A Mordomia do Corpo
A verdade prática
ratifica uma grandeza da vida cristã, o crente salvo é templo do Espírito
Santo, logo é necessário que este persevere em santidade para a glória do
Senhor Jesus.
O ponto central da
lição corrobora a verdade prática: O corpo do cristão é
o templo do Espírito Santo.
E tem como objetivo
geral:
Expor a mordomia do corpo cristão sob o
entendimento bíblico de que somos “templo do Espírito Santo”.
Explanar sobre a dimensão material do
corpo.
Elucidar a dimensão espiritual do corpo.
Correlacionar o culto racional com a
mordomia do corpo.
I – A
DIMENSÃO MATERIAL DO CORPO
O homem é considerado
a obra prima da criação de Deus por duas razões básicas o que corrobora em
possuir uma formação maravilhosa:
Primeira razão, o
homem foi criado de forma diferente. Os demais seres, tantos os inanimados como
os vivos, foram criados pelo poder da Palavra de Deus: haja luz (v.3), haja uma
expansão no meio das águas (v.6), produza a terra (v.11), haja luminares
(v.14), produza as águas abundantemente... (v.20). Porém, no sexto dia a
Palavra divina foi, façamos o homem (v.26) que no capítulo dois de Gênesis
estará escrito à forma em que explica o modo da criação do homem, Deus tocou ao
criar o homem. Deus mudou o modo no sexto dia da criação, porque ali estava a
obra prima da criação.
Já a segunda razão
está relacionada com o fato de o homem ser o único da criação a receber missão
da parte de Deus. Primeiramente o homem recebeu o mandamento cultural,
frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra (v.28), e em segundo, o
controle da administração com o direito de sujeitar e dominar os demais seres
vivos, e por poder ser beneficiado pela natureza (vv. 29,30).
Portanto, o homem foi
criado à imagem e a semelhança de Deus. Fato que caracteriza em ser o homem criado
em moral e caráter semelhante a Deus. Os termos citados em Gênesis, imagem e
semelhança, não diferem em significado, pois são palavras com definições
similares, conforme o texto.
II –
DIMENSÃO ESPIRITUAL DO CORPO
O corpo poderá ser
sistematicamente analisado por três descrições: corpo do pecado, casa terrestre
e templo do Espírito Santo.
Quando a Bíblica
descreve o corpo do pecado está associando com as ações pecaminosas. Já no que
se refere casa terrestre há indicação da temporalidade. E, por fim, a descrição
templo do Espírito Santo, corresponde com a nova vida, isto é, vida
transformada pelo Senhor Jesus.
Porém, percebe-se que
há atuações pecaminosas contra o corpo que são: a prostituição, adultério,
fornicação, homossexualidade e transexualidade.
O termo utilizado para
prostituição é pornéia, palavra que corresponde com imoralidade sexual, de
maneira simples trata-se da venda do corpo para a satisfação sexual. Já o
adultério corresponde com a traição entre casais e, de fato o termo adultério
tem como significado dormir em cama estranha. Enquanto, o termo fornicação trata-se
da relação sexual entre jovens sem haver a venda do corpo e sem corresponder
com a traição a alguém.
Sobre a disforia de
gênero compreende-se que trata da condição em que a
pessoa sente que sua identidade de gênero é uma incompatibilidade com seu sexo
biológico real... desejo de pertencer ao sexo oposto ultrapassa um desejo para
uma vantagem percebida cultural (LOPES, 2017, p.91).
Em suma, a dimensão
espiritual do corpo abrange também a santificação que significa separar. Logo,
a santificação é a doutrina bíblica que explica a ação do indivíduo em ser
separado do mundo para uso exclusivo de Deus.
III –
O CULTO RACIONAL E A MORDOMIA DO CORPO
1- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo. Para Paulo deveria existir uma diferença entre a
novidade de vida do cristão. Se na Antiga Aliança os animais eram sacrificados,
logo, o sacrifício se desenvolvia por meio de um animal morto. Portanto, na
Nova Aliança o sacrifício é concretizado em um corpo vivo.
2- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo,
santo. Para Paulo o termo santo indica
lugar reservado, se na Antiga Aliança o templo era o lugar reservado e
santificado, já na Nova Aliança o cristão é o lugar reservado e santificado para
Deus e para o uso de Deus.
3- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus. Na Antiga Aliança o
sacerdote entrava no lugar Santo do Santo com uma corda amarrada em seu corpo,
caso se o mesmo estivesse em pecado morreria ali e o corpo deveria ser retirado
por outros no ato do puxar a corda, pois ninguém poderia entrar no lugar do
Santo do Santo sem consagração devida. Quando o sacerdote saia do templo a
comunidade entendia que o sacrifício foi agradável a Deus. Portanto, o culto racional
tem que ter como referência o agradar a Deus.
Referência:
Lopes, Jamiel de Oliveira. Psicologia Pastoral. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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