Eclesiastes
de Salomão
Palavras
do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o
pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. [...] De tudo o que se tem
ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o
dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo
o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau (Ec 1.1,2; 12.13,14).
A obra foi escrita por Salomão em 1.000 a.C,
e tem como significado do título o pregador, e apresenta como conselho chave
para uma vida frutífera: lembra-se de Deus.
Sendo que o melhor para o homem segundo
Salomão como resumo do livro é: Comer e beber, e por fim, gozar a vida com a
mulher que ama. No entanto, o livro previne contra a ilusão.
Portanto, para Salomão Deus é o criador e o
juiz, muitas das vezes escondido e incompreensível, porém, sempre no controle
de todas as coisas. Por isso, Eclesiastes aponta para Deus como única fonte de
satisfação, realização e felicidade.
O
livro de Eclesiastes nos encoraja a fazer uma observação longa e sensata do
mundo. O que descobrimos, com frequência, não é muito reconfortante: as pessoas
adquirem riquezas e sabedoria só para perdê-las quando morrem; às vezes, os
ímpios se saem melhor que os sábios e os bons. Parece não haver uma ordem
discernível para a vida; ela é sem sentido. Eclesiastes ajuda a enfrentar essa
realidade (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p.216).
Em suma, a obra apresenta a vida como
vaidade, questiona o sentido da vida e estimula aos leitores a desfrutarem da
vida.
A vida é vaidade
Vaidade tem como significado hálito ou vapor.
No contexto social vaidade corresponde com atos que não tem sentido, sendo que
a descrição técnica a define no livro de Eclesiastes como aquilo que passa
rápido (Ec 1.14; 6.12). A palavra é repetida 38 vezes em Eclesiastes em um
total de 72 vezes que é citada no Antigo Testamento.
Porém, ao ensinar que a vida é vaidade
Salomão tinha como propósito descrever que a vida é efêmera e precisa ser saboreada e aproveitada como dádiva de Deus
(RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 992).
O real sentido da vida
O livro apresenta três elementos que demonstra
que Salomão questionava o verdadeiro sentido da vida: a realidade da morte, a
realidade da inadequação do ser humano e a realidade da injustiça.
A realidade da morte questiona o sentido da
vida, pois quando ela se manifesta, torna-se patente para todos,
independentemente da situação social, intelectual ou moral do indivíduo.
No que corresponde à inadequação do ser
humano compreende-se que os indivíduos são ilimitados, verdade que se torna
nítida quando Salomão escreve:
Tudo
fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este
possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim (Ec
3.11).
O sucesso dos ímpios e o fracasso dos justos
ratifica a realidade da injustiça.
Maneira correta do desfrutar
da vida
Em seu estilo de discurso, Salomão no livro
de Eclesiastes, não apresenta uma descrença à vida e nem o descontentamento
para com a mesma, mas ao contrário, descreve que é necessário viver com
intensidade na presença de Deus, pois a vida é totalmente vazia se não for
vivida em Deus. A própria sabedoria tão
ovacionada nos Provérbios é tida como tola quando usada para interesses
pessoais e objetivos mesquinhos (GONÇALVES, 2013, p.106).
Logo, o fim de todas as coisas é temer a
Deus. Ato que implica em obedecer, servir com retidão de espírito, e dentre
outras medidas possuir atitudes santas diante de Deus e dos homens.
Referência:
GONÇAVES,
José. Sábios Conselhos para uma vida
vitoriosa. Rio de Janeiro: CPAD: 2013.
GUIA
CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo
B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.