Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Subsídio da EBD: Esperando, mas trabalhando no Reino de Deus


Esperando, mas trabalhando no Reino de Deus
Sobre o Reino de Deus é necessário compreender que é um dom presente, possui um Rei presente, não é a Igreja, porém é eterno e pertence somente a Deus.
O Reino de Deus é um dom presente. Pois, o Reino de Deus não se limita ao domínio dinâmico de Deus, mas é utilizado para designar e abranger a dádiva da vida e da salvação pelo intermédio do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
O Reino possui o Rei presente. Deus é o Senhor do Reino, logo, Deus é quem busca, Deus é quem convida e Deus é quem julga.
Em terceiro o Reino não é a Igreja, mas a Igreja é criada pelo Reino e dá testemunho do Reino, pois a Igreja é a agência do Reino e é a guardadora do Reino.
O Reino de Deus é eterno e pertence somente a Ele. O Senhor está no controle de todas as coisas. Os decretos de Deus deixa esta verdade notável, quando se aprende que os decretos de Deus são eternos, são para a sua glória e são imutáveis. E os decretos de Deus se manifestam na criação, na providência divina, na restauração espiritual e na consumação de todas as coisas.
Portanto, o objetivo geral da presente lição é: incentivar o desenvolvimento do dom recebido do Senhor ao mesmo tempo em que aguardamos a vinda dEle.
Já os objetivos específicos são:
Interpretar a parábola dos dez talentos;
Incentivar a utilização consciente e responsável dos talentos recebidos de Deus;
Conscientizar de que nosso dever é trabalhar até a Vinda do Senhor;
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS DEZ TALENTOS
A interpretação da parábola é bem sintetizada nas seguintes palavras de Gaby e Gaby:
A presente parábola retrata a época da morte de Jesus e da sua ressurreição até o segundo advento e teria sido dirigida aos seus discípulos com o objetivo de motivá-los a levar uma vida pautada nos valores. O homem rico a quem os servos se referiram como “Senhor” que iria partir é uma representação Do Senhor Jesus Cristo. A viagem a um país distante se refere à sua partida para o céu, após a sua ascensão. Os servos eram em princípio os doze discípulos a quem Jesus dirigiu a parábola, e num sentido mais amplo, dizia respeito a todas as pessoas nascidas de novo. Os talentos são os dons que o Senhor entregou aos seus servos. O seu retorno seria o equivalente ao segundo advento e a recompensa, ou o castigo, seriam uma representação do destino dos salvos ou não-salvos (2018, p. 132).
II – USANDO A NOSSA CAPACIDADE PARA O REINO DE DEUS
Três são os tipos de chamados de Deus para com o homem: primeiro, Deus chama para a salvação; segundo, Deus chama para o serviço; e, terceiro, Deus chama para a glorificação.
Quando Deus chama alguém para o serviço, Deus capacita, outorgando potencialidade necessária para que ocorra o crescimento do Reino. Logo, talentos são dons outorgados por Deus aos seus servos para que a mensagem do Reino seja propagada e vidas sejam alcançadas.
Os dons de maneira didática no Novo Testamento são apresentados em três categorias: dons de serviço, dons espirituais e dons ministeriais.
Dons de serviço correspondem com o ofício diaconal, exortação, repartir, presidir e exercer misericórdia. Os dons de serviço correspondem com atos em benefício ao próximo.
Já os dons espirituais são representados em um grupo de nove e são divididos em três subgrupos.
Primeiro subgrupo o de revelação: sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos.
Segundo subgrupo o de poder: dom da fé, dons de curar e dons de operações de maravilhas.
E o terceiro e último subgrupo os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas.
Já os dons ministeriais são classificados da seguinte maneira:
Apóstolo – dom especial e agregador dos demais ofícios.
Profeta – dom revelador e anunciador das maravilhas do Senhor.
Evangelista – dom que corresponde ao ato de ir ao encontro dos perdidos.
Pastor – dom administrativo.
Doutor – dom solucionador que proporciona conhecimento aos membros do corpo de Cristo.
III – TRABALHANDO ATÉ O SENHOR VOLTAR
O Tribunal de Cristo ocorrerá no céu, enquanto que os ímpios estarão passando pela Grande Tribulação na terra. Já o Juízo do Grande Trono Branco ocorrerá após o milênio e no momento deste evento passará o céu e terra.
Para o cristão é necessário que este esteja em Jesus Cristo, pois esta é a condição para ser salvo e para permanecer salvo. O escritor aos Hebreus assim afirmou: segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). A santificação é o elo da salvação que não poderá ser ausente da vida do crente, pois o santificar é o separar de tudo aquilo que desagrada a Deus para ser por Deus usado.
Passar por sofrimento não indica que o indivíduo será salvo. Mas, o sofrimento enfrentado pelos cristãos indica que estes receberão galardão por tudo que passaram e ainda passarão pelo amor a Cristo e ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo. E o consolo para os que sofreram perseguições, naquele dia receberá o galardão das mãos do próprio Senhor Jesus (2 Tm 4.8; Jo 5.22).
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha... Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo (1 Co 3.12, 14,15).
As obras a serem julgadas serão divididas em dois grupos: obras que não perecerão e as obras que perecerão.
Obras que não perecerão. Corresponde com as obras de ouro, prata e pedras preciosas.
Obras comparadas ao ouro correspondem com as obras realizadas pelos crentes para a glória de Deus. Indica também que estas obras foram realizadas em parceria com Deus, ou seja, em comunhão com Deus.
Para Lima: Se tratamos os irmão e os outros com o amor de Deus, isso é comparado a ouro (2015, p. 69).
Já as obras de prata correspondem com as obras desenvolvidas com a intenção básica a redenção das pessoas, ou seja, correspondem com atitudes voltadas para a pregação do Evangelho aos pecadores.
Sobre as obras de prata acrescenta Lima:
O crente que ganha almas, que prega a Palavra, que dá bom testemunho da sua fé em Jesus, está realizando obras de prata. Os obreiros do Senhor que cuidam bem do rebanho realizam obras de prata. Visitar os enfermos, os carentes, evangelizar, podem ser obras de prata (2015, p. 69).
Por fim, as obras comparadas a pedras preciosas correspondem com as obras desenvolvidas pelo poder do Espírito Santo na vida do cristão. Diretamente se associa com as obras desenvolvidas com o auxilio do Espírito Santo em outorgar ao crente os dons espirituais.
Para Lima: São obras na unção do Espírito Santo. Evangelizar, pregar, cantar na unção, podem ser pedras preciosas. (2015, p. 69).
Obras que perecerão. Correspondem com as obras de madeira, feno e palha.
As obras comparadas a madeira são comparadas às obras desenvolvidas pelas pessoas sem a intenção plena de fazerem para a glória de Deus.
Já as de feno correspondem com as atividades desenvolvidas com o interesse próprio, isto é, com o intuito da fama.
E por fim, as de palha indicam atividades desenvolvidas por pessoas inconstantes, isto é, obras sem firmeza da pessoa que a desenvolve.
O texto (1 Co 3.15) fala sobre o elemento fogo. O fogo aqui não corresponde com condenação, mas com avaliação das obras desenvolvidas pelos cristãos.
O fogo prova a qualidade do ouro, mas consome a madeira, o feno e o restolho. Algumas boas obras, na verdade, consistem em uma busca por reconhecimento. O verdadeiro valor desse serviço ficará óbvio para todos no dia do Juízo de Deus (RADMACHER; ALLEN;HOUSE, 2013, p.416).
Referência:
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário