ao seu credor, porém não foi perdoado.
Entretanto, o
primeiro tópico ensina que aqueles que receberam o perdão deverão também
perdoar. Logo, o credor representa a pessoa de Deus, que nos perdoou de todos
os pecados; o devedor e credor é o tipo figurativo do servo de Deus que por ter
recebido o perdão deverá também perdoar, fato não visível na parábola; e, o
devedor representa aqueles que estão com falta perante os servos de Deus, que
não deverá ser condenado, mas em contra partida deverá ser perdoado pelos
cristãos.
II –
EM CRISTO, DEUS PAGOU AS NOSSAS DÍVIDAS
Conforme os seguintes
textos da Bíblia Sagrada (Gn 2.17; Rm 5.12; Rm 6.23) a morte é consequência do
pecado. Com outras palavras Champlin expressa que a morte é a punição contra o
pecado (p.363).
Tiago em sua epístola
corrobora com o enunciado acima: depois havendo a
concupiscência concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera
a morte (Tg 1.15). Logo, a morte é consequência direta do pecado
de Adão.
Já o capítulo 8 da
carta aos Romanos é um dos textos da Escritura Sagrada mais citado nas reuniões
dos cristãos. Pois, há uma forte dissertação a respeito da vida segundo o
Espírito, dividido em duas ações, sendo estas, o andar e o viver segundo o
Espírito.
Portanto, para os que
andam e vivem segundo o Espírito não há nenhuma condenação. A palavra
condenação que tem como termo legal do grego katakrima (κατάκριμα), significa
pronunciar julgamento contra alguém. Logo, nos registros celestiais não há
nenhum juízo de condenação para os que estão em Cristo. Assim também como não
há nenhuma condenação no sentido de obrigação para o crente. Mas, para os que
não estão em Cristo e que andam segundo a carne há condenação.
Em suma, a dívida era
impagável, porém a graça revelada em Jesus Cristo justifica o indivíduo,
levando-o à categoria de justo, Logo, perante Deus mediante a graça o ser
humano é declarado íntegro.
O perdão
é disponibilizado só ao preço da morte de Cristo, e Deus o dá de forma
permanente e gratuita. Ser perdoado não só significa apagar nossos pecados
passados – mas também o começo de uma nova maneira de viver. Como Deus nos
perdoa, podemos usufruir de sua amizade e aceitação rompido (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p. 486).
III –
UMA VEZ PERDOADOS, AGORA PERDOAMOS
Para Andrade o perdão
pode ser definido com as seguintes palavras:
Remissão
de pecados. Nem sempre, porém, o perdão livra o ofensor das penalidades do
pecado. No caso de Davi, por exemplo, embora fosse prontamente perdoado, teve
de arcar com as consequências de seu crime. Neste caso, a dívida de Davi para
com Deus, foi prontamente quitada. Mas para com a sociedade, a questão era
outra (1997, p.203).
No caso do cristão
que libera o perdão, a ação não poderá conter mágoa, mas ao contrário a
deliberação do perdão deverá ser sincera e expressiva no outorgar a
justificação do próximo sem a utilização da penalização, pois perdoar não se
concluir com a condenação, mas com a justificação.
REFERÊNCIA
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas.
Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 4. São Paulo: Hagnos, 2014.
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e
princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013.
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