Deus é Fiel

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terça-feira, 5 de março de 2019

Culto de Doutrina: Apocalipse capítulo 7 – Os Cento e quarenta e quatro mil assinalados e os mártires na glória


Apocalipse capítulo: 7 – Os Cento e quarenta e quatro mil assinalados e os mártires na glória
O sétimo capítulo de Apocalipse está dividido em quatro parágrafos. Sendo que o primeiro em oito versículos descreve a respeito dos cento e quarenta e quatro mil judeus assinalados, sendo que os demais parágrafos correspondem com a descrição da visão do evangelista João a respeito dos mártires na glória.
Portanto, compreende que o capítulo sete é um parêntese entre o sexto e o sétimo selo do Apocalipse.
Nota-se também que o capítulo está dividido em duas partes: a primeira se refere aos judeus selados no início da grande tribulação; e, a segunda parte corresponde com os mártires que saíram vitoriosos da grande tribulação.
Os Cento e quarenta e quatro mil
Os oito versículos que correspondem com o primeiro parágrafo estão divididos em duas narrativas: a primeira descreve a ação de cinco anjos; e a segunda, mostra com clareza os cento e quarenta e quatro mil judeus assinalados.
1- Os anjos citados (vv. 1-3). Quatro anjos posicionados nos quatro cantos da terra, isto é, na direção dos pontos cardeais, sendo que um quinto anjo sobe da banda do sol nascente, tendo este o selo do Deus vivo, ou seja, tendo a marca que o identifica como propriedade de Deus, sendo que este transmite aos demais anjos a seguinte mensagem: não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que os cento e quarenta e quatro mil sejam assinalados.
2- Os assinalados das doze tribos de Israel. No início da grande tribulação cento e quarenta e quatro judeus serão selados para preservação da integridade física e moral. O evangelista João não menciona Dã e Efraim, mas no lugar destes menciona José e Levi.
2.1- Judá, Rubem e Gade (v.5). Judá significa louvor a Deus, Rubem significa um filho, enquanto Gade quer dizer uma companhia ou uma fortuna.
Portanto, o significado da primeira citação dos filhos de Jacó transmite como significado: Louvor a Deus por um filho que faz companhia. O que indica que na tribulação homens e mulheres serão fiéis a Deus e com Deus caminharão em integridade.
2.2- Aser, Naftali e Manassés (v.6). Aser significa bendito, Naftali quer dizer lutando contra, e Manassés tem como significado esquecimento.
Portanto, esta sequência tem como significado, bendito lutando contra o esquecimento. A grande tribulação deverá ser esquecida pelos benditos que lutará conta as hostes do inimigo em um período tão sombrio.
2.3- Simeão, Levi e Issacar (v.7). Simeão quer dizer ouvindo e obedecendo, Levi significa reunindo, enquanto que Issacar quer dizer recompensa, isto é, ouvindo e obedecendo a Palavra apegando-se (reunindo) a recompensa.
Entretanto, a obediência à Palavra outorgará como recompensa aos salvos um novo lar.
2.4- Zebulom, José e Benjamin (v.8). Zebulom significa abrigo, José quer dizer adição e Benjamin significa filho da mão direita de Deus. Logo, o significado desta última lista tem como significado: lar como adição do filho da mão direita de Deus.
Por fim, anexando todos os doze nomes dos representantes das tribos teremos como significado:
Louvor a Deus pelo filho que faz companhia aos benditos que lutam contra o esquecimento, ouvindo e obedecendo a Palavra e apegando-se a recompensa do lar como adição do filho da mão direita de Deus.
Visão dos mártires na glória
1- O segundo parágrafo do capítulo (vv.9,10). Uma grande multidão que estava diante do trono trajando vestes brancas e com palmas em suas mãos clamavam por salvação. Palmas nas mãos simbolizam vitória e paz, lembrando que o presente texto descreve a respeito dos cristãos gentios que vencerão a grande tribulação.
2- O terceiro parágrafo (vv. 11,12). Os anjos que estavam ao redor do trono assim como os anciãos e os quatro animais vigentes prostraram e adoraram a Deus, portanto percebe-se que a adoração no capítulo sete é desenvolvida a Deus Pai, assim como no capítulo quatro.
A presente adoração reconhece a eternidade de Deus, que és digno de todo louvor e glória, de sabedoria e ações de graças, honra, poder e força.
3- Diálogo de João com um dos anciãos (vv. 13-17). Compreende a respeito da origem da grande multidão, ou seja, os que vieram da grande tribulação que lavaram as vestes no sangue do Cordeiro (v.14) e estão cobertos pela sombra daquele que está assentado no trono, sendo que estes não sofrerão mais, pois serão guiados pelo o Cordeiro.
3.1- Salvação na grande tribulação. Na dispensação da graça três dispositivos voltados para a salvação são nítidos: a graça, a fé e o sangue do Cordeiro; porém, no período sombrio da tribulação apenas dois dispositivos serão perceptíveis: a fé e o sangue do Cordeiro.
3.2- A sombra daquele que está assentado no trono. Sombra no presente texto corresponde com a glória de Deus. Na Antiga Aliança os judeus na travessia do deserto contaram com a nuvem de Deus que os cobriam em meio ao forte calor emitido pela intensidade do sol. Descrição que passou a ser definida pela palavra shekiná, habitação de Deus ou proteção de Deus mediante a sua presença.
Em suma, a grande tribulação será um período de tormenta e grande perseguição para os que de certa maneira compreenderão o engano do inimigo, mas também será um período em que Deus pela sua infinita misericórdia salvará aqueles que se apegarem à sua Palavra, sendo estes judeus ou gentios.

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