Subsídio para a aula da E.B.D: O Que é a Mordomia Cristã
Mais um trimestre
para honra e glória do Senhor, e também para a edificação da Igreja de Jesus
Cristo, sendo que as Lições Bíblicas deste trimestre terão como tema central: Tempo, Bens e Talentos: Sendo Mordomo fiel e prudente com
as coisas que Deus nos tem dado.
A primeira lição tem
como texto áureo: E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel
e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a
ração? Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo
assim (Lc 12.42,43).
E tem como objetivo
geral:
Mostrar que Deus confiou aos seus filhos
a mordomia dos bens espirituais e materiais.
E como objetivos específicos:
Apresentar o conceito de “Mordomo” e de “Mordomia”.
Expor acerca da mordomia espiritual do
cristão.
Explicar a mordomia dos bens materiais.
I – CONCEITOS
DE MORDOMIA
Mordomia tem como
significado cargo ou ofício do mordomo, sendo que o mordomo é o responsável
direto pela administração dos bens de uma casa. Entretanto, a boa administração requer o
desenvolvimento dos seguintes princípios: planejamento, organização, direção e
controle.
Aplicando os
princípios administrativos à mordomia dos bens espirituais e materiais,
apreende-se que:
É necessário planejar
com base no conhecimento pleno do chamado divino. Lembrando que a organização se
associa com base no que se constrói daquilo que se administra. Direcionando de
maneira apropriada para o crescimento espiritual da igreja do Senhor. E por
fim, controlar a boa distribuição dos bens espirituais e materiais.
Portanto, com base em
citações da Bíblia o termo mordomia pode ser definido em:
O uso
e administração cuidadosos das posses de outra pessoa que nos foram confiadas;
uso responsável da riqueza, posses materiais e habilidades, as dádivas que Deus
nos deu e para quem temos de prestar contas (GUIA
CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p.809).
II –
A MORDOMIA ESPIRITUAL DO CRISTÃO
O presente tópico
desenvolve uma análise categórica a respeito de duas virtudes essenciais à vida
cristã: o amor e a fé.
Sobre o amor na
narrativa Bíblica é necessário saber que há três dimensões para compreender a
ação do amor.
Dimensão vertical,
amor a Deus. O amor a Deus por parte do homem deve ser exclusivo (Mt 6.24),
alicerçado na gratidão (Lc 7.42), obediente (Jo 14.15) e comunicativo (BARCLAY,
2010, p. 74).
Dimensão horizontal,
amor ao próximo. O amor ao próximo é definitivamente fruto do Espírito.
Dimensão interior,
amor a si mesmo. O indivíduo só poderá amar a Deus se amar a si mesmo. Da mesma
forma o indivíduo só amará o próximo se a amar a si mesmo.
Porém, o amor é o
antídoto contra o pecado, pois quem ama não peca contra Deus e nem peca em
denegrir a imagem de Deus, isto é, o seu próximo. O amor conduz os cristãos à
obediência, pois quem ama a Deus obedece a Palavra de Deus. Sempre lembrando
que Deus é amor.
Já a respeito da fé nos
escritos do Novo Testamento encontram-se três tipos distintos: fé objetiva, fé
subjetiva e fé como virtude.
1. Fé objetiva. Corresponde
com o objeto da fé, ou seja, aquilo em que se crer. No cristianismo corresponde
com a pessoal a qual o cristão confia e acredita. Combati o bom combate, acabei
a carreira e guardei a fé (2Tm 4.7).
2. Fé subjetiva. É o exercício da fé, por parte do cristão, logo, é a
crença ativa e dependente de Deus. Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz
com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1).
3. Fé como virtude. É a
fé subjetiva em ação, logo, é a crença ativa e dependente de Deus em ação. Mas,
o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei (Gl 5.22,23). A fé
como fruto do Espírito está relacionada com a fidelidade. Ser fiel a alguém
corresponde a estar bem consigo e a entender o valor e os efeitos da
fidelidade. A ausência da fidelidade no mundo estar associada com a
multiplicação da iniquidade, porém, quando a fidelidade se manifesta não há
lugar para insegurança.
Portanto, a fé não é
aprendida com atividades físicas, pois é um atributo da alma. Porém, a fé é
desenvolvida pelo seu uso:
As
boas obras entre os homens são uma das expressões da fé. Jesus curava e fazia
muitas coisas em benefício de seus semelhantes humanos. Quando a fé é usada
assim, é fortalecida; e o elemento físico do homem gradualmente deixa de ser um
empecilho para a expressão da alma, isto é, da fé (CHAMPLIN, 2014, p.695).
III –
A MORDOMIA DOS BENS MATERIAIS
Com base as palavras
de Agur (Pv 30.7-9) pode-se conclui que uma vida financeira equilibrada não
permite ao cristão se entregar à libertinagem, ou entregar-se a atos antiéticos
(prostituição, roubo e assassinato) e nem mesmo por causa da riqueza venha
negar a Deus.
Sendo que a
fidelidade financeira corresponde a ser fiel a Deus nos dízimos e ofertas. O
dízimo foi instituído por Deus para que haja mantimento. Porém o dízimo não foi
instituído no período da lei e o próprio Jesus ratificou a observância do
dízimo (Mt 23.23). No texto áureo do tema dízimo haverá um mandamento, trazei
todos os dízimos, haverá um desafio, fazei prova de mim e também haverá uma
promessa se não abrir as janelas do céu (Ml 3.10). Além dos dízimos os ensinos
bíblicos sobre mordomia cristã definem e explicam com clareza sobre as ofertas.
Sobre ofertas existem alguns princípios importantes, como: o princípio da
motivação, o que de fato leva as pessoas a contribuírem (2 Co 9.7); o princípio
da distribuição, ou seja, o que possui é distribuído; o princípio da proporção,
colhe o que se planta (2 Co 9.6) e em quarto o princípio da provisão, Deus é
fiel e proverá o necessário para a felicidade dos seus servos. Sendo obediente
nos dízimos e nas ofertas o cristão colherá de Deus o melhor para a sua vida em
todas as áreas, sejam elas: física, emocional, profissional, ministerial e
principalmente espiritual.
Referência:
BARCLAY, W. As
Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos, 2014.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro:
CPAD, 2013.
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