Apocalipse capítulo: 9 – A quinta e a sexta trombeta
O nono capítulo de
Apocalipse está dividido em quatro parágrafos, e tem como objetivo descrever os
fenômenos contidos no tocar da quinta e sexta trombeta. Lembrando que as quatro
primeiras trombetas estão relacionadas com episódios que atingirão diretamente
a natureza, porém as três últimas trombetas se relacionarão aos efeitos do
juízo divino sobre os ímpios, isto é, diretamente aos seres humanos.
A
quinta trombeta
A quinta trombeta
notifica a queda de uma estrela que possuía a chave do poço do abismo, sendo,
pois aberto o poço uma fumaça saiu do mesmo que escureceu o sol e o ar, e da
fumaça surgirão gafanhotos que possuíam poder igualmente aos escorpiões, sendo
a estes, outorgado poder para ferir os que não tinham o sinal de Deus.
Os homens feridos
pelos gafanhotos buscariam a morte, porém não a encontrariam. O presente
período descreve a fuga da morte, os ímpios estarão ansiosos pela mesma, porém
a morte fugirá, proporcionando grande tormento.
Os versículos 7 ao 11
narram as características dos gafanhotos, sendo elas:
Semelhança de cavalos
aparelhados para a guerra; semelhança que se relaciona ao aspecto bélico
correspondente aos presentes seres.
Sobre a cabeça havia
como coroas de ouro; o que pode descrever com a glória relacionada à missão na
qual os gafanhotos estariam agindo por um período de cinco meses.
Rosto semelhante ao
rosto de homem; ou a face irada do homem caído.
Cabelos como cabelos
de mulher; demonstra que os gafanhotos terão presente no físico, aspecto
feminino.
Dentes como de leão; o
que corresponde a terrível capacidade de destruição.
Couraças como
couraças de ferro; descreve a imunidade a qualquer ação pessoal que busque a
destruição.
Ruído das asas como
ruído de carros; relação direta com atitudes bélicas ligadas aos gafanhotos.
Cauda semelhante ao
dos escorpiões, ou caudas de ataque.
Aguilhão na cauda;
indica força irresistível.
E tinham como rei, o
anjo do abismo, isto é, o próprio satanás.
A
sexta trombeta
Com o tocar da sexta
trombeta quatro anjos que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano,
a fim de matarem a teça parte dos homens foram soltos.
Três pragas foram
deliberadas sobre os homens: o fogo, a fumaça e o enxofre.
Sobre estas pragas
escreveu Silva:
Três substâncias nocivas (quando não controladas) à
saúde humana. Esta tríplice representação encontra-se também nas couraças dos
cavaleiros. Isto exprime toda a incompreensibilidade das forças do mal: número
espanto (200 000 000), aspecto infernal e inumerável, estranha interioridade
inconcebível, proveniente de suas bocas e letal para um terço da humanidade (SILVA, 1997, p134).
Referência:
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse, versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
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