A Humildade e
o Amor Desinteressado
Servir a Jesus requer
dos seus seguidores humildade e amor, logo, estas duas palavras são chaves para
a compreensão da presente lição que tem como verdade prática:
Jesus
apresenta, a partir de seu próprio exemplo, o caminho da humildade e do amor
altruísta como indispensável aos que querem servi-lo.
Para Paulo o amor é o
caminho mais excelente: Portanto,
procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais
excelente (1 Co 12.31). Percebe-se
que no capítulo posterior o apóstolo inicia descrevendo a respeito do amor: Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e
não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda
que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a
ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os
montes, e não tivesse amor, nada seria (1 Co 13.1,2). Por fim, o
caminho mais excelente é o amor.
Entretanto, o
objetivo geral da presente lição é:
Expressar
o valor da humildade e do amor desinteressado.
Já os objetivos
específicos são:
Interpretar
a parábola dos primeiros lugares e dos convidados;
Sublinhar
as grandes lições da parábola e a inversão da lógica humana;
Distinguir
a recompensa da humildade e do altruísmo;
I – INTERPRETAÇÃO
DA PARÁBOLA DOS PRIMEIROS LUGARES E DOS CONVIDADOS
A parábola descreve
as palavras de Jesus voltadas para os convidados e para ao que tinha convidado.
Para os convidados
Jesus ensina a respeito da humildade, pois ao ser convidado a pessoa não deverá
buscar os primeiros lugares, mas ao contrário os últimos, isto para não ser
envergonhado assentando em local pertencente a outro.
Já para ao que
convida Jesus ensina a respeito de quem deveria ser convidado. Na lição
transmitida pelo Mestre percebe-se que os amigos sempre eram convidados para em
eventos futuros recompensarem aquele que o tinha convidado. A moral que se
aprende é que a ação realizada busca benefícios próprios e não propõe auxílio e
reconhecimento ao próximo.
II –
AS GRANDES LIÇÕES DA PARÁBOLA E A INVERSÃO DA L´GICA HUMANA
As lições presentes
na parábola são: humildade é a marca do verdadeiro seguidor de Jesus e as boas ações
não devem ser praticadas na espera de recompensas.
Humildade
é a ausência completa do orgulho. Sua origem vem do latim “húmus” que significa
“filhos da terra”. Etimologicamente, humildade também deriva “homem” (homo) e “humanidade” (GABY
& GABY, 2018, p. 149).
Logo, humildade
descreve a respeito de quem vem de baixo (de quem é comum), de quem reconhece o
seu papel e respeita o comando de outro (isto é, é submisso aos superiores).
A humildade foi à
virtude que Jesus enfatizou na noite da santa ceia aos seus discípulos, pois ao
lavar os pés dos apóstolos o Mestre ensinou que Ele não veio para ser servido,
mas para servir (Jo 13). Portanto, a humildade é atitude que deverá ser
desenvolvida por todos os cristãos resumida na seguinte descrição: servir e não
ser servido.
III –
A RECOMPENSA DA HUMILDADE E DO ALTRUÍSMO
O último tópico tem
como palavra chave o amor, que na língua grega três termos são necessários para
explicar a sua grandeza: ágape, philis e eros.
Ágape, amor de Deus.
O termo amor do latim, amorem, corresponde à dedicação afetiva. Deus doou o seu
único filho para a salvação da humanidade (Jo 3.16), não há em toda história da
humanidade prova maior de amor do que esta.
Dentre os atributos
divinos o amor é considerado um dos mais altos e mais sublimes. O amor é um dos
atributos morais de Deus. Deus é amor (1 Jo 4.8). Tal dedicação afetiva é
altruísta, pois aceita o mundo inteiro em meio à natureza pecadora da
humanidade (Rm 5.8).
Philis, amor entre
amigos. A amizade poderá ser exercida entre pessoas de sexos diferentes, entre
crianças, entre parentes e assim por diante. Todavia, por mais que tenhamos
inúmeros amigos o amigo de fato se revelará no dia da angústia. O amigo será
aquele que rejeitará nossas emoções pecaminosas e nos levará para mais perto de
Deus. Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia
nasce o irmão (Pv 17.17).
Eros, amor entre os
cônjuges. Tipo de amor em que há conotação sexual. Amor em que há submissão e
dedicação (Ef 5.22-25). Quando a esposa auxilia o esposo em tudo, tal entrega é
possível pelo amor (Tt 2.4). Da mesma forma quando o esposo é presente, é amigo
e é protetor isto inclui o amor. Quando a submissão, a humildade, a mansidão, a
paciência e a tolerância são presentes em um lar, logo o amor é à base desta
família.
Porém, para melhor
compreensão o amor (eros) é associado às conotações sexuais e o amor (storge) à
conotação familiar.
Portanto, o amor de
Deus é incondicional, enquanto o amor entre amigos e entre familiares são
condicionais.
Por fim, o amor tem
efeitos impactantes. Seguem-se os efeitos do amor:
a) O amor perdoa; o ódio provoca brigas, mas o amor cobre todas as
transgressões (Pv 10.12).
b) O amor edifica; o amor que edifica requer abnegação, ou seja,
limitação da própria liberdade para não enfraquecer as convicções de outros
cristãos (1 Co 8.1).
Referência:
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e
princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.