Deus é Fiel

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terça-feira, 13 de novembro de 2018

Subsídio da EBD: Perdoamos Porque Fomos Perdoados


Perdoamos Porque Fomos Perdoados
Uma das características do cristão é saber perdoar, ação que proporciona o verdadeiro conhecimento para com aqueles que servem a Deus, e que por Deus são conhecidos.
A lição transmite a seguinte descrição na verdade prática: Assim como Deus nos perdoa graciosamente, precisamos perdoar aqueles que nos ofendem.
Sendo que a presente lição tem como objetivo geral:
Sublinhar a importância do perdão, tendo como referência o fato de termos sido perdoados por Deus.
E como objetivos específicos:
Interpretar a parábola do credor incompreensivo;
Ilustrar o grande favor que recebemos de Deus;
Sensibilizar demonstrando o nosso compromisso em perdoar porque fomos perdoados;
Portanto, o termo perdão pode ser definido com as seguintes palavras:
A libertação de uma pessoa da culpa e seus resultados; ato de amor que restaura um relacionamento rompido (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, pp.812,813).
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPREENSIVO
A parábola em estudo apresenta três personagens específicos:
Um credor.
Um devedor e credor.
Um segundo devedor.
O primeiro apresentado como credor era um rei que tinha como devedor um indivíduo que lhe devia dez mil talentos (o devedor e credor da parábola), um talento correspondia com 6.000 denários, isto é, no período correspondia com 6.000 dias de trabalho. O devedor do rei implorou o perdão, dádiva que lhe foi concebida.
É difícil achar um equivalente no sistema monetário moderno [...] compara um talento com cerca de dez milhões de dólares americanos. Trata-se de uma dívida impagável (GABY & GABY, 2018, p. 86).
Ao receber o perdão, o devedor e credor da história, encontra com o conservo que lhe devia cem dinheiros, o que pode ser atualizado com vinte dólares americanos, uma soma insignificante comparada àquela que o oficial da corte devia ao rei (GABY & GABY, 2018, pp. 80,81). Porém, o servo incompreensivo lança este na prisão, sendo que a aprendizagem que se pode aprender deste servo é que ele recebeu o perdão, mas não soube perdoar.
Por fim, aparece um terceiro personagem que pediu perdão ao seu credor, porém não foi perdoado.
Entretanto, o primeiro tópico ensina que aqueles que receberam o perdão deverão também perdoar. Logo, o credor representa a pessoa de Deus, que nos perdoou de todos os pecados; o devedor e credor é o tipo figurativo do servo de Deus que por ter recebido o perdão deverá também perdoar, fato não visível na parábola; e, o devedor representa aqueles que estão com falta perante os servos de Deus, que não deverá ser condenado, mas em contra partida deverá ser perdoado pelos cristãos.
II – EM CRISTO, DEUS PAGOU AS NOSSAS DÍVIDAS
Conforme os seguintes textos da Bíblia Sagrada (Gn 2.17; Rm 5.12; Rm 6.23) a morte é consequência do pecado. Com outras palavras Champlin expressa que a morte é a punição contra o pecado (p.363).
Tiago em sua epístola corrobora com o enunciado acima: depois havendo a concupiscência concebido, dá a luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg 1.15). Logo, a morte é consequência direta do pecado de Adão.
Já o capítulo 8 da carta aos Romanos é um dos textos da Escritura Sagrada mais citado nas reuniões dos cristãos. Pois, há uma forte dissertação a respeito da vida segundo o Espírito, dividido em duas ações, sendo estas, o andar e o viver segundo o Espírito.
Portanto, para os que andam e vivem segundo o Espírito não há nenhuma condenação. A palavra condenação que tem como termo legal do grego katakrima (κατάκριμα), significa pronunciar julgamento contra alguém. Logo, nos registros celestiais não há nenhum juízo de condenação para os que estão em Cristo. Assim também como não há nenhuma condenação no sentido de obrigação para o crente. Mas, para os que não estão em Cristo e que andam segundo a carne há condenação.
Em suma, a dívida era impagável, porém a graça revelada em Jesus Cristo justifica o indivíduo, levando-o à categoria de justo, Logo, perante Deus mediante a graça o ser humano é declarado íntegro.
O perdão é disponibilizado só ao preço da morte de Cristo, e Deus o dá de forma permanente e gratuita. Ser perdoado não só significa apagar nossos pecados passados – mas também o começo de uma nova maneira de viver. Como Deus nos perdoa, podemos usufruir de sua amizade e aceitação rompido (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p. 486).
III – UMA VEZ PERDOADOS, AGORA PERDOAMOS
Para Andrade o perdão pode ser definido com as seguintes palavras:
Remissão de pecados. Nem sempre, porém, o perdão livra o ofensor das penalidades do pecado. No caso de Davi, por exemplo, embora fosse prontamente perdoado, teve de arcar com as consequências de seu crime. Neste caso, a dívida de Davi para com Deus, foi prontamente quitada. Mas para com a sociedade, a questão era outra (1997, p.203).
No caso do cristão que libera o perdão, a ação não poderá conter mágoa, mas ao contrário a deliberação do perdão deverá ser sincera e expressiva no outorgar a justificação do próximo sem a utilização da penalização, pois perdoar não se concluir com a condenação, mas com a justificação.
REFERÊNCIA
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 4. São Paulo: Hagnos, 2014.
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

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