Deus é Fiel

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sábado, 23 de março de 2019

Subsídio da EBD: Orando sem Cessar


Orando sem Cessar
Assim está escrita a verdade prática: O Novo Testamento nos ensina que a oração deve ser uma prática contínua dos cristãos, desde a primeira até a segunda vinda de Cristo.
Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:
ü     A oração é e deverá continuar sendo uma prática cristã.
Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral:
Mostrar que a oração deve ser uma prática contínua dos cristãos.
E como objetivos específicos:
Apresentar o conceito de oração.
Refletir a respeito da oração no Sermão do Monte.
Compreender o significado da oração modelo do Pai-Nosso.
I – A ORAÇÃO
O termo oração é definido pela palavra diálogo, ou seja, oração significa conversa que se dá entre o cristão e a pessoa de Deus. A oração na prática não é um sacrifício, mas ao contrário é um privilégio outorgado aos que descobriram o seu valor.
A oração não pode ser desenvolvida por palavras soltas, mas a oração deve ser o momento em que o cristão fala com Deus e escuta a voz de Deus. Pois, oração não é um monólogo em que apenas uma pessoa fala, se o crente tem algo a falar, tem muito mais o que ouvir da parte de Deus. Portanto, na oração o cristão também escuta a voz de Deus.
Jesus constantemente em seu ministério utilizou (Mc 6.46) e ensinou sobre a oração (Mt 6.9-13). De fato que a oração sacerdotal de Jesus passa a ser modelo para a Igreja de hoje, assim como também é riquíssima ao apresentar a vontade de Deus para com o seu povo.
A oração realizada pelo Senhor Jesus no capítulo 17 do evangelho de João é considerada a conclusão do ministério particular do Mestre com os seus discípulos. Ou seja, após as instruções de Jesus para com os discípulos, o Mestre encerrou com uma oração, sendo esta, sacerdotal. Esta oração é considerada sacerdotal pelo seguinte motivo: é intercessora.
A oração sacerdotal está dividida em três partes:
1- Jesus ora por si mesmo. O momento em que Jesus ora por si mesmo, Ele apenas faz um pedido, glorifica a teu Filho (v.1). Porém, neste pedido há duas razões: primeira, para que o teu Filho te glorifique (v.1), e; segunda, eu glorifiquei-te na terra (v.4).
O pedido glorifica a teu Filho, indica que Jesus estava pronto para ser o sacrifício que justificaria a humanidade.
Para que o Filho fosse glorificado necessário seria que houvesse o sacrifício, isto é, que o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo fosse morto. Mas, que ao terceiro dia viesse a ressuscitar para que a sua vida fosse confirmada, sua morte fosse confirmada e suas palavras fossem confirmadas perante o Pai.
2- Jesus ora pelos discípulos. Jesus pede ao Pai que guarde os discípulos os livrando do mal (vv. 12,15). Essa proteção pleiteada por Jesus para os seus nada mais era do que a continuação e o aperfeiçoamento de uma condição moral já existente. No entanto, apesar de sua sinceridade, os onze ainda precisavam não só da guarda divina, mas também de aperfeiçoamento; por esta razão seu Mestre continuou a orar por sua santificação, tendo em vista, na verdade, não apenas sua perseverança, crescimento e maturidade na graça como soldados cristãos, mas especialmente que fossem equipados para a função do apostolado (BRUCE, 2007, p.490).
3- Jesus ora pela Igreja. Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim (v.20). O presente versículo mostra a abrangência da oração sacerdotal de Jesus, pois Ele intercede em prol dos que em um dia iria recebê-lo. Para a Igreja o pedido de Jesus é que haja unidade.
II – A ORAÇÃO NO SERMÃO DO MONTE
O presente tópico destaca três pontos fundamentais da oração:
Primeiro, a oração não poderá ser alvo de engrandecimento próprio. Os fariseus oravam nas praças e nas sinagogas não tendo como propósito a adoração a Deus, mas buscavam o reconhecimento dos homens.
Segundo, a oração não é meio para a ostentação, mas em compensação a oração em secreto com total dependência ao Senhor proporciona o recebimento inúmeras bênçãos do Senhor.
Terceiro, a eficácia da oração não está na sua extensão nem nas repetições das palavras, pois oração é também comunhão com Deus (REVISTA, Subtópico: As vãs repetições).
Portanto, por meio da oração o cristão apresenta a Deus suas necessidades, assim como por meio da oração o cristão adora ao Senhor.
III – O PAI NOSSO
Portanto, por ser a oração um diálogo realizado entre o cristão e Deus, sendo que na oração o indivíduo fala com Deus. Jesus promete “tudo que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” (Mt 21.22), “e tudo quando pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.13). Portanto, a oração deverá ser feita em nome de Jesus e com fé.
A oração não poderá excluir o louvor a Deus, o desejo do Reino, o pedido de provisão, o perdão e a dependência para com Deus.
Na oração do Pai nosso o louvor ocorre tanto no início como no fim. O louvor no início indica o reconhecimento de quem é (pelo nome e pelo atributo) e onde está Deus. Já no final o louvor é o reconhecimento das propriedades de Deus; Reino, poder e glória.
Em segundo, a oração do Pai nosso apresenta o desejo do cristão para com o Reino de Deus “venha a nós o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”.
Em terceiro, a oração do Pai nosso apresenta o reconhecimento por parte do cristão no que corresponde a origem de toda provisão: “dá-nos hoje o nosso pão de cada dia”.
Já como quarto, na oração não poderá ficar de fora o pedido de perdão.
Em quinto, a oração do Pai nosso descreve o saber que a proteção e segurança são provenientes da parte de Deus.
Em último, o louvor de reconhecimento das propriedades pertencentes a Deus.
Referência:
BRUCE. A.B. O Treinamento dos Doze. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

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