Orando sem
Cessar
Assim está escrita a
verdade prática: O Novo Testamento nos ensina que a oração
deve ser uma prática contínua dos cristãos, desde a primeira até a segunda
vinda de Cristo.
Com base na descrição
acima da verdade prática, conclui-se que:
ü
A oração é e deverá
continuar sendo uma prática cristã.
Lembrando que a
presente lição tem como objetivo geral:
E como objetivos
específicos:
Apresentar
o conceito de oração.
Refletir
a respeito da oração no Sermão do Monte.
Compreender
o significado da oração modelo do Pai-Nosso.
I – A
ORAÇÃO
O termo oração é
definido pela palavra diálogo, ou seja, oração significa conversa que se dá
entre o cristão e a pessoa de Deus. A oração na prática não é um sacrifício,
mas ao contrário é um privilégio outorgado aos que descobriram o seu valor.
A oração não pode ser
desenvolvida por palavras soltas, mas a oração deve ser o momento em que o
cristão fala com Deus e escuta a voz de Deus. Pois, oração não é um monólogo em
que apenas uma pessoa fala, se o crente tem algo a falar, tem muito mais o que
ouvir da parte de Deus. Portanto, na oração o cristão também escuta a voz de
Deus.
Jesus constantemente
em seu ministério utilizou (Mc 6.46) e ensinou sobre a oração (Mt 6.9-13). De
fato que a oração sacerdotal de Jesus passa a ser modelo para a Igreja de hoje,
assim como também é riquíssima ao apresentar a vontade de Deus para com o seu
povo.
A oração realizada
pelo Senhor Jesus no capítulo 17 do evangelho de João é considerada a conclusão
do ministério particular do Mestre com os seus discípulos. Ou seja, após as
instruções de Jesus para com os discípulos, o Mestre encerrou com uma oração,
sendo esta, sacerdotal. Esta oração é considerada sacerdotal pelo seguinte
motivo: é intercessora.
A oração sacerdotal
está dividida em três partes:
1- Jesus ora por si mesmo. O momento em que Jesus ora por si mesmo, Ele apenas
faz um pedido, glorifica a teu Filho (v.1). Porém, neste pedido há duas razões:
primeira, para que o teu Filho te glorifique (v.1), e; segunda, eu
glorifiquei-te na terra (v.4).
O pedido glorifica a
teu Filho, indica que Jesus estava pronto para ser o sacrifício que
justificaria a humanidade.
Para que o Filho
fosse glorificado necessário seria que houvesse o sacrifício, isto é, que o
cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo fosse morto. Mas, que ao terceiro
dia viesse a ressuscitar para que a sua vida fosse confirmada, sua morte fosse
confirmada e suas palavras fossem confirmadas perante o Pai.
2- Jesus ora pelos discípulos. Jesus pede ao Pai que guarde os discípulos os
livrando do mal (vv. 12,15). Essa proteção pleiteada por Jesus para os seus
nada mais era do que a continuação e o aperfeiçoamento de uma condição moral já
existente. No entanto, apesar de sua sinceridade, os onze ainda precisavam não
só da guarda divina, mas também de aperfeiçoamento; por esta razão seu Mestre
continuou a orar por sua santificação, tendo em vista, na verdade, não apenas
sua perseverança, crescimento e maturidade na graça como soldados cristãos, mas
especialmente que fossem equipados para a função do apostolado (BRUCE, 2007,
p.490).
3- Jesus ora pela Igreja. Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles
que, pela sua palavra, hão de crer em mim (v.20). O presente versículo mostra a
abrangência da oração sacerdotal de Jesus, pois Ele intercede em prol dos que
em um dia iria recebê-lo. Para a Igreja o pedido de Jesus é que haja unidade.
II –
A ORAÇÃO NO SERMÃO DO MONTE
O presente tópico
destaca três pontos fundamentais da oração:
Primeiro, a oração
não poderá ser alvo de engrandecimento próprio. Os fariseus oravam nas praças e
nas sinagogas não tendo como propósito a adoração a Deus, mas buscavam o
reconhecimento dos homens.
Segundo, a oração não
é meio para a ostentação, mas em compensação a oração em secreto com total
dependência ao Senhor proporciona o recebimento inúmeras bênçãos do Senhor.
Terceiro, a eficácia da oração não está na sua extensão nem nas
repetições das palavras, pois oração é também comunhão com Deus (REVISTA, Subtópico: As vãs repetições).
Portanto, por meio da
oração o cristão apresenta a Deus suas necessidades, assim como por meio da
oração o cristão adora ao Senhor.
III
– O PAI NOSSO
Portanto, por ser a
oração um diálogo realizado entre o cristão e Deus, sendo que na oração o
indivíduo fala com Deus. Jesus promete “tudo que pedirdes na oração, crendo, o
recebereis” (Mt 21.22), “e tudo quando pedirdes em meu nome, eu o farei, para
que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.13). Portanto, a oração deverá ser
feita em nome de Jesus e com fé.
A oração não poderá
excluir o louvor a Deus, o desejo do Reino, o pedido de provisão, o perdão e a
dependência para com Deus.
Na oração do Pai
nosso o louvor ocorre tanto no início como no fim. O louvor no início indica o
reconhecimento de quem é (pelo nome e pelo atributo) e onde está Deus. Já no
final o louvor é o reconhecimento das propriedades de Deus; Reino, poder e
glória.
Em segundo, a oração
do Pai nosso apresenta o desejo do cristão para com o Reino de Deus “venha a
nós o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”.
Em terceiro, a oração
do Pai nosso apresenta o reconhecimento por parte do cristão no que corresponde
a origem de toda provisão: “dá-nos hoje o nosso pão de cada dia”.
Já como quarto, na
oração não poderá ficar de fora o pedido de perdão.
Em quinto, a oração
do Pai nosso descreve o saber que a proteção e segurança são provenientes da
parte de Deus.
Em último, o louvor
de reconhecimento das propriedades pertencentes a Deus.
Referência:
BRUCE. A.B. O
Treinamento dos Doze. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
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