Poder do Alto
contra as hostes da maldade
A verdade prática da
presente lição ratifica uma grande verdade Bíblica: as
obras das trevas são demolidas pelo poder de Deus no trabalho de pregação do
Evangelho de Cristo.
Com base na descrição
acima, conclui-se que:
ü
O poder de Deus
mediante a pregação do Evangelho demole toda ação do maligno.
Lembrando que a
presente lição tem como objetivo geral:
Deixar
claro que precisamos do poder do alto para vencer as hostes da maldade.
E como objetivos
específicos:
Explicar
o contexto histórico de Samaria.
Expor
sobre o Evangelho entre os samaritanos.
Mostrar
Filipe em Samaria e Simão, o Mágico.
E a respeito do texto
áureo podemos compreender que:
Esta
é uma referência ao batismo no Espírito Santo no dia de Pentecoste (At 2). Foi
prometido em Joel 2.28 (At 2.14-18) e em Jeremias 31.31-33. Pedro chama esta
vinda do Espírito de o começo (At 11.15), porque o real cumprimento da promessa
de salvação se iniciaria nas pessoas unidas pelo Espírito para estabelecer a
Igreja do Senhor.
Ficai,
porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. Os discípulos
deveriam ficar em Jerusalém até que o Espírito os capacitasse no Dia de
Pentecostes (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, 2013, p.216).
I – CONTEXTO
HISTÓRICO DE SAMARIA
O Reino do norte, também
conhecido como reino de Israel era formado por dez tribos e teve como primeiro
rei Jeroboão. Em todo o período histórico do reino do norte 19 foi o número exato
dos monarcas, porém não apenas de uma mesma, mas de 9 dinastias diferentes.
Jeroboão por medo de
perder a sua liderança fundou um falso sistema religioso, fazendo dois bezerros
de ouro e pondo os em Betel e em Dã (1 Re 12. 26-30). Portanto, com Onri foi
fundada a cidade de Samaria que mais tarde seria a capital política do reino do
norte.
[...]
Onri comprou um monte de um cidadão chamado Semer, onde fundou uma cidade à
qual deu o nome de Samaria, em homenagem ao dono anterior, e fez dela a capital
do seu reino (1 Rs 16.24). Acabe construiu nela um templo a Baal (1 Rs 16.32) e
desde então a cidade se tornou um centro de idolatria (Jr 23.23; Os 8.5,6) (SOARES & SOARES, 2018, p.124).
Entretanto, no ano de
722 a.C o reino do norte tornou se cativo da Assíria (1 Re 17. 6,7). Os
assírios tinham como prática de colonização misturar povos diferentes em um
mesmo ambiente, fato que ocorreu com as dez tribos do norte (2 Rs 17.24-31),
resultando que os descendentes dos israelitas não eram completamente judeus e
nem gentios, mas daí o surgimento dos samaritanos.
II –
O EVANGELHO ENTRE OS SAMARITANOS
Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos
confins da terra (At 1.8).
O presente versículo
didaticamente se divide em duas partes: recebereis a virtude do Espírito Santo
e, ser-me-eis testemunhas. Primeiramente os apóstolos receberiam o poder
necessário para executarem a tarefa. E em segundo, os apóstolos seriam
testemunhas até os confins da terra, ou seja, fica nítida a ordem de Jesus para
que o evangelho fosse pregado.
Deus
capacitou seus discípulos para serem testemunhas fiéis e fervorosas, ainda que
enfrentando a mais veemente oposição. Essa mesma virtude para testemunhar é
acessível a nós hoje. Nossa tarefa não é convencer pessoas, mas testemunhar a
verdade do evangelho (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 290).
E na propagação do
Evangelho em Samaria há como destaque Felipe que exerceu com primazia a ação de
um evangelista e sobre papel do evangelista escreveu Lima:
O
papel do evangelista envolve a demonstração do poder de Deus na mensagem. O
evangelista Filipe foi a Samaria e fez um trabalho digno de ter seu registro no
Novo Testamento (At 8.5-8) –
(LIMA, 2014, p.102).
Logo, compreende que
o batismo com o Espírito Santo é um revestimento e derramamento de poder do
alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme a vontade
do Espírito Santo.
Porém, o batismo com
o Espírito Santo não é salvação. Para alcançar a salvação o meio de apropriação
é a fé em Cristo. Também o batismo com o Espírito Santo não é santificação. A
santificação ocorre de maneira progressiva.
Dentre os efeitos do
Batismo com o Espírito Santo se destaca a edificação espiritual do próprio
crente, pois mediante o falar em línguas o cristão é edificado (1Co 14.4).
Outro efeito é a obtenção de maior dinamismo espiritual, ocasionando maior
disposição e maior coragem na prática da vida cristã.
O batismo é também um
meio em que Deus outorga os dons espirituais, que são: a palavra da sabedoria,
a palavra da ciência, discernimento de espíritos, fé, dons de cura, operação de
maravilhas, profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas (1Co 12.7-10).
III –
FELIPE EM SAMARIA E SIMÃO, O MÁGICO
O evangelista Lucas
nos ensina alguns pontos para compreendermos a respeito de Simão o mágico, são
eles:
Homem que exercera em
Samaria a arte mágica (At 8.9).
Homem que tinha
iludido os samaritanos em ser uma grande personagem (At 8.9).
Homem que era
admirado por todos como grande virtude de Deus (At 8.10).
Homem que creu na
mensagem pregada por Felipe (At 8.12)
Homem que foi
batizado (At 8.13).
Homem que ficou de
contínuo com Felipe (At 8.13).
Homem que tratou o dom
do Espírito com mercadoria (At 8.18).
Por fim, Simão foi o homem
repreendido por Pedro (At 8.20).
De Simão surgiu o
termo simonia que na Idade Média correspondia com a prática de compra e venda
de posições eclesiásticas [...] O termo é
usado ainda hoje, principalmente aos charlatões, que tratam o dom de Deus como
se fosse mercadoria (SOARES & SOARES, 2018, p.128).
Referência:
LIMA. Elinaldo Renovato de. Dons espirituais e ministeriais. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Velho Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
SOARES & SOARES. Batalha Espiritual: o povo de Deus e a guerra contra as potestades do
mal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
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