A DESSACRALIZAÇÃO DA VIDA NO VENTRE MATERNO
A verdade prática apresenta o seguinte
enunciado:
A concepção divina de
Jesus Cristo sacraliza a vida no ventre materno e se opõe à cultura da morte
infantil intrauterina do presente século.
A concepção virginal de Jesus corresponde a
um fato sobrenatural, enquanto que o nascimento indica o evento natural. Resumidamente
indica a natureza divina e humana do Messias.
Lembrando que os objetivos da presente lição
são os seguintes:
Refletir sobre a divina concepção
e nascimento de Jesus, demonstrando o milagre da vida e da capacidade de
procriar;
Identificar os traços da
cultura de morte presentes em nossos dias e as suas consequências;
E, Compreender a
sacralidade da vida e a importância de a Igreja de Cristo combater toda cultura
que viole os princípios da Palavra de Deus.
I – A CONCEPÇÃO DE CRISTO
O fim da narrativa do Antigo Testamento para com
o início do Novo Testamento a 400 anos de intervalo. Assim como há um silêncio
a respeito do ministério profético como das narrativas sagradas.
Porém, com o nascimento de João Batista o
silêncio chega ao fim. João filho de Zacarias e de Izabel (Lc 1.5). O
nascimento de João Batista foi um milagre de Deus, pois Izabel sua mãe era
estéril (Lc 1.7) e ambos eram avançados em idade (Lc 1.7). João foi cheio do
Espírito Santo, viveu no deserto (Lc 1.80). E não possuía o estilo de vida que
chamava a atenção da elite judaica, pois era simples no próprio modo de viver
(Mt 3.4).
A ser notificada sobre o nascimento do
Messias e que ela seria a mãe, Maria faz a seguinte pergunta: Como se fará
isso? E como resposta o anjo assim respondeu: descerá sobre ti o Espírito
Santo.
A concepção virginal de
Jesus indica que Ele é singularmente separado, o Santo, expressão que aqui é
mais do que um título, é uma descrição da natureza sem pecado de Jesus. O
nascimento ímpar é outra razão pela qual o menino pode ser chamado de Filho de
Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 147).
É necessário compreender que o evangelista
Lucas dois cânticos que merecem atenção por estarem correlacionados com o
nascimento do Messias e com o nascimento do profeta João.
O primeiro corresponde com a Magnificat de Maria:
Magnificat quer dizer cântico de louvor.
Sendo o que o louvor deste cântico tem como motivo: o amparo de Deus para com
Israel.
A ação de Deus como
Salvador é destacada neste hino (v.46-55). Maria considerou uma honra
participar do desígnio divino. Deus, o Pai, é o foco deste cântico, pois Ele é
a origem e o executor do plano. O atributo do Senhor (Salvador) não é declarado
como abstração, mas relacionado ao Seu plano redentor.
As expressões engrandecer
e se alegra sugerem a contínua presença do louvor (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 147).
Já o segundo cântico corresponde com Benedictus de Zacarias:
Este cântico é chamado de Benedictus por ser
conhecido pela primeira palavra dita no cântico: bendito.
O cântico de louvor a Deus
entoado por Zacarias é chamado de Benedictus (Bendito), por causa da primeira
frase do trecho na tradução da Bíblia em latim, a Vulgata.
Como também aconteceu no
cântico de Maria, Deus, o Salvador, é o objeto do louvor de Zacarias. A
salvação à qual Zacarias se refere é o livramento dos inimigos (v71) e a salvação
espiritual (v.75,77,79). (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 148)
II – A CULTURA DA MORTE
Dentre os atos que para a igreja a
secularidade apresentam como cultura da morte está: a legalização do aborto, a
eutanásia, apologia ao suicídio e o controle da natalidade.
A eutanásia pode ser definida por:
[...] é o procedimento em
que de modo ativo ou passivo uma pessoa pode antecipar ou acelerar o processo
de morte. Por vezes é chamada de “morte assistida” ou “suicídio assistido”. No
Brasil, a eutanásia é ilegal e desaprovada pelo código de medicina (BAPTISTA, 2018, p. 60).
Portanto, a eutanásia tem implicações legais,
morais e ética.
As implicações legais correspondem com a
ilegalidade da eutanásia pelo Código Penal Brasileiro, pois quem induzir alguém
ao suicídio ou prestar auxílio poderá ser recluso de dois a seis anos.
Já as implicações morais correspondem com a
violação do sexto mandamento. O direito a vida é outorgado por Deus.
Por fim, as implicações éticas correspondem
com as seguintes perguntas: É lícito
exterminar pessoas doentes? Descartar enfermos, inválidos e idosos não se
constitui conceito racista da eugenia? Será ético interromper o tratamento de
alguém que está sedado para não sentir dores ou induzido ao coma? As pessoas
que desejam morrer estão com a mente sã e em condições psicológicas para essa
tomada de decisão? (BAPTISTA, 2018, p. 63).
Enquanto que o suicídio é definido pela
seguinte descrição: retirar a própria vida. Fato que não deve ser analisado
apenas pela ótica social, mas que de fato corresponde com a realidade
imaterial, pois [...] as causas do suicídio não são apenas
de origem sociais; elas possuem elementos de natureza espiritual (BAPTISTA, 2018, p. 68).
III – A SACRALIDADE DA VIDA
Deus é a fonte da vida, sendo assim o poder
absoluto sobre a vida e a morte pertence unicamente e exclusivamente a pessoa
de Deus. Portanto, a vida humana é sagrada e deve
ser protegida, cuidada, preservada, respeitada e valorizada (BAPTISTA, 2018, p. 64).
Referências
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo
Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel,
2013.