Esperando,
mas trabalhando no Reino de Deus
Sobre o Reino de Deus
é necessário compreender que é um dom presente, possui um Rei presente, não é a
Igreja, porém é eterno e pertence somente a Deus.
O Reino de Deus é um dom presente. Pois, o Reino de Deus não se limita ao domínio
dinâmico de Deus, mas é utilizado para designar e abranger a dádiva da vida e
da salvação pelo intermédio do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
O Reino possui o Rei presente. Deus é o Senhor do Reino, logo, Deus é quem busca,
Deus é quem convida e Deus é quem julga.
Em terceiro o Reino não é a
Igreja, mas a Igreja é criada pelo Reino e dá testemunho do Reino,
pois a Igreja é a agência do Reino e é a guardadora do Reino.
O Reino de Deus é eterno e pertence somente
a Ele. O Senhor está no controle de
todas as coisas. Os decretos de Deus deixa esta verdade notável, quando se
aprende que os decretos de Deus são eternos, são para a sua glória e são
imutáveis. E os decretos de Deus se manifestam na criação, na providência
divina, na restauração espiritual e na consumação de todas as coisas.
Portanto, o objetivo
geral da presente lição é: incentivar o
desenvolvimento do dom recebido do Senhor ao mesmo tempo em que aguardamos a
vinda dEle.
Já os objetivos
específicos são:
Interpretar
a parábola dos dez talentos;
Incentivar
a utilização consciente e responsável dos talentos recebidos de Deus;
Conscientizar
de que nosso dever é trabalhar até a Vinda do Senhor;
I – INTERPRETAÇÃO
DA PARÁBOLA DOS DEZ TALENTOS
A interpretação da
parábola é bem sintetizada nas seguintes palavras de Gaby e Gaby:
A presente
parábola retrata a época da morte de Jesus e da sua ressurreição até o segundo
advento e teria sido dirigida aos seus discípulos com o objetivo de motivá-los
a levar uma vida pautada nos valores. O homem rico a quem os servos se
referiram como “Senhor” que iria partir é uma representação Do Senhor Jesus
Cristo. A viagem a um país distante se refere à sua partida para o céu, após a
sua ascensão. Os servos eram em princípio os doze discípulos a quem Jesus dirigiu
a parábola, e num sentido mais amplo, dizia respeito a todas as pessoas
nascidas de novo. Os talentos são os dons que o Senhor entregou aos seus
servos. O seu retorno seria o equivalente ao segundo advento e a recompensa, ou
o castigo, seriam uma representação do destino dos salvos ou não-salvos (2018, p. 132).
II –
USANDO A NOSSA CAPACIDADE PARA O REINO DE DEUS
Três são os tipos de
chamados de Deus para com o homem: primeiro, Deus chama para a salvação;
segundo, Deus chama para o serviço; e, terceiro, Deus chama para a
glorificação.
Quando Deus chama
alguém para o serviço, Deus capacita, outorgando potencialidade necessária para
que ocorra o crescimento do Reino. Logo, talentos são dons outorgados por Deus
aos seus servos para que a mensagem do Reino seja propagada e vidas sejam
alcançadas.
Os dons de maneira
didática no Novo Testamento são apresentados em três categorias: dons de serviço, dons espirituais e dons ministeriais.
Dons de serviço
correspondem com o ofício diaconal, exortação, repartir, presidir e exercer
misericórdia. Os dons de serviço correspondem com atos em benefício ao próximo.
Já os dons
espirituais são representados em um grupo de nove e são divididos em três subgrupos.
Primeiro subgrupo o
de revelação: sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos.
Segundo subgrupo o de
poder: dom da fé, dons de curar e dons de operações de maravilhas.
E o terceiro e último
subgrupo os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação de
línguas.
Já os dons
ministeriais são classificados da seguinte maneira:
Apóstolo – dom
especial e agregador dos demais ofícios.
Profeta – dom
revelador e anunciador das maravilhas do Senhor.
Evangelista – dom que
corresponde ao ato de ir ao encontro dos perdidos.
Pastor – dom
administrativo.
Doutor – dom solucionador
que proporciona conhecimento aos membros do corpo de Cristo.
III –
TRABALHANDO ATÉ O SENHOR VOLTAR
O Tribunal de Cristo
ocorrerá no céu, enquanto que os ímpios estarão passando pela Grande Tribulação
na terra. Já o Juízo do Grande Trono Branco ocorrerá após o milênio e no
momento deste evento passará o céu e terra.
Para o cristão é
necessário que este esteja em Jesus Cristo, pois esta é a condição para ser
salvo e para permanecer salvo. O escritor aos Hebreus assim afirmou: segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém
verá o Senhor (Hb 12.14). A
santificação é o elo da salvação que não poderá ser ausente da vida do crente,
pois o santificar é o separar de tudo aquilo que desagrada a Deus para ser por
Deus usado.
Passar por sofrimento
não indica que o indivíduo será salvo. Mas, o sofrimento enfrentado pelos
cristãos indica que estes receberão galardão por tudo que passaram e ainda
passarão pelo amor a Cristo e ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo. E o consolo
para os que sofreram perseguições, naquele dia receberá o galardão das mãos do
próprio Senhor Jesus (2 Tm 4.8; Jo 5.22).
E,
se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno, palha... Se a obra que alguém edificou nessa parte
permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá
detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo (1
Co 3.12, 14,15).
As obras a serem
julgadas serão divididas em dois grupos: obras que não perecerão e as obras que
perecerão.
Obras que não perecerão. Corresponde com as obras de ouro, prata e pedras
preciosas.
Obras comparadas ao
ouro correspondem com as obras realizadas pelos crentes para a glória de Deus.
Indica também que estas obras foram realizadas em parceria com Deus, ou seja,
em comunhão com Deus.
Para Lima: Se tratamos os
irmão e os outros com o amor de Deus, isso é comparado a ouro (2015, p. 69).
Já as obras de prata
correspondem com as obras desenvolvidas com a intenção básica a redenção das
pessoas, ou seja, correspondem com atitudes voltadas para a pregação do
Evangelho aos pecadores.
Sobre as obras de
prata acrescenta Lima:
O crente que ganha almas, que prega a
Palavra, que dá bom testemunho da sua fé em Jesus, está realizando obras de
prata. Os obreiros do Senhor que cuidam bem do rebanho realizam obras de prata.
Visitar os enfermos, os carentes, evangelizar, podem ser obras de prata (2015, p. 69).
Por fim, as obras
comparadas a pedras preciosas correspondem com as obras desenvolvidas pelo
poder do Espírito Santo na vida do cristão. Diretamente se associa com as obras
desenvolvidas com o auxilio do Espírito Santo em outorgar ao crente os dons
espirituais.
Para Lima: São obras na
unção do Espírito Santo. Evangelizar, pregar, cantar na unção, podem ser pedras
preciosas. (2015, p. 69).
Obras que perecerão. Correspondem com as obras de madeira, feno e palha.
As obras comparadas a
madeira são comparadas às obras desenvolvidas pelas pessoas sem a intenção
plena de fazerem para a glória de Deus.
Já as de feno
correspondem com as atividades desenvolvidas com o interesse próprio, isto é,
com o intuito da fama.
E por fim, as de
palha indicam atividades desenvolvidas por pessoas inconstantes, isto é, obras
sem firmeza da pessoa que a desenvolve.
O texto (1 Co 3.15)
fala sobre o elemento fogo. O fogo aqui não corresponde com condenação, mas com
avaliação das obras desenvolvidas pelos cristãos.
O fogo prova a qualidade do ouro, mas
consome a madeira, o feno e o restolho. Algumas boas obras, na verdade, consistem
em uma busca por reconhecimento. O verdadeiro valor desse serviço ficará óbvio
para todos no dia do Juízo de Deus
(RADMACHER; ALLEN;HOUSE, 2013, p.416).
Referência:
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e
princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas esperança e glória para os salvos. Rio
de Janeiro: CPAD, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
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