Precisamos de
Vigilância Espiritual
Vigiar corresponde a
ficar sem sono e acompanhar de perto, isto se pode definir na prática com o
viver atento para não cair em tentação, fato corroborado na Verdade Prática: Mesmo com oração, a ausência de vigilância é terreno propício
para que a tentação encontre brechas e nos conduza à derrota espiritual.
A respeito do texto áureo pode definir que:
Os
discípulos precisavam ficar acordados e orar porque em breve seriam provados. A
palavra carne aqui se refere à natureza humana. O contraste entre a natureza
dos discípulos e a força do Senhor é impressionante. Já que a carne é fraca,
todo filho de Deus precisa de poder sobrenatural (Rm 8.3,4) (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p.79).
O objetivo geral da
presente lição é: conscientizar a respeito da necessidade de
vigilância espiritual.
Já os objetivos
específicos são:
Interpretar
a parábola dos dois servos;
Reafirmar
a necessidade de se ter vigilância;
Valorizar
o exercício do discernimento;
I – INTERPRETAÇÃO
DA PARÁBOLA DOS SERVOS
A parábola em estudo
apresenta os seguintes personagens: o senhor e dois servos, (o fiel e o mal
servo).
O bom servo é
caracterizado na parábola por ter as seguintes características: fidelidade, prudência
e zelo. Ser fiel a alguém corresponde a estar bem consigo e a entender o valor
e os efeitos da fidelidade. A ausência da fidelidade no mundo estar associada
com a multiplicação da iniquidade, porém, quando a fidelidade se manifesta não
há lugar para insegurança. Prudência corresponde o saber discernir para a
efetuação da ação correta. Enquanto, ser zelo indica a ação de quem é cuidadoso
naquilo que se desenvolve.
Já o mal servo é apresentado
por atitudes antiéticas: espancador e não controlador dos próprios impulsos, ou
seja, o mal servo não possui como virtude a temperança.
II –
UM CHAMADO À VIGILÂNCIA
A vigilância está
diretamente relacionada com os cuidados próprios para com a vida espiritual,
assim como para com a vinda do Senhor Jesus. No que corresponde com a vida
espiritual é necessário que o cristão venha dedica-se a cada dia ao Senhor, já
no que corresponde à vinda de Jesus é necessário que os cristãos estejam
atentos para com os sinais.
Sinais que se cumprem
na Igreja, nos céus e na terra. É necessário que os cristãos vigiem no que
corresponde a apostasia que é um sinal que demonstra que Jesus breve virá.
A apostasia é um
adultério espiritual, ou seja, é uma traição a Deus. Assim escreve Lima:
Apostasia
(gr. apostasia) significa desvio, afastamento, abandono. Tem o sentido também
de revolta, rebelião, no sentido religioso. Numa definição clara, apostasia que
dizer abandono da fé [...] Apostasia, no original do Novo Testamento, vem do
verbo aphistemi, com o sentido de rejeitar uma posição anterior, aderindo a
posição diferente e contraditória á primeira fé, repelindo-a em favor de nova
crença (2015, p.23).
A apostasia é o
abandono premeditado da fé. E conforme os ensinos bíblicos é adultério
espiritual. No contexto ministerial há líderes que se apostataram da fé,
abraçando posições que outrora eram rejeitas pelo mesmo. Porém, o maior
problema causado por tal atitude se refere ao desvio de uma comunidade. Líderes
que mudam suas concepções erroneamente levam consigo inúmeras pessoas. E por
passar o tempo percebe-se o fracasso espiritual destas famílias.
III –
VIVENDO COM DISCERNIMENTO
Despenseiros são
mordomos ou administradores de uma casa. Como despenseiros de Deus o cristão é
o administrador da igreja que tem como missão edificar os outros, e desenvolver
um ministério sóbrio, vigilante, hospitaleiro e fiel.
A ética cristã possui
duas dimensões: vertical e horizontal. A primeira dimensão se resume no amor
ágape, isto é, no amor de Deus para com o homem e assim vice versa, pois “nós o
amamos, por que Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Já a segunda dimensão
corresponde com o amor ao próximo.
É de responsabilidade
do líder cristão, amar a todos os que estão a sua volta e todos os que estão ao
alcance da sua administração.
A parábola do bom
samaritano apresenta ações do verdadeiro despenseiro:
Primeira ação,
entender o necessitado.
Segunda ação, cuidar
do necessitado.
Terceira ação,
hospedar o necessitado.
E por último, como
quarta ação, suprir a necessidade do necessitado.
Em suma, a ação do
bom samaritano se resume no serviço do cristão em abençoar a todos os que
necessitam da multiforme graça de Deus (Lc 10.25-37).
Referência
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas, esperança e glória para os salvos. Rio
de Janeiro: CPAD, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
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