Deus é Fiel

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terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Subsídio da EBD: A Humildade e o Amor Desinteressado


A Humildade e o Amor Desinteressado
Servir a Jesus requer dos seus seguidores humildade e amor, logo, estas duas palavras são chaves para a compreensão da presente lição que tem como verdade prática:
Jesus apresenta, a partir de seu próprio exemplo, o caminho da humildade e do amor altruísta como indispensável aos que querem servi-lo.
Para Paulo o amor é o caminho mais excelente: Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente (1 Co 12.31). Percebe-se que no capítulo posterior o apóstolo inicia descrevendo a respeito do amor: Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria (1 Co 13.1,2). Por fim, o caminho mais excelente é o amor.
Entretanto, o objetivo geral da presente lição é:
Expressar o valor da humildade e do amor desinteressado.
Já os objetivos específicos são:
Interpretar a parábola dos primeiros lugares e dos convidados;
Sublinhar as grandes lições da parábola e a inversão da lógica humana;
Distinguir a recompensa da humildade e do altruísmo;
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS PRIMEIROS LUGARES E DOS CONVIDADOS
A parábola descreve as palavras de Jesus voltadas para os convidados e para ao que tinha convidado.
Para os convidados Jesus ensina a respeito da humildade, pois ao ser convidado a pessoa não deverá buscar os primeiros lugares, mas ao contrário os últimos, isto para não ser envergonhado assentando em local pertencente a outro.
Já para ao que convida Jesus ensina a respeito de quem deveria ser convidado. Na lição transmitida pelo Mestre percebe-se que os amigos sempre eram convidados para em eventos futuros recompensarem aquele que o tinha convidado. A moral que se aprende é que a ação realizada busca benefícios próprios e não propõe auxílio e reconhecimento ao próximo.
II – AS GRANDES LIÇÕES DA PARÁBOLA E A INVERSÃO DA L´GICA HUMANA
As lições presentes na parábola são: humildade é a marca do verdadeiro seguidor de Jesus e as boas ações não devem ser praticadas na espera de recompensas.
Humildade é a ausência completa do orgulho. Sua origem vem do latim “húmus” que significa “filhos da terra”. Etimologicamente, humildade também deriva “homem” (homo) e “humanidade” (GABY & GABY, 2018, p. 149).
Logo, humildade descreve a respeito de quem vem de baixo (de quem é comum), de quem reconhece o seu papel e respeita o comando de outro (isto é, é submisso aos superiores).
A humildade foi à virtude que Jesus enfatizou na noite da santa ceia aos seus discípulos, pois ao lavar os pés dos apóstolos o Mestre ensinou que Ele não veio para ser servido, mas para servir (Jo 13). Portanto, a humildade é atitude que deverá ser desenvolvida por todos os cristãos resumida na seguinte descrição: servir e não ser servido.
III – A RECOMPENSA DA HUMILDADE E DO ALTRUÍSMO
O último tópico tem como palavra chave o amor, que na língua grega três termos são necessários para explicar a sua grandeza: ágape, philis e eros.
Ágape, amor de Deus. O termo amor do latim, amorem, corresponde à dedicação afetiva. Deus doou o seu único filho para a salvação da humanidade (Jo 3.16), não há em toda história da humanidade prova maior de amor do que esta.
Dentre os atributos divinos o amor é considerado um dos mais altos e mais sublimes. O amor é um dos atributos morais de Deus. Deus é amor (1 Jo 4.8). Tal dedicação afetiva é altruísta, pois aceita o mundo inteiro em meio à natureza pecadora da humanidade (Rm 5.8).
Philis, amor entre amigos. A amizade poderá ser exercida entre pessoas de sexos diferentes, entre crianças, entre parentes e assim por diante. Todavia, por mais que tenhamos inúmeros amigos o amigo de fato se revelará no dia da angústia. O amigo será aquele que rejeitará nossas emoções pecaminosas e nos levará para mais perto de Deus. Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão (Pv 17.17).
Eros, amor entre os cônjuges. Tipo de amor em que há conotação sexual. Amor em que há submissão e dedicação (Ef 5.22-25). Quando a esposa auxilia o esposo em tudo, tal entrega é possível pelo amor (Tt 2.4). Da mesma forma quando o esposo é presente, é amigo e é protetor isto inclui o amor. Quando a submissão, a humildade, a mansidão, a paciência e a tolerância são presentes em um lar, logo o amor é à base desta família.
Porém, para melhor compreensão o amor (eros) é associado às conotações sexuais e o amor (storge) à conotação familiar.
Portanto, o amor de Deus é incondicional, enquanto o amor entre amigos e entre familiares são condicionais.
Por fim, o amor tem efeitos impactantes. Seguem-se os efeitos do amor:
a) O amor perdoa; o ódio provoca brigas, mas o amor cobre todas as transgressões (Pv 10.12).
b) O amor edifica; o amor que edifica requer abnegação, ou seja, limitação da própria liberdade para não enfraquecer as convicções de outros cristãos (1 Co 8.1).
Referência:
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Subsídio da EBD: Esperando, mas trabalhando no Reino de Deus


Esperando, mas trabalhando no Reino de Deus
Sobre o Reino de Deus é necessário compreender que é um dom presente, possui um Rei presente, não é a Igreja, porém é eterno e pertence somente a Deus.
O Reino de Deus é um dom presente. Pois, o Reino de Deus não se limita ao domínio dinâmico de Deus, mas é utilizado para designar e abranger a dádiva da vida e da salvação pelo intermédio do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
O Reino possui o Rei presente. Deus é o Senhor do Reino, logo, Deus é quem busca, Deus é quem convida e Deus é quem julga.
Em terceiro o Reino não é a Igreja, mas a Igreja é criada pelo Reino e dá testemunho do Reino, pois a Igreja é a agência do Reino e é a guardadora do Reino.
O Reino de Deus é eterno e pertence somente a Ele. O Senhor está no controle de todas as coisas. Os decretos de Deus deixa esta verdade notável, quando se aprende que os decretos de Deus são eternos, são para a sua glória e são imutáveis. E os decretos de Deus se manifestam na criação, na providência divina, na restauração espiritual e na consumação de todas as coisas.
Portanto, o objetivo geral da presente lição é: incentivar o desenvolvimento do dom recebido do Senhor ao mesmo tempo em que aguardamos a vinda dEle.
Já os objetivos específicos são:
Interpretar a parábola dos dez talentos;
Incentivar a utilização consciente e responsável dos talentos recebidos de Deus;
Conscientizar de que nosso dever é trabalhar até a Vinda do Senhor;
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS DEZ TALENTOS
A interpretação da parábola é bem sintetizada nas seguintes palavras de Gaby e Gaby:
A presente parábola retrata a época da morte de Jesus e da sua ressurreição até o segundo advento e teria sido dirigida aos seus discípulos com o objetivo de motivá-los a levar uma vida pautada nos valores. O homem rico a quem os servos se referiram como “Senhor” que iria partir é uma representação Do Senhor Jesus Cristo. A viagem a um país distante se refere à sua partida para o céu, após a sua ascensão. Os servos eram em princípio os doze discípulos a quem Jesus dirigiu a parábola, e num sentido mais amplo, dizia respeito a todas as pessoas nascidas de novo. Os talentos são os dons que o Senhor entregou aos seus servos. O seu retorno seria o equivalente ao segundo advento e a recompensa, ou o castigo, seriam uma representação do destino dos salvos ou não-salvos (2018, p. 132).
II – USANDO A NOSSA CAPACIDADE PARA O REINO DE DEUS
Três são os tipos de chamados de Deus para com o homem: primeiro, Deus chama para a salvação; segundo, Deus chama para o serviço; e, terceiro, Deus chama para a glorificação.
Quando Deus chama alguém para o serviço, Deus capacita, outorgando potencialidade necessária para que ocorra o crescimento do Reino. Logo, talentos são dons outorgados por Deus aos seus servos para que a mensagem do Reino seja propagada e vidas sejam alcançadas.
Os dons de maneira didática no Novo Testamento são apresentados em três categorias: dons de serviço, dons espirituais e dons ministeriais.
Dons de serviço correspondem com o ofício diaconal, exortação, repartir, presidir e exercer misericórdia. Os dons de serviço correspondem com atos em benefício ao próximo.
Já os dons espirituais são representados em um grupo de nove e são divididos em três subgrupos.
Primeiro subgrupo o de revelação: sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos.
Segundo subgrupo o de poder: dom da fé, dons de curar e dons de operações de maravilhas.
E o terceiro e último subgrupo os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas.
Já os dons ministeriais são classificados da seguinte maneira:
Apóstolo – dom especial e agregador dos demais ofícios.
Profeta – dom revelador e anunciador das maravilhas do Senhor.
Evangelista – dom que corresponde ao ato de ir ao encontro dos perdidos.
Pastor – dom administrativo.
Doutor – dom solucionador que proporciona conhecimento aos membros do corpo de Cristo.
III – TRABALHANDO ATÉ O SENHOR VOLTAR
O Tribunal de Cristo ocorrerá no céu, enquanto que os ímpios estarão passando pela Grande Tribulação na terra. Já o Juízo do Grande Trono Branco ocorrerá após o milênio e no momento deste evento passará o céu e terra.
Para o cristão é necessário que este esteja em Jesus Cristo, pois esta é a condição para ser salvo e para permanecer salvo. O escritor aos Hebreus assim afirmou: segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). A santificação é o elo da salvação que não poderá ser ausente da vida do crente, pois o santificar é o separar de tudo aquilo que desagrada a Deus para ser por Deus usado.
Passar por sofrimento não indica que o indivíduo será salvo. Mas, o sofrimento enfrentado pelos cristãos indica que estes receberão galardão por tudo que passaram e ainda passarão pelo amor a Cristo e ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo. E o consolo para os que sofreram perseguições, naquele dia receberá o galardão das mãos do próprio Senhor Jesus (2 Tm 4.8; Jo 5.22).
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha... Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo (1 Co 3.12, 14,15).
As obras a serem julgadas serão divididas em dois grupos: obras que não perecerão e as obras que perecerão.
Obras que não perecerão. Corresponde com as obras de ouro, prata e pedras preciosas.
Obras comparadas ao ouro correspondem com as obras realizadas pelos crentes para a glória de Deus. Indica também que estas obras foram realizadas em parceria com Deus, ou seja, em comunhão com Deus.
Para Lima: Se tratamos os irmão e os outros com o amor de Deus, isso é comparado a ouro (2015, p. 69).
Já as obras de prata correspondem com as obras desenvolvidas com a intenção básica a redenção das pessoas, ou seja, correspondem com atitudes voltadas para a pregação do Evangelho aos pecadores.
Sobre as obras de prata acrescenta Lima:
O crente que ganha almas, que prega a Palavra, que dá bom testemunho da sua fé em Jesus, está realizando obras de prata. Os obreiros do Senhor que cuidam bem do rebanho realizam obras de prata. Visitar os enfermos, os carentes, evangelizar, podem ser obras de prata (2015, p. 69).
Por fim, as obras comparadas a pedras preciosas correspondem com as obras desenvolvidas pelo poder do Espírito Santo na vida do cristão. Diretamente se associa com as obras desenvolvidas com o auxilio do Espírito Santo em outorgar ao crente os dons espirituais.
Para Lima: São obras na unção do Espírito Santo. Evangelizar, pregar, cantar na unção, podem ser pedras preciosas. (2015, p. 69).
Obras que perecerão. Correspondem com as obras de madeira, feno e palha.
As obras comparadas a madeira são comparadas às obras desenvolvidas pelas pessoas sem a intenção plena de fazerem para a glória de Deus.
Já as de feno correspondem com as atividades desenvolvidas com o interesse próprio, isto é, com o intuito da fama.
E por fim, as de palha indicam atividades desenvolvidas por pessoas inconstantes, isto é, obras sem firmeza da pessoa que a desenvolve.
O texto (1 Co 3.15) fala sobre o elemento fogo. O fogo aqui não corresponde com condenação, mas com avaliação das obras desenvolvidas pelos cristãos.
O fogo prova a qualidade do ouro, mas consome a madeira, o feno e o restolho. Algumas boas obras, na verdade, consistem em uma busca por reconhecimento. O verdadeiro valor desse serviço ficará óbvio para todos no dia do Juízo de Deus (RADMACHER; ALLEN;HOUSE, 2013, p.416).
Referência:
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Subsídio da EBD: Despertemos para a Vinda do Grande Rei


Despertemos para a Vinda do Grande Rei
A vinda do Senhor Jesus é certa, porém daquele dia e hora ninguém sabe, apenas Deus, por isso é necessário que o cristão esteja preparado, fato corroborado na Verdade Prática: Jesus pode voltar a qualquer momento, por isso temos de estar preparados.
A respeito do texto áureo pode definir que:
Essa é uma aplicação de Mateus 24.36-41. Assim como Noé estava atento e se preparou para o Dilúvio, as pessoas que passarem pela tribulação também deverão estar atentas e preparar-se para a volta de Cristo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.74).
O objetivo geral da presente lição é: ressaltar a necessidade de se estar preparado para a vinda do Grande Rei, pois ela pode acontecer a qualquer momento.
Já os objetivos específicos são:
Interpretar a parábola das dez virgens;
Repetir a verdade de que a Vinda do Senhor é uma realidade iminente;
Dramatizar o perfil das cinco virgens prudentes;
I – INTERPRETAÇÃO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
As estações de outono e inverno eram escolhidas pelos judeus para a realização dos casamentos por estarem associadas à diminuição das atividades no contexto agrícola, permitindo que maior número de pessoas participasse das festividades.
O cortejo iniciava na casa do noivo com os convidados do noivo até a casa da noiva, local onde estariam os convidados da noiva, ambos os convidados das partes deveriam ter lâmpadas que eram abastecidas com azeite. Como luz é símbolo de felicidade, velas e lâmpadas eram equipamentos essenciais para a festa de casamento (RICHARDS, 2008, p.80).
Quando o noivo chegava à casa da noiva iniciava-se uma peregrinação de retorno até a casa do noivo, sendo os noivos iluminados pelos convidados. Porém, era de comum a demora do noivo, fato associado com que tipo de presente este estaria outorgando aos parentes da noiva, isto é causado pelas negociações de última hora sobre os presentes que o noivo deve trazer aos parentes da noiva. Se a noiva for entregue por um valor pequeno, isto implica que ela não receberá muita consideração; se o noivo ignorar este processo isto poderá implicar que ele demonstra pouca consideração pelos parentes (RICHARDS, 2008, p.80).
Sobre o azeite pode sintetizar-se da seguinte maneira:
Levar consigo azeite reforça o conceito de que é preciso estar preparado. A falta de azeite significa não estar preparado, revestido de fé e de poder espiritual para a volta de Cristo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.74).
II – O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE
Os sinais que antecedem o arrebatamento da igreja são divididos de forma didática em duas partes. A primeira parte corresponde com sinais nos céus e a segunda com sinais na terra.
1- Sinais nos céus. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas (Lc 21.25). A lua desviou da órbita em cerca de vinte quilômetros, logo, a mudança na órbita define sinais presentes nesta obra criada. Para Dr. Crommeli, “algumas influências desconhecidas estão agindo sobre a lua, e não temos a menor ideia do que sejam” (apud BANCROFT, 2006, p.330).
Sobre as estrelas assim descreve Bancroft:
Em 1918, uma nova estrela de primeira grandeza foi descoberta por diversos olhos ao mesmo tempo, e imediatamente foi verificada pelo observatório de Greenwich.
Outras descobertas importantes no céu têm seguido em ordem e com suficiente frequência para trazer o mundo ciente dos sinais nas estrelas, que aumentarão, apontando a vinda de Cristo e o fim da dispensação (p.330).
2- Sinais na terra. Sinais que estão divididos em: naturais, políticos, tecnológicos e espirituais. Os sinais naturais se cumprem na natureza física e na humana. Na física haverá terremotos (Mt 24.7) e na humana haverá pestilência (Mt 24.7).
Os sinais na política serão notáveis nos acordos entre as nações (Dn 2.7) e nas guerras existentes entre os povos (Mt 24.7).
Já os tecnológicos (Dn 12.4; Na 2.4) se define com o aumento dos transportes, tanto nacionais como internacionais, nada é senão verdadeiramente fenomenal, quer visto em relação aos indivíduos que participam dos mesmos, quer aos meios e métodos empregados (BANCROFT, 2006, p.331).
Por fim, os espirituais se tornarão notórios com o aumento da iniquidade (Mt 24.12), logo haverá uma apostasias (1 Tm 4.1).
A respeito das duas fases da Segunda Vinda do Senhor Jesus é necessário compreender que a primeira fase ocorrerá nos ares com o objetivo arrebatar a igreja (1 Ts 4.16,17) e não será visível a todos; já na segunda fase, juntamente com os santos Jesus virá a terra para reinar por mil anos sendo visível a todos (Mt 24.26,27).
Por fim, sobre o arrebatamento é necessário entender ainda que o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Ts 4.16).
Alarido significa grande barulho. No texto corresponde ao fato da ressurreição dentre os mortos que ocorrerá no momento do arrebatamento. Voz de arcanjo indica que israelitas convertidos ao Senhor Jesus serão também arrebatados para estarem com Cristo Jesus. Já a trombeta de Deus corresponde com a participação daqueles que estiverem vivos no momento do arrebatamento da igreja.
O arrebatamento será no abrir e fechar de olhos e tem como propósitos: a ressurreição dentre os mortos (1 Co 15.22,23), a transformação dos vivos (1 Co 15.51,52), o arrebatamento dos fiéis e a apresentação da igreja a Cristo na qualidade de esposa (Ap 19.7-9).
III – UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE
Em Efésios 5.18, encontra-se a seguinte descrição: mas enchei-vos do Espírito. Conforme a lição o verbo encher remete em ser controlado, dominado no passo que a pessoa perde a vontade própria, isto é, que a pessoa passe a ter a vontade divina.
Encher-se indica uma ação que vai além de receber o selo do Espírito Santo (Ef 1.13). Selar é uma ação feita por Deus no momento de nosso novo nascimento. O termo e o modo do verbo grego traduzido como enchei-vos (imperativo afirmativo) indica que a ação no presente encher-se pode ser repetida, acontecendo em vários momentos. É algo que Paulo ordena que os todos os cristãos são cheios do Espírito, mas todos foram selados com o Espírito quando se entregaram a Cristo (Ef 4.30) – (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.512).
Uma vida de santidade proporciona comunhão com Deus. Um viver santo é saber distinguir entre o certo e o errado; praticar o que é correto e invalidar o incorreto. Ser santificado por Deus não indica que o cristão é santo, mas que o cristão é separado por Deus, para o uso de Deus e para Deus.
Separado por Deus indica que é Deus que o santifica. Para o uso de Deus, indica que Deus separa pessoas para serem seus instrumentos de bênção. E para Deus, corresponde que os cristãos pertencem a Deus.
Portanto, os cristãos são separados para serem usados por Deus e para terem comunhão com Deus. Para uma vida de comunhão com Deus é necessário o investimento de tempo em oração, jejum, frequência na Igreja e dentre outros, a leitura da Bíblia.
Referência
BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Subsídio da EBD: Precisamos de Vigilância Espiritual


Precisamos de Vigilância Espiritual
Vigiar corresponde a ficar sem sono e acompanhar de perto, isto se pode definir na prática com o viver atento para não cair em tentação, fato corroborado na Verdade Prática: Mesmo com oração, a ausência de vigilância é terreno propício para que a tentação encontre brechas e nos conduza à derrota espiritual.
A respeito do texto áureo pode definir que:
Os discípulos precisavam ficar acordados e orar porque em breve seriam provados. A palavra carne aqui se refere à natureza humana. O contraste entre a natureza dos discípulos e a força do Senhor é impressionante. Já que a carne é fraca, todo filho de Deus precisa de poder sobrenatural (Rm 8.3,4) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.79).
O objetivo geral da presente lição é: conscientizar a respeito da necessidade de vigilância espiritual.
Já os objetivos específicos são:
Interpretar a parábola dos dois servos;
Reafirmar a necessidade de se ter vigilância;
Valorizar o exercício do discernimento;
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS SERVOS
A parábola em estudo apresenta os seguintes personagens: o senhor e dois servos, (o fiel e o mal servo).
O bom servo é caracterizado na parábola por ter as seguintes características: fidelidade, prudência e zelo. Ser fiel a alguém corresponde a estar bem consigo e a entender o valor e os efeitos da fidelidade. A ausência da fidelidade no mundo estar associada com a multiplicação da iniquidade, porém, quando a fidelidade se manifesta não há lugar para insegurança. Prudência corresponde o saber discernir para a efetuação da ação correta. Enquanto, ser zelo indica a ação de quem é cuidadoso naquilo que se desenvolve.
Já o mal servo é apresentado por atitudes antiéticas: espancador e não controlador dos próprios impulsos, ou seja, o mal servo não possui como virtude a temperança.
II – UM CHAMADO À VIGILÂNCIA
A vigilância está diretamente relacionada com os cuidados próprios para com a vida espiritual, assim como para com a vinda do Senhor Jesus. No que corresponde com a vida espiritual é necessário que o cristão venha dedica-se a cada dia ao Senhor, já no que corresponde à vinda de Jesus é necessário que os cristãos estejam atentos para com os sinais.
Sinais que se cumprem na Igreja, nos céus e na terra. É necessário que os cristãos vigiem no que corresponde a apostasia que é um sinal que demonstra que Jesus breve virá.
A apostasia é um adultério espiritual, ou seja, é uma traição a Deus. Assim escreve Lima:
Apostasia (gr. apostasia) significa desvio, afastamento, abandono. Tem o sentido também de revolta, rebelião, no sentido religioso. Numa definição clara, apostasia que dizer abandono da fé [...] Apostasia, no original do Novo Testamento, vem do verbo aphistemi, com o sentido de rejeitar uma posição anterior, aderindo a posição diferente e contraditória á primeira fé, repelindo-a em favor de nova crença (2015, p.23).
A apostasia é o abandono premeditado da fé. E conforme os ensinos bíblicos é adultério espiritual. No contexto ministerial há líderes que se apostataram da fé, abraçando posições que outrora eram rejeitas pelo mesmo. Porém, o maior problema causado por tal atitude se refere ao desvio de uma comunidade. Líderes que mudam suas concepções erroneamente levam consigo inúmeras pessoas. E por passar o tempo percebe-se o fracasso espiritual destas famílias.
III – VIVENDO COM DISCERNIMENTO
Despenseiros são mordomos ou administradores de uma casa. Como despenseiros de Deus o cristão é o administrador da igreja que tem como missão edificar os outros, e desenvolver um ministério sóbrio, vigilante, hospitaleiro e fiel.
A ética cristã possui duas dimensões: vertical e horizontal. A primeira dimensão se resume no amor ágape, isto é, no amor de Deus para com o homem e assim vice versa, pois “nós o amamos, por que Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Já a segunda dimensão corresponde com o amor ao próximo.
É de responsabilidade do líder cristão, amar a todos os que estão a sua volta e todos os que estão ao alcance da sua administração.
A parábola do bom samaritano apresenta ações do verdadeiro despenseiro:
Primeira ação, entender o necessitado.
Segunda ação, cuidar do necessitado.
Terceira ação, hospedar o necessitado.
E por último, como quarta ação, suprir a necessidade do necessitado.
Em suma, a ação do bom samaritano se resume no serviço do cristão em abençoar a todos os que necessitam da multiforme graça de Deus (Lc 10.25-37).
Referência
LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas, esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.